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UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA À APLICAÇÃO DA ECO EFICIÊNCIA NO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS NAS UNIVERSIDADES

Jonathan Steven Murcia Fandiñoa

a
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Ciência e Tecnologia Ambiental.

Resumo

Atualmente, o impacto ambiental gerado pelas diferentes atividades do homem tem causado
consequências negativas para os diferentes componentes ambientais. A química é uma parte
fundamental no desenvolvimento do homem, mas é também uma importante fonte de poluição.
Distinto às indústrias, as instituições de ensino geram uma maior variedade de resíduos
perigosos e, por isso, também devem garantir sua gestão adequada. A química verde surge como
uma estratégia para reduzir a geração de resíduos químicos, trabalhando junto com a
ecoeficiência, produção mais limpa e desenvolvimento sustentável. No presente trabalho, foi
feita uma revisão bibliográfica da química verde aplicada no gerenciamento de resíduos
químicos de laboratórios universitários. Para isso, foram pesquisadas três bases de dados
utilizando distintas palavras chaves, selecionando as contribuições mais relevantes e
descrevendo seus aportes. Os resultados foram apresentados em quatro enfoques (estudos
práticos, estudos diagnósticos, estudos teórico e estudos a nível de cursos de ensino), a maioria
deles, afirmam a necessidade de incluir a química verde na educação como meio para garantir
o desenvolvimento sustentável no mundo.

Palavras chaves: Ecoeficiência, química verde, universidade, laboratório, resíduos químicos,


reagentes.
2

Abastract

Currently, the environmental impact generated by the different activities of man has caused
Currently, the environmental impact generated by the different activities of man has caused
negative consequences for the different environmental components. Chemistry is a key part of
man's development, but it is also a major source of pollution. Unlike industries, educational
institutions generate a greater variety of hazardous waste and therefore must also ensure their
proper management. Green chemistry emerges as a strategy to reduce chemical waste
generation, working along with eco-efficiency, cleaner production and sustainable
development. In the present work, a bibliographic review of the green chemistry applied in the
management of chemical residues of university laboratories was carried out. For this, three
databases were searched using different keywords, selecting the most relevant contributions
and describing their contributions. The results were presented in four approaches (practical
studies, diagnostic studies, theoretical studies and educational studies), most of them affirming
the need to include green chemistry in education as a means to ensure sustainable development
in the world.

Keywords:

Eco-efficiency, green chemistry, university, laboratory, chemical residues, reactive.


3

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, existem muitos impactos negativos no meio ambiente causados pelo


homem. Alguns deles causados por processos químicos, uso de recursos naturais, manejo
inadequado de resíduos industriais, agrícolas e domésticos, mais evidentes a partir de 1950
(APARECIDA et al., 2018; RODRÍGUEZ; ESPINOZA, 2002). As empresas estão intimamente
relacionadas com produtos químicos e seus processos (DORIA, 2009). Os benefícios que a
química oferece à sociedade são muitos, como medicamentos, acessórios pessoais e de higiene,
eletrodomésticos, computadores, roupas, calçados, embalagens de alimentos, utensílios
domésticos, componentes automotivos, fibras sintéticas, novas substâncias, e toda a variedade
de produtos, entre outros usos (CONTRERAS, 2018; GONZÁLEZ; VALEA, 2009;
HALPAAP; DITTKRIST, 2018). A química, apesar de ser uma ciência necessária no
desenvolvimento do homem, desempenha um papel importante em contribuir para os efeitos
negativos no meio ambiente, devido à geração de resíduos perigosos, emissão de poluentes para
água, ar e solo, que podem bioacumular-se, biomagnificar-se e permanecem por centenas de
anos em nosso ambiente. Por isso, a química enfrenta o desafio de buscar a sustentabilidade
ambiental por meio de processos mais eficientes de transformação e minimização da geração
de resíduos perigosos (CASTRO et al., 2011; CONTRERAS, 2018; HALPAAP; DITTKRIST,
2018; MERA; ANDRADE; ORTIZ, 2007; VARGAS; RUIZ, 2007).
Nos anos 90, a transição para o conceito de sustentabilidade levou ao surgimento de
uma produção mais limpa (PML) e à ecoeficiência -- esta última considerando uma abordagem
adequada para garantir a redução do impacto ambiental e promover o desenvolvimento
sustentável de empresas procurando "produzir mais com menos". Esta abordagem é apoiada
por pilares como a redução do consumo de recursos naturais (fazendo o uso sustentável),
reduzindo o impacto ambiental associado à produção e melhorando o valor de produtos e
serviços em todo o seu ciclo de vida (ACEVEDO; SEVERICHE, 2013; LEAL, 2005).
A ecoeficiência administra diferentes estratégias visando reduzir o impacto ambiental
de acordo com o foco de cada atividade, o que permite sua aplicabilidade em qualquer setor da
economia. No setor químico, a ecoeficiência pode ser complementada por três conceitos:
química sustentável baseada no ciclo de vida (HALPAAP; DITTKRIST, 2018); o trabalho em
microescala, termo que atende ao objetivo de produzir mais com menos e a “química verde”,
termo que surgiu no final dos anos 90 e, como a ecoeficiência, busca a sustentabilidade através
da aplicação de processos economicamente viáveis, socialmente aceitáveis e ambientalmente
amigáveis. Sendo uma área multidisciplinar da química, procura eliminar a produção de
4

substâncias perigosas com diferentes alternativas de compatibilidade ambiental em processos e


produtos, gerenciando a eficiência no uso de recursos materiais e energéticos (ANASTAS;
EGHBALI, 2009; ANASTAS; HEINE; WILLIAMSON, 2000; ANASTAS; WARNER, 1998;
APARECIDA et al., 2018; BENAVIDES et al., 2012; CASTRO et al., 2011; CONTRERAS,
2018; DORIA, 2009; GARRITZ, 2009; GONZÁLEZ; VALEA, 2009; KIRCHHOFF, 2005;
LEAL, 2005; MAXIMIANO et al., 2009; MOONEY, 2004; MORALES et al., 2011;
RODRÍGUEZ; ESPINOZA, 2002; VARGAS; RUIZ, 2007). É importante definir que a
“química verde” funciona a partir da prevenção de impactos ambientais a nível atômico e
molecular e não em sua remediação (DORIA; RENÉ, 2013; FERNANDES et al., 2013;
MOONEY, 2004). Destina-se a eliminar o perigo em si, em vez de reduzir o risco, minimizando
a exposição (WARNER; CANNON; DYE, 2004).
Este conceito se espalhou pelo mundo e atualmente tem indústrias (SUMMERTON;
HUNT; CLARK, 2013), tecnologias (NAMEROFF; GARANT; ALBERT, 2004), governos e
instituições de ensino que trabalham em sua aplicação (WARNER; CANNON; DYE, 2004).
Em meados dos anos 90, o Green Chemistry Institute foi criado e promove pesquisas em
“química verde”, educação e divulgação. Há também a Iniciativa Global para o Cuidado
Responsável elaborado pelo Conselho Internacional de Associações Químicas; conferências
sobre química sustentável criado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) e várias convenções e padrões internacionais para a regulamentação de
produtos e processos químicos, como o Sistema Globalmente Harmonizado (SGA)
(ANASTAS; EGHBALI, 2009; ANASTAS; KIRCHHOFF, 2002; APARECIDA et al., 2018;
DORIA, 2009; KIRCHHOFF, 2005; MANSILLA; MUSCIA; UGLIAROLO, 2014;
MOONEY, 2004; WANG; LI; HE, 2018).
Em relação à química, a maioria dos métodos analíticos não é considerada
ambientalmente sustentável e requer mudanças da amostragem para o tratamento, partindo
também do princípio de que a quantidade de procedimentos e reagentes utilizados, são
diretamente proporcionais à quantidade de resíduos gerados. No entanto, é necessário verificar
e avaliar cada um dos processos que compõem a metodologia analítica e os riscos associados,
para aplicar o conceito de química verde e, por sua vez, o trabalho em microescala
(ARMENTA; GARRIGUES; GUARDIA, 2005; CORNEJO et al., 2014; DORIA; RENÉ,
2013; GAŁUSZKA; MIGASZEWSKI; NAMIEŚNIK, 2013). A “química verde” é considerada
atualmente um dos avanços históricos mais notáveis da química (ANASTAS; WARNER, 1998;
SUMMERTON; HUNT; CLARK, 2013).
5

A “química verde” levanta 12 princípios, entre eles: prevenir a criação de resíduos;


maximizar a economia atômica; realizar síntese química menos perigosa; projetar produtos e
compostos menos perigosos; usar solventes e condições de reações seguras; projetar a eficiência
energética; usar matérias primas renováveis; evitar derivados químicos; utilizar catalisadores;
projetar produtos facilmente degradáveis ao final de sua vida útil; monitorar processos químicos
em tempo real para evitar a contaminação e prevenir acidentes (ANASTAS; EGHBALI, 2009;
ANASTAS; KIRCHHOFF, 2002; ANASTAS; WILLIAMSON, 1996; ANASTAS; WARNER,
1998; APARECIDA et al., 2018; BENAVIDES et al., 2012; CASTRO et al., 2011;
CONTRERAS, 2018; DORIA, 2009; GONZÁLEZ; VALEA, 2009; MORALES et al., 2011;
VARGAS; RUIZ, 2007).
Dentro das principais áreas de foco da “química verde” está: o uso de rotas sintéticas
alternativas, utilizando recursos renováveis como matéria-prima; uso de condições alternativas
de reação e projeto de substâncias químicas menos tóxicas e/ou biodegradáveis; otimização no
uso de energias, redução de resíduos e emissões. Então, a química analítica deve considerar a
“química verde” como uma estimulante para o seu progresso (CONTRERAS, 2018;
GAŁUSZKA; MIGASZEWSKI; NAMIEŚNIK, 2013; MOONEY, 2004; VARGAS; RUIZ,
2007). Os benefícios apresentados por esta química, se traduzem em custos reduzidos de
gerenciamento de resíduos, redução de custos de consumo de energia, redução de tempo,
aumento de produtividade e processamento mais simples, redução dos custos de conformidade,
maior segurança (trabalhadores, comunidade e ambiente), maior flexibilidade operacional e
vantagens competitivas (MOONEY, 2004; NAMEROFF; GARANT; ALBERT, 2004). É certo
que a “química verde” fornece soluções para desafios como mudanças climáticas, agricultura
sustentável, energia, toxinas no meio ambiente e esgotamento dos recursos naturais
(KIRCHHOFF, 2005).
O setor industrial, setor este que mais gera resíduos industriais, vem passando por vários
estudos da “química verde”, porém não se pode ignorar outros setores como laboratórios e
instituições educacionais. Estes poderão influenciar a indústria (se já não influenciam), além de
gerar uma maior variedade de resíduos químicos perigosos. Justamente por isso, as ações
tomadas devem se concentrar no procedimento utilizado, na quantidade, no tipo, na
periculosidade e na hierarquia da gestão dos resíduos gerados (redução, reutilização e
reciclagem, tratamento e disposição final). Poderiam ser convertidos em espaços para a criação
de processos químicos que permitam a prevenção do impacto ambiental e da saúde desde a
origem, através do desenho ou redesenho de processos (ÁGUILA et al., 2005; BENAVIDES et
al., 2012; KIRCHHOFF, 2005; MERA; ANDRADE; ORTIZ, 2007; RAMÍREZ et al., 2017;
6

RAMOS; PEÑA, 2008; SUDICKY; HUYAKORN, 1991; SUMMERTON; HUNT; CLARK,


2013; VARGAS; RUIZ, 2007).
O papel da educação é extremamente importante para atender aos objetivos de
sustentabilidade (DORIA; RENÉ, 2013; SAFITRI et al., 2016; SMYTH; FREDEEN; BOOTH,
2010; SOLÍS, 2008). Fornece suporte para tecnologias limpas através do conhecimento
fundamental de novos produtos e processos químicos, e pode ser aplicado à indústria
(KIRCHHOFF, 2005). É necessário treinar novas gerações de profissionais, que além de
conhecer os próprios conceitos de química, possam aplicar as novas estratégias baseadas na
“química verde” (ALTAVA; BURGUETE, 2013; CORNEJO et al., 2014; DORIA, 2009;
FERNANDES et al., 2013; MANSILLA; MUSCIA; UGLIAROLO, 2014; WANG; LI; HE,
2018). Para isso, é necessário trabalhar com ensino, pesquisa e vida universitária (IZZO, 2000;
SOLÍS, 2008).
Uma mudança na maneira de educar, pensar e agir é importante. Algumas dessas
mudanças podem ser: introduzir de conceitos de “química verde” nos exames; educar aos
legisladores e responsáveis da educação sobre os benefícios da “química verde”; colocar
material de referência ao alcance dos professores; desenvolvimento de experimentos de
laboratório adaptados ao nível educacional do aluno para ilustrar os princípios da matéria; não
ver a “química verde” como uma disciplina separada; trabalhar em microescala; substituir o
conceito de rendimento pelo da economia atômica; incorporar equações balanceadas de química
orgânica adicionadas ao uso de economia atômica; oferecer conhecimento da toxicidade como
uma propriedade física e química e incluir a toxicologia química e de risco (ANASTAS;
KIRCHHOFF, 2002; GARRITZ, 2009; IZZO, 2000; MANSILLA; MUSCIA; UGLIAROLO,
2014; MOONEY, 2004; MORALES et al., 2011; SUMMERTON; HUNT; CLARK, 2013;
WANG; LI; HE, 2018).
Há estudos que mostraram resultados satisfatórios na aplicação da “química verde”,
principalmente em química analítica e poderiam ser usados como ferramentas para o ensino nas
universidades (ÁGUILA et al., 2005; APARECIDA et al., 2018; BENAVIDES et al., 2012;
CONTRERAS, 2018; CORNEJO et al., 2014; DORIA; RENÉ, 2013; GALICIA; MIRANDA,
2008; IZZO, 2000; MANSILLA; MUSCIA; UGLIAROLO, 2014; MERA; ANDRADE;
ORTIZ, 2007; MORALES et al., 2011; NAMEROFF; GARANT; ALBERT, 2004; RAMÍREZ
et al., 2017; SAFITRI et al., 2016; SOLÍS, 2008). Nesse contexto, a aplicação da “química
verde” no ensino tem recebido atenção na literatura recente (FERNANDES et al., 2013;
MAXIMIANO et al., 2009; MOONEY, 2004; SMYTH; FREDEEN; BOOTH, 2010;
SUMMERTON; HUNT; CLARK, 2013; VEIGA et al., 2017; WANG; LI; HE, 2018).
7

Apesar de todos os estudos desenvolvidos na área de “química verde”, ainda há


necessidade de pesquisas para solucionar alguns aspectos relacionados à aplicação de novas
tecnologias e processos ambientais responsáveis. As práticas apropriadas de classificação,
manuseio e descarte são necessárias devido à corrosividade, reatividade, explosividade,
toxicidade ou inflamabilidade desses resíduos (RAMÍREZ et al., 2017). É uma prioridade
estabelecer uma mudança na forma como os reagentes são usados em laboratórios (ANASTAS;
KIRCHHOFF, 2002; CONTRERAS, 2018; DORIA; RENÉ, 2013; MANSILLA; MUSCIA;
UGLIAROLO, 2014). Todos os níveis educacionais tem o potencial de liderar a mudança para
práticas ambientalmente mais conscientes e podem (devem) desempenhar um papel importante
na facilitação dessa mudança (MOONEY, 2004). Será necessário apoio financeiro e
administrativo de líderes, políticos e tomadores de decisão (SMYTH; FREDEEN; BOOTH,
2010; VEIGA et al., 2017). A contribuição conjunta entre educação, indústria e governo
maximiza os recursos e reduz os esforços, alcançando mais facilmente a aplicação dos
princípios da “química verde” e os objetivos do desenvolvimento sustentável (KIRCHHOFF,
2005).
No presente trabalho foi feita uma revisão bibliográfica em diferentes bases de dados,
com o fim de encontrar autores que descreveram a aplicação da eco eficiência no gerenciamento
de resíduos de laboratórios nas universidades a nível mundial.
8

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Na Figura 1 se apresenta uma metodologia aplicada em três fases, começando pela


revisão bibliográfica, seguido da consolidação das pesquisas relacionadas como escopo do
trabalho, e finalmente descrever as contribuições que fazem ao objeto de estudo.

Figura 1. Fases aplicadas ao projeto

Palavras chaves
Revisão
Fase 1. Idioma (espanhol,
bibliográfica
português e inglês)

Consolidação das
Metodologia Fase 2.
pesquisas

Contribuções das Discussão e


Fase 3.
pesquisas considerações finais

Fonte: Autor, 2018.

Na primeira fase, foi feita uma revisão das bases de dados de Science Direct, Google
Acadêmico e o Portal de Informação em Acesso Aberto (PIAA) da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR), buscando as pesquisas bibliográficas que fazem estudos na área
da ecoeficiência no gerenciamento de resíduos de laboratórios nas universidades.
A busca foi realizada em idioma português, espanhol e inglês para cada uma das bases
de dados, a exceção da PIAA, que foi feita só em idioma português. Além, em cada idioma foi
estabelecido distintas formas de procura com frases constituídas por palavras chaves, como se
mostra no Quadro 1:
9

Quadro 1. Idiomas e palavras chaves utilizadas.

Idioma Frase com palavras chaves


“Química verde” laboratório universidade
Ecoeficiência laboratório universidade
Português
Produção mais limpa laboratório universidade
Minimização resíduos laboratório universidade
“Química verde” laboratório universidad
Ecoeficiencia laboratorio universidad
Espanhol
producción más limpia laboratorio universidad
Minimización resíduos laboratorio universidad
green chemistry waste laboratory university
eco-efficiency waste laboratory university / college
Inglês
cleaner production waste laboratory university
waste minimization lab university
Fonte: Autor, 2018.

Para o PIIA foi procurada mais uma frase com palavras chaves só em idioma português
“Gerenciamento de resíduos em laboratórios universidade”. A procura não teve restrições em
tempo.
Na segunda fase, foi elaborado o Quadro 2, ele contém o resumo com a bases de dados
procuradas, os idiomas e palavras chaves estabelecidas, a quantidade de resultados de cada uma
das buscas, e o número de artigos selecionado para desenvolver o presente trabalho. Os artigos
foram selecionado com base na leitura previa dos resumos.

Quadro 2. Resultados da revisão e seleção das bases de dados

Base de Idioma
Palavra chaves Resultados Selecionados
dados
“química verde” laboratório
176
Science universidade
Português 2
Direct Ecoeficiência laboratório
28
universidade
10

Produção mais limpa laboratório


31
universidade
Minimização resíduos laboratório
14
universidade
“química verde” laboratório
176
universidad
Ecoeficiencia laboratorio
97
universidad
Espanhol 1
producción mas limpia
48
laboratorio universidad
Minimización resíduos
7
laboratorio universidad
green chemistry waste laboratory
22.471
university
eco-efficiency waste laboratory
7.947
Inglês university / college 15
cleaner production waste
9.329
laboratory university
waste minimization lab university 19.281
“química verde” laboratório
1.520.000
universidade
Ecoeficiência laboratório
8.040
universidade
Português 0
Produção mais limpa laboratório
145.000
universidade
Google Minimização resíduos laboratório
104.00
acadêmico universidade
“química verde” laboratório
20.800
universidad
Ecoeficiencia laboratorio
Espanhol 2.040 17
universidad
producción mas limpia
18.700
laboratorio universidad
11

Minimización resíduos
24.300
laboratorio universidad
green chemistry waste laboratory
1.060
university
eco-efficiency waste laboratory
2.160
Inglês university / college 1
cleaner production waste
16.300
laboratory university
waste minimization lab university 20.000
“química verde” laboratório
143
universidade
Ecoeficiência laboratório
5
universidade
Produção mais limpa laboratório
PIAA Português 47 2
universidade
Minimização resíduos laboratório
22
universidade
Gerenciamento de resíduos em
-
laboratórios universidade
Total a artigos selecionados 38
Fonte: Autor, 2018.

Na última fase foi feita uma tabela com as contribuições realizadas pelos autores dos
artigos ao principal tema do projeto. Seguinte, se faz uma análise e considerações finais das
contribuições das pesquisas.
12

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o Quadro 2, foram selecionadas trinta e oito (38) artigos entre os
diferentes idiomas e palavras chaves. Na Figura 2 mostra-se o número de artigos selecionados
por idioma e por base de dados, sendo o Science Direct e o Google academico as base de dados
como mais artigos selecionados, dezoito (18) por cada um, seguido do PIAA com mais dois (2)
artigos.
Além, também pode-se concluir que Science Direct mostrou melhores resultados com
pesquisas em idioma inglês (mais do 50% dos artigos), no caso contrário aconteceu com o
Google Acadêmico, que mostrou melhores resultados em idioma espanhol (mais do 50% dos
artigos).

Figura 2. Número de artigo selecionados por base de dados e idioma.

18
16
Nº. de artigos selecionados

14
12
10
8
6
4
2
0
PORTUGUÊS INGLÊS ESPANHOL
PIIA 2 0 0
GOOGLE ACADEMICO 0 1 17
SECIECE DIRECT 2 15 1

Fuente: Autor, 2018.

Na Figura 3 apresenta o número e porcentagem de artigos selecionados por idioma,


sendo o idioma espanhol quem mais tem artigos com o 47% do total, seguido do idioma inglês
com o 42% e por último o idioma português com o 11% do total de artigos encontrados.
13

Figura 3. Número e porcentagem de artigos selecionados por idioma.

4; 11%

18; 47%

16; 42%

PORTUGUÊS INGLÊS ESPANHOL

Fuente: Autor, 2018.

No Quadro 3, descreve-se todas as contribuições feitas pelos autores à química verde


aplicada nos resíduos químicos gerados nas universidades. Estas pesquisas foram feitas por
pesquisadores de todo o mundo a partir deste milênio; cabe ressaltar que mesmo sendo feito
uma pesquisa sim restrições de tempo, os resultados foram obtidos nesse milênio, mostrando
assim que as pesquisas nesta área são muitos recentes.

Depois de lido os artigos, encontra-se uma variedade de enfoques importantes nessa área
de estudo, motivo que levo a agrupar os trabalhos em quatro contribuições como apresenta a
Figura 4: a primeira são os trabalhos com contribuições praticas, sendo aqueles que aplicaram
o conceito de química verde na área da educação, como resultados forma 12 Trabalhos (32%)
com esta objetivo. Os segundo são os trabalhos com contribuições em forma de diagnostico,
estas pesquisas usam informações primarias como questionários ou analise do desempenho da
química verde universidades e outras instituições de ensino, aqui foram encontrados 4 artigos
(10%). Como tecer enfoque, encontra-se os Trabalhos com contribuições na parte teórica, sendo
muito importantes e servindo como referente para os trabalhos que fazem aplicação na química
verde, nesta parte encontraram-se 19 Trabalhos (50%). No último enfoque, estão as
contribuições feitas a partir de cursos de ensina de química verde, mostrando a sua experiência
e o sucesso no desenvolvimento dessa área, para esta este enfoque foram selecionados 3 artigos
(8%).
14

Figura 4. Enfoques das contribuições

3; 8%

12; 32%

19; 50%
4; 10%

Contribuições praticas Contribuições diagnosticas


Contribuições teóricas Contribuições cursos de ensino

Fonte: Autor, 2018.

De acordo com as pesquisas no Quadro 3, um componente muito importante para


implementar a química verde nos laboratórios nas universidades é conhecer o tipo, as
características e a quantidade dos resíduos gerados. A partir de isso, surge outro componente
importante descrito na literatura, o fato de elaborar ou melhorar às técnicas e procedimentos,
com o objeto de reduzir e substituir os reagentes químicos tóxicos; finalmente, os artigos
concordam que a consciência ambiental é uma contribuição muito importante na educação, e
desse modo, a futuro, pode ser melhorar os desenvolvimento nas indústrias.

Quadro 3. Trabalhos com contribuições praticas

Item Autor/ano Contribuições


Estabeleceu um projeto na Universidade Nacional de
Colômbia, aplicando a “química verde” mediante uma
(BENAVIDES et
1 metodologia com várias etapas (diagnóstico, implementação
al., 2012)
de ações, capacitação de estudantes, professores e
administrativo e avaliação durante o processo e ao final).
15

Fizeram um reconhecimento das características dos reativos


gerados, uma matriz de avaliação de pratica, quantificação de
resíduos, realização de práticas novas e proposta de tratamento.
O resultados deste projeto foram a redução do uso de reagentes
e criação da consciência ambiental.
Estabeleceu uma alternativa de segregação dos resíduos
químicos nos laboratórios da universidade de Cauca na
Colômbia, com o fim de classificar, recuperar e reutilizar
(MERA;
reagentes. Desse modo conseguiu-se recuperar reagente uteis
2 ANDRADE;
como sulfato de cobre, cromato de potássio, etanol, soluções
ORTIZ, 2007)
desinfetantes, soluções salinas, soluções ácido-base, dióxido
de silício, dióxido de manganésio y enxofre. Desta maneira
reduzindo os custos de tratamento y disposição final.
Elaborou práticas de laboratório (Sínteses de bio-diésel por
trans-esterificação) para programa de graduação em química
(CORNEJO et al.,
3 com critérios de “química verde” e trabalho em microescala,
2014)
com o objetivo de criar consciência nos estudantes e reduzir os
custos de compra de reagentes.
Explica a aplicação da “química verde” na universidad de los
Andes em Venezuela, usando um processo químico que utiliza
agua como dissolvente no melhoramento de combustíveis.
(CONTRERAS, Além, estão desenvolvendo procedimentos de análise para
4
2018) controlar a qualidade da água e do ar, bem como os resíduos
das indústrias; mesmo, estão avançando em células de
combustível, como uma proposta alternativa na geração de
energia limpa.
Elaboraram uma manual para o tratamento de resíduos gerados
na faculdade química e farmácia da universidad de el Salvador
em 2008. Sua metodologia foi descrita em três etapas gerais, a
(GALICIA;
5 primeira incluía recopilação de informação, elaboração de
MIRANDA, 2008)
procedimentos para o maneio de reagentes, redução de
produtos químico, tratamento reciclagem. Na segunda etapa
elaboraram a primeira versão da guia e na terceira etapa a
16

elaboração final do manual. Como resultado geraram um


procedimento para reduzir produtos químicas em resíduos
menos perigosos e métodos de desativação para as substancias
mais utilizadas.
Propõe um programa fundamentado em corto, meio e longo
prazo para melhorar o gerenciamento dos resíduos químicos e
segurança dos laboratórios químicos da universidad central de
(ÁGUILA et al., las villas, mediante avaliação da gestão e propondo a redução
6
2005) da geração de resíduos químicos nos laboratórios. Estabeleceu
um procedimento para eliminar e recuperar o resíduos,
considerando o tratamento e disposição, a incineração, a
recuperação.
Estabelece estratégias num programa para armazenar e reduzir
a quantidade de resíduos perigosos produzidos pelas
faculdades de ciências químicas. Afirma que o programa tem
impactado a escola de química e a comunidade da Universidad
Autonoma de Nuevo León no período de 2009 até 2013. Define
(RAMÍREZ et al., que a classificação de resíduos tóxicos por tipo, foi
7
2017) rapidamente adoptado pelos estudantes, professores y
administrativos. A universidade foi reconhecida pelo governo
mexicano com um certidão em qualidade ambiental.
A universidade realiza classificação de resíduos químicos por
compatibilidade, além, implementam educação y formação
como parte da consciência ambiental.
Elaborou um projeto começando por definir o perfil dos
resíduos com suas implicações estratégicas com um enfoque
cientifico. Seguinte, elaborou estratégias e iniciativas
(SAFITRI et al.,
8 sustentáveis, baseadas nos resultados da etapa anterior. Como
2016)
iniciativa de sustentabilidade na Universiti Teknologi
Malaysia, estabeleceu uma oficina verde, onde atende todos o
temas relacionados com a gestão dos resíduos.
Faz um estudo mostrando que quantidade de resíduos
9 (IZZO, 2000)
perigosos na Universidade de Princeton há diminuído
17

continuamente nos últimos cinco anos por causa de programas


iniciados pela oficina da saúde e segurança ambiental e mais
outros departamentos. Conseguiram reduzir os custos de
eliminação em mais do 60%.
O sucesso do programa foi por causa de vários esforços e as
parcerias feitas entre o programa o os geradores de resíduos.
Além, fizeram experimentos de redução de resíduo dos
laboratórios.
Realizou um estudo das características de resíduos no campus
Prince George da Universidade do Norte de Columbia
(SMYTH; Britânica (UNBC). O objetivo do estudo foi determinar a
10 FREDEEN; quantidade e composição dos resíduos gerados e oferece
BOOTH, 2010) recomendações à universidade de redução, reciclagem,
compostagem e formas de melhorar a sustentabilidade em
geral.
Nesta pesquisa descrevem a implementação do programa de
gerenciamento de resíduos químicos nos laboratórios de
Química da Universidade Tecnológica Federal do Paraná em
campus ponta grossa mediante procedimentos adequados para
a classificação e disposição final dos resíduos químicos. O
programa de gerenciamento engloba os Laboratório de
(FORNAZZARI;
11 Química Orgânica, Química Geral, Química Analítica, Físico-
STIIRMER, 2008)
Química, Bioquímica e Métodos Instrumentais. Na
metodologia, segregaram os resíduos em Solventes Orgânicos
halogêneos, Solventes Orgânicos não halogêneos, Compostos
Inorgânicos, Compostos Orgânicos, Solução contendo metais
pesados, Outros compostos, os autores concluem afirmando
que precisa-se de um câmbio de cultura.
Fizeram uma pesquisa à aplicação das técnicas de produção
(FINGER; mais limpa no Laboratório de Camarões Marinhos da
12
MORETTO, 2010) Universidade Federal de Santa Catarina. Foram desenvolvidas
práticas relacionadas à responsabilidade ambiental de
18

fornecedores; melhorias no processo produtivo, reduzindo o


consumo de insumos e a geração de resíduos.
Fuente: Autor, 2018.

No Quadro 4, descreve-se as contribuições feitas em diagnósticos pelos autores, isto


inclui metodologias baseadas em enquetes feitos para estudantes e professores; todos os
resultados dos estudos feitos para os estudantes, demostraram falta de conhecimento na química
verde, embora os estudantes sejam de um programa relacionado com a química. Além, outro
estudo determino que existem impactos ambientais relacionados com os resíduos químicos
gerados nos laboratórios de universidades.

Quadro 4. Trabalhos com contribuições em forma de diagnostico

Item Autor/ano Contribuições


Documentaram o conhecimento pedagógico de conteúdo sobre
“química verde” em professores do Instituto de Química da
Universidade de São Paulo em diferentes cursos de graduação,
(FERNANDES et
1 baseados em um questionário de 44 perguntas e respondido por
al., 2013)
26 professores. O resultado revelo uma dependência
significativa entre o conhecimento do conteúdo dos
professores.
O trabalho pesquisa o conhecimento dos estudantes do
programa de química da universidade do São Paulo frente à
(MAXIMIANO et química ambiental e “química verde” com relação ao
2
al., 2009) conhecimento químico em química analítica, inorgânica,
orgânica, físico-química e bioquímica. Mostrando dificuldade
em relacionar estes termos com a química.
Fiz um enquete na Universidad Nacional Autónoma de México
(MANSILLA; aos estudantes da disciplina de química orgânica, mostrando
MUSCIA; que mais do 90% deles não conheciam o termo de “química
3
UGLIAROLO, verde”. Além, melhorou a prática da oxidação do cicloexanol
2014) utilizando dicromato de potássio em meio ácido como agente
oxidante, utilizando uma mistura de permanganato de potássio
19

e sulfato de cobre em condições isentas de solvente, sob


aquecimento a refluxo durante 1 hora.
Faz uma Identificação e avaliação aos aspectos e impactos
ambientais de um laboratório de aguas. Metodologia. Tem em
(ACEVEDO; conta as entradas de matérias primas, combustíveis,
4 SEVERICHE, eletricidade e agua; de igual maneira, as saídas em forma de
2013) emissões, ruídos, vertimientos y resíduos, procurando a
prevenção dos impactos e o cumprimento da legislação
ambiental y a administração dos recursos.
Fuente: Autor, 2018.

No Quadro 5 apresentam os trabalhos que fazem contribuições teóricas à química verde,


sendo estes os que mais pesquisas fizeram na área. Os estudos apresentam que a educação é
muito importante para desenvolver a química verde. Os autores fazem estudos contextuais da
química verde e de relacionamento com a química analítica, concluindo que os 12 princípios
da química verde, são necessários incluir na formação e vida universitária dos estudantes do
todo o mundo. Outro estudo, fiz uma contribuição muito grande ao realizar uma metodologia
para avaliar grau de aplicação da química verde num experimento ou processo químico.
Finalmente, outra pesquisa determinar que a educação é o segundo setor que mais patentes tem
em química verde no mundo.

Quadro 5. Trabalhos com contribuições teóricas

Item Autor/ano Contribuições


Fez uma revisão na literatura apresentando diversos estudos da
(CASTRO et al.,
1 aplicação da “química verde” no sector industrial e o seu
2011)
comprimento com os 12 princípios da “química verde”.
(VARGAS; RUIZ, Estabelece um marco contextual da “química verde” no século
2
2007) XXI.
GAŁUSZKA; Faz uma relação da química analítica com a “química verde”,
MIGASZEWSKI; comparando os princípios da “química verde” como o
3
NAMIEŚNIK, desenvolvimento da química analítica e estabelece alguns
(2013) princípios que são afines entre as dos químicas.
20

Estabeleceu critérios para determinar o grau de aplicação da


“química verde” de um experimento ou processo, isto por meio
(MORALES et al.,
4 do analise crítico e com base no protocolo da “química verde”.
2011)
Os critérios foram aplicados em diferentes publicações de
revistas indexadas, práticas e projetos educativos.
O objetivo da pesquisa foi revisar os 12 princípios da “química
verde” proposto por Anastas y Warner (1988), mostrando
exemplos desenvolvidos em laboratórios de pesquisa e
5 (DORIA, 2009)
processos e produtos industriais para cada princípio, além da
importância da eco-toxicologia e biodegradabilidade no
escopo da “química verde”.
Oferece uma visão geral da aplicação da “química verde” na
(DORIA; RENÉ,
5 educação, feita por especialistas universitários em países como
2013)
Israel, México, brasil, Argentina, Espanha e Grão Bretanha.
Relaciona a importância de incluir a “química verde” como
7 (GARRITZ, 2009)
mecanismo para reduzir os riscos na educação.
Faz uma contribuição desde o ponto de vista do gerenciamento
de resíduos químicos gerados nos laboratório de centros
educativos, afirmando que para garantir a afetividade, deve-se
(RAMOS; PEÑA, considerar tudo tipo de resíduo, delegar um responsável,
8
2008) avaliar o custo de gerenciamento, classificar os resíduos por
perigosidade, considerar a possibilidade de reuso, reciclagem,
recuperação e tratamento, ter base de dados e formação para
estudantes.
Determina que é necessário trabalhar em três âmbitos:
docência, pesquisa e vida universitária como fim de conseguir
9 (SOLÍS, 2008) a sustentabilidade universitária. Além, para a ambientar as
atividades, é necessário considerar o consumo energético,
reusar, reciclar, evitar a geração de materiais tóxicos.
Faz um analise mais profundo dos doce princípios da “química
(ANASTAS; verde” e descreve que eles podem-se integrar para cumprir o
10
EGHBALI, 2009) seu objetivo. Também, resume que a “química verde” teve
muitos avanços em pesquisa e implementação devido à
21

capacidade de cumprir como objetivos ambientais e


econômicos.
Sugeriu quatro modelos para o desenvolvimento sustentável na
educação formal em química: Modelo 1: Adotando princípios
de “química verde” à prática de trabalho de laboratório de
educação científica. Modelo 2: Adicionando estratégias de
(BURMEISTER; sustentabilidade como conteúdo na educação em química.
11 RAUCH; EILKS, Modelo 3: Usando questões controversas de sustentabilidade
2012) para questões sócio científicas que impulsionam a educação
em química e Modelo 4: Educação em Química como parte do
desenvolvimento escolar orientado pela Educação para o
Desenvolvimento Sustentável

Faz uma revisão da evolução da “química verde” e seus


impactos multidimensionais, conclui que a área mais ativa de
pesquisa da “química verde” é a química analítica. Apresenta
(APARECIDA et
12 o impacto da “química verde” na indústria farmacêutica, no
al., 2018)
ambiente, social, trabalhador, as empresas, no futuro. Termina
descrevendo que os avanços tem permitido processos
sustentáveis com técnicas analíticas e políticas.
Este artigo descreve o desenvolvimento da química sustentável
em nível internacional, especialmente no marco da assembleia
(SLACK et al., das nações unidas para o meio ambiente com suas
13
2007) recomendações. Descrevem um enfoque estratégico da
química sustentável e o gerenciamento de produtos químicos e
resíduos mais lá do 2020.
Analisa os enfoques para usar a “química verde” nos programa
de minimização de resíduos perigosos na educação e faz
recomendações ao pessoal de meio ambiente y segurança do
14 (MOONEY, 2004) trabalho para ajudar a pesquisa y pratica de “química verde”
em colégio e universidades. Mostra os desafios da “química
verde” na educação e faz três sugestões para se aplicar aos
geradores de resíduos nos campus, a primeira e criar um
22

programa formal para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento


da “química verde”. A segunda é fomentar parcerias entre
diferentes escolas, e a terceira é apoiar a pesquisa da “química
verde” no mundo acadêmico
O escopo são as patentes de “química verde” resumindo que
são um indicador da inovação. O autor da pesquisa afirmar que
o sector coloca maior ênfases na química verde que o setor
(NAMEROFF;
industrial, daí que seja o segundo setor em obter patetes.
15 GARANT;
As patentes em química verde são ainda muito baixas em
ALBERT, 2004)
comparação com outras patentes.
As empresas particulares e as universidades possuem o 91% de
patentes em química verde.
Faz um contexto das partes interessadas que estão ajudando no
(WARNER; crescimento da química verde, em quanto seus materiais,
16 CANNON; DYE, produtos e resíduos. Sendo consequente com os 12 princípios
2004) e descrevendo cada um. Além, faz uma relação do estudo de
impacto ambiental e a química verde.
Descreveu as principais estratégias empregadas na literatura
cientifica para reduzir os efeitos nocivos das técnicas de
(ARMENTA;
extração. Demostrou que a evolução dos procedimentos do
17 GARRIGUES;
tratamento de amostras centra-se na melhora simultânea das
GUARDIA, 2005)
principais características analíticas do método e seus aspectos
práticos, incluso o aspecto econômico.
Faz uma relação entre a inovação e sustentabilidade na
educação de ensino superior, como o objetivo de conhecer as
suas barreiras. O seu escopo é mundial, com visão do 172
universidades de todos os continentes, utilizando um método
(VEIGA et al., com enfoque quantitativo e qualitativo. Seus resultados
18
2017) descrevem que existem barreiras iguais em todo o mundo, e
requerem um apoio por parte dos dirigentes das universidades
e dos governos para garantir as iniciativas sustentáveis. Mais
outras barreiras, estão relacionadas com a tecnologia, ausência
de recursos e cultura institucional.
23

Desenvolve uma pesquisa em “química verde”, conclui que a


área da educação é muito importante; ela entrega
conhecimento fundamental relacionado com novos produtos e
processos químicos, sendo necessário para criar tecnologias
(KIRCHHOFF,
19 mais limpas. Também, os novos produtos e processos
2005)
desenvolvidos, podem ter aplicação direta na indústria. Por
último, expressa que a área da educação funciona para formar
estudantes com a necessidade de desenhar tecnologias tendo
como base a química verde.
Fuente: Autor, 2018.

No Quadro 6 apresenta-se pesquisas desenvolvidas por parte de instituições que oferecem cursos
de química verde a estudantes, afirmando o sucesso que tem estes curso em países como espana e china,
e garantindo a necessidade por parte das industrias de ter professionais que possam aplicar estes
princípios nos seus processos.

Quadro 6. Trabalhos com contribuições de cursos em química verde

Item Autor/ano Contribuições


(ALTAVA; Apresenta o trabalho feito pela red española de química
1 BURGUETE, sostenible, criando um programa comum de pós-graduação em
2013) química sustentável.
Descrevem os sucesso obtido nos cursos de “química verde” e
como eles podem ser causa para garantir emprego nas
(SUMMERTON; indústrias da química.
2 HUNT; CLARK, Afirma que a “química verde” não pode-se considerar uma
2013) disciplina separada, sino uma mentalidade própria dos
professionais pensando sempre nas reações e tendo
consciência dos produtos desejados.
Apresenta os principais programas relacionados com a
“química verde” na china, dando um enfoque na educação da
(WANG; LI; HE,
3 “química verde” sendo uma das duas ferramentas mais
2018)
importantes para o desenvolvimento da “química verde”.
Resumem que em 1998 foi criado na Universidade de ciência
24

e tecnologia de china o primer centro de “química verde”. No


mesmo ano a universidade de Sichuan estabeleceu um
programa de doutorado em “química verde”, a partir desse
momento, numerosas universidades e colégios chinos tem
publicado seus cursos relacionados com a “química verde”.
Além sugere o trabalho em microescala e realizar praticas com
a “química verde” como a combustão espontânea. Também
informa que china é maior produtor de pesquisa em “química
verde” do mundo e tem ajuda do governo para seu
desenvolvimento.
Fonte: Autor, 2018.
25

4. CONCLUSÕES

A química verde encontra-se estreitamente relacionada como a ecoeficiência, elas


compartilham os princípios de prevenir a criação de resíduos, maximizar a economia, realizar
produtos menos perigosos, projetar a eficiência energética, usar matérias primas renováveis,
evitar derivados químicos, projetar produtos facilmente degradáveis ao final de sua vida útil,
evitar a contaminação e prevenir acidentes.
A química verde é uma filosofia que tem sido muito estudada na última década,
conseguindo avanços muitos importantes a partir a área da química analítica. As indústrias são
as que produzem mais quantidade de resíduos químicos, entretanto as universidades produzem
maior variedade, de qualquer forma, as duas deveriam aplicar os 12 princípios da química
verde.
O conhecimento da química verde por parte dos estudantes das universidades ainda é
fraco e as pesquisas de química verde aplicadas em resíduos químicos necessitam de reforços.
Existe instituições de ensino na Espanha e na China que implementaram cursos específicos de
química verde, apresentando resultados de sucesso em seu desenvolvimento, além disso, esses
profissionais podem atender as necessidades das industrias em mudar seus processos.
As bases de dados consultadas apresentaram que os estudos relacionados com a química
verde aplicada na educação tem sido estudada a partir deste milênio. Atualmente tem estudos
feitos por universidades, onde apresentam seus resultados com sucessos na aplicação da
química verde e concordam que para conseguir o desenvolvimento da sustentabilidade, sendo
assim torna-se necessária maior atenção e recursos das diretrizes universitárias e do governo.
É muito importante que as universidades consigam desenvolver a química verde nos
seus campus, visto que contribuem em educar profissionais com novos conceitos, não só
conseguem reduzir custos de gerenciamento dos produtos e resíduos, como também contribui
no desenvolvimento sustentável.
26

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