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Apostila-Gestao 2.5 PDF
Apostila-Gestao 2.5 PDF
Telecentros
Comunitários
VERSÃO 2.5
Equipe Té cn ica da S oc id
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Gestão de
Telecentros
Comunitários
Apostila redigida e organizada por:
Sociedade Digital (SOCID)
Equip e técnic a: Ale xandr e Rangel;
Cristi ane Sa nch es ; Ismael Santos ;
Michell e Ped roz a; e V ivia ne Sil va.
Apoio: Furnas Ce ntrais El ét ricas
Versão 2.5 – Rio de Janeiro, julho de 2007
Gestor(a)
Instrutor(a)
Monitor(a)
Voluntário(a)
Documentos
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Sumário
Liberdade para compartilhar o conhecimento................................................................................... ................4
1. Introdução...................................................................................................................................................
...5
2. O que é um telecentro e para que serve?.............................................................................................. .......6
3. Organização do grupo responsável pelo telecentro.............................................................................. ........6
4. Quantas pessoas devem estar no Conselho Gestor e qual o seu perfil?.....................................................6
5. Treinamento de Monitores(as), Instrutores(as) e Voluntários(as).................................................................7
6. Funções do Instrutor(a)................................................................................................................. ................8
7. Funções do Monitor(a)............................................................................................................ ......................8
8. Lidando com Reclamações........................................................................................................... ................9
9. Lidando com Defeitos............................................................................................................................ ......10
10. Normas de Funcionamento................................................................................................ .......................11
11. Utilizando software livre ...................................................................................................................... ......12
12. Protegendo as propriedades do telecentro.......................................................................... .....................12
13. Segurança do Telecentro (Gerenciamento de Risco)...............................................................................12
14. Sustentabilidade do telecentro.................................................................................................. ................13
15. Instalação elétrica – Recomendações básicas para aterramento (EIA/TIA 607)......................................14
16. Instalação elétrica – Modelo de Layout............................................................................................... ......15
17. Anexo – Lista de Presença.................................................................................................................... ....16
18. Anexo – Ficha de Cadastro (frente).................................................................................. ........................17
18. Anexo – Ficha de Cadastro (verso).................................................................................................... .......18
19. Anexo – Modelo de Certificado........................................................................................ .........................19
20. Anexo – Ficha de Avaliação..................................................................................................... .................20
21. Anexo – Modelo para as normas de funcionamento do telecentro...........................................................21
22. Anexo – Modelo para as funções que o monitor(a) do telecentro deverá realizar....................................22
23. Anexo – Modelo de autorização para utilização do telecentro..................................................................23
24. Anexo – Modelo de Projeto................................................................................................. ......................24
25. Anexo – Modelo de Planilha de Orçamento................................................................................ ..............26
26. Anexo – Modelo de Termo de Adesão de Voluntariado (para aqueles telecentros que criarem sua
personalidade jurídica)................................................................................................................. ...................27
27. Anexo – Modelo de Recibo de Voluntário.................................................................................................28
28. Anexo – Modelo de Despesas Mensais.................................................................................. ..................29
29. Anexo – Roteiro de cadastro no ICOX.................................................................................... ..................30
30. Glossário..........................................................................................................................
.........................32
31. Fontes.....................................................................................................................................................
...43
32. Anexo – Apresentação da SOCID.............................................................................................. ...............44
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Liberdade para compartilhar o conhecimento
Acredito que a utilização das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) possibilitará à população
excluída o acesso a um mundo de informações e conhecimento, estimulando a criatividade e o
desenvolvimento coletivo e colaborativo. E que estes são elementos essenciais para promoção da inclusão
social na atual sociedade da informação.
As TICs são ferramentas com potencial para redução do hiato social entre pobres e ricos, principalmente
em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, pois permitem que o acesso a informação e o
conhecimento sejam distribuídos e compartilhados de maneira homogênea entre a população, sem
distinção de cor, etnia, credo ou gênero.
Não são ferramentas boas, nem más, tampouco neutras, mas o resultado que elas irão produzir no
desenvolvimento sócio-econômico de uma região, cidade, país ou continente, será determinado pela forma
de uso destas. A maneira com a qual iremos utilizar a tecnologia é que irá determinar se estamos
construindo uma nova sociedade democrática, eqüitativa e igualitária ou despótica, injusta e desigual.
Aldous Huxley, em sua obra, Admirável Mundo Novo, datada de 1931, já mostrava a sua preocupação com
a necessidade de se disponibilizar o acesso qualitativo e quantitativo à informação para manutenção de um
Estado verdadeiramente democrático.
Outro componente norteador para apropriação lúdica da TICs pela população é a utilização de programas
livres (free software), que libertam o Brasil do pagamento de royalties (evasão de divisas) para empresas
estrangeiras, possibilitando o acesso a inteligência de como foram projetados (acesso ao código-fonte).
Portanto todo programa utilizado no telecentro, pode ser copiado, distribuído, compartilhado e modificado.
E esta apostila não fugiu a regra. Todas as informações e conhecimento, contidos nesta, foram copiados de
outras e personalizados para o trabalho do telecentro. Logo, esta também pode ser copiada integralmente,
modificada ou ter parte copiada, desde que a fonte seja citada.
Esse curso faz parte do Projeto de Desenvolvimento Comunitário Local do COEP-RJ, do Programa de
Inclusão Digital do Banco do Brasil no Programa Fome Zero e do Projeto Telecom Livre (Telecentro
Comunitário de Software Livre) e tem como objetivo fomentar a criação de comunidades virtuais (grupos de
interesse na rede), onde todas e todos possam interagir e se desenvolver plenamente, utilizando
computadores interligados, conectados à internet e com programas livres.
Esperamos que os usuários(as) deste e de outros telecentros deixem de ser apenas consumidores(as),
mas passem também a fornecedores(as) de informações, em uma via de mão dupla, através de projetos
interativos.
“Estou pessoalmente convencido, meus irmãos, de que estais cheios de bondade, cheios de um perfeito
conhecimento, capazes de vos admoestar uns aos outros.” - RM, 15, 14
O bem da paz!
Alexandre M. Rangel
1
Declaração da Sociedade Civil na Cúpula Mundial sobre Sociedade da Informação – conferência da ONU.
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1. Introdução
Esta apostila é um manual de criação e gestão de um telecentro comunitário. Neste guia você vai conhecer
o que é um telecentro e vai aprender sobre as dificuldades para criar um telecentro comunitário e como
romper as barreiras para que o projeto seja bem sucedido.
A finalidade deste material é ajudar na criação e gestão de um telecentro comunitário. Aqui você vai
entender porque os telecentros devem ser fiscalizados e gerenciados com o apoio de um Conselho Gestor,
eleito pelos moradores da comunidade e como isto deve ser feito. Aqui você vai encontrar modelos de
formulários, modelos de pesquisas, fichas de inscrição, enfim todo o material para dar continuidade à
gestão de um telecentro.
Este guia pode ser utilizado por qualquer pessoa ou organização. Todo o conteúdo é livre, ou seja, qualquer
um pode pegar, modificar, distribuir e usar em parte ou no total. Este conteúdo, porém, não pode ser
utilizado para fins comerciais e pedimos que aqueles que utilizarem este conteúdo que reconheçam a
origem do mesmo e que façam o seu conteúdo livre também. Isso significa que se você copiar algo de nós,
o seu conteúdo também deverá ser livre. Esperamos que você encontre aqui as respostas às suas dúvidas.
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2. O que é um telecentro e para que serve?
Telecentros são espaços com computadores conectados à Internet. Cada unidade possui normalmente
entre 10 e 20 micros. O uso livre dos equipamentos, cursos de informática básica e oficinas especiais são
as principais atividades oferecidas à comunidade local. Cada telecentro possui um Conselho Gestor,
formado por membros da comunidade e eleitos pela mesma, que ajudam na fiscalização e gestão do
espaço. É um projeto de uso intensivo da tecnologia da informação para ampliar a cidadania e combater a
pobreza, visando garantir a privacidade e segurança digital do cidadão, sua inserção na sociedade da
informação e o fortalecimento do desenvolvimento local. Um dos objetivos principais do projeto é organizar
uma rede de unidades de múltiplas funções que permita às pessoas adquirirem autonomia tecnológica
básica e privacidade a partir do software livre.
Combater a exclusão digital é o objetivo central dos telecentros. Trata-se de uma iniciativa fundamental
para capacitar a população brasileira e inseri-la na sociedade da informação, a fim de assegurar a
preservação de nossa cultura construindo sites de língua portuguesa e de temáticas vinculadas ao nosso
cotidiano, qualificando profissionalmente nossos trabalhadores, incentivando a criação de postos de
trabalho de maior qualidade, afirmar os direitos das mulheres e crianças, para um desenvolvimento
tecnológico sustentável e ambientalmente correto, aprimorando a relação entre o cidadão e o poder
público, enfim, para obter a construção de uma cidadania digital e ativa.
O Conselho Gestor é criado para realizar a gestão do telecentro. Este Conselho será eleito pela
comunidade e será composto por membros da mesma e por parceiros envolvidos que serão co-
responsáveis na fiscalização e gestão do telecentro e terão mandato de 1 a 2 anos, sendo permitido
apenas uma recondução.
Normalmente o Conselho Gestor no primeiro ano de seu funcionamento, será composto por membros da
comunidade e representantes da organização que estiver implantando o telecentro. Já no segundo ano o
Conselho Gestor será composto apenas por membros da comunidade podendo contar com o apoio desta
organização.
Uma vez formado, o Conselho Gestor terá como finalidade estabelecer as regras de funcionamento e o uso
do espaço do telecentro, apontando os rumos futuros, incentivando o exercício pleno da cidadania e dando
ferramentas para que a comunidade se desenvolva social e economicamente.
Uma das primeiras tarefas do Conselho Gestor é identificar as necessidades de informação e comunicação
da comunidade e designar Instrutores(as) e Monitores(as) que estarão mais envolvidos no começo e na
gerência no dia-a-dia do telecentro.
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Uma pessoa para fazer parte do Conselho Gestor deve basicamente:
Ser um representante da comunidade;
Estar compromissado para com a comunidade e o telecentro;
Ser ativo – Membros do Conselho Gestor que só assistem reuniões e não fazem mais nada são inúteis
ao telecentro!
Os membros do Conselho podem ajudar o telecentro de diferentes modos se entre eles houver uma
mistura certa de habilidades. Você nunca deve se esquecer que um telecentro precisa servir aos residentes
da comunidade ou aos residentes da vizinhança. Assim, as vozes da comunidade precisam ser ouvidas
pelo Conselho Gestor desde o princípio. Isto é muito importante, não só para identificar os serviços mais
apropriados, mas também para gerar uma sensação de propriedade do telecentro desde o começo.
Para voluntários, a orientação deve oferecer uma oportunidade de conhecer seu supervisor para discutir
suas tarefas, estabelecer horários individuais e revisar a carta de compromisso. Depois que os novos
funcionários forem orientados, eles podem precisar de treinamento especializado para realizar suas
funções, como um treinamento técnico para operar o equipamento, que será sua prioridade. Os voluntários
devem ser orientados também como manter um bom relacionamento com o usuário e como treiná-los na
busca por informações na Internet.
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6. Funções do Instrutor(a)
O instrutor terá papel de multiplicador na utilização da tecnologia digital. Ele deverá atuar como facilitador
na interação entre tecnologia e aprendizagem, fazendo desta forma com que os alunos capacitados façam
o que chamamos de uso maduro da tecnologia.
7. Funções do Monitor(a)
Obviamente nem todas as tarefas do monitor(a) serão as mesmas para todos os telecentros. De qualquer
modo, há certas funções essenciais que um monitor(a) de telecentro deverá realizar:
Algumas atividades devem ser realizadas diariamente. É recomendável que o telecentro seja inspecionado
ao abrir, ao fechar e ao decorrer do dia. Você deve se certificar que o equipamento esteja sempre
funcionando adequadamente, que as instalações estejam limpas e que a impressora tenha papel. Há
também outras coisas que devem ser verificadas no início e no final de cada dia:
Verifique se todos os equipamentos estão ligados na tomada. Os mesmos devem ser ligados todas as
manhãs antes do telecentro abrir;
Cheque se os computadores e as impressoras estão funcionando;
Registre os papéis desperdiçados na impressora, certifique-se de que há papel suficiente na impressora
e assegure-se de que o telecentro tem papel e toner extra;
Faça a manutenção regular do equipamento e não espere até que ele quebre. Solicite assistência
técnica se necessário;
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Mantenha o telecentro limpo e se houver qualquer dano nas instalações, nos móveis ou nos
equipamentos, conserte-os imediatamente ou comunique ao Conselho Gestor.
Um telecentro limpo não é somente mais convidativo, acarreta também menos quebras e defeitos. Abaixo,
algumas regras importantes de limpeza:
É esperado que o Monitor(a) do telecentro saiba como operar todo o equipamento existente. Por exemplo,
como trocar o toner, um cartucho de tinta, o papel da impressora, etc. Os monitores(as) do telecentro
também precisam ser capazes de localizar defeitos antes que eles aconteçam e se possível, consertá-los.
Chamar um técnico deve ser a última opção, mas não deve ser prorrogada desnecessariamente.
Ao final do dia, depois do fechamento do telecentro, três coisas devem ser feitas:
Sempre tente se manter calmo e amigável quando lidar com reclamações; nunca fique nervoso. O
usuário é a pessoa mais importante do telecentro;
Ouça com atenção e peça desculpas. Reconheça o sentimento do usuário e explique o que fará para
corrigir o problema. Agradeça o usuário por trazer o problema ao seu conhecimento;
Aprenda a aceitar críticas – seja sempre amigável e tente solucionar o problema rapidamente. Seja
criativo; tome medidas de emergência se for razoável;
Nunca evite pessoas que estejam sempre reclamando e choramingando. Receba-os sempre. Não deixe
que as coisas se tornem pessoais, mantenha-se calmo, mesmo que o cliente não esteja sendo
plausível. Concentre-se no problema e não na pessoa;
Se você não pode resolver o problema, não hesite em pedir ajuda ao Conselho Gestor.
Registro de relatos de reclamações são muito importantes porque essa é a única forma de aprender com
os problemas e melhorar os serviços para o benefício dos usuários. Você pode usar o formulário abaixo
para registrar as reclamações:
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Formulário de Registro de Reclamações do Telecentro
Nome do Telecentro
Nome do usuário
Data e hora do registro da reclamação
Reclamação
Observações
Você deve registrar os defeitos com clareza, a data e o horário que você pediu o reparo. Essas informações
devem ser incluídas no relatório diário e mensal para o Conselho Gestor. Você pode usar o formulário
abaixo para registrar os defeitos:
Data do conserto
Solução realizada
Custo do conserto
Observações
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10. Normas de Funcionamento
Todo telecentro precisa de uma lista de regras para sua utilização. A razão dessas regras é garantir que
todo usuário tenha o total benefício do telecentro. As regras existem para proteger o telecentro e os direitos
dos usuários de usar o equipamento produtiva e efetivamente.
As regras devem fazer sentido para a comunidade. Se uma regra do telecentro determina que ninguém
pode correr, é para garantir que ninguém tropece em um cabo e se machuque. Se uma regra do telecentro
determina que ninguém pode comer enquanto acessa a internet, essa regra serve para garantir que farelos
e restos de comida não estraguem o equipamento que é muito caro! Muitas das regras do telecentro devem
ser exibidas em avisos.
Todo usuário do telecentro deve receber uma lista com regras com as quais eles deverão concordar e
assinar. Esta é uma lista de possíveis regras para usuários do telecentro:
1. Horário de funcionamento – O telecentro está aberto ao público: das [__] às [__] horas, de segunda à
sexta-feira; das [__] às [__] horas aos sábados; e das [__] às [__] horas aos domingos;
2. Respeito no atendimento ao cidadão – O técnico de unidade e monitores são os responsáveis pelo
funcionamento e gerenciamento do telecentro, conforme as decisões tomadas pelo Conselho Gestor.
Eles estão orientados a atender com educação a população;
3. Uso gratuito – todo cidadão tem direito ao uso gratuito dos equipamentos dentro do horário estabelecido
acima;
4. Limpeza do local – Como muitas pessoas passam pelo telecentro, é natural que o local e os
equipamentos sujem rápido. A limpeza do telecentro é uma das tarefas compartilhadas com a
comunidade. Comidas e bebidas não são permitidas perto dos computadores;
5. Todos os usuários devem se registrar antes de usar o equipamento, preenchendo a ficha de cadastro;
6. O uso do telecentro sempre será realizado com o acompanhamento de um(a) instrutor(a) ou monitor(a)
capacitado e da comunidade;
7. Se o aplicativo que você está usando tem som, por favor certifique-se que você desligou o som ou use
fones de ouvido;
8. Usuários com menos de 14 (quatorze) anos só são bem-vindos no telecentro até às 17 horas;
9. Um adulto deve acompanhar crianças menores de 10 (dez) anos;
10.Economia – Os materiais do telecentro devem ser consumidos de forma racional, para que o maior
número de usuários possível se beneficie. Para evitar o consumo exagerado da tinta da impressora e
das folhas de papel, cabe ao Conselho Gestor coibir o desperdício, limitar o número de impressões por
usuário e regulamentar o uso do equipamento do telecentro;
11. Cuidados com o equipamento – A conservação dos equipamentos é uma tarefa de todos, mas quem
responde pelo estado das máquinas e instalações do Telecentro é o agente técnico de unidade.
Qualquer defeito no equipamento deve ser comunicado ao monitor e ao agente técnico de unidade do
telecentro, que tomará as devidas providências;
12.Gestores(as), Monitores(as)(as) e Instrutores(as)(as) do telecentro se reservam ao direito de pedir a
qualquer pessoa que se retire a qualquer momento, se esta estiver indo de encontro com as regras da
boa utilização do telecentro;
13.Usuários do telecentro devem respeitar outras atividades que estejam acontecendo. Eles não devem
fazer barulho ou interferir com outros usuários do telecentro;
14.Na hora de fechar, os usuários devem terminar o que estejam fazendo e deixar as instalações;
15.Computadores somente podem ser usados durante as horas definidas. Se você chegar cedo, por favor
aguarde do lado de fora;
16.Cuide para que o local permaneça bem fechado. Medidas de segurança podem evitar o furto dos
equipamentos e o fechamento do espaço.
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11. Utilizando software livre
O Software Livre tem como característica principal o fato de que os usuários possuem a liberdade de
alterá-lo. Dessa forma, torna-se possível aperfeiçoar as funcionalidades dos aplicativos, adaptá-los às suas
necessidades, sejam elas pessoais ou comerciais. O Software Livre se baseia em quatro liberdades:
1. A liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades. Nesse
sentido, o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
3. A liberdade de redistribuir cópias, de modo que você possa ajudar ao seu próximo;
4. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a
comunidade se beneficie. Novamente, o acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta
liberdade.
A utilização do Software Livre nos telecentros comunitários encaixa-se nos objetivos de inclusão digital do
Governo Federal, porque:
Estimula naturalmente a difusão do conhecimento, permitindo que mais pessoas tenham acesso às
oportunidades abertas pelas novas tecnologias;
Cria uma rede de compartilhamento de usuários no uso de softwares livres;
Estimula o desenvolvimento da tecnologia nacional porque, através do Software Livre, os
desenvolvedores brasileiros podem criar soluções totalmente adaptadas à realidade nacional, a
partir dos programas desenvolvidos pela comunidade mundial de programadores;
Ajuda na estabilização da economia, pois não é mais necessário o envio de dinheiro ao exterior a
título de compra e serviços de software proprietário.
O inventário de hardware deve incluir: detalhes de todos os equipamentos com o número do modelo e com
o número de série, com a data, a fonte, o preço de compra ou valor do equipamento e sua garantia, além
de uma lista de fontes de manutenção e reparo para cada tipo de equipamento.
Os equipamentos e móveis do telecentro estão vulneráveis a danos causados por roubo, vandalismo,
acidentes e desastres naturais. Um programa de gerenciamento de risco estabelece medidas preventivas
para minimizar riscos e garantir que funcionários e usuários do telecentro conheçam e cooperem para que
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essas medidas sejam postas em prática. Há muitas maneiras de se lidar com gerenciamento de risco, e as
necessidades de um telecentro em uma área rural podem ser bem diferentes das necessidades de um
telecentro em uma cidade.
Nota: Um plano de prevenção de risco deve ser feito pelo Comitê Gestor do telecentro. O
coordenador deve saber sobre o plano. Uma lista com telefones e serviços de emergência deve
estar bastante accessível. Uma vez que o plano de gerenciamento de risco esteja pronto, cópias
devem ser distribuídas a todos os funcionários do telecentro.
Outra opção é cobrar uma taxa simbólica nos cursos que forem ministrados, pelos instrutores(as) da
comunidade ou pelo uso livre da Internet que será investido no próprio telecentro.
Outra alternativa para a sustentabilidade, que deve ser discutida com o Conselho Gestor, é a criação do
“Amigo do Telecom Livre”, propondo uma taxa para associação ao telecentro, onde os comerciantes locais
que se associarem, terão direito a utilizá-lo para emissão de certidões e para capacitarem os seus
funcionários.
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15. Instalação elétrica – Recomendações básicas para aterramento (EIA/TIA 607)
Obs.: Segundo o padrão NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) a polarização
das tomadas é muito importante, principalmente para os equipamentos interligados. Pois, neste caso, o não
comprimento desta pode causar uma diferença de potencial (DDP) entre os equipamentos, danificando
imediatamente a porta utilizada para a comunicação e ainda podendo danificar todo equipamento.
NEUTRO = Preto
FASE = Branco
TERRA = Azul ou Verde
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16. Instalação elétrica – Modelo de Layout
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17. Anexo – Lista de Presença
[Nome do Telecentro]
Curso: __________________________________________
Instrutor: ________________________________________
Lista de Presença
Nome 1º 2º 3º 4º 5º
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
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18. Anexo – Ficha de Cadastro (frente)
[Nome do Telecentro]
Ficha de Cadastro
Preencha o formulário com seus dados para efetuar a sua inscrição nos cursos ou para utilizar o telecentro.
Comunidade:
Dados Pessoais:
Nome Completo:
Email:
Renda Familiar (R$): [ ] até 300,00 [ ] de 300,00 a 600,00 [ ] de 600,00 a 1.000,00 [ ] Mais de 1.000,00
Residência:
Rua/Avenida/Travessa:
Questionário:
1) Você lê algum jornal ou revista regularmente? [ ] Sim [ ] Não
3) Se sim. Você acredita que este tipo de serviço possa contribuir para a inclusão social e recuperação da cidadania da
população em comunidades de baixa renda e excluídas da sociedade? [ ] Sim [ ] Não
4) Qual a sua expectativa com relação a implantação e utilização de um telecentro na sua comunidade?
[ ] Muito boa [ ] Boa [ ] Regular [ ] Ruim
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18. Anexo – Ficha de Cadastro (verso)
[Nome do Telecentro]
Ficha de Cadastro
Preencha o formulário com seus dados para efetuar a sua inscrição nos cursos ou para utilizar o telecentro.
Questionário (continuação...):
9) Se sim. De onde? [ ] Casa [ ] Casa de outra pessoa [ ] Trabalho [ ] Escola [ ] Telecentro [ ] Outro
11) Se sim. Qual a sua disponibilidade de horário? [ ] Manhã [ ] Tarde [ ] Noite [ ] Sábado
13) Qual a sua expectativa com relação ao telecentro (cursos, utilização, etc)?
Monitor
Instrutor
Usuário
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19. Anexo – Modelo de Certificado
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20. Anexo – Ficha de Avaliação
[Nome do Telecentro]
Ficha de avaliação em relação à capacitação realizada
Curso: _____________________________________________
Instrutor/a: ___________________________________________
Período: de ___/___/_____ à ___/___/_____
Nome do Participante:
Nas questões a seguir, assinale na lacuna o número que melhor expressa sua opinião sobre o ítem,
utilizando a seguinte escala: 1. Deficiente 2. Regular 3. Bom 4. Excelente
I. Instrutor/a
1) O instrutor/a foi capaz de fazer o aluno/a se interessar pelo assunto abordado nas aulas: [ ]
2) Você compreendeu com facilidade o que o instrutor/a ensinou: [ ]
3) O instrutor/a conhecia bem os assuntos que foram passados durante as aulas: [ ]
4) As aulas foram bem preparadas pelo instrutor/a: [ ]
5) A variedade do material utilizado pelo instrutor/a para ensinar foi: [ ]
6) Pontualidade e freqüência do instrutor/a: [ ]
7) A confiança e a segurança que o instrutor/a passou ao aluno/a: [ ]
8) O relacionamento do instrutor/a com a turma: [ ]
Escreva a seguir quaisquer comentários / sugestões que você julgue relevante sobre o curso e / ou
instrutor/a, visando melhorar a qualidade de futuros eventos da espécie:
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21. Anexo – Modelo para as normas de funcionamento do telecentro
[Nome do Telecentro]
Normas de funcionamento do telecentro
2.Limpeza do local – Comidas e bebidas não serão permitidas dentro da sala dos computadores;
3.Todos os usuários deverão se registrar com o monitor antes de se sentar para usar o equipamento;
4.O uso do telecentro sempre será realizado com o acompanhamento de um(a) instrutor(a) ou monitor(a)
capacitado e da comunidade;
5.Usuários com menos de [x] anos deverão estar acompanhados de um responsável para que possa fazer
uso do telecentro;
6.Usuários de [x] a [y] anos deverão trazer a autorização assinada pelo responsável para que possa fazer
uso do telecentro;
8.Qualquer defeito no equipamento deve ser comunicado ao monitor, que tomará as devidas providências;
10.Usuários do telecentro devem respeitar outras atividades que estejam acontecendo. Eles não devem
fazer barulho ou interferir com outros usuários do telecentro;
11.Na hora de fechar, [x] minutos antes, o monitor irá alertar aos usuários para que gravem seus trabalhos.
Não será permitido a permanência de nenhum usuário fora do horário de funcionamento;
12.Os computadores podem ser usados somente durante as horas definidas. Se você chegar cedo, por
favor aguarde do lado de fora;
13.Não será permitida a entrada de pessoas sem camisa, com roupas de banho, tops, shorts ou saias
muito curtos;
14.A internet está com acesso gratuito até [data] com verba do governo por isso o acesso não pode ser
cobrado. A partir de [data] será cobrada uma taxa para utilização da internet.
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22. Anexo – Modelo para as funções que o monitor(a) do telecentro deverá realizar
[Nome do Telecentro]
Funções que o monitor(a) do telecentro deverá realizar
11. Juntamente com o Conselho Gestor do telecentro, realizar uma avaliação contínua do telecentro;
12. Comparecer às reuniões do Conselho Gestor e apresentar relatórios mensais das atividades, da
utilização e dos resultados do telecentro;
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23. Anexo – Modelo de autorização para utilização do telecentro
Regras de Funcionamento do Telecentro Autorização
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24. Anexo – Modelo de Projeto
Um projeto deve ter alguns ítens fundamentais para a sua apresentação à um investidor ou organização
interessada em financiá-lo, são eles:
Apresentação
A apresentação é a uma das partes mais importantes na elaboração de um projeto. É nela que o parceiro,
ou o investidor poderá entender – de forma rápida e objetiva – a proposta integral do projeto. Seja claro e
objetivo, incluindo apenas as informações essenciais ao entendimento do projeto. Descreva de modo
sucinto o projeto, seu histórico, o objetivo geral, as metodologias a serem aplicadas, as atividades
previstas, os resultados esperados e o valor do investimento solicitado.
É fundamental destacar NÚMEROS que demonstrem os resultados concretos a serem obtidos com a
execução do projeto. Isso ajuda a situar o parceiro-investidor quanto às dimensões e ao potencial
transformador do projeto.
Justificativa
O proponente deve responder às questões: por que e para que executar o projeto?
Objetivo Geral
Identifique os benefícios de ordem geral que as ações do projeto deverão propiciar aos beneficiários.
Objetivos Específicos
Estes objetivos referem-se às etapas intermediárias que deverão ser cumpridas no curso do projeto.
Metodologia Empregada
Descreva a maneira como as atividades serão implementadas, incluindo os principais procedimentos, as
técnicas e os instrumentos a serem empregados. Destaque outros aspectos metodológicos importantes,
como a forma de atração e integração dos públicos beneficiários; os locais de abordagem desses grupos
ou de execução das atividades; a natureza e as principais funções dos agentes multiplicadores; os
mecanismos de participação comunitária no projeto e outros. É preciso que se descreva com precisão de
que maneira o projeto será desenvolvido, ou seja, COMO FAZER.
Avaliação de Processo
Esta modalidade de avaliação refere-se à forma como o projeto é conduzido, à eficiência dos métodos e
procedimentos empregados, de modo a se poder fazer mais com menos. A avaliação de processo ou
processual mede o progresso na realização dos objetivos; identifica e mensura os aspectos ligados ao
como fazer, tais como a qualidade dos materiais didáticos utilizados, o aproveitamento dos capacitandos
(%), o índice de freqüência, etc.
Para cada atividade principal, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos de progresso do projeto
e, ainda, os meios de verificação das informações, ou seja: onde, quando e como as informações serão
coletadas e analisadas.
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Avaliação de Resultados
Esta modalidade refere-se à eficácia dos métodos e procedimentos utilizados e denotam as transformações
sociais geradas pelas atividades. Para cada objetivo específico enunciado, identifique os indicadores
quantitativos e qualitativos dos resultados esperados, assim como os meios de verificação.
Avaliação de Impacto
O impacto é medido pela melhoria ocorrida na qualidade de vida e bem-estar do público-alvo direto ou
indireto, a médio e longo prazo, como resultado da melhoria das condições sociais. Para cada objetivo
específico, identifique os indicadores quantitativos e qualitativos do impacto social previsto para o projeto,
assim como os meios de verificação.
Parcerias e Alianças
Identifique as principais parcerias estabelecidas para a execução do projeto, especificando as funções de
cada uma.
Comunicação
Este módulo refere-se às formas e meios pelos quais o projeto dará conhecimento de suas ações aos
parceiros, líderes e formadores de opinião do Terceiro Setor, autoridades governamentais, público interno e
sociedade em geral. Destaque as estratégias e materiais a serem utilizados para esse fim, não confundindo
com a promoção de serviços junto aos beneficiários do projeto.
Cronograma
Relacione as principais atividades do projeto – de acordo com os objetivos específicos descritos –
indicando os prazos de realização de cada uma. Considerando o prazo de vigência do contrato de parceria
(12 meses), use o mês como unidade.
Orçamento
Considerando as principais atividades estabelecidas em cada objetivo específico, indique o valor do
investimento solicitado ao Programa, assim como a contrapartida da organização e os recursos
provenientes de outras fontes (se for o caso). Como contrapartida, poderão ser computados os valores
estimados das instalações, materiais e equipamentos da organização, cedidos ou utilizados na
implementação do projeto, assim como o valor das horas de trabalho da equipe técnica, desde que esses
ítens não estejam incluídos no investimento solicitado ao programa. Veja modelo em anexo.
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25. Anexo – Modelo de Planilha de Orçamento
2. Benefícios
Plano de Saúde/Ticket Ref.
Transporte e hospedagem
Encargos Sociais 45%
Sub-total
Sub-total
Total
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26. Anexo – Modelo de Termo de Adesão de Voluntariado (para aqueles telecentros
que criarem sua personalidade jurídica).
A SOCIEDADE DIGITAL, entidade beneficente, sem fins Estando as partes plenamente de acordo com o acima
lucrativos, situada na Rua Xyyyyy Zwwww, 1001, nesta cidade, exposto, subscrevem o presente em 2 (duas vias) de igual teor
inscrita no CNPJ sob o no 00.000.000/0001-00, neste ato e forma na presença das testemunhas abaixo.
representada pelo membro da Coordenação Executiva, JOÃO
DE JESUS NAZARÉ, CPF no 000.000.000-99 doravante Rio de Janeiro, 01 de janeiro de 2005.
denominada ENTIDADE, vem celebrar com YBYRAPYTANGA
DA SILVA, brasileiro, casado, Técnico em Manutenção,
Identidade no 999000999 CREA-RJ, CPF no: 000.000.000-99,
residente à Rua Ronaldinho da Silva, 2300/5, Botafogo, CEP: João de Jesus Nazaré Ybyrapytanga da Silva
21000-000, nesta cidade, denominado VOLUNTÁRIO neste Coord. Executivo Voluntário
instrumento particular, o presente TERMO DE ADESÃO, com
as seguintes condições abaixo: TESTEMUNHAS:
Cláusula 3a - O(A) voluntário(a) não estará obrigado (a) a Lei no 9.608, de 18 de fevereiro de 1998
cumprir horário,
Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências
Parágrafo Único – O horário acima estabelecido de pleno
acordo entre as partes, poderá ser revisto e alterado a O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
qualquer momento, por iniciativa de qualquer das partes, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
desde que conte com o expresso consentimento da outra. seguinte Lei:
Cláusula 4a - Poderá o voluntário(a) ser aproveitado em outras Art. 1o - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a
atividades da entidade durante a vigência deste instrumento atividade não remunerada, prestada por pessoa física a
particular, desde que conte com o seu consentimento expresso entidade pública de qualquer natureza, ou a Instituição privada
e sejam os horários compatíveis com a atividade mencionada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais,
na cláusula 2a deste termo de adesão. educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social,
inclusive mutualidade.
Cláusula 5a - As despesas expressamente autorizadas pela
entidade e realizadas em benefícios desta poderão ser Parágrafo Único - O serviço voluntário não gera vínculo
reembolsadas ao voluntário, se este assim o desejar. O empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista,
reembolso será efetuado mediante assinatura de recibo por previdenciária ou afim.
parte do voluntário.
Art. 2o - O serviço voluntário será exercido mediante a
Parágrafo Único – Caso o voluntário não deseje o celebração de Termo de Adesão entre a entidade, pública ou
reembolso, deverá esta manifestação de vontade ser privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo
expressa, mediante termo por escrito. constar o objeto e as condições de seu exercício.
Cláusula 6a - O presente instrumento particular terá início em Art. 3o - O prestador de serviço voluntário poderá ser
01 de janeiro de 2005 e término em 31 de dezembro de 2005, ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no
podendo, no entanto, ser rescindido antes do prazo mediante desempenho das atividades voluntárias.
comunicação escrita por uma das partes, com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, ou ser renovado mediante acordo Parágrafo Único - As despesas a serem ressarcidas
entre as partes. deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a
que for prestado o serviço voluntário.
Cláusula 7a - Fica eleito de comum acordo o Foro da Comarca
do Rio de Janeiro, com exceção de qualquer outro, por mais Art. 4o - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
especial que seja, para dirimir qualquer dúvida ou litígio
decorrente do cumprimento deste instrumento particular. Art. 5o - Revogam-se as disposições em contrário.
Por fim, consciente está o voluntário que o serviço voluntário, Brasília, 18 de fevereiro de 1998, 177o da Independência e
conforme Lei Federal no 9.608, que segue junto a este Termo, 110o da República
“não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
trabalhista, previdenciária ou afim”.
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27. Anexo – Modelo de Recibo de Voluntário
Nome Completo
[Nome do Voluntário]
Endereço Cidade Estado Cep
REMUNERAÇÃO
DESCONTOS
Adiantamento R$ -
Outros (adiantamentos) R$ -
Imposto de Renda R$ -
____________________________________________
[Nome do Voluntário]
CPF [Número do CPF]
BANCO:
AGÊNCIA:
CONTA CORRENTE:
FAVORECIDO:
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28. Anexo – Modelo de Despesas Mensais
Mês/Ano
[Nome do Banco] cheque valor
Voluntário – Ajuda de Custo, valores pagos
aos voluntários do telecentro [Nome do
Voluntário]
Contador
Aluguel
Telefone
Água
Luz
Material de Escritório
Limpeza
Conexão Internet
Provedor Internet
Despesas [mês]
Estimativa c/ CPMF e outros
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29. Anexo – Roteiro de cadastro no ICOX
CADASTRE-SE JÁ
Não deixe de se cadastrar no nosso gerenciador de comunidades ICOX, pois este será o seu canal de
comunicação e troca de saberes com os instrutores e com o projeto Furnas Digital.
Utilizando esta ferramenta, você poderá tirar dúvidas e dialogar com pessoas de outros telecentros, que já
passaram pela experiência de montagem e organização do espaço comunitário para utilização dos
equipamentos doados, bem como na instalação e manutenção da internet.
Para finalizar o cadastro, não esqueça de justificar o seu pedido de ingresso ao ICOX, pois seu
cadastro só será aceito com o preenchimento deste, coloque o nome da sua comunidade, quando
aconteceu a capacitação e o nome do instrutor/a;
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3. Para concluir o seu cadastro basta clicar no botão FINALIZAR CADASTRO e suas informações
serão enviadas ao administrador do ICOX.
4. Após aprovação do administrador você receberá um email autorizando o seu cadastro com um link
para que você acesse sua conta.
OBSERVAÇÕES
Não esqueça o seu login e sua senha, pois o usuário só poderá acessar o ICOX com o
preenchimento desses campos. Porém, caso isso aconteça, clique em ESQUECEU a SENHA ou
LOGIN?, que está localizado logo na Página Inicial do ICOX. Este botão irá direcioná-lo para uma
página que pedirá o nome do e-mail cadastrado no segundo passo. É só digitar esse e-mail no campo
determinado, clicar em enviar e pronto, as informações da sua senha e do seu login estarão dispostos
no e-mail que foi informado no seu cadastro!
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30. Glossário
A
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
A ABNT desenvolve Programas de Certificação em diversas áreas, conforme os modelos internacionais
aceitos e estabelecidos no âmbito do Comitê de Avaliação da Conformidade (CASCO) da ISO. E publicou
em outubro de 2001 a norma Norma NBR ISO/IEC 17799 “Tecnologia da informação - Código de prática
para a gestão da segurança da informação”.
B
Backbone
Significa "espinha dorsal" em português. Em termos de internet, o backbone é uma rede composta por
linhas de conexão de alta velocidade, que interliga redes de menor porte e velocidade inferior.
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Banda
Nome que designa uma faixa de freqüência delimitada no espectro magnético. A autoridade que
regulamenta as telecomunicações reserva uma banda para cada tipo de serviço, para evitar interferências
entre os sinais.
BID
Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Broadband
Ver Banda Larga.
Browser
O Browser é o nome genérico do programa que nos permite navegar na Internet. Os mais populares são o
Internet Explorer e o Netscape Navigator.
C
CCITT (Comité Consultatif Internationale de Telegraphie et Telephonie)
Um comitê internacional em que se discutem padrões para telecomunicações. Hoje, foi absorvido pela UIT.
Chat
Termo inglês que significa bate-papo, conversa, conversar. É utilizado para designar serviços onde os
usuários de redes de computador podem trocar mensagens em tempo real, na forma de conversa escrita
na tela. A maioria das redes de computadores permite a realização de ‘conversas’ entre seus usuários. Na
Internet, a ferramenta mais comum de chat é o conhecido IRC (Internet Relay Chat – bate-papo através da
Internet).
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CG ou CGI-BR (Comitê Gestor da Internet no Brasil)
Foi criado a partir da necessidade de coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços internet no país e
com o objetivo de assegurar qualidade e eficiência dos serviços ofertados, assegurar justa e livre
competição entre provedores e garantir a manutenção de adequados padrões de conduta de usuários e
provedores. Publicou em Setembro de 2002 o documento “Práticas de Segurança para Administradores de
Redes Internet” através do NBSO (NIC BR Security Office).
Ciberespaço
Um ambiente artificial gerado pelo computador, projetado para maximizar a liberdade de movimento e a
imaginação do usuário.
Comunidade virtual
Grupo de pessoas, ligadas por interesses comuns, que se reúnem no ciberespaço, ou que freqüentam os
mesmos sites.
Cracker
Ver Hacker.
Criptografia
Criptografia é a técnica de converter (cifrar) uma mensagem ou mesmo um arquivo utilizando um código
secreto, com o propósito de segurança. As informações nele contidas não podem ser utilizadas ou lidas até
serem decodificadas.
D
Digital Divide
Ver Brecha Digital
Diveo
A Diveo Broadband Networks, Inc. é uma empresa de infra-estrutura de Internet e provedora de
comunicações. Oferece serviços através de uma rede de banda larga fixa sem fio e de fibra,
disponibilizando sua conectividade de "primeira milha" para prover serviços de Internet, dados, voz e vídeo.
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DNS (Domain Name System)
Sistema de Nomes de Domínios. É uma base de dados hierárquica responsável pela conversão dos nomes
de domínios (Exemplo: socid.org.br) para o formato numérico (exemplo: 143.54.1.7), também chamado de
endereço IP. O DNS funciona como um catálogo de endereços mnemônicos da internet.
Download
Transferência de dados ou programas de um computador para outro através da Internet. O mesmo que
baixar (nesta acepção, diz-se também ‘fazer download’).
E
EDUCAUSE - Potencializando a Educação através da Tecnologia da Informação
ONG cuja missão é desenvolver a educação superior pela promoção do uso inteligente da tecnlogia da
informação.
E-mail
Ver Correio Eletrônico.
Endereço IP
É uma sequência de algarismos (exemplo: 192.168.0.1) que representa o endereço de um computador que
está ligado à Internet. A cada computador ligado à Internet corresponde um endereço IP. Os endereços sob
a forma www.nome.pt são utilizados para não ser necessário decorar números. Ao endereço
www.nome.com corresponde um endereço IP.
F
FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo)
Por decisão do Comitê Gestor da Internet no Brasil, a Fundação foi escolhida como administradora técnica
do registro de nomes e domínio e distribuição de números IP para ccTLD.br. Hoje essa função está sendo
realizada pelo NIC.br.
Fibras Ópticas
Meio de transmissão de alta velocidade para dados e voz. Estes são transportados através de um cabo
com duas fibras acondicionadas, no qual cada uma transporta um raio de luz em uma direção.
Firewall
Parede corta fogo. Combinação de hardware e software cujo papel é o de filtrar o trânsito de informações
entre redes fechadas (como as de uma empresa) e a internet. Impede que usuários não autorizados entrem
nesta rede interna, via internet, ou que dados de um sistema caiam na internet, sem prévia autorização.
Fórum
Ver Grupo de Discussão
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FTP (File Transfer Protocol)
Um protocolo que permite ao usuário, em um computador servidor, acessar e transferir arquivos para e de
outro computador servidor, pela Internet ou outras redes. O FTP também é usado como o nome de um
programa que o usuário seleciona para executar o protocolo.
G
GPS (Global Positioning System)
Tecnologia de localização geográfica de altíssima precisão que fornece as coordenadas (latitude e
longitude) do local onde está o portador do aparelho equipado com essa tecnologia.
GSM (Global system for Mobile Communications - Sistema Global para Comunicações Móveis)
Padrão digital para telefonia móvel.
H
Hacker
É o usuário ou programador com grande conhecimento e experiência sobre o funcionamento de
computadores e sistemas de rede, e que, por isso mesmo, se compraz em buscar e testar os muitos
recursos que eles podem oferecer. Seus feitos impulsionam a tecnologia, pois estimulam o aprimoramento
das técnicas de segurança e defesa de uma site. A palavra hacker, que incialmente designava um expert,
alguém com conhecimentos bastante profundos para explorar uma máquina e obter o que ela tem de
melhor, ganhou outra conotação: pessoa que pratica fraudes e violações, penetrando em computadores e
sistemas de rede, como a Internet. Nesta acepção (uso dos conhecimentos para ações destrutivas), é mais
indicado o uso da palavra cracker.
Hiperlink
É a ligação de um item em um hiperdocumento a outros documentos. Este link pode levar a um texto, uma
imagem, som, vídeo ou outro hiperdocumento, através do seu endereço na Rede. Quando "clicadas" nos
levam para o assunto desejado, mesmo que esteja em outro arquivo ou servidor.
Home Page
Página de um sítio da internet. Referenciado por um endereço eletrônico ou hiperlinks. Escrita em HTML,
pode conter textos, imagens, sons, ponteiros ou links para outras páginas ou outros servidores da internet,
etc.
Host
Um computador servidor designado para hospedar e fornecer páginas HTML, arquivos de execução e de
conteúdo, banco de dados, e outros fluxos de dados e serviços de busca.
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I
IAB (Internet Architecture Board)
Conselho de Arquitetura Internet, que coordena e supervisiona as atividades da IETF.
ICOX
Primeiro gerenciador de inteligência coletiva desenvolvido em software livre no Brasil, que utiliza as
potencialidade da Web 2.0.
Internet
É a rede das redes, que é formada por um vasto conjunto de redes independentes ligadas entre si. A
internet liga computadores de diferentes tipos e dimensões e permite a comunicação entre pessoas de
diferentes países, raças e culturas.
Internet2
Projeto coordenado pela UCAID (University Corporation for Advanced Internet Development), da qual o
Brasil faz parte. É patrocinado pelo governo americano, como parte do Programa NGI - Next Generation
Internet, que visa a implantação de uma rede Internet de alta velocidade para o desenvolvimento de
serviços e aplicações avançadas de rede, como videoconferência por exemplo. Diversos órgãos federais e
empresas interessadas colaboram com o projeto que envolve 100 universidades norte-americanas. No
Brasil entrou em operação com o novo backbone RNP2, interligando as Redes Metropolitanas de Alta
Velocidade.
Intranet
Rede projetada para o processamento de informações dentro de uma organização ou residência. As formas
possíveis de utilização de uma intranet abrangem serviços como a distribuição de documentos, distribuição
de software, acesso a bancos de dados e capacitação.
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IP (Internet Protocol)
Protocolo Internet. Informação que define o endereço de um computador dentro de um protocolo TCP/IP
com o propósito de localizá-lo dentro da internet. Entre suas funções está a definição das melhores rotas
para envio de mensagens, reconhecimento de mensagens recebidas, etc.
L
LACNIC (Latin American and Caribbean IP Address Regional Registry)
O Registro de Endereçamento de Internet para América Latina e Caribe, é uma organização emergente que
administrará o espaço de endereçamento IP, Números de Sistemas Autônomos (ASN), resolução reversa e
outros recursos para a região da América Latina e Caribe em nome da comunidade internet.
Link
Ver Hiperlink
M
MANs (Metropolitan Area Networks - Redes de Área Metropolitana)
Conceito que define as interligações de redes locais (LANs) que se encontram em uma mesma cidade ou
campus, é uma rede de abrangência metropolitana.
N
Newsgroup
Literalmente, grupo de notícias. Coletânea de títulos de notícias que circulam na Usenet, tanto de caráter
técnico como geral, dispostos de modo a permitir que o usuário selecione as de seu interesse. Funciona
como um quadro de avisos e permite a troca de mensagens entre as pessoas que o freqüentam. Os nomes
dos newsgroups costumam ser compostos de partes separadas por pontos, de acordo com o assunto de
que tratam. Tipos de newsgroups mais conhecidos: sci (científicos); soc (sociais, notícias); comp
(computadores).
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NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que desde
dezembro de 2005 implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, conforme
explicitado no comunicado ao público e no estatuto do NIC.br. Dentre suas atribuições estão: o registro e
manutenção dos nomes de domínios que usam o <.br>, e a distribuição de endereços IPs, através do
Registro.br; o tratamento e resposta a incidentes de segurança em computadores envolvendo redes
conectadas à Internet brasileira, através do CERT.br; a promoção da infra-estrutura para a interconexão
direta entre as redes que compõem a Internet Brasileira, através do PTT.br; divulgação de indicadores e
estatísticas e informações estratégicas sobre o desenvolvimento da Internet brasileira, através do
CETIC.br; o suporte técnico e operacional ao LACNIC, Registro de Endereços da Internet para a América
Latina e Caribe.
O
OCDE (Organization for Economic Co-operation and Development)
A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma entidade internacional que ajuda o
desenvolvimento econômico e social de Governos a enfrentar a economia glabalizada. Ela reúne os 30
países mais desenvolvidos do mundo.
P
Plug-Ins
Extensões do browser, fornecidas pelo fabricante do browser ou empresas parceiras que fornecem
recursos adicionais de multimídia, facilitando a visualização de textos, som, vídeo, etc. e maior interação
com o usuário.
Portal
Tipo de site que funciona como uma porta de entrada para uma série de serviços e informações na Internet,
oferecendo ao usuário, entre outros serviços, correio eletrônico, notícias, chats, sistema de busca e links
para diversas páginas da web. Os portais atuam como editores de conteúdos próprios e como agregadores
de conteúdos produzidos por terceiros, como artigos e informações culturais. Conforme o perfil dos
usuários de um portal, este pode ser classificado como horizontal ou vertical. Portais horizontais são
acessados por um público heterogêneo, com interesses variados (que formam comunidades horizontais),
ao passo que um portal vertical atrai pessoas especializadas em um tema específico (como negócios,
informática, educação) ou um determinado segmento de público ligado a interesses comuns (por faixa
etária, crença religiosa, etc.), ou seja, comunidades verticais.
Protocolo
Conjunto de regras e procedimentos técnicos para o intercâmbio de dados entre computadores ligados em
rede.
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Provedor de Acesso
Nome dado às empresas que oferecem o serviço de acesso à internet para usuários residenciais ou
empresas.
Provedor de Informação
Instituição cuja finalidade principal é coletar, manter e/ou organizar informações on-line para acesso através
da internet por parte de assinantes da rede.
R
RIPE NCC (RIPE Network Coordination Centre)
É uma cooperativa, formada por voluntários e um dos quatros RIR que existem na internet mundial,
provendo serviçõs de alocação e registro de números IPs, servindo a Europa, Ásia Central e parte da
África.
Root-Servers
Ver Servidores-Raiz.
S
Search Engine
Ver mecanismo de busca
Servidores-Raiz (Root-Servers)
São 13 servidores, responsáveis pela tradução dos nomes que digitamos na internet (www.socid.org.br)
para a seqüência de quatro grupos de três números (código binário de 32 bits – 192.168.1.100) que são
chamados DNS (Domain Name System – Sistema de Nome de Domínio). Normalmente utilizamos o
servidor DNS do nosso provedor, que por sua vez consulta outro servidor DNS. Estes segundos servidores
estão sob a administração do ICANN. Desses 13 servidores, dez estão espalhados pelos EUA, iniciando
em A-root-server, dois deles não tem localização fixa (J- e L-root-servers) e o ultimo (M-root-server) está
localizado no Japão.
Sítio (site)
Na internet, designa um conjunto de páginas que representa uma pessoa, uma instituição ou uma empresa
na rede. O sítio da Sociedade Digital por exemplo, fica no endereço htpp://www.socid.org.br.
T
Taxa de Transmissão
É a razão entre a quantidade de dados transmitidos e o tempo utilizado para fazê-lo, sendo este tempo
usualmente expresso na forma unitária. A taxa de transmissão depende da banda disponível e da
quantidade de ruído presente em uma linha de transmissão.
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TCP/IP (Transmission Control Protocol/ Internet Protocol)
Protocolo usado na comunicação entre computadores de redes diferentes. O IP garante o endereçamento
de todas as máquinas na internet e o encaminhamento das mensagens entre essas várias máquinas.
Teleconferência
Conferência entre pessoas situadas em locais diferentes, em tempo real, através da rede de computadores.
Palestra ou debate on line sobre assuntos pré-determinados, entre usuários de correio eletrônico, Internet,
Intranet ou BBS, com a eventual participação de convidados (autoridades no assunto em pauta, políticos,
artistas, etc). A conferência pode ser também produzida a partir de artigo, entrevista ou monografia de
especialistas no assunto colocado em discussão.
Country Code Top Level Domains (ccTLD) - ccTLD são como os códigos de países em um número de
telefone e indicam o país em que o domínio é registrado. (por exemplo: .BR refere-se ao Brasil; .FR à
França; .DE à Alemanha e assim por diante). Cada país mantêm órgãos responsáveis por regulamentar e
concentrar as atividades de registro de domínios no ccTLD correspondente.
Generic Top Level Domains (gTLD) - Os gTLD inidicam apenas a área em que o registrante atua sem
associá-lo a um país específico. Os disponíveis são .COM para entidades comerciais ; .NET para entidades
com serviços de rede ou telecomunicações e .ORG para organizações sem fins lucrativos.
U
UNDP (United Nations Development Programme)
Ver PNUD.
V
Vírus
Um programa destrutivo que se replica a si próprio em sistemas de computador, incorporando-se em outros
programas que são partilhados por outros sistemas de computador.
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W
WANs (Wide Area Networks - Redes de longa distância)
Conceito que define as interligações de redes locais (LANs) que se encontram em cidades, estados ou
países diferentes. Rede de comunicações que cobre uma área geográfica ampla, tal como um estado ou
país, normalmente com alcance entre 100 e 1000 milhas.
Web 2.0
Mudança de paradigma da utilização da internet. Com o conceito web 2.0, a internet deixa de ser apenas
um meio que replica outros meios de comunicação e passa a ser um local propício para a geração de
bases de inteligência coletiva-colaborativa-livre, onde o/a usuário/a passa a ser receptor-fornecedor de
informações, deixando de ser apenas um expectador passivo. Ele agora tem o poder para interagir.
Web mail
Significa correio via Internet. Sistema de correio eletrônico que pode ser aberto em qualquer computador,
em todos os lugares que tenham acesso à Internet. Este sistema possibilita ao usuário um e-mail pessoal
sem necessidade de um provedor específico, podendo, portanto, ser acessado em qualquer lugar do
mundo.
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31. Fontes
AFONSO, Carlos Alberto. Internet: quem governa a infra-estrutura? RJ. ILDES / FES. Abril, 2002.
http://www.cg.org.br
http://lacnic.net/pt/index.html
http://www.socinfo.org.br
http://www.icann.org
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32. Anexo – Apresentação da SOCID
A SOCID é uma Organização Não Governamental sem fins lucrativos, com mais de 7 (sete) anos de
trabalhos voltados para socialização das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação). Nossa missão
é democratizar o acesso aos meios digitais de informação, com prioridade para os segmentos sociais
discriminados e em situação de risco, tornando as ferramentas de Tecnologia da Informação, instrumentos
potencializadores de arte, educação e cultura, promovendo assim a inclusão social e contribuindo para
capacitação profissional de crianças, jovens e adultos. Nosso principal objetivo é ajudar a sociedade civil
organizada (ONGs e Associações) a participar do processo da revolução digital, levando as ferramentas de
TI até elas.
Acreditamos que a utilização das TICs possibilitará à população excluída o acesso a um mundo de
informações e conhecimento, estimulando a criatividade e o desenvolvimento coletivo e colaborativo. Os
projetos de “inclusão digital” não devem ser pensados como pacotes prontos de soluções tecnológicas para
comunidades de baixa renda, mas sim como iniciativas estratégicas para a promoção da inclusão social, do
desenvolvimento social e econômico colaborativos, do compartilhamento da informação e do
conhecimento.
Sabemos também que o acesso à inovação tecnológica não é somente acesso aos meios, mas,
fundamentalmente, à informação de como utilizar esses meios para potencializar conhecimentos,
oportunidades, etc. E isso não irá ocorrer com modelos pré-fabricados e pró-inclusão digital
institucionalizados. Não podemos pegar um único modelo, por melhor que seja, e implementá-lo Brasil
afora. Não irá funcionar.
O Brasil é um país-continente, com diversidades socioculturais e educacionais que precisam ser levadas
em conta na hora de implementar qualquer projeto sério. O que é eficaz para uma determinada região,
provavelmente não atenderá a outra. Logo, para que haja inclusão social, a população local precisa
participar dos processos de modelagem e/ou adaptação para a sua realidade, bem como da implantação e
da gestão dos telecentros, tornando-se co-responsável pelo projeto, por meio de associações, ONGs,
conselhos etc. E para isso precisa de qualificação de alto nível.
E partindo das afirmativas de que "Todos os seres humanos, por natureza, desejam saber" 2 e que “O
conhecimento humano é a herança da humanidade e a origem da criação de todo conhecimento novo”3,
estamos desenvolvendo o projeto Telecom Livre que irá fomentar a criação de comunidades virtuais
(grupos de interesse na rede), onde todas e todos possam interagir e se desenvolver plenamente,
utilizando computadores interligados, conectados à internet e com programas livres (free software). Nessa
visão, o usuário(a) deixa de ser apenas um consumidor, mas passa também a fornecedor de informações,
em uma via de mão dupla, através de projetos interativos.
Esses são elementos estruturais para fomento do desenvolvimento humano baseado na educação e na
capacitação de alto nível.
2
Aristóteles (384 - 321 a.C.).
3
Declaração da Sociedade Civil na Cúpula Mundial sobre Sociedade da Informação – conferência da ONU.
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