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Gerenciamento de Ponto-De-Venda PDF
Gerenciamento de Ponto-De-Venda PDF
Luciano Zamberlan
Ariosto Sparemberger
Edimara Daronco
Marcelo Blume
GERENCIAMENTO
DE PONTO-DE-VENDA
Catalogação na Publicação:
Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques – Unijuí
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................5
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Apresentação
mações ressalta a importância do elemento de maior atenção das Expor, apresentar, trazer,
conduzir.
organizações: o cliente. É principalmente para ele que deve estar
voltada a razão da existência de qualquer negócio. O cliente está
revolucionando os processos atuais de compra de produtos, mé-
todos e padrões, fazendo emergir uma gestão mais qualificada e
profissional.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
mais especificamente sobre o ponto-de-venda. Por fim, procura oferecer subsídios teóricos e
alguns exemplos que possam auxiliar as atividades dos gestores no seu dia-a-dia, de modo a
contribuir com a reflexão acerca de suas práticas empresariais.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Conhecendo os Professores
Luciano Zamberlan
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Ariosto Sparemberger
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
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Edimara Daronco
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
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Marcelo Blume
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Neste livro trataremos das decisões gerenciais a serem tomadas a partir do ponto-de-
venda. Veremos também as principais funções que a atmosfera do ambiente de vendas de-
sempenha para atrair o consumidor. Focaremos também os elementos internos de loja e a
importância do espaço físico para os estabelecimentos comerciais. Abordaremos ainda os
aspectos relacionados ao atendimento e, principalmente, os níveis e tipos de serviço e as
regras básicas para alcançar a excelência no tratamento dos clientes. As unidades desta
obra estão assim divididas:
Nesta Unidade você irá estudar os elementos de ambiente que interferem no processo
de decisão para escolha de loja pelo consumidor. Veremos quais são as principais variáveis
empregadas para o gerenciamento do ponto-de-venda. Focaremos o estudo na atmosfera de
varejo criada a partir da utilização de recursos de apresentação externa e interna da loja.
Nesta Unidade analisaremos ainda o conceito de merchandising e da capacidade desta téc-
nica de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores.
A decisão sobre o local é uma das ações que precisa ser bem analisada pelo gestor.
Assim, é fundamental entendermos a seu respeito. Para tanto, nesta Unidade vamos estudar
os principais elementos que precisam ser considerados para a decisão da escolha do ponto-
de-venda e das vantagens e desvantagens que o processo de localização pode apresentar
para os lojistas. Apresentaremos, também, o grau de influência que a localização da loja
exerce na decisão de compra do consumidor e a importância da análise de projeto de inves-
timento para a escolha de um ponto comercial.
A vitrine tem o objetivo de atrair as pessoas e seduzi-las com a exposição dos produtos
oferecidos pelas lojas. Nesta Unidade abordaremos as principais funções que vitrines e fa-
chada desempenham para atrair o consumidor e a importância da realização de um projeto
específico para este aspecto comercial, mas principalmente estudaremos nesta Unidade a
estrutura do mix de produtos e modelos de diferentes níveis de hierarquia e de classificação
de produtos.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Unidade 1
O VENDEDOR SILENCIOSO
Numa época em que está cada vez mais difícil criarmos uma vantagem diferencial com
base nos produtos, no preço e na promoção, o ponto-de-venda (PDV) em si torna-se uma
oportunidade fértil para a diferenciação mercadológica. De fato nós, os consumidores de
hoje, temos uma variedade de opções de compras inclusive fora das lojas, pois também pode-
mos fazê-las por meio de catálogos, telefone, televisão ou na Internet (Levy; Weitz, 2000).
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PDV. Essas decisões, como todas as demais do marketing da empresa, devem fazer parte de
um conjunto harmônico e integrado às outras resoluções de linha de produtos, preço, pro-
moção, pessoal e localização.
Nas palavras de Parente (2000), nenhuma outra variável do mix de marketing provoca
tanto impacto inicial no consumidor como o ponto-de-venda em si. O tamanho da loja, por
exemplo, é um aspecto que ocasiona uma percepção imediata de variedade no comprador,
revelando-se uma variável que irá influenciar todas as demais decisões do composto
mercadológico. Todas as decisões de marketing na loja devem estar em consonância com o
posicionamento e com o mercado-alvo escolhido. As decisões de layout, apresentação e at-
mosfera devem motivar os consumidores a passar o maior tempo possível na loja, estimulan-
do-os a visitar os vários setores da empresa. A apresentação dos produtos, planogramas,
comunicação visual e sinalização devem despertar o interesse do consumidor e incentivá-lo
a percorrer os vários estágios do processo de compra.
Seção 1.1
Levy e Weitz (2000) aduzem que, ao projetar ou reprojetar uma loja, o gestor deve
considerar três objetivos. Primeiro, a atmosfera da loja precisa ser consistente com sua ima-
gem e com sua estratégia geral. O segundo objetivo de um bom projeto de loja é ajudar a
influenciar as decisões de compra dos clientes. Finalmente, em terceiro lugar, ao tomar de-
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Existem cinco princípios que formam o conjunto que precisamos levar em conta para
agradar o consumidor (Blessa, 2003). Para que possamos compreender melhor é importante
que nos coloquemos no lugar de um cliente e procuremos verificar:
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Vitrine ou vitrina? Podemos perceber por nós mesmos que num ambiente agra-
De acordo com o dicionário, dável e com muita comodidade sentimos mais prazer em comprar.
ambos possuem o mesmo
significado, portanto, podemos O emprego de materiais no ponto-de-venda, como ilumina-
utilizar tanto um quanto outro
ção, manequins, decoração, disposição criativa dos produtos,
termo.
mostruários, fachadas temáticas e degustação são algumas das
técnicas a serem exploradas.
• estacionamento fácil;
• banheiros, fraldários, áreas de descanso;
• atendimento e “sorriso” dos funcionários;
• atendimento e “sorriso” do gerente ou do dono da loja.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• Fatores de design – englobam os estímulos não visíveis que compõem o ambiente da loja,
tais como iluminação, odores, temperatura, etc.
• Fatores de ambiente – são todos os fatores visuais da loja, como as cores, a organização
dos produtos, a limpeza, o espaço, entre outros.
• Atmosfera agradável
• Temperatura não muito quente nem muito fria
• Loja não muito cheia
Atmosfera
• Produtos de qualidade
• Variedade de escolha
• Comportamento dos consumidores
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• Comportamento do funcionário
• Conhecimento dos vendedores sobre produtos
Equipe
• Disponibilidade da equipe
• Funcionários bem vestidos
• Funcionários amigáveis
• Funcionários prestativos
• Tratamento gentil
• Atenção personalizada
• Serviço de alta qualidade
• Pronto atendimento
• Boa iluminação
Iluminação • Iluminação adequada ao ambiente
• Projeção de cores
• Música agradável
Percepção Musical • Música apropriada
• Música aborrecida
Lounge
Na primeira seção você estudou sobre as implicâncias de
Originalmente, a palavra foi e é
utilizada para designar uma sala gerenciar um ponto de venda, percebeu que é preciso ter claro
existente nos aeroportos, cujo
objetivo é oferecer um espaço
privado ao passageiro enquanto como alcançar os três objetivos propostos por Levy e Weitz (2000)
este aguarda pelo embarque no
seu vôo. A idéia é, nesta sala, e que existem princípios que nos ajudam a agradar o consumi-
oferecer diversos serviços que
podem incluir utilização de dor. Também foi oferecida a você uma lista de variáveis que po-
Internet, fax ou telefone, bebidas
e aperitivos, sofás e música dem influenciar o consumidor na hora de escolher onde comprar.
ambiente, jornais e revistas.
(Disponível em: <http://
pt.wikipedia.org/wiki/ Na segunda seção trataremos especialmente da atmosfera
Lounge_(aviação)>. Acesso em:
28 abr. 2009.). Assim, lounge do PDV.
pode ser entendido como um
espaço especial, em que os
usuários possam ter descanso
e/ou tratamento diferenciado.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Seção 1.2
Atmosfera do Ponto-de-Venda
A imagem que os clientes têm de uma loja está intimamente ligada à atmosfera que
ela apresenta. A atmosfera é criada empregando os recursos de apresentação externa e in-
terna da loja, das soluções de layout e da forma de exposição das mercadorias, incluindo sua
linha de produtos, seus preços e o pessoal de atendimento.
Nesta mesma linha, Levy e Weitz (2000) ensinam que a atmosfera refere-se ao design
de um ambiente por meio de comunicações visuais, iluminação, cores, música e aromas
para estimular as respostas e a percepção emocional dos clientes e, ao final, atuar sobre
seu comportamento de compra. Muitos gestores descobriram os benefícios sutis do desen-
volvimento da atmosfera da loja, que complementa outros aspectos do seu design e da
mercadoria.
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A atmosfera deve ser entendida como o sentimento psicológico que o gestor desenvol-
ve no consumidor quando ele visita o ponto-de-venda. É também entendida como a perso-
nalidade da loja. É diferente da imagem do varejista, que é um conceito mais abrangente,
formado pela influência não só da atmosfera, mas de todos os outros elementos do mix
varejista que determinam o seu posicionamento de mercado. A apresentação externa da loja
provoca o primeiro impacto no consumidor e já sinaliza o tipo de atmosfera que este vai
encontrar no seu interior. Ao entrar na loja o indivíduo é envolvido por todos os aspectos da
apresentação interna, que vão aprofundar suas impressões e idéias sobre a atmosfera da-
quela loja (Parente, 2000).
Voltando aos aspectos internos, Levy e Weitz (2000) apresentam sete questões impor-
tantes que devem ser consideradas pelos gestores ao projetarem as estratégias de comunica-
ções visuais para seus pontos-de-venda:
1. Coordenar sinais (letreiros) e artes gráficas (grafismos) com a imagem da loja – os sinais
e artes gráficas devem atuar como uma ponte entre a mercadoria e os mercados-alvo.
3. Usar sinais e artes gráficas como suporte – usar sinais ou artes gráficas como suporte é
uma ótima maneira de unificar o tema e a mercadoria para a atratividade de uma apresen-
tação geral. Por exemplo, imagens de fatias de frutas como tomates, laranjas, limões ou
kiwis colorem os sinais que estão ligados a todos os tipos de vendas e promoções de verão.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
4. Manter os sinais e as artes gráficas frescos – os sinais e as artes gráficas devem ser
pertinentes aos itens expostos e não devem permanecer na loja ou nas vitrines depois de
as exposições serem removidas. Esquecidos, gastos e manchados com água, esses sinais
prejudicam a imagem da loja que vendem as mercadorias. Além disso, sinais novos impli-
cam novas mercadorias.
5. Limitar o material escrito dos sinais – como o propósito principal de um sinal é chamar a
atenção e informar os clientes, o material escrito é importante para o sucesso global. Como
regra geral, os sinais com muito material escrito não serão lidos. Os clientes devem ser
capazes de compreender a informação dos sinais rapidamente conforme andam pela loja.
6. Usar tipos de escrita apropriados nos sinais – usar o tipo de escrita apropriado é impor-
tante para o sucesso de um sinal. Os diferentes tipos de escrita comunicam tipos diferen-
tes de mensagens e de humor.
7. Criar efeitos teatrais – parte de qualquer peça teatral são os efeitos especiais que trans-
cendem, mas coordenam outros elementos. Para aumentar a agitação da loja e aprimorar
sua imagem, os varejistas têm novamente adotado semelhanças com o teatro. Os efeitos
teatrais podem ser simples, extensões de elementos mais funcionais, como sinais que usam
tecidos coloridos para identificar um departamento.
Muitos elementos compõem a apresentação interna da loja. Todos eles ajudam a criar
a atmosfera e a estimular o processo de compra dos consumidores. Elementos como as cores
ou o som exercem a função de provocar especial estímulo aos cinco sentidos. Outros, como
a sinalização e os equipamentos, facilitam o processo da comunicação e a decisão de com-
pra. Existem ainda outros elementos, como a largura dos corredores ou a temperatura ambiente
que ajudam a oferecer maior conforto aos consumidores (Parente, 2000).
Cabe aqui destacar que todas as respostas a determinado ambiente podem ser consi-
deradas comportamentos de aproximação ou de afastamento por parte dos clientes. O com-
portamento de aproximação ou de afastamento envolve três estados fundamentais de rea-
ções emocionais: prazer ou desprazer; ativação ou sonolência e domínio ou submissão. Vale
ressaltar que comportamentos de aproximação incluem a predisposição ou o desejo de ex-
plorar o ambiente e a propensão de comprar (Carneiro et al, 2008).
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Seção 1.3
Merchandising
Ferracciù (1997) define o merchandising como uma atividade mercadológica que se des-
tina a facilitar a comercialização de mercadorias por meio dos canais de marketing. É definido
como o marketing sem palavras, executando fisicamente no ponto-de-venda sua tarefa de
ação. É a operação de planejamento necessária para se colocar no mercado o produto ou o
serviço certo, no lugar certo, no tempo certo, em quantidades certas e a preço certo.
• É toda atividade que ocorre normalmente na área de vendas das lojas de varejo, iniciada
pelas empresas fornecedoras, para aumentar com rentabilidade o fluxo de bens do comér-
cio para o consumo, por influenciar a escolha final pelo consumidor.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• É o conjunto de todos os meios empregados nas lojas de varejo com a finalidade de dar
ênfase a todas as atividades do complexo mercadológico – embalagem, preço, propagan-
da de tema ou esquema – visando a aumentar as vendas aos consumidores.
Blessa (2003) define que o merchandising é a atividade que procura acompanhar todo
o ciclo de lançamento de um produto, desde sua adequação para os PDVs (imagem, emba-
lagem, compra, preço, volume, materiais promocionais) até o controle de sua performance
mercadológica diante dos consumidores. São diversas as atividades relacionadas ao
merchandising no ponto-de-venda, assim como seus instrumentos, técnicas e tipos. É uma
área muito dinâmica e está sempre em transformação.
Merchandising é uma atividade muito antiga, tão antiga como a venda em si, pois
desde que os homens da Idade Média começaram a escolher as ruas principais para expor
suas mercadorias, gritando e concorrendo com os demais mascates para chamar a atenção
dos passantes para seus produtos, já se estava fazendo merchandising.
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Naquela época, as antigas lojinhas com balcão começaram a perceber o sucesso que
as vitrines faziam. E, ao notarem que as mercadorias expostas vendiam muito mais do que
as não expostas, começaram a transformar todo o interior das lojas em verdadeiras vitrines,
nas quais se podia ver e escolher todas as mercadorias. Daí, aos poucos, foram se transfor-
mando em lojas de auto-serviço.
O merchandising era então feito para dar destaque a todas as mercadorias e isso come-
çava pelo layout da loja, seus corredores e prateleiras, até a disposição dos produtos e as
respectivas promoções.
Hoje o merchandising é algo muito mais completo, que procura acompanhar todo o
ciclo de vida de um produto, desde a adequação de sua imagem para os pontos-de-venda até
o acompanhamento de sua performance diante dos consumidores.
• o consumidor;
• o produto;
• o dinheiro.
• Levantamento das condições de merchandising para cada supervisor, promotor e/ou ven-
dedor, com base nas informações obtidas.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• Descubra qual a imagem visual que os produtos têm no ponto-de-venda. Pesquise os pontos
fortes e fracos das embalagens, do material promocional, dos displays e da localização.
• Trace objetivos e planos de trabalho para o PDV, assim como se planeja mídia, calcule a
porcentagem esperada de vendas ou público a atingir.
• Avalie sempre os resultados de suas ações no PDV, para medir acertos, perdas, tendências
sazonais e calcular riscos nas próximas ações.
• Ouça o consumidor e os demais colaboradores sobre o que eles acham das linhas de pro-
dutos.
• Crie materiais simples, fáceis de montar, compreensíveis e que não poluam a loja.
• Dê total cobertura a sua equipe, que enfrenta uma batalha diária no ponto-de-venda.
Acompanhe sua equipe constantemente. Nunca menospreze a opinião de um funcioná-
rio, pois muitas vezes ele é quem mantém contato direto com o cliente.
• Adote um dia da semana para rodar o PDV e enxergar o que seus consumidores enxergam
diariamente.
• Não tente corrigir falhas na política de preços de sua empresa com promoção. Assim, você
estará promovendo o concorrente.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Unidade 2
ESCOLHENDO O PONTO-DE-VENDA
• Identificar os principais elementos que precisam ser considerados para a decisão da esco-
lha do ponto-de-venda e as vantagens e desvantagens que a localização pode representar
para os lojistas.
Segundo, as decisões sobre o local têm importância estratégica, pois ele pode ser útil
para a criação de vantagem competitiva. Os gestores podem mudar seus preços, serviços e
sortimento de produtos em um período relativamente curto, porém as decisões de localiza-
ção são mais difíceis de serem alteradas, pois os empresários freqüentemente têm de fazer
investimentos substanciais para adquirir e organizar um bem imóvel, ou se comprometerem
com aluguéis de longo prazo (Levy; Weitz, 2000).
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Seção 2.1
A Localização do Ponto-de-Venda
Escolher a localização consiste em uma das decisões mais críticas para um lojista.
Como já referimos, diferente de outras variáveis do composto de marketing (tais como preço,
mix de produtos, promoção), que podem ser alteradas ao longo do tempo, a localização de
uma loja não pode ser modificada tão facilmente. Um erro na seleção de um ponto significa
uma enorme desvantagem competitiva para uma loja, exigindo esforços mercadológicos e
muitas vezes sacrifícios de margem que levam a prejuízos (Parente, 2000).
De acordo com Parente (2000), a seleção do local irá influenciar a atratividade da loja
junto aos consumidores de sua área de influência e, portanto, torna-se fator determinante de
seu futuro volume de vendas. Uma decisão errada de localização pode resultar em enorme des-
perdício de recursos de uma organização e até mesmo inviabilizar uma posterior expansão. Por
outro lado, a escolha acertada de um ponto torna-se o pré-requisito para uma operação bem-
sucedida e rentável, ajudando a assegurar um retorno satisfatório sobre o investimento feito.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
O lojista vê o seu estabelecimento como um produto, que deve ser rentável e lucrativo.
O retorno que o empresário terá está associado ao movimento da loja, apesar de que, a
tendência seja também de visitar clientes externos. Adicionalmente, o local pode virar tradi-
ção, constituindo este outro aspecto para gerar vendas.
O fator localização, entretanto, deixa de ser relevante para aqueles varejistas que ope-
ram sem loja, tais como para as empresas de catálogo, ou para os varejistas virtuais, que
comercializam por meio da Internet. Esses modelos conseguem alcançar seus consumidores
independentemente de sua localização física (Parente, 2000). Este, porém, é um assunto
para ser abordado em um outro livro. Nesta seção, que trata da localização do ponto-de-
venda, teremos duas subseções, a primeira abordará os tipos de locais e a segunda as vanta-
gens e desvantagens dos diferentes tipos de localização.
Muitos tipos de locais estão disponíveis para as lojas de varejo – cada um com seus
próprios pontos fortes e fracos. Escolher um local em particular envolve avaliar uma série de
negociações. Essas negociações geralmente dizem respeito ao custo versus o valor do local
pra um varejista em particular.
Para Levy e Weitz (2000), os gestores têm três tipos básicos de locais para escolher:
uma região central de comércio, um shopping center ou um local isolado. Eles também po-
dem escolher carrinhos, quiosques, um espaço unitário ou display de parede, que são espa-
ços de venda que podem ser encontrados dentro de um shopping center. Finalmente, as
lojas podem se localizar em áreas de uso misto.
Parente (2000) apresenta uma classificação semelhante para os tipos de locais a serem
levados em conta. As alternativas descritas pelo autor são:
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• lojas isoladas.
Os centros comerciais não planejados, como o nome indica, são conglomerados vare-
jistas que tiveram uma evolução espontânea, em geral desenvolvida em locais de concentra-
ção demográfica e em torno das interseções da malha viária das cidades.
A zona comercial no centro da cidade tem sido desenvolvida ao redor da região para
onde convergem os sistemas de transporte público. Em geral é o complexo comercial não
planejado mais importante das cidades. É nessa região que ainda se concentra a maior oferta
varejista da cidade, desde lojas de departamentos até empresas especializadas (Parente, 2000).
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Passamos ao estudo do segundo tipo de local para instalação do PDV, segundo a clas-
sificação de Parente (2000): o centro comercial planejado.
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A expressão shopping center vem se desenvolvendo desde o início dos anos 50. Um
shopping center é um grupo de varejo e de outros estabelecimentos comerciais que é plane-
jado, desenvolvido e gerenciado por uma única propriedade.
Apesar de muitas lojas estarem localizadas em shoppings planejados, uma opção fre-
qüente para os varejistas é um local isolado. Os carrinhos, quiosques e espaços unitários
extras e o display de parede são locais alternativos. Parente (2000) e Levy e Weitz (2000)
apresentam algumas destas alternativas de localização:
a) Hipermercados e Minishopping
Outros tipos de centros comerciais planejados são encontrados em locais como aero-
portos, estações rodoviárias, estações de metrô.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
c) Postos de Gasolina
d) Lojas Isoladas
Lojas isoladas (ou free standing) são aquelas que não contam com outras lojas próxi-
mas para alavancar sua atratividade, estando, em geral, localizadas ao longo de importan-
tes avenidas ou vias expressas.
Alguns tipos de localização são mais adequados para determinados tipos de loja. Um
fator básico a ser considerado na seleção da localização do PDV consiste na compatibilida-
de entre o público-alvo da empresa e o perfil dos consumidores que freqüentam certa região
de compra (Parente, 2000).
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O Quadro 2 nos apresenta de forma sumarizada alguns dos pontos fortes e fracos de
cada uma das alternativas.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Seção 2.2
Avaliação do Ponto-de-Venda
Mesmo para uma empresa já estabelecida, o assunto referente à localização deve des-
pertar interesse. Os mercados mudam constantemente. O deslocamento dos consumidores
deve ser acompanhado de perto, e isso exige muitas vezes abertura de novas lojas ou mu-
danças das existentes. Inicialmente as áreas de comércio são concentradas na área central
da cidade. À medida que ele cresce, desloca-se para as áreas periféricas. Com estas altera-
ções, mudam o perfil do consumidor e os hábitos de consumo nestas áreas.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
a) Concentração Geográfica
Essa estratégia consiste na empresa concentrar suas unidades em uma região geográ-
fica, como cidade ou Estado, o que a leva a obter algumas vantagens. Ao concentrar ativi-
dades em uma região, o varejista torna-se mais sintonizado com as preferências do mercado
dessa área e, assim, consegue atender mais plenamente às necessidades desses segmentos
de consumidores. Ao ampliar a fatia de mercado em uma região, por meio da estratégia da
concentração, uma empresa consegue duas grandes vantagens competitivas:
• maior produtividade nos custos fixos, tais como custo de propaganda, de treinamento e de
supervisão;
Alguns exemplos de empresas que adotam essa estratégia são a rede de supermercados
Bompreço, que concentra suas lojas na região Nordeste, a rede Sendas, no Estado do Rio de
Janeiro, e os supermercados Angeloni em Santa Catarina. Muitas redes de farmácias que
operam no Brasil também adotam a estratégia da concentração, ao localizarem todas as
suas unidades em uma cidade ou região metropolitana.
b) Dispersão Geográfica
Essa estratégia, como o próprio nome indica, consiste na localização das unidades
varejistas em várias cidades e regiões. Procura diminuir os riscos associados à concentra-
ção de todas as atividades de uma empresa em uma única cidade ou região. Um exemplo
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Vimos que alguns tipos de lojas terão mais êxito em tipos específicos de locais. Agora
vamos examinar as questões que tornam determinado local atrativo. Abordaremos, especifi-
camente, a acessibilidade do local, as vantagens de localização, os termos de ocupação e as
considerações legais.
2.2.1 – ACESSIBILIDADE
O sucesso de um local com bom fluxo de tráfego é uma questão de equilíbrio. O local
deve ter um volume substancial de carros por dia, mas não tantos a ponto de o congestiona-
mento impedir o acesso à loja. Para medir o nível do tráfego de veículos, geralmente pode-
mos tentar obter dados de uma comissão de planejamento regional, de um engenheiro de
tráfego ou do departamento de rodovias do Estado, ou ainda contar o fluxo de carros em
diferentes dias e horários.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Levy e Weitz (2000) defendem que a quantidade e a qualidade das instalações de esta-
cionamento são importantes para a acessibilidade geral de um ponto-de-venda. Se não exis-
tirem vagas suficientes ou se elas ficarem muito longe da loja, os clientes serão desencorajados
a entrar. Por outro lado, se existirem muitas vagas vazias o ponto pode ser visto com descon-
fiança.
Será, no entanto, que isso é realmente importante? Nós acreditamos que sim. Pense
bem: quando você viaja de férias e resolve almoçar, em qual restaurante costuma parar? Na
maioria das vezes você escolherá aquele que tiver o maior número de carros estacionados na
frente, certo? Isso significa que geralmente associamos um maior fluxo de pessoas em um
ponto-de-vendas ao sucesso do estabelecimento.
É difícil calcular quantas vagas são suficientes, apesar de os analistas de locais usa-
rem as proporções do estacionamento com um ponto inicial. Um método empírico é o 5:1
(cinco vagas por aproximadamente 92 metros quadrados da área bruta que pode ser ocupa-
da). O ideal, porém, é fazer a observação da área do ponto-de-venda várias vezes por dia,
por semana e por estação. Você também deve medir a disponibilidade de estacionamentos
para empregados na proporção de compradores que usam carros, o estacionamento de car-
ros de não compradores e a duração típica de uma ida às compras.
Passaremos, agora, para o último item a ser considerado quando o assunto é avalia-
ção do ponto-de-venda.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Dados Demográficos
• Crescimento da população
• Tamanho e composição das famílias
• Características do estilo de vida da população
Clima de Negócio
• Tendências de emprego
• Crescimento dos negócios
• Diversidade da indústria
• Clima de trabalho
Concorrência
Estimativa de Vendas
Para além dos elementos trazidos neste quadro, as decisões de local podem ser dividi-
das em três níveis: região, área do comércio e local específico. As decisões que afetam o local
específico, tais como o tipo e a atratividade de um local, foram discutidas nos itens 2.1.1 e
2.1.2. A região refere-se à parte do país, de uma cidade em particular ou de uma área metro-
politana. A área de comércio é uma área geográfica contínua, responsável pela maioria dos
clientes e das vendas de uma loja. Uma área de comércio pode ser parte de uma cidade ou
pode se estender para além dos seus limites, dependendo do tipo da loja e da densidade de
clientes potenciais que a cercam.
Atenção:
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Seção 2.3
A Área de Influência
Nesta que é a terceira seção desta Unidade, vamos entender o que é a área de influên-
cia e porque ela também precisa ser considerada quando vamos escolher o ponto-de-venda.
Área de influência é a área geográfica em que a empresa varejista obtém a maior parte
de seus clientes. Em outras palavras, é o âmbito de influência de uma loja para vender
determinado produto. A partir de certo ponto, os compradores dão preferência a outros con-
correntes. Evidentemente a área do comércio depende muito do tipo de loja que se está
considerando. Uma loja, por exemplo, que vende produtos de conveniência (chocolates),
terá uma área de influência mais restrita do que aquela que vende mercadorias de compra
comparada (televisores). Há maior dificuldade em estimar as áreas de influência de comercian-
tes que vendem mercadorias mistas. Nestes casos, considera-se aquela determinada pelos
produtos principais (Morgado; Gonçalves, 1997).
Parente (2000) afirma que a área de influência é um conceito fundamental nos estu-
dos de localização, pois reflete a dimensão espacial da demanda de mercado do varejo. A
área de influência é definida como o espaço geográfico que detém a maior parte dos clientes
de uma loja.
A extensão da área de influência de uma loja depende do poder de atração que ela
exerce diante de seus consumidores, como os hipermercados (ex.: Carrefour, Extra, Bourbon,
BIG). Em outras lojas, como padarias e farmácias, a área de influência é bastante reduzida.
Como já foi referido, o tipo de mercadoria vendida também pode influenciar no tama-
nho e na forma de sua área de influência (Morgado; Gonçalves, 1997):
• Bens de conveniência: este tipo de bem se caracteriza por ser sistematicamente compra-
do e para o qual o consumidor deseja empreender esforço mínimo. Refrigerantes, cigar-
ros e doces são exemplos desse tipo de produto, comercializados por lojas de conveniên-
cia. Outro grupo importante de bens de conveniência seria o que faz parte da linha de
mercadorias das mercearias, ou mesmo das antigas “vendas”, ambas ainda encontradas
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
pelo país afora. Hoje muito mais comercializados pelos supermercados, os enlatados,
produtos de limpeza e higiene, gêneros alimentícios, também fazem parte do grupo de
bens de conveniência e dificilmente o consumidor fará um deslocamento muito grande
para adquiri-los.
• Bens de especialidade: esse tipo de produto apresenta a característica de ter forte apelo
para determinados grupos de consumidores, os quais estão dispostos a investir tempo
(que pode ser traduzido em deslocamentos) e dinheiro na sua compra. As lojas de grifes
famosas e as revendas de carros importados podem ser incluídas nessa categoria.
• Bens de compra comparada: muitos tipos de bens, por representarem um alto investimen-
to para o consumidor, são objeto de comparação e pesquisa antes da compra, tornando
seu processo decisório mais longo. Móveis, eletrodomésticos e roupas podem ser enqua-
drados nessa categoria.
De um modo geral, a área de influência tem 60% a 75% dos clientes provenientes de
uma área próxima à loja, considerada primária. Novamente, a área é variável de acordo com
o tipo de varejo. Existem também as áreas secundárias de influência. Neste caso encon-
tram-se os consumidores não muito freqüentes em compra como os da área primária, que
correspondem a cerca de 20% dos clientes. Uma terceira área é constituída pelos clientes
restantes. Nas duas subseções que compõem a área de influência discutiremos os segmen-
tos dessa área e (2.3.1) os fatores que a determinam (2.3.2).
Uma área de influência é um setor geográfico contínuo, responsável pela maioria dos
clientes e das vendas de uma loja. As áreas podem ser divididas em duas ou três zonas.
Essas áreas de comércio são chamadas de polígonos porque seus limites são determinados
conforme as ruas e outras características do mapa. As definições das zonas devem ser flexí-
veis para considerar as nuanças particulares.
Pela análise de dispersão geográfica dos clientes em torno de uma loja, foram identifi-
cados três segmentos de uma área de influência (Parente, 2000; Levy; Weitz, 2000):
45
EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
c) Área de influência terciária – é a região que contém a parcela restante (cerca de 10%)
dos clientes que moram mais afastados da loja. A zona terciária (o anel mais externo)
inclui os clientes que compram ocasionalmente na loja. Existem vários motivos para a
existência da zona terciária. Primeiro, esses clientes podem sentir falta de instalações de
varejo adequadas perto de suas casas. Segundo, existem excelentes sistemas de rodovias
que levam à loja ou ao shopping center de forma que os clientes podem chegar nesses
locais mais facilmente. Finalmente, os clientes são atraídos para a loja ou para o shopping
por ficarem dentro ou próximos de uma área turística. A zona terciária normalmente se
estende a aproximadamente 24 km em mercados metropolitanos principais e a até 80 km
em mercados menores.
Os contornos das áreas de influência podem ser delineados por isocotas (distâncias
iguais) ou por isocronas (tempos iguais). Isocotas são linhas divisórias delimitadas por cír-
culos traçados em torno da loja. Isocronas são linhas que indicam um mesmo tempo (ex.: 5
minutos, 10 minutos) de percurso entre a loja e a residência do cliente. Os limites reais de
uma área de comércio são determinados pela acessibilidade da loja, pelas barreiras naturais
e físicas, pelo tipo de área de compra e pelo tipo da loja e da concorrência.
As melhores regiões e áreas de comércio são aquelas que geram a maior demanda ou
venda para um empreendimento. Embora a análise de região ou de mercados seja diferente
da análise de área de comércio, os fatores que as tornam atrativas são os mesmos. Para
medir a demanda geral de uma região/mercado ou área de comércio específica devemos
considerar os dados demográficos da população, o clima de negócios, bem como a concor-
rência dos outros lojistas daquela região. Uma série de fatores tem relação com o tamanho
da área de influência de uma loja (Parente, 2000; Levy; Weitz, 2000; Morgado; Gonçalves,
1997), tais como:
a) linha de produtos: lojas que vendem produtos de conveniência (ex.: uma padaria tem
uma área de influência menor do que lojas que vendem produtos de especialidade, como
móveis);
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
b) tamanho da loja: lojas maiores apresentam, em geral, uma maior variedade, mais confor-
to e serviços e preços competitivos, apresentando assim uma maior capacidade de atrair
clientes;
c) dados demográficos: na maioria dos casos as áreas nas quais a população em geral está
crescendo são preferíveis àquelas com população decrescente. O tamanho e a composição
das famílias da área também podem ser importantes fatores de sucesso. Finalmente, ou-
tras características demográficas e de estilo de vida da população podem ser relevantes,
dependendo do(s) mercado(s)-alvo que determinado varejista está perseguindo. Pela ne-
cessidade de os varejistas se localizarem junto ao seu mercado-alvo, a análise dos clientes
é um dos primeiros passos. Para tanto é necessário o conhecimento dos princípios de
segmentação, pelos quais os consumidores que mostram características homogêneas são
agrupados entre si, principalmente quanto aos seus desejos e necessidades.
Ao selecionar as áreas do comércio ou de influência da loja, deve ser feita uma análise
dos consumidores. A renda, composição de grupos étnicos, faixa etária e tendências
populacionais são informações não apenas úteis, mas essenciais;
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
zindo, portanto, seu poder de atração e sua área de influência. Quando concorrentes
estão localizados muito próximos, por exemplo, em uma mesma praça, ou dentro de um
mesmo shopping center, eles tendem a ser percebidos como fazendo parte de um único
complexo comercial, com uma variedade mais ampla, e conseguem, assim, exercer maior
poder de atração. O nível de concorrência em uma área também afeta a demanda de
mercadoria de um ponto-de-venda. O nível de concorrência pode ser definido como
saturado, com falta de lojas ou com excesso delas.
Uma área de comércio saturada oferece aos clientes boa seleção de mercadorias e ser-
viços, enquanto permitem que os varejistas concorrentes tenham bons lucros; como os cli-
entes são atraídos para essas áreas por causa de ótimas ofertas, os varejistas que acreditam
que podem oferecer aos clientes um formato de varejo superior em termos de mercadoria,
preço ou serviço, podem considerar essas áreas atrativas.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• Tamanho
• Tendências de crescimento
Características da população • Distribuição etária
• Distribuição de renda
• Distribuição educacional
• Tempo de entrega
• Custo da entrega
Fornecedores
• Disponibilidade
• Confiabilidade
• Disponibilidade
• Nível salarial
Pessoal
• Sindicatos
• Treinamento
• Impostos
Legislação • Licença de operação
• Leis municipais
Esses itens apenas fazem parte da análise relacionada à área de influência a ser con-
siderada quando você precisa decidir sobre um PDV. Como já destacamos, o assunto é com-
plexo e, justamente por seu aspecto mais permanente, a escolha do PDV ainda deve levar
em conta os índices e modelos de localização comercial, assunto abordado na próxima se-
ção dessa Unidade.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Seção 2.4
Muito indicado para determinar mercados com potencial a ser explorado pelos varejis-
tas, o Índice de Saturação Varejista (ISV) agrupa o número de consumidores residentes em
uma área, seus gastos no varejo e a quantidade de concorrência nessa mesma região. O
local que atingir o maior ISV será o mais adequado, em razão de apresentar maiores possi-
bilidades de negócios (Morgado; Gonçalves, 1997; Parente, 2000). A fórmula para o cálculo
desse índice é a seguinte:
CxG
ISV =
M
Onde:
C = número de consumidores de uma determinada área
G = gastos médios dos consumidores no varejo
M = metragem das instalações de varejo da região
Oferta
Gastos/hab Demanda de
Cidade Pop. Superm. ISV
em Super. mercado
(m2)
Cidade A 80.000 85,00 6.800.000,00 40.300 169
Cidade B 50.000 85,00 4.250.000,00 24.500 173
Em uma breve análise do quadro anterior, percebe-se que a cidade mais interessante para
a abertura de uma loja seria o local E. Se acaso uma determinada empresa resolvesse investir em
um estabelecimento supermercadista de 3.000 metros quadrados, esse índice precisaria ser
recalculado, considerando a ampliação na oferta. Assim, teríamos o seguinte quadro:
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Oferta Oferta
Gastos/hab Demanda de ISV
Cidade Pop. Superm. ISV super.
em Super. mercado ajust.
(m2) Ajust.
Cidade A 80.000 85,00 6.800.000,00 40.300 169 43.300 157
Cidade B 50.000 85,00 4.250.000,00 24.500 173 27.500 155
Caso o lojista queira desenvolver um ISV voltado para seu ramo específico de ativida-
de, poderá inserir dados de gastos na região e de metragem instalada para esse ramo que
deseja avaliar, criando com isso um índice personalizado. Devido à dificuldade na obtenção
de dados relativos a bairros nas grandes cidades, o Índice de Saturação Varejista é mais
utilizado na comparação entre municípios, auxiliando sobremaneira na determinação e es-
colha de vetores de expansão.
Deve ficar claro que o ISV é de grande utilidade no início dos processos de escolha de
locais para expansão, funcionando como um primeiro filtro. Os locais “aprovados” deverão
sempre sofrer análises mais depuradas depois disso. Ou seja, por mais que o índice seja
favorável, se a empresa não possuir bons produtos e serviços e uma eficiente estratégia de
marketing, de nada adiantará um ISV elevado.
Uma fórmula simples de se calcular esse índice para o caso varejista poderia se a seguinte:
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Como se pode constatar no exemplo, o local C, apesar de ter a menor renda média, é o
que apresenta maior potencial de mercado, uma vez que tem maior população e esta conso-
me mais no varejo, com um consumo no período retratado de R$ 105,00 (R$ 6.300.000 / R$
60.000), contra R$ 104,00 (R$ 5.200.000 / R$ 50.000) do local B e R$ 102,50 (R$ 4.100.000
/ R$ 40.000) do local A.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Seção 2.5
Uma vez definidas as grandes linhas estratégicas das regiões prioritárias e dos tipos de
localização mais adequados, a empresa depara-se com o processo decisório de selecionar
pontos específicos para suas novas localizações.
a) Potencial da Demanda
• Densidade da demanda – esse fator deve refletir não só a densidade populacional, mas
também o percentual da população que faz parte do público-alvo (por ex.: mulheres de 20
a 50 anos com renda familiar acima de 20 salários mínimos).
b) Tráfego de Pessoas
• Número de pessoas – tanto para lojas localizadas em shopping centers quanto para vare-
jistas em centros não planejados, o número de pessoas que passam em frente à loja é fator
que pode exercer forte influência no desempenho da unidade.
• Tipos de pessoas – o perfil das pessoas que passam em frente à loja exerce também forte
influência para a atratividade de um ponto. É desejável que o perfil dessas pessoas seja
compatível com o posicionamento mercadológico da empresa.
• Número de veículos – o número de veículos que passa pelo ponto reflete a facilidade ou
dificuldade de acesso de clientes potenciais para as lojas nele localizadas.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
• Facilidade para entrar e sair do ponto – semáforos que facilitam o acesso e direção ade-
quada do fluxo do tráfego é um fator que também pode exercer forte influência na
atratividade de um ponto.
• Barreiras que limitam a área de influência – barreiras naturais como rios e morros po-
dem tornar difícil o acesso de consumidores que ficam do outro lado da barreira. Existem
também barreiras artificiais, como vias expressas, trilhos de trem, que limitam a área de
influência de centros varejistas.
d) Facilidade de Estacionamento
• Distância para o ponto – a distância entre o estacionamento e a loja também é outro fator
que pode aumentar ou reduzir a atratividade de uma loja.
e) Concorrência
• Porte e força dos concorrentes – concorrentes maiores e mais fortes tendem a prejudicar
a atratividade de uma certa localização comercial.
• Atração cumulativa (ou divisiva) da concorrência – em alguns tipos de lojas, como con-
fecções e calçados, a presença concorrentes é saudável, porque o consumidor gosta de
fazer comparações entre lojas nesses tipos de produtos. Nos casos em que o número de
concorrentes não é excessivo, ocorre o positivo efeito cumulativo de atratividade.
54
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• Número e tipo das outras lojas – esse fator reflete o número de outras lojas que alavancam
a atratividade da região pela comparação das alternativas ou da complementaridade das
necessidades.
• Equilíbrio de lojas – o equilíbrio indica uma situação caracterizada por dois fatores:
• potencial de mercado para um determinado tipo de loja não está saturado pela oferta
excessiva de um mesmo tipo ou ramo comercial;
• diferentes tipos de loja estão presentes, assegurando uma composição equilibrada do pólo comercial.
g) Localização Específica
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
h) Avaliação Geral
Seção 2.6
Projetos de Investimento
Após a síntese realizada na seção 2.5, vamos ao último item desta Unidade, que se
refere ao projeto de investimentos.
Uma análise de projeto de investimento deve levar em conta a razão básica que direciona
essa decisão. Basicamente o investimento pode objetivar:
56
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• Projetos independentes: os projetos independentes são os que competem entre si, ou seja,
um projeto não elimina a consideração do outro. Por exemplo, quando o que se está
analisando é a viabilidade de instalar lojas em pontos não concorrentes, que não têm a
mesma área de influência.
Finalmente, deve-se definir que abordagem será adotada para a indicação do projeto a
ser escolhido:
Após essa exposição, dividida em seis seções, sobre a localização mais adequada para
a um ponto-de-venda, percebemos a importância desta decisão e o conjunto de fatores que
devem ser considerados para a sua efetivação. Cabe a você procurar aplicar tais orientações
para ampliar sua capacidade de compreensão sobre o assunto, que o auxilie a tomar as
decisões mais acertadas na escolha de um local para um ponto-de-venda.
57
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Unidade 3
CHEGANDO AO LOCAL...
• Apresentar as principais funções que vitrines e fachadas desempenham para atrair o con-
sumidor.
Após atrair os consumidores para o ponto-de-venda, outro fator-chave para a loja diz
respeito à seleção do composto de produtos mais adequado ao público-alvo da empresa.
Nesta Unidade trataremos de abordar os aspectos estéticos externos, mas também os critéri-
os utilizados para a seleção do mix de mercadorias a ser comercializado.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Seção 3.1
Vitrines e Fachadas
Quem de nós nunca saiu de casa apenas para olhar lojas e as suas vitrines? Pode até
ser que alguns nunca tenham se dado a esse trabalho, entretanto muitos consumidores se
empenham nessa tarefa de uma forma quase rotineira. Tal comportamento comprova a im-
portância que a fachada e o vitrinismo representam para o ponto-de-venda. A vitrine, por
exemplo, tem o objetivo de atrair as pessoas e seduzi-las com a exposição dos produtos
oferecidos pelas lojas. Além do apelo estético, ela se encarrega de formar um conceito de
apresentação e uso dos produtos, atingindo desta maneira o tipo de cliente que deseja.
60
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Um artigo publicado na revista Comércio & Serviços analisa o poder de sedução das
vitrines (Sedução, 2006). A vitrine define e comunica com propriedade um conceito estético
ou de comportamento, convidando o cliente em potencial a cair em tentação e entrar na
loja. Com luzes, cores e materiais especialmente dispostos, as vitrines podem ser considera-
das uma das vendedoras mais eficientes de um estabelecimento. A vitrine é uma importante
mídia do ponto-de-venda, e tem função estratégica porque cria uma identificação direta da
marca com o consumidor.
O primeiro passo para desenvolvermos uma boa vitrina, atrativa e eficiente, é definir-
mos com precisão o tipo de produto a ser exposto e o cliente a ser atingido. É preciso inicialmen-
te conhecer bem o produto, pois ele será o seu foco principal. Todo o cenário criado para
atrair clientes tem como objetivo valorizar o produto exposto, cabendo ao vitrinista os cui-
dados necessários para que a decoração não sobressaia em detrimento do produto. É preci-
so também manter o foco no público-alvo, para quem se destina esta vitrine, analisando
criteriosamente fatores como faixa etária e níveis socioeconômico e cultural. Com relação à
criação propriamente dita, recomendamos apostar na simplicidade. Muitas vezes são inseri-
dos elementos que confundem o consumidor e tiram o foco do produto, que, definitivamen-
te, é o fator central de toda a exposição. Estar bem informado sobre as tendências, ter um
bom conhecimento de cores, criatividade e bom gosto também são indispensáveis para o
êxito do trabalho (Vitrinismo, 2005).
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Essa criatividade e bom gosto necessários visam a criar um ambiente, uma atmosfera
que estimule a venda do produto. Além de conferir à loja uma personalidade própria, toda
vitrine precisa de um planejamento. Para organizar este espaço, fatores como equilíbrio,
forma, espaço, luz, cor, movimento e expressão, são indispensáveis. A disposição da cor, das
formas e dos espaços vazios, altera o equilíbrio. Uma composição equilibrada transmite a
sensação de ordem e de estabilidade (Gerhard, 2007).
Destarte, a vitrine corresponde a uma das etapas das ações de marketing de uma em-
presa que deve estar em plena conformidade com os produtos ofertados, pois no momento
da exposição um vitrinista tem apenas alguns segundos para passar a imagem geral, desde
qualidade e categoria até matéria-prima e custo benefício, entre outros atributos. E esta
tarefa envolve muito planejamento, conhecimento técnico e sensibilidade. Basicamente um
projeto de uma vitrine deve prever (Vitrinismo, 2005):
• Teto: talvez esteja neste item um dos maiores diferenciais estruturais de uma vitrine. Ele
deve prever todas as situações de montagem.
• Piso: o piso de uma vitrine nunca deve estar fixo, ou seja, o correto é que seja desenvolvi-
da uma plataforma ou tablado. O piso fixo limita as montagens de vitrine, impossibilitan-
do variações de suportes e cenografias.
• Lateral: sempre deve existir este apoio lateral, que determina o fim da loja e o início da
vitrine. Ela é a fronteira. Deixe as laterais livres.
• Fundo: hoje em dia quase não se adota a vitrine-baú, ou seja, uma caixa com vidros
frontal e laterais e fundos fechados. Esta vitrine se encontra mais em magazines ou joa-
lherias. Este fundo da vitrine-baú tem seu lado bom (isolamento da encenação, foco total
no produto, possibilidade maior de cenografias e maior liberdade ao consumidor) e mau,
pois esconde a loja. O ideal seria trabalhar o meio-termo, um pouco fechada. Existe, po-
rém, o fundo psicológico, que é obtido por meio de banners, manequins, vidros, acrílicos,
ou mesmo pela composição dos elementos.
62
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Estética
• Iluminação/Eletricidade: temos aqui um dos itens essenciais
Ciência que trata do belo,
do teto e/ou do piso. O teto e o piso da vitrine devem prever a
beleza física.
colocação da iluminação e nesta temos variantes. A eletricida- Estético – belo, formoso,
agradável;
de também deve estar prevista no projeto, principalmente saí-
das para tomadas. É ideal que se tenha em cada vitrine três
tomadas. Elas devem estar devidamente escondidas ou com
caixas de fechar para quando não estiverem sendo usadas.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
3) Viva: este tipo de vitrine é mais comum em feiras e eventos. Ela confere dramatização ao
espaço, o que é de certa forma um dos elementos mais complicados para os vitrinistas.
5) Luminosa: a vitrine luminosa usa feitos de iluminação como grande destaque de sua criação.
6) Conceitual: esta vitrine trabalha o conceito do produto, tanto no sentido de utilização, quando
mostramos o produto sendo utilizado através de imagens, quanto de composição cênica.
7) Gráfica: esta vitrine usa o grafismo em sua composição. Este grafismo pode ser desenhos
propriamente ditos, ou banners, painéis, gigantografias, etc.
8) Escala: a vitrine de escala brinca com os tamanhos dos elementos, tanto aumentando
quanto diminuindo. Este tipo de vitrina é muito recomendado para empresas que traba-
lham com objetos pequenos.
9) Contínua: só possível de ser criada em lojas que possuam mais de uma vitrine, isto é, uma
seqüência de vitrines lado a lado; os elementos da decoração atravessam de uma vitrine
para a outra, ou cada vitrine é uma parte do cenário.
O ponto focal de uma vitrine é aquele onde está o ponto forte. O ser humano, já é fato
provado, dirige o olhar sempre da mesma forma ao observar uma vitrine: da esquerda para a
direita e de cima para baixo, ou seja, da mesma maneira que você lê este livro. O ponto focal
da vitrine, portanto, está baseado nessas condições e divide a área (a cada 1,5 m no caso de
vitrines grandes) nos pontos onde há mais concentração de atenção por parte do observa-
dor. No caso de vitrines com mais de um metro de comprimento, é importante manter a
coerência em todo o conjunto, apesar dos diversos pontos focais.
64
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
As vitrines são mais importantes para os pequenos lojistas que não anunciam, pois
trata-se do principal instrumento de atração de vendas. Assim, avaliar sua performance
torna-se imprescindível. Os lojistas modernos sabem que a mercadoria bem exposta é a mais
pedida pela clientela, por isso, além da propaganda e de promoções, não se deve descuidar
da exposição. A vitrine precisa ser bem projetada com antecedência, para evitar uma série
de problemas de visibilidade após sua organização. O promotor ou vitrinista deve considerar
sua profundidade e comprimento, o lado do trânsito de automóveis, o fluxo de pedestres, a
distância entre os produtos e o transeunte, os efeitos de iluminação, cores, temas, etc.
A vitrine precisa de materiais inovadores, fundos que não apareçam mais que as mer-
cadorias e produtos separados pelo interesse dos consumidores. Uma vitrine sazonal (em
datas ou épocas especiais) deve ser mais ousada que as vitrines das lojas concorrentes, e
sempre trazer aquele “algo a mais” que faz as pessoas pararem e pensarem. Se estiver ligada
a alguma campanha na mídia, o tema da vitrine precisa ser fiel e reviver o comercial em seus
detalhes mais empolgantes, para criar uma ligação entre a imagem da propaganda e o
merchandising do produto.
Outra decisão que deve ser tomada refere-se à troca da vitrine. Os produtos precisam
ser trocados com muito mais freqüência que a decoração (Vitrinismo, 2005). A orientação
básica é:
• Lojas de Rua:
• Lojas de Shopping
• Situações Especiais
Lembre-se sempre que os consumidores são sedentos por novidades e por experiências
diferenciadas que ofereçam possibilidades de ampliar seu conhecimento, prazer e conforto, e
possam ser compartilhadas com as pessoas de suas relações. Não corra o risco de que sua vitrine
ou a fachada de seu ponto-de-venda passe a fazer parte da “paisagem”. Quando passamos
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
muitas vezes pelo mesmo cenário, deixamos de prestar atenção nos detalhes. Voltamos a prestar
atenção somente quando alguns detalhes importantes foram alterados naquele ponto em que
passamos com freqüência. Considere esta informação, para planejar a freqüência de alternância
dos temas e produtos da vitrine e também dos detalhes da fachada do estabelecimento.
Além da fachada, o interior da loja igualmente pode ser transformado em uma grande
e atrativa vitrine. A tendência é ter cada vez menos espaço para as vitrines formais (o cubo
de vidro) e cada vez mais fachadas abertas e toda a loja funcionando como uma vitrine.
Neste caso deve-se trabalhar o visual merchandising com maior ênfase, com displays e pra-
teleiras mais elaborados, iluminação e tematização (Sedução, 2006).
Toda a área de exposição, assim como o negócio do ponto-de-venda, precisa ter foco.
Conforme você já percebeu, a vitrine é um forte elemento de promoção e já sabemos que
devemos promover apenas aquilo que temos em quantidade suficiente para vender, do con-
trário nossos esforços podem ter resultados negativos.
Lembre-se sempre de que a vitrine determina quem vai entrar no estabelecimento. Você
formará um conceito de produto, conforme aquilo que mais frequentemente expõe na sua
vitrine. Por este motivo, um controle sobre o que foi exposto nos últimos tempos e a relação
entre o que você quer promover e o que você oferece é importante para ter a dimensão de
como você está mostrando a sua loja para seus clientes.
Para o varejo vale o velho ditado de que a primeira impressão é a que fica. Pensando
nisso, lojistas investem cada vez mais nas fachadas das lojas. Letreiro, logomarca, pé direi-
to, cores, tamanho das letras, iluminação, vitrine e porta são elementos que devem ser tra-
balhados de acordo com o público-alvo que a marca pretende atingir. O consumidor tem
alguns segundos, entre 10 e 20, conforme estudos, para decidir se entrará ou não na loja. Se
a marca não for forte, a composição dos elementos da fachada é que ajudará nessa decisão.
A fachada é a primeira impressão que o cliente tem da loja. Além de chamar atenção, ela
deve mostrar a perspectiva do interior do estabelecimento.
Uma boa parte da percepção das pessoas sobre o ponto-de-venda está ligada ao modo
como a fachada se apresenta. Lojas com pé direito alto são percebidas com uma sensação de
glamour; já aquelas com teto mais baixo e com muitos elementos na vitrine sugerem lojas
mais populares. Lâmpadas fluorescentes, pouca perspectiva de interior e confusão de produ-
tos na vitrine são elementos de lojas voltadas para os públicos C e D. Ambientes mais “leves”
e “limpos”, com poucos elementos, sugerem amplitude, e artifícios criativos e sofisticados.
Buscar uma assinatura arquitetônica única é uma maneira de fortalecer sua marca
sem a necessidade de grandes investimentos em painéis e anúncios. Fachadas funcionam
como cartões de visita do ponto-de-venda. Conforme você já percebeu, em muitos casos
uma boa fachada, uma boa vitrine, pode ser o fator de escolha de seu cliente entre entrar em
sua loja ou na da concorrência e isso compensa muitos investimentos.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
É importante salientar ainda que desenhos “bonitinhos” não marcam a fachada, não
criam valor para a marca. Pense que o grande negócio é criar valor para uma fachada, para
que esta traga valor para sua marca. Fachadas cheias de “desenhinhos” não agregam valor
algum.
Com relação à fachada, Camara (2009) nos apresenta algumas sugestões do que se
deve fazer e o que precisamos evitar quando pensamos em reformá-la para um ponto-de-
venda ou projetá-la para uma loja nova:
O que fazer:
• fachadas que se harmonizem com a vizinhança, mas que marquem sua presença;
• fachadas e acesso à loja bem iluminados, oferecendo ampla visão à comunicação visual e
outros elementos do prédio que mereçam um destaque;
• manter a frente da loja sempre limpa e organizada, inclusive com lixeiras e, quem sabe,
espaços ajardinados que embelezam o ambiente;
• reservar áreas apropriadas para o estacionamento de veículos, para que estes não ocultem
trechos importantes da fachada (que é um apelo de vendas) e não prejudiquem o trânsito
de pedestres e dos próprios clientes;
• instalar elementos de comunicação visual como letreiros e/ou tótens que destaquem a loja
com elegância e que possam ser vistos a uma maior distância ou rapidamente lidos por
condutores de veículos, indicando acessos e outras informações que forem importantes
aos clientes.
O que evitar:
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• fachadas poluídas com excesso de publicidade ou com peças colocadas em locais inade-
quados;
• fachadas cuja principal ou única vantagem seja a facilidade de execução, ou preço redu-
zido, ou o gosto do empreendedor. O mais importante é o gosto do cliente e do mercado;
• fachadas de difícil manutenção, pois uma fachada simples, mas bem conservada é melhor
do que uma sofisticada, mas deteriorada;
• trechos escuros e sem vida, penumbras e acessos complicados à loja que provoquem inse-
gurança nos clientes ou na vizinhança;
• calçadas sujas, mal executadas, com buracos ou ressaltos, com degraus desiguais – muito
baixos ou muito altos, ou ainda, com o meio-fio muito alto;
• frente da loja tumultuada, suja pela falta de lixeiras para os freqüentadores; caixas de
madeira ou papelão empilhadas; frente da loja muito árida, sem árvores ou jardins, ou até
mesmo sem coberturas que ofereçam sombra e abrigo da chuva para os clientes e pedes-
tres. Lembremos que um jardim bem-cuidado sempre transmite uma idéia de zelo;
• letreiros mal proporcionados, muito pequenos que não possam ser lidos rapidamente ou
muito grandes e que agridam o prédio da loja, os vizinhos e a cidade; sinalização inade-
quada que confunda ou desoriente os clientes ou que possa provocar acidentes.
Uma pesquisa feita pelo Grupo RBS e pelo Serviço Nacional do Comércio (Senac),
mostra que tipo de publicidade atinge as classes mais baixas. Para descobrir onde estão os
melhores preços, a preferência recai sobre as vitrines das lojas (35, 6%); em seguida vem a
televisão (27,8%) e os jornais (11,11%).
Todas essas informações, contudo, não serão suficientes se o mix de produtos ofereci-
dos não estiver em consonância com a imagem projetada pela vitrine. Então, esse é o próxi-
mo ponto de estudo.
68
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Seção 3.2
O Mix de Produtos
A escolha do mix de produtos consiste em uma das decisões mais fundamentais para
uma empresa. Obter mercadorias que satisfaçam suas necessidades é a motivação principal
dos consumidores quando compram produtos nas lojas. De todas as variáveis do marketing
mix, o composto de produtos é a mais importante variável quando se classificam e definem
os diferentes tipos de pontos-de-venda, tais como supermercados, lojas de departamentos,
hipermercados, farmácias, joalherias, livrarias. Cada ramo ou setor varejista é determinado
pela composição de produtos que é oferecido (Parente, 2000).
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
O número de itens comercializados por diferentes tipos e ramos de lojas é muito varia-
do. Existem lojas, como os hipermercados, que comercializam de 30 a 50 mil itens. Em um
supermercado de porte médio encontra-se cerca de 5 a 10 mil itens, enquanto esse número
cai para mil em uma loja de conveniência.
a) Departamentos
• Bebidas
• Higiene pessoal
• Hortifrutigranjeiros
• Mercearia
• Bazar e não-alimentos
• Limpeza
• Frios e laticínios
• Padaria
Cada um desses departamentos deve ser visto como uma Unidade de Negócio, em que
os gestores, tanto na área da loja, quanto no nível da gerência de compras no escritório
central (no caso de compras centralizadas), deverão responder pelos resultados de desempe-
nho alcançados em cada um dos departamentos por eles gerenciados.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
b) Categorias
c) Subcategorias
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d) Segmentos
e) Subsegmentos
A Figura 1 apresenta uma outra forma de ilustrar a relação entre os diferentes níveis
hierárquicos da classificação de produtos.
Departamento: Bebidas
Categoria: Refrigerante
Subcategoria: Guaraná
72
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Nesse processo, a principal fonte para orientar a classificação de produtos deverá ser a
hierarquia do processo de decisão de compras dos clientes. Como o consumidor estrutura
sua árvore de decisão quando está, por exemplo, no processo de comprar refrigerantes? Será
que o primeiro nível nesse processo decisório é a escolha do sabor (cola, guaraná ou laran-
ja), será a seleção da embalagem (pet 2 litros ou lata), será a quantidade de calorias (diet ou
normal), ou será a preferência para uma marca especifica (Coca-Cola ou Pepsi)? Com base
na resposta a esse tipo de questionamento é que o gestor deve desenvolver a estrutura da
divisão da categoria em subcategorias e segmentos.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Estreita Larga
Amplitude
(número de categorias, subcategorias e segmento)
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Subcategoria A 1 2
Subcategoria B 1
De todas as quatro estratégias, essa é a que oferece a seleção de produtos mais com-
pacta (em categorias e em itens). Em geral, as empresas que adotam essa estratégia contra-
balançam sua variedade limitada oferecendo uma forte vantagem, principalmente na loca-
lização e na conveniência de suas lojas. No novo varejo de alimentos, as lojas de conveni-
ência exemplificam esse tipo de estratégia. No ramo dos restaurantes, algumas lanchonetes
no sistema fast-food adotam esse mesmo posicionamento, oferecendo algumas poucas alter-
nativas de sanduíches, de sobremesas e de bebidas. Lojas com variedade compacta apresen-
tam como vantagem baixos custos operacionais e baixos níveis de estoque.
Subcategoria A 1 2 3 4 5 6 7 8
Subcategoria B 1 2 3 4 5 6 7
Essa estratégia é comumente adotada pelas lojas especializadas, tais como sapatarias,
joalherias, livrarias. Alguns gestores desenvolvem lojas direcionadas para segmentos especí-
ficos, por exemplo, loja de confecções femininas especializadas em roupas de gravidez, ou
em tamanhos maiores, ou em roupas de malha, ou roupas de praia e piscina. São pontos-de-
venda que apresentam poucas categorias, mas oferecem uma extensa variedade em cada
uma das categorias vendidas.
As lojas que adotam essa estratégia conseguem reforçar sua imagem de especialização
nas categorias que comercializam, e desenvolvem uma forte fidelidade dos consumidores,
conseguindo atrair clientes inclusive de regiões mais distantes. A desvantagem dessa estra-
tégia é a vulnerabilidade, uma vez que suas vendas dependem de uma ou poucas categorias
de produtos. Em mercados de grande porte, como nas grandes regiões metropolitanas ou em
grandes shopping centers, as lojas especializadas podem conseguir bons resultados, posto
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
que nesses locais até mesmo os segmentos específicos atingem um significativo potencial de
mercado. Por outro lado, lojas em que a especialização é muito específica (ex.: loja de brin-
quedos educativos, loja de vestidos de noivas, loja de instrumentos musicais) poderão não
conseguir um volume adequado de vendas em mercados de pequeno porte, por exemplo, nos
centros comerciais de cidades pequenas ou nos shopping centers de conveniência ou de
comunidade.
Essa estratégia procura atender à maior parte das necessidades de compra dos cli-
entes, procurando estocar um pouco de tudo. O Sam’s Club, um dos modelos de loja
operado no Brasil pelo grupo Wal-Mart, é um típico exemplo dessa estratégia. Em sua
linha de produtos, a loja procura oferecer poucas opções em quase todas as categorias
de produtos, em embalagens direcionadas para o cliente institucional e também para o
consumidor pessoa física. Nas cidades brasileiras de médio ou pequeno porte costuma-
se encontrar minilojas de departamentos, com cerca de 1000m2, que procuram oferecer
uma linha compacta de produtos não-alimentícios, incluindo confecções (masculina,
infantil, cama-mesa-banho e calçados), eletrodomésticos, bazar, brinquedos, etc. Nesse
mesmo tipo de cidades observa-se também a existência de “mini-hipermercados”, agru-
pando, em uma apertada área de vendas, a linha de produtos de um supermercado e a de
uma loja de departamentos.
76
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
As lojas que adotam essa estratégia apresentam uma grande variedade de categorias e
subcategorias, com grande profundidade em sua variedade, pretendendo atender a todas as
necessidades do cliente, como nos hipermercados Extra, Carrefour e Wal-Mart. Essa estratégia
possibilita ao varejista fortalecer sua imagem e satisfazer à maioria das necessidades de seus
segmentos específicos de mercado. Geralmente os consumidores revelam grande satisfação e
são fiéis à lojas que adotam esse modelo. As principais desvantagens consistem na grande área
de vendas exigida para expor variedade tão extensa e os elevados investimentos em estoques.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Uma vez definidas as estratégias de variedade e levando em conta os fatores que influ-
enciam a composição do mix de produtos, o gestor, visando a estabelecer as estratégias
propostas e atingir os objetivos desejados, toma decisões táticas, tais como:
• exclusão de produtos;
• aumento de variedade;
• redução de variedade;
• agrupamento de lojas.
Esta é uma decisão que o gerente de compras ou o gerente da categoria está perma-
nentemente tomado. Milhares de novos produtos são lançados no mercado a cada ano, e o
varejista precisa decidir sobre quais desses novos itens irá introduzir em suas lojas.
Nesse processo o gestor deverá avaliar se o novo item consiste apenas em uma dupli-
cação (substituto perfeito) de produto já existente, ou se oferece características diferencia-
das que agregam valor para os consumidores-alvo.
A decisão de introduzir um novo item deverá envolver uma avaliação do beneficio que aquele
novo produto trará para a satisfação dos consumidores e para o desempenho da categoria.
78
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Da mesma forma que a introdução de novos itens, a exclusão de produtos deve ser um
processo realizado regularmente nas empresas. Por meio dos sistemas de informações, as
empresas dispõem de dados sobre a evolução do desempenho de vendas de cada produto na
loja. Os procedimentos de Gerenciamento de Categorias vêm também contribuindo para a
adoção de critérios mais objetivos na decisão de retirada de produtos com baixos resultados
de desempenho, mediante os seguintes questionamentos:
• O fornecedor também acha que o produto encontra-se na fase de declínio em seu ciclo de
vida?
Pesquisas com os consumidores poderão indicar uma insatisfação com a atual varie-
dade que o ponto-de-venda oferece, em comparação com a de seus concorrentes, sinalizan-
do para a necessidade de ampliar o atual mix de produtos.
As categorias prioritárias para ampliação da variedade podem ser descobertas por meio
de pesquisas de variedade na concorrência e entrevistas com os consumidores. É importante
identificar quais dimensões da variedade devem ser mais enriquecidas, isto é, se por meio da
amplitude (ou seja, novas categorias, subcategorias ou segmentos) ou da profundidade (isto
é, novas marcas, tamanhos ou cores).
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
• Excessivo número de itens com vendas muito baixas ou sem vendas, nos últimos meses.
Para uma empresa com 50 lojas, por exemplo, torna-se inviável a composição do mix
de produtos para cada uma das 50 unidades. O procedimento adotado consiste em classificá-
las em certo número de conjunto de lojas (clusters) e de desenvolver, para cada um desses
clusters de lojas, um mix de produtos adequado as suas características. Os clusters são for-
mados por lojas com características semelhantes. Para a definição desses clusters (ou tipos
de lojas) o gestor deverá levar em conta o perfil de seus consumidores (ex.: nível de renda,
faixa etária, tamanho do domicílio), características da loja (ex.: área de vendas, volume de
vendas) e características do mercado (ex.: região, clima, concorrência).
Na próxima Unidade vamos apresentar estratégias para que o cliente, após ter sido
seduzido pela vitrine, continue sentindo-se bem ao entrar na loja. Não perca!
80
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Unidade 4
O marketing sensorial pode ser traduzido como o conjunto de variáveis de ações con-
troladas pelo produtor e/ou distribuidor para criar no entorno dos produtos ou serviços uma
atmosfera multissensorial específica, seja por meio das características do produto/serviço,
seja mediante a comunicação a seu favor, ou ainda pelo ambiente do ponto-de-venda (Teixeira;
Barbosa, 2008).
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Seção 4.1
Iluminação
Muitas vezes somos atraídos por alguns pontos-de-venda que se destacam pelo visual
bonito e agradável, com um poder fascinante que nos envolve e convida a conhecê-los. Já
outros parecem ser frios ou quentes demais, o que acaba afastando nosso desejo de perma-
necer no seu interior, ou pior, de entrarmos neles. Geralmente não nos damos conta, mas
esse aspecto que nos atrai ou repele atende pelo nome de iluminação.
Este fator exerce grande influência no ambiente da loja. A iluminação pode ser direta
ou indireta, com luz branca ou colorida. Muitas lojas adotam uma combinação de estilos,
utilizando iluminação indireta para as áreas de circulação da loja, e direta para dar desta-
que aos produtos. Existem evidências de que a iluminação afeta o volume de vendas de uma
loja. O movimento cai quando a iluminação diminui, e aumenta quando ela volta ao pa-
drão desejado.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Fonte: <http://www.portaisdamoda.com.br/noticiaInt~id~17888~n~
marketing+e+merchandising+layout+design+vitrine+e+iluminacao+para+lojas.htm>.
Nos últimos anos tem havido um movimento para deixar as lojas mais iluminadas. Os
lojistas afirmam que os consumidores apreciam o aumento da iluminação, o que se reflete
em suas vendas. Lojas iluminadas têm-se tornado a norma para muitos compradores, por se
terem acostumado com o exemplo de grandes lojas como a Wal-Mart. A claridade é psicolo-
gicamente mais atraente. Espaços mais claros são percebidos como mais agradáveis e ten-
dem a ter mais atividade. Uma loja mais clara convida o cliente a permanecer mais tempo no
seu interior, o que é um dos principais objetivos para a maioria dos gestores. Claridade,
entretanto, não é apenas iluminação. São materiais, refletores, brilhos e metais. Envolve
também a maneira como as superfícies no espaço refletem esses diferentes elementos. Como
claridade é mais percepção do que quantidade, com a atual tecnologia é possível reduzir a
quantidade de luz na loja, ao mesmo tempo em que se aumenta a aparência da claridade.
Veja a seguir sete pontos básicos que fazem a diferença em um ambiente bem ilumina-
do (Roble, 2005):
2) O uso exclusivo de lâmpadas frias torna qualquer lugar uma geladeira. Isso acontece
porque o excesso de luz branca não destaca os produtos, não valoriza suas cores e torna
o ambiente impessoal.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
3) O uso absoluto de lâmpadas quentes faz com que o ambiente seja, ou aparente ser, aba-
fado e desconfortável aos olhos do público, espantando-o. Na ânsia de buscar serem atra-
entes e moderninhos, muitos pontos-de-venda exageram nos spots e, para que ninguém
morra sufocado no seu interior, acabam sendo obrigados a permanecer com metade das
lâmpadas instaladas apagadas o tempo todo.
4) Para que uma iluminação seja eficiente e agradável, ela deve apresentar uma mistura
equilibrada de lâmpadas com tonalidades frias e quentes. Para a iluminação geral, adote
lâmpadas com tonalidade fria que consomem menos e iluminam áreas maiores. Para des-
tacar e valorizar pontos específicos e especiais, como os produtos expostos, vitrines, car-
tazes ou as áreas de atendimento, use lâmpadas com fachos pontuais e com tonalidade
quente.
6) A iluminação natural é muito bem-vinda. Seja por meio de janelas, clarabóias ou jardim
interno, ela é capaz de tornar um ambiente sedutor e agradável. Quando isso não for
possível, deve-se buscar uma iluminação que, mesmo sendo artificial, como uma clara-
bóia, propicie uma atmosfera natural ao ambiente.
7) Uma boa iluminação, assim como tudo na vida, é uma questão de equilíbrio. Uma loja ou
um escritório não devem ser tão claros a ponto de parecer um cassino e nem tão escuros
quanto uma caverna. Avalie a iluminação de seu ambiente de trabalho e tente encontrar
um meio-termo. Este cuidado fará a diferença.
Conforme Levy e Weitz (2000), a boa iluminação em uma loja envolve mais que a sim-
ples colocação de lâmpada no espaço. Ela é usada para destacar mercadorias, esculpir espa-
ços e capturar um humor ou um sentimento que aprimora a imagem da loja. A iluminação
também pode ser usada para disfarçar elementos menos atrativos que não serão mudados.
84
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Na busca pela economia de energia o lojista não pode esquecer que desligar a luz da
vitrine em momentos de grande circulação de transeuntes, ou deixar o ponto-de-venda com
iluminação insuficiente nos períodos de circulação de clientes, pode representar um custo
maior se levar em conta as vendas não realizadas por não ter exposto adequada e suficien-
temente seus produtos.
Veja a seguir mais algumas idéias que você pode levar em consideração para iluminar
bem um ponto-de-venda (Iluminação, 2005):
1. Uma loja bem iluminada pode ser um verdadeiro chamariz para clientes. Assim sen-
do, é importante priorizar as áreas que deverão ter maior quantidade de luz, levando
em consideração ainda a tonalidade de cores que o conjunto luminária x lâmpada
deverá reproduzir sobre os seus produtos.
3. Fundir iluminação direta e indireta, com sancas (moldura que disfarça a lâmpada) de
gesso, é uma boa saída. As sancas iluminam de forma indireta e trazem um efeito
decorativo e uniforme ao ambiente. Por outro lado, pedem um complemento por meio
de embutidos, spots ou luminárias de sobrepor, que poderão ser direcionadas aos pro-
dutos em exposição.
4. Para que o consumidor consiga enxergar bem os preços e artigos à venda, o nível
médio de iluminação ideal é de 500 lux (quantidade de luz).
5. As sancas devem utilizar sempre lâmpadas fluorescentes tubulares que emitem me-
nos calor que as de cores quentes. Podem ser de 32 ou 16 watts, 20 ou 40 e 110 watts
(HO) para pé-direito acima de 4,5 metros.
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A luz fluorescente, chamada de luz fria de baixo consumo, em alguns casos distorce as
cores, sendo necessário verificar com cuidado seu uso. A luz incandescente, por sua vez, é
mais glamorosa, mas consome mais energia e é considerada luz quente. Uma combinação
adequada simples para resolver esses problemas, apesar de não ser o ideal, seria a utilização
de 60% de luz fluorescente para 40% de luz incandescente. Existem também estudos que
recomendam tipos ideais de direcionamento de iluminação:
Não se deve iluminar o chão (piso), a Não criar brilho ou reflexo no vidro
menos que existe um display de “show-cases”; pois impede a
(plataforma/base). visualização da mercadoria.
86
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
As contribuições de Blessa (2003) vêm confirmar muitos dos aspectos que comenta-
mos até agora. Eis algumas delas:
• O projeto de iluminação deve ser calculado para não haver luz demais nem de menos.
Lojas escuras ou as que “economizam luz” apresentam uma atmosfera pouco atrativa,
desestimulando os clientes a entrar. Se da rua, em plena luz do dia se vê uma loja que
parece apagada, é sinal de iluminação deficiente. Toda loja deve ser clara, mesmo durante
a luz do dia.
• O tipo de iluminação também precisa ser estudado com atenção, para não modificar as cores
reais das mercadorias. Lojas de cosméticos, por exemplo, não devem usar lâmpadas fluores-
centes, pois modificam a cor da pele e das maquiagens. Lâmpadas focais que dão destaque
dirigido às mercadorias na vitrine valorizam o produto e direcionam o olhar do cliente.
Num shopping todos somos pedestres, portanto teremos condições de parar em frente
à vitrine e observá-la detalhadamente. Por esse motivo é interessante usar uma iluminação
pontual, focando detalhes.
A loja de rua deve que ter uma vitrine mais objetiva, pois a comunicação que ela deve
fazer é instantânea, então se aplica uma iluminação mais global. Nas lojas de rua devemos
considerar a iluminação da fachada com um projeto adequado ao estilo da loja e sua
edificação.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Outro fator a ser levado em conta é o fato de a vitrine do shopping estar recebendo ilumi-
nação artificial, enquanto a de rua recebe iluminação natural. Em lojas de rua, quanto mais
claro for o dia mais luz faz-se necessária no interior da loja, para que o cliente não veja na sua
vitrine um espelho, ou seja, em vez de olhar a vitrine, ele se olha nela (Iluminação, 2005).
Resumindo, recomendamos que a iluminação geral de uma loja deva ser feita sempre
empregando-se lâmpadas fluorescentes, pois estas aliam alto rendimento e durabilidade a
baixo consumo. Estas, contudo, precisam de luminárias (o equipamento no qual se colo-
cam as lâmpadas) com refletores adequados para aproveitar todo o seu potencial. Na ilumi-
nação específica dos produtos é necessária a utilização de lâmpadas incandescentes
(halógenas, dicróicas) por possuírem maior poder de destaque e maior I.R.C. (Índice de Re-
produção de Cor), o que consegue reproduzir mais fielmente cores, brilhos e texturas.
Seção 4.2
Som no Ambiente
Os lojistas também podem usar a música para ter impacto no comportamento dos
clientes. A música pode controlar o ritmo do tráfego da loja, criar uma imagem e atrair ou
distrair a atenção dos consumidores.
Parente (2000) acredita que a música ajuda a definir a atmosfera da loja. Lojas de
moda direcionadas para segmentos com determinados estilos de vida procuram reforçar a
característica da atmosfera com as músicas de preferência de seus segmentos. Para criar a
atmosfera que agrade os jovens, um varejista brasileiro chamado World Tennis, em algumas
de suas lojas, não apenas tocava músicas, mas também veiculava, em telões, videoclipes, e
a programação da MTV.
Existem estudos que comprovam que a música afeta o processo de compra do consu-
midor. Música mais rápida torna esse processo mais acelerado, enquanto melodias mais
suaves tornam o ritmo da compra mais devagar. A música lenta estimula o consumidor a
88
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
permanecer mais tempo na loja, aumentando assim seu volume de compras. Os funcionári-
os apreciam muito o fundo musical da loja, e geralmente trabalham mais satisfeitos com a
música.
Para a maioria das pessoas música ambiental no varejo significa versões instrumen-
tais de músicas famosas. Modernamente a música tem sido tratada como um elemento
vital para complementar o design interno do ponto-de-venda, com especialistas de
marketing e designers de loja procurando fazer com que o local da compra reflita os valo-
res da marca da loja.
Teixeira e Barbosa (2008) citam as pesquisas de Reunier (2000, 2004) a respeito dos
apelos auditivos. Os estudos têm mostrado que o ambiente sonoro merece uma atenção
particular porque realmente pode influenciar as reações dos clientes durante o consumo. A
música pode agir sobre o indivíduo de modo afetivo, cognitivo ou comportamental.
De maneira afetiva, a música pode, por exemplo, aumentar o prazer durante as com-
pras e deixar os clientes de bom humor. Cognitivamente, a adoção de músicas em ambien-
tes comerciais pode reforçar a imagem da loja e mostrar seu posicionamento perante os
clientes e, dessa forma, influenciar o consumo. A música pode ainda agir sobre o comporta-
mento dos consumidores. Como já mencionamos anteriormente, o ritmo da música pode
influenciar o tempo de permanência dos clientes no ambiente. Músicas com ritmos mais
acelerados tendem a também acelerar o consumo, ao passo que músicas mais calmas podem
prolongar o tempo gasto em compras. A música difundida nos ambientes de consumo deve
estar em harmonia com a proposta do empreendimento, de modo que os clientes se identifi-
quem com o que está sendo tocado.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
• tempo mais lento, volume mais baixo e música familiar fazem os sujeitos permanecerem mais
tempo no local do que quando o tempo e o volume são altos e a música, menos conhecida;
• quanto mais alto for o volume e menos agradável for a música, mais demorada é a percep-
ção de tempo;
Pela manhã, quando os clientes da terceira idade preferem fazer suas compras, as
músicas devem ser suaves e calmas. Na hora do almoço, em que muitas pessoas fazem com-
pras rápidas, o ritmo pode ser mais acelerado. À tarde, que é o horário preferido para fazer
“compras do mês”, as donas de casa sentem-se melhor com músicas atuais, porém leves.
Entre as 17 e as 19 horas, que é o período do rush nos mercados, o ritmo deve ser mais
acelerado para que as compras sejam feitas mais rapidamente, evitando filas nos caixas. À
noite, novamente, música suave e sossegada para quem enfrentou o dia no trabalho e quer
um pouco de paz para fazer as compras inadiáveis. As músicas muito agitadas tipo “pago-
de” ou “ rock pesado” não são aconselhadas para lojas, pois inibem e irritam os clientes, que
encurtam seu tempo de compra. Ao contrário, músicas leves e lentas predispõem os consu-
midores a esquecer da hora, comprando mais.
Isso, porém, não é tudo. Você já pensou que poderá personalizar a sua loja por meio de
aromas?
Seção 4.3
O Uso de Aromas
Neste mundo globalizado, em que produtos e serviços estão cada vez mais semelhan-
tes, os gestores precisam identificar ferramentas que mexam com a emoção e o bem-estar
dos consumidores. Explorar os sentidos é um desses caminhos, que sai do universo racional
e entra no imaginário das pessoas, um mundo repleto de sentimentos, lembranças, desejos.
90
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Levy e Weitz (2000) também destacam que o olfato, mais que qualquer outro sentido,
é um caminho direto para os sentimentos de felicidade, fome, nostalgia, etc. – os mesmos
sentimentos que os responsáveis pelo marketing querem introduzir.
Bem, mas a pergunta que fica é: como podemos introduzir esses odores na loja?
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
de. Apesar de este tipo de experiência ser recente no Brasil, o Point of Purchase Advertising
International (Popai), entidade que investiga tudo o que se refere a ponto-de-venda, alerta
que ações de marketing olfativo contribuem para elevar o faturamento do varejo em torno
de 20% (Rocha, 2005).
Existem empresas que desenvolvem todo tipo de cheiro ou perfume para serem utiliza-
dos em promoções de vendas, anúncios de revistas, cartões e em pontos-de-vendas, para
despertar os desejos por um produto específico, ou uma seção de produtos. Num supermer-
cado ou loja de conveniência pode-se colocar aroma de pipoca na gôndola desse produto,
cheiro de bacon próximo aos salgadinhos do mesmo sabor, ou ainda um forte perfume de
flores perto de alguma água sanitária floral. Para alguns produtos, esta estratégia costuma
aumentar as vendas em mais de 20% (Blessa, 2007).
Antes de utilizar algum tipo de aroma, pesquise, planeje e faça testes antes, a fim de
que todos os públicos daquela seção sejam atraídos por aquele aroma.
Se por um lado perfumes agradáveis servem como reforço positivo para a atmosfera e a
imagem da loja, os aromas desagradáveis causam péssima impressão. Processos de limpeza
inadequados, instalações sanitárias defeituosas, umidade, entre outros, fazem fluir odores
que comprometem a imagem da loja. Os consumidores são particularmente sensíveis a esses
aspectos, principalmente no caso de compras de alimentos.
Silva (2003) destaca que as pessoas podem sofrer forte impacto pelos aromas no pon-
to-de-venda, visto que quando inspiram as moléculas afetam as freqüências das ondas do
hemisfério direito do cérebro, responsável pelas emoções, e que, como muitas vezes o ato de
comprar está relacionado ao fator emocional, o uso de certos aromas pode gerar impactos
tanto positivos quanto negativos nas vendas.
92
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
A memória olfativa pode ser uma boa forma de fidelização dos clientes (Termero, 2004).
Com base nestas informações, você pode perceber o quanto um simples aroma pode
contribuir para aumentar o envolvimento do consumidor com o ponto-de-venda. Cabe a
nós pôr em prática algumas dessas sugestões para que possamos estimular ainda mais as
vendas nos estabelecimentos comerciais.
Seção 4.4
As Cores no Ponto-de-Venda
O efeito das cores sobre o comportamento das pessoas poderia ser classificado como
“mágico”. A psicodinâmica das cores e tonalidades pode provocar sensações inesperadas ao
cliente, sensações que podem ser de alegria, espanto, tristeza, melancolia, excitação, dese-
jo, desprezo, dentre outras.
É facilmente constatável que o emprego da cor, nos diferentes campos em que elas têm
valor decisivo, não pode ser resolvido arbitrariamente, com base apenas na percepção esté-
tica e no gosto pessoal dos proprietários e/ou gestores.
A cor é uma ferramenta mercadológica muito importante. De certo modo, as cores são
uma espécie de código fácil de entender e assimilar, e por isso pode e deve ser aplicado
estrategicamente como um instrumento didático. As cores formam uma linguagem imedia-
ta, que tem a vantagem de superar muitas barreiras idiomáticas com os problemas de dife-
rentes formas de interpretação dos textos (Farina, Perez, Bastos, 2006).
93
EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
O emprego criativo das cores pode aprimorar a imagem do varejista e ajudar a criar
uma disposição. Pesquisas mostram que as cores quentes (vermelha e amarela) produzem
efeitos psicológicos e fisiológicos opostos às cores frias (azul e verde), que ficam opostas no
espectro de cores. Por exemplo, descobriu-se que o vermelho e as demais cores quentes au-
mentam a pressão do sangue, a taxa respiratória e outras reações fisiológicas. Em contras-
te, a pesquisa mostrou que as cores frias, como o azul ou o verde, são relaxantes, apazigua-
doras, calmas e agradáveis. Depreende-se, então, que as cores frias devem ser mais eficien-
tes para os varejistas que vendem produtos causadores de ansiedade, como as mercadorias
mais caras. Alternativamente, as cores quentes podem ser mais apropriadas em lojas que
querem gerar excitação (Levy; Weitz, 2000).
As cores podem até decifrar “à distância” para o consumidor que anda pela loja o tipo
de departamento que está à frente. Para lojas pequenas como boutiques, a cor é fundamen-
tal para contrastar ou acompanhar a coleção apresentada na vitrine. A cor da moda ou da
estação costuma envolver a clientela no desejo de estar também na moda e comprar. Para
grandes lojas, o importante é a limpidez nas paredes, teto branco para economizar luz, e os
elementos de decoração dando os tons escolhidos para combinar com os demais elementos
informativos.
O papel que as cores desempenham nas vitrines ou no interior das lojas vai muito além
de criar um ambiente visual e agradável. Embora todos tenham uma cor favorita, poucos
são os que entendem a razão de suas escolhas. As cores têm um efeito significativo em
nossas emoções, e a habilidade em usar as cores em displays, por exemplo, pode motivar-nos
a comprar os produtos expostos (Parente, 2000).
Cores fortes e vibrantes provocam um impacto diferente das cores suaves e de tons
pastel. Como já vimos, as cores podem ser classificadas em quentes (como vermelho, amare-
lo, alaranjado) e frias (como azul, verde, violeta). As cores quentes parecem chamar mais
atenção, sendo, portanto, muito adequadas na parte externa da loja, para incentivar o cli-
ente a entrar. Elas também comunicam uma atmosfera calorosa, informal e confortável. Já
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Outros tipos de classificação das cores podem também ser abordados para orientar as
decisões de apresentação do varejista. As cores claras dão a impressão de que um objeto ou
um ambiente parecem maiores, enquanto as cores escuras dão a impressão de tamanho
menor. Costuma-se usar tons neutros e claros para os equipamentos de exposição, pois não
chamam a atenção e, portanto, permitem que as mercadorias recebam mais destaque. As
cores brilhantes costumam atrair crianças, enquanto as opacas criam a impressão de leveza
e são mais atrativas para adultos.
Você já percebeu que o consumidor é altamente influenciado pelo uso das cores no
ponto-de-venda. Então, você pode e deve utilizar as cores para gerar muitas percepções
favoráveis ao aumento do conforto, da atratividade e o conseqüente aumento da venda de
seu estabelecimento.
É preciso lembrar sempre que as tonalidades mais claras dão maior sensação de ampli-
tude que os tons mais escuros. Assim, você pode resolver algumas questões arquitetônicas
do ambiente que está disponível fazendo um bom uso das cores. Observe alguns casos no
Quadro a seguir:
O pé direito do ambiente é muito Recomenda-se pintar o teto e uma faixa de parede próxima a ele de uma
alto, o que pode dar uma sensação tonalidade mais escura que o restante da parede. A altura da faixa deve ser de
de frieza ou de pouco aconchego. acordo com a altura que você deseja reduzir e diferença de tom da parede para o
teto, sendo maior à medida que a necessidade de gerar maior percepção de
redução de altura. Ex.: teto em preto e paredes em bege.
O ambiente tem o pé direito muito Você pode pintar as paredes de um tom mais escuro que o teto. A cor das paredes
baixo, o que muitas vezes gera deve avançar um pouco nas bordas do teto. A diferença entre as tonalidades deve
percepção de “sufoco” em quem ser proporcional à altura que você pretende “compensar” pela percepção visual.
freqüenta o local. Ex.: teto branco e paredes em verde claro.
O ponto de venda tem pouca A parede do fundo pode ser pintada de tonalidade mais clara, assim como uma
profundidade, sendo mais largo e faixa nas paredes laterais próximo ao fundo. O restante das paredes laterais são
mais curto do que o necessário. O pintadas em tonalidade mais escura. Assim o ambiente parecerá mais comprido do
ambiente parece muito pequeno. que realmente é. Ex.: parede do fundo em branco e paredes laterais em laranja.
Potencializa-se este efeito com a colocação de espelhos na parede dos fundos.
O ponto de venda tem muita A parede do fundo pode ser pintada em um tom mais escuro, assim como uma
profundidade, sendo mais faixa nas paredes laterais próximo ao fundo. O restante das paredes laterais são
comprido do que largo. O pintadas em tonalidade mais clara. Assim o ambiente parecerá mais largo do que
ambiente parece muito estreito. realmente é. Ex.: parede do fundo em verde escuro e paredes laterais em verde
bem claro. Potencializa-se este efeito com a adoção de espelhos, na parede dos
fundos.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Conforme Farina, Perez e Bastos (2006, p. 116), “[...] vários fatores se conjugam para
determinar a cor exata que será a portadora da expressividade mais conveniente a cada tipo
específico de mensagem para um produto a ser consumido ou serviço a ser utilizado.”
A mesma pesquisa investigou também sobre qual cor lembrava fragilidade. Dos entre-
vistados, 27% pensou em rosa claro como lembrança de fragilidade, bem como 9% responde-
ram que é o branco e outros 9% que é o bege claro. Pode-se concluir, também, que combina-
ções de rosa claro com branco podem lembrar fragilidade para 36% das pessoas.
Tonalidade Sabor
Amarelo esverdeado Ácido
Rosa Muito doce
Cinza, verde claro e azul claro Salgado
Azul-marinho, marrom e violeta Amargo
Vermelho Apimentado
Alaranjado Doce
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Tonalidade Consistência
Marrom e ocre Pós
Verde e azul claros Líquidos
Rosa Cremoso
Tons escuros Sólido/compacto
Em diversos testes citados por Favre e November (1979, apud Farina; Perez; Bastos,
2006), as cores frias se associam aos sabores amargos, enquanto as quentes se relacionam
aos sabores doces. Especiarias como a pimenta se relacionam com o laranja e o vermelho, já
os perfumes em geral são relacionados com o violeta, o lilás e o rosa; já os perfumes com
aromas de natureza associam-se com o verde. As fragrâncias em geral se relacionam com as
cores suaves, puras e delicadas. Por outro lado, os maus cheiros são associados às cores
escuras e nebulosas.
Sabemos que as cores têm grande importância em tudo o que vemos e sentimos, influ-
enciando nossa percepção em tudo o que fazemos, memorizamos e experimentamos. Dentre
as vantagens do uso adequado das cores está o fato de que sua “linguagem” tem entendi-
mento independente do grau de formação, cultura, etnia, idade. Por este e outros motivos, o
estudo das cores tem sido adotado em campos variados como na Medicina, na educação, na
indústria e também no comércio.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Arquitetura do Ponto-de-Venda
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• Largura dos corredores: a largura dos corredores está associada ao grau de conforto que
a loja oferece aos clientes, portanto influenciam a imagem da loja. Corredores estreitos
ficam congestionados e dificultam a locomoção. Consumidores passam mais tempo na
loja e compram mais quando desfrutam de maior comodidade na locomoção.
• Temperatura: no Brasil, na maioria das regiões e dos meses do ano, faz calor. Os lojistas
brasileiros vêm, cada vez mais, oferecendo lojas climatizadas com ar condicionado para
atrair e reter seus consumidores no ponto-de-venda por mais tempo.
• Pisos: existem muitos tipos de materiais utilizados nos pisos de lojas. Os pisos devem não
só trazer segurança e comodidade ao consumidor, mas também reforçar a imagem do
ponto-de-venda. Assoalhos de lojas mais sofisticadas são revestidos de produtos mais no-
bres, como madeiras ou carpetes. Já as lojas mais populares utilizam pisos mais simples,
de cimento ou de cerâmica. Quem comercializa alimentos, como os supermercados, prefe-
rem pisos que comunicam higiene e que facilitam a limpeza.
• Transporte vertical: lojas com mais de um andar precisam oferecer algum tipo de comuni-
cação entre eles por meio de escadas, elevadores, rampas ou de escadas rolantes. As lojas
mais populares têm as escadas como meio de ligação entre seus diferentes pisos.
• Provadores: nas lojas de confecções, os provadores são outro importante elemento que
contribui para a imagem e a satisfação do cliente. Lojas mais populares oferecem provadores
menores, mais simples, com menor privacidade. Nas lojas de padrão mais elevado, os
provadores são maiores, mais confortáveis e bem equipados.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
A iluminação do interior da loja, no entanto, deve ser composta por iluminação geral e
direcionada, devendo-se prever as possibilidades de iluminação por equipamentos especiais.
O sistema operacional de vendas adotado precisa ser bem planejado para possibilitar o
conforto dos envolvidos: caixas, vendedores, empacotadores e clientes. Neste tipo de loja as
vendas são feitas pelo vendedor, que finaliza as operações, como registro e pagamento até a
entrega da mercadoria embalada. Quanto ao consumidor, deve-se projetar a loja conside-
rando fatores como:
1. As medidas dos equipamentos devem estar calculadas pela média de estatura do consu-
midor típico, nunca alta demais, nem muito baixa. Deve-se explorar a altura de visão
ideal do cliente com mercadorias que se deseja ressaltar.
• As cores básicas (branco e preto) e as neutras (palha, marrom, cinza) devem estar afas-
tadas das cores vivas para serem atraentes.
3. As cores ainda podem atuar na percepção visual do cliente quando dispostas na vertical;
têm maior nível ótico de retenção por parte do sujeito, pois a vertical é mais percebida que
a horizontal. Todos são sensíveis aos efeitos da cor; sentimos as cores como quentes ou
frias, pesadas ou leves, calmantes ou estimulantes.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Atender ao consumidor consiste em vender uma imagem real e muitas vezes um so-
nho. O sonho pode ser proporcionado pelas associações visuais nas composições de vitrines
e displays, cuja imagem real (a mercadoria) deve corresponder e estar próxima do cliente. A
aproximação do produto, nesse caso, é fundamental, com o toque num primeiro momento,
para possibilitar o reconhecimento da textura dos tecidos e, depois, a prova para verificar
caimento, tamanhos, etc.
Deve-se ter em mente que esse ambiente em que se promove um estilo de vida, um
comportamento, uma imagem pessoal e um look individual, deve ter o estilo de música que
o produto exige. As tendências da moda podem determinar, também, um perfume a ser uti-
lizado com aromatizadores especiais, porém de fragrâncias leves, sem exagero, e dando um
toque de sofisticação ao ambiente.
De forma resumida esse é o processo para um início de projeto de loja. Deve-se pensar
nas necessidades do espaço e nos desejos do consumidor, até tornar a loja ideal uma reali-
dade.
Você conseguiu perceber o amplo conjunto de variáveis levadas em conta para definir
a arquitetura de um ponto-de-venda? Estes elementos são fundamentais para a consolida-
ção da imagem da loja e para adequar o ambiente de acordo com as preferências e o perfil
dos clientes.
• A arquitetura deve ser simples e linear, sem adornos em excesso que possam disputar a
atenção dos consumidores. A idéia básica é centralizar o interesse do cliente nos objetos
expostos, reduzindo ao máximo o risco de o ambiente competir com os produtos. Daí a
opção por linhas puras e limpas.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
• A arquitetura deve ser eficiente, de forma a realçar a peça exposta, manter a privacidade
do interior e aguçar a curiosidade de quem passa pelo corredor ou pela rua.
• A vida útil destes espaços de comércio varia de três a cinco anos. Passado este período,
deve ser realizada uma nova intervenção ou novo projeto para que a loja esteja sempre
competitiva no mercado.
• Outro aspecto que está diretamente relacionado com o tamanho da loja é o número esti-
mado de pessoas que circulam no seu interior. Um elevado número de pessoas dentro da
loja pode reduzir o tempo de compra e mesmo adiá-la, dificultando, ainda, um maior
relacionamento com os vendedores. Por outro lado, um número reduzido de pessoas pode-
rá constranger consumidores a entrar na loja.
• Criar uma área de recreação infantil com brinquedos para as crianças passarem o tempo
enquanto seus acompanhantes vão às compras é uma boa opção.
• Mais do que agradar ao gosto do proprietário, o projeto arquitetônico deve ser funcional e
atraente, para provocar impacto desde a fachada ao interior da loja.
• Um bom design pode substituir detalhes rebuscados, mas mesmo as soluções mais simples
precisam ser bem-acabadas.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Você viu que um ponto-de-venda exige cuidado e atenção nos mínimos detalhes para
que se torne competitivo e possa passar ao cliente exatamente a imagem que se projetou
para ele.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Unidade 5
MOVIMENTANDO-SE NO PONTO-DE-VENDA
• Conhecer o conceito, objetivos e tipos do layout de ponto-de-venda, bem como suas áreas
de exposição.
Seção 5.1
Numa época em que lojistas estão procurando um diferencial competitivo com base
nos produtos, no preço, na localização e na promoção, o ponto-de-venda em si tornou-se
uma probabilidade para se obter uma diferenciação mercadológica. Ir às compras atualmen-
te nem sempre é um prazer. Com tantas opções de lojas, e de varejos virtuais, é necessário
mais do que uma boa mercadoria para fazer com que os consumidores saiam de casa e
escolham justamente a nossa loja.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Assim sendo, é necessário criar um design diferenciado e agradável de loja para esti-
mular visitas e promover muitas vendas. A loja precisa ser considerada um palco, no qual as
paredes, o teto, o piso, os equipamentos, as vitrines e a comunicação sejam coadjuvantes
dos atores principais – os produtos (Blessa, 2003). Em termos gerais um layout de ponto-de-
venda é a organização interior do mobiliário e equipamentos, iluminação, pontos de vitri-
nes e displays e disposição de mercadorias dentro da loja. Tem por objetivo a correta utiliza-
ção dos espaços para maximizar o lucro e o retorno do investimento da área ocupada (Mor-
gado; Gonçalves, 1997).
Para projetar um bom layout de loja os designers precisam equilibrar muitos objetivos
que quase sempre entram em conflito. O layout da loja deve instigar os clientes a se move-
rem por ela para que comprem mais mercadorias do que haviam planejado originalmente.
Um método de fazer com que isso aconteça é expor o cliente a um layout que facilite um
padrão de tráfego específico. Os clientes devem ser instigados a seguir o equivalente a uma
“estrada de tijolos amarelos”. Algumas empresas adotam um layout que quase força os cli-
entes a se moverem através de seções de produtos de compras de impulso para chegarem até
as mercadorias maiores, mais caras. É difícil um pai, acompanhado de um filho com muita
força de vontade, navegar entre balões e acessórios de festa sem fazer uma compra (Levy;
Weitz, 2000).
106
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Outro método para ajudar os clientes a se moverem pela loja é fornecer variedade. Ela
deve estar repleta de cantos e passagens que instiguem os compradores a passar entre eles.
Um designer de loja não pode se satisfazer com espaços retos, cheios de longas fileiras de
prateleiras e estantes. Os múltiplos níveis e as rampas adicionam variedade. Se o piso tiver
que ser nivelado, pelo menos a altura da exposição das mercadorias pode ser variada para
evitar uma apresentação monótona. Não podemos deixar de ressaltar que os gestores co-
merciais também precisam levar em conta as necessidades especiais dos portadores de defi-
ciência (Levy; Weitz, 2000).
Para corresponder a esses objetivos, os designers de lojas decidem sobre (1) tipos alter-
nativos de design, (2) alocação de espaço para apresentação e para áreas de vendas e (3)
como tornar o uso das paredes eficiente.
Nas lições de Blessa (2003), para desenhar o layout de uma loja não basta procurar-
mos um arquiteto. Temos de localizar um profissional da área que conheça as características
e mazelas dos pontos-de-venda e que tenha experiência no tipo de produto que vai ser ven-
dido. Além de ter um projeto que dimensione a produtividade dos espaços, a imagem ideali-
zada para a loja precisa estar de acordo com sua localização, com seu público-alvo e com
seu estilo. A ambientação e a atmosfera de compra precisam influenciar positivamente a
decisão dos consumidores.
• o mobiliário especializado;
• SAC/empacotamento/segurança/vitrines;
• depósitos;
• estacionamentos.
• organização do atendimento;
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
O layout é determinado pelo tipo de loja, pelo nível de prestação de serviços desejado,
pelo objetivo de segmentação de mercado e/ou pelo perfil do consumidor e, conseqüente-
mente, pelos planos de marketing. A chave do layout é melhorar o serviço ao consumidor,
aumentar a produtividade da loja e reduzir os custos promocionais (Morgado; Gonçalves,
1997). Na influência do espaço sobre o comportamento de compra deve-se considerar que:
• a utilização dos espaços e designs de loja pode ser programada para criar uma relação
desejada no cliente.
Os varejistas modernos usam três tipos gerais de layout de lojas: grade, pista de corri-
das e forma livre (Morgado; Gonçalves, 1997; Parente, 2000; Levy; Weitz, 2000).
a) Grade
b) Pista de Corridas
Um problema com o design de grade é que os clientes não são naturalmente atraídos
para dentro da loja. Este não é problema para as mercearias, em que a maioria dos clientes
tem uma boa noção do que irão comprar antes mesmo de entrar na loja.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
c) Forma Livre
Um layout de forma livre (também conhecido como layout de boutique) arranja os móveis e
os corredores de forma assimétrica. Esse layout é usado com êxito principalmente em lojas
especializadas menores ou dentro de departamentos de loja maiores. Nesse ambiente descontraído
os clientes sentem que estão na casa de alguém, o que facilita as compras e a pesquisa.
Uma atmosfera agradável, entretanto, não é barata. Os móveis geralmente são unida-
des caras, feitos sob encomenda. Como os clientes não são naturalmente guiados pela loja
como acontece nos layouts de grade e de pista de corridas, a venda pessoal torna-se mais
importante. Se o layout de forma livre for projetado cuidadosamente, contudo, o aumento
de custo pode ser facilmente compensado pela ampliação das vendas e pelas margens de
lucros, pois o cliente sente-se em casa.
Levy e Weitz destacam que os três tipos de área de exposição incluem as áreas de
destaques (1), a área de vendas (2) e as paredes (3).
Áreas de destaques (1) são projetadas para chamar a atenção dos clientes. Elas inclu-
em end caps, áreas ou corredores de promoção, araras, porta-cabides e manequins que apre-
sentam um departamento de artigos têxteis, vitrines e áreas de ponto de compras.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
• Pontos de compras podem ser as peças mais valiosas do patrimônio líquido da loja, pois os
clientes estão quase presos nesses locais. Enquanto esperamos em uma longa fila no cai-
xa de um supermercado, muitas vezes acabamos pegando alguns doces, pilhas, revistas,
etc. Geralmente não precisamos desses itens, mas a espera acaba nos deixando entediados,
por isso gastamos nosso tempo fazendo mais compras.
Paredes (3): Como o espaço de varejo quase sempre é escasso e caro, muitos varejistas
aumentaram com sucesso sua capacidade de armazenamento de estoque extra, expondo
mercadorias e apresentando uma mensagem de forma criativa utilizando o espaço das pare-
des. A mercadoria pode ser armazenada em prateleiras e em estantes. Pode ser coordenada
com exposições, fotografias ou gráficos que apresentam o produto. Muitas lojas de calçados
estão utilizando as paredes para realizar a exposição de suas mercadorias.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
4. Quais itens o lojista deve enfatizar? Os gerentes de categorias pode decidir quais produ-
tos destacar de acordo com as estações do ano. Por exemplo: essa estação será particular-
mente forte nas vendas de camisas de malha em vez de camisas de lã.
Para determinar onde a mercadoria deve ser colocada dentro do departamento, os va-
rejistas de todos os tipos elaboram mapas conhecidos como planogramas. Um planograma é
um diagrama criado a partir de fotografias, impressões de computador ou acabamentos de
artistas que ilustram exatamente onde os produtos devem ser colocados (Levy; Weitz, 2000).
Cada planograma pode ser acompanhado por relatórios de produtividade das linhas de
produtos com base no histórico de vendas. A medida de produtividade (a proporção de uma
saída para uma entrada) determina com que eficiência um varejista usa um recurso. A maio-
ria deles mede a produtividade do espaço com base nas vendas por metro quadrado, uma vez
que o aluguel e/ou as compras de terrenos são medidos em uma base de metros quadrados.
Outra forma para avaliarmos o desempenho de um espaço no ponto-de-venda é compararmos
a produtividade entre dois espaços quaisquer ou entre um espaço atual e um proposto.
114
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Seção 5.2
Móveis e Equipamentos
Fonte: <www.a6design.com.br-main3.html>.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
Seção 5.3
Sinalização
Cada vez mais os consumidores dão preferência para as lojas que ofereçam um acesso
de compra mais conveniente e prazeroso. A comunicação visual no interior das lojas é utili-
zada não apenas para orientar os consumidores em seu processo de compra, mas também
para reforçar a atmosfera a ser criada. A sinalização dos departamentos, em geral, é feita
com letras maiores e reflete o primeiro nível da hierarquia de classificação de produtos (ex.:
“confecções infantis”). Em letras menores, a sinalização das categorias (ex.: “pijamas”) ajuda
o consumidor a localizar cada uma delas dentro de determinado departamento. A comuni-
cação visual e a sinalização são ainda mais importantes nas lojas de auto-serviço (Parente,
2000).
Fonte: <www.a6design.com.br-main3.html>.
Grandes lojas, como hipermercados, adotam uma sinalização aérea que facilmente
comunica informações para os consumidores e transmite uma imagem de eficiência e varie-
dade. Já as lojas que apelam para segmentos baseados em estilos de vida, por exemplo, o
varejo de confecções, fazem sua comunicação interna com formatos e cores de letras que
118
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
combinam com o estilo de vida. Foto-painéis com cenas representando estilo de vida são
usados para reforçar a atmosfera da loja e motivam o consumo dos produtos expostos, como
os que podem ser encontrados nas lojas C&A, por exemplo. Sinalizações também transmi-
tem mensagens que enfatizam os diferenciais e as vantagens competitivas da loja.
Seção 5.4
Passada a época das invasões, as paredes não eram mais necessárias, e os mercadores
estabeleceram-se então no centro das cidades, continuando a expor as mercadorias que
queriam vender. Daí as lojas foram se proliferando, concorrendo entre si e aprimorando suas
exposições internas e externas. Daquele tempo ao auto– serviço de hoje foi um passo.
Existe um conceito de marketing que alerta: “visibilidade cria vendas”. Uma exposi-
ção de produtos bem-planejada e bem-feita chama a atenção dos consumidores e impulsio-
na-os a comprar. Mercadoria escondida não vende. O consumidor não costuma perguntar
por algum item que não encontra. Vai esquecer ou vai deixar para depois. Veja a seguir as
principais vantagens de uma exposição bem-feita.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
As ambientações institucionais são feitas para criar clima e cativar a simpatia dos
clientes. Exemplo: Natal, Páscoa, carnaval, copa do mundo, datas históricas, etc. Estas
trazem benefício apenas para a loja e não para algum produto diretamente.
Tais decorações sazonais são altamente positivas, pois cativam seus clientes, que per-
cebem o local como mais bonito, agradável e desinteressado. É preciso experimentar, trocar
e analisar qual exposição funciona mais para cada tipo de público e de loja.
• separação;
• visibilidade;
• acessibilidade;
• disponibilidade.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Todos os itens devem ser separados por categorias conforme arrumação ou conforme o
consumidor os procura. Podemos separar as mercadorias: por sexo, por tamanho, por cor,
por preço ou por estilo.
A mercadoria precisa estar visível a pelo menos três metros de distância. Quando o
produto for pequeno, sugerimos agrupar mais exemplares dele para que possam ser vistos.
Produtos mal expostos ou com visibilidade prejudicada não vendem. Quando algum produ-
to apresenta giro abaixo do normal, mude-o de lugar.
Acesso difícil é sinônimo de pouca visibilidade. O acesso facilitado aos produtos, prin-
cipalmente em lojas de auto-serviço, é imprescindível. Produto em local baixo demais ou
alto demais desestimula o cliente a comprar para não ter de procurar por ajuda.
Uma boa exposição tem muitas vantagens, pois facilita a compra, economiza tempo,
lembra necessidades e quebra a monotonia.
Blessa (2003) também nos apresenta algumas técnicas que podem ser aplicadas para a
exposição de produtos no ponto-de-venda. O quadro a seguir relaciona os principais pontos
de exposição e suas respectivas características:
Locais Características
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
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O tamanho das gôndolas, prateleiras e expositores pode variar conforme a loja, mas
devemos respeitar o ângulo de visão e o alcance das mãos dos consumidores nas seguintes
medidas:
• altura mínima para expor um produto: 0,50m (abaixo desta altura, só uma base).
No que diz respeito à arrumação em gôndolas, devem ser expostos todos os produtos,
de qualquer tamanho, sempre preenchendo os espaços da prateleira até em cima. Todo o
sistema de prateleira deve ser móvel, isto é, com cremalheiras que permitem mover para cima
ou para baixo qualquer prateleira, conforme o tamanho da caixa do produto. Não se deve
expor uma caixa de 10 cm de altura numa prateleira com 40 cm de altura, deixando 30 cm
sem nada. Isto é perda de espaço e de mercadoria exposta. Só ocorre se as prateleiras forem
fixas e se quem as arruma não sabe melhorar a exposição.
Os consumidores fazem compras da mesma forma que lêem jornal (da esquerda para a
direita, de cima para baixo), portanto a arrumação das mercadorias deve seguir o movimen-
to natural dos olhos. Assim, os produtos maiores daquela categoria, devem ficar expostos
sempre à direita dos menores, pois se permite melhor visualização (dos pequenos para os
124
EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
maiores) priorizando os maiores, posto que seguimos a tendência da maioria dos consumi-
dores, que é destra, na hora de pegar um produto. Outra estratégia é estar à direita de
nossos concorrentes, pelos mesmos motivos anteriores.
A melhor e mais bonita arrumação é aquela feita no sentido vertical, quando o mesmo
produto ocupa todas as prateleiras de cima a baixo, com frentes equivalentes. Proporciona
maior impacto e clareza visual para quem escolhe os produtos e facilita seu alcance. O
sistema horizontal de arrumação é pouco usado, pois confunde visualmente. São formadas
linhas longas do mesmo produto numa mesma prateleira. Dá a impressão de que só tem
aquele produto.
Na exposição em blocos misturam-se os tipos de produto sem respeitar uma linha ver-
tical. É de visualização difícil, complicando a escolha, mas é muitas vezes o único recurso
para a falta de lugar nas prateleiras. Os produtos são colocados lado a lado, formando
pequenos blocos, que permitem um mínimo de visibilidade.
Não importando a marca, todos os produtos devem primar por apresentar aspecto que
transmita ao consumidor certeza de sua qualidade. O local onde os produtos são expostos e
os materiais que os apóiam devem apresentar perfeitas condições de higiene.
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EaD Luci ano Zamberlan – Ariost o Sparemberger – Edi mara Daronco – Marcelo B lume
• os pontos mais fortes para a exposição são os que se encontram nos finais das passagens
(pontas de gôndolas), onde os fregueses são forçados a virar (fazendo a curva) e a deter-se
em frente aos displays ou exposições por mais tempo;
• as mercadorias devem estar expostas bem classificadas, sem confusão ou mistura (embora
próximas) para evitar confusão ao olhar do cliente;
• ao fazer uma pilha não deixe as mercadorias de cima “certinhas demais”, pois a arruma-
ção impecável intimida o freguês;
• observe tudo ao redor de sua área de exposição para analisar o efeito final; olhe o conjun-
to de uma distância de quatro metros;
• como a maioria das pessoas é destra (usam mais a mão direita) os produtos que precisam
de impulso devem se posicionar à direita do principal produto (do líder) para terem um
acesso mais fácil.
Levy e Weitz (2000) observam que há muitos métodos disponíveis aos lojistas para
apresentar a mercadoria de forma efetiva ao cliente. Para decidir qual é o melhor para deter-
minada situação, os planejadores de lojas precisam considerar as quatro questões a seguir,
que resumem as contribuições desta seção:
Fonte: www.a6design.com.br-main3.html
126
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Unidade 6
Decisões como estas são exemplos de atitudes que procuram maximizar a satisfação e
a experiência positiva do cliente ao adquirir seus produtos em um ponto-de-venda. Tais
aspectos contribuem para melhorar o relacionamento com os compradores e faz com que a
loja tenha elevada preferência no processo decisório de compra.
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Seção 6.1
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
O que nos supreende é que, quanto mais as comunicações evoluem, menos são em-
pregadas no Brasil. Os serviços de assistência ao cliente devem começar pelo próprio vende-
dor. É a ele que cabe comunicar-se com o consumidor, seja para informar sobre um proble-
ma de entrega, ou constatar o recebimento da mercadoria, ou até mesmo para saber se está
tudo bem e de seu agrado, etc. O serviço pós-venda é indispensável, pois ele transforma o
comprador esporádico ou de liquidações em consumidor permanente.
• Auto -serviço (serviços básicos) – suas características refletem os aspectos básicos de toda
loja de desconto, oferecendo apenas serviços essenciais. Nesses pontos-de-venda, em tro-
ca de maior economia de dinheiro, os próprios consumidores efetuam suas compras, de-
sempenhando as atividades de localizar os produtos, compará-los e selecioná-los. As in-
formações disponíveis são aquelas obtidas pela sinalização da loja ou nos rótulos e emba-
lagens dos produtos. Ex.: clube de compras.
• Auto -seleção – são também pontos-de-venda com ênfase em preço baixo, nos quais os
próprios clientes encontram os produtos desejados. Oferecem, entretanto, instalações
mais confortáveis e uma apresentação interna mais agradável. Quando solicitados, os
funcionários da loja prestam assistência. Os clientes completam a transação levando
os pr odutos para os cai xas, onde pagam suas compras. E x.: supe rme rcados e
hipermercados.
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• Serviços limitados – em geral adotados pelas lojas que operam com linha de produtos de
compra comparada, em que os consumidores necessitam de mais informação e ajuda.
Esses pontos-de-venda também oferecem alguns serviços, como crediários, ajustes em pro-
dutos, entregas em domicílio e funcionários mais bem treinados. Ex.: lojas de eletrodo-
mésticos, lojas de departamento menos sofisticadas.
Centralizados ou
Caixas Centralizados Centralizados Descentralizados
descentralizados
Embalagens mais
Embalagens e Não Sacos- Sacos ou caixas
sofisticadas e
pacotes disponíveis disponíveis disponíveis
para presentes
Dinheiro,
Dinheiro, cheque, Dinheiro,
Método de Só em cheque,
crediário e cheque, crediário
pagamento dinheiro crediário e
cartões e cartões
cartões
Rotina Rotina
Rotina Rotina
operacional, operacional,
Papel do operacional, operacional, total
cordialidade assistência
funcionário assistência ao assistência ao
para com o limitada ao
cliente cliente
cliente cliente
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Devolução de
Não Limitadas Devolução de
Trocas ou dinheiro com
permitidas apenas para dinheiro com
devoluções algumas
ou limitadas troca poucas restrições
restrições
Funções
Funções Funções operacionais,
Treinamento Funções operacionais operacionais, atendimento,
do funcionário operacionais e atendimento e produto e
atendimento vendas estratégias de
vendas
Parente (2000) observa que os serviços oferecidos no ponto-de-venda podem ser clas-
sificados em três categorias, de acordo com o momento do processo de compra do consumi-
dor, conforme ilustrado no Quadro 7. Os serviços são desenvolvidos para proporcionar faci-
lidades ao consumidor e assim conseguir aumentar o poder de atração da loja.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
to. Demonstrações que instruem os consumidores sobre como usar, operar ou cuidar de
um produto e degustações dos produtos alimentícios, adotadas principalmente nos super-
mercados, são serviços muito valorizados pelo consumidor. Na venda de automóveis, por
exemplo, os chamados test-drive são experiências que despertam grande interesse.
São os serviços que os varejistas oferecem aos consumidores quando estes estão com-
prando na loja ou transacionando um negócio. Veja alguns deles:
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Como o nome indica, os “serviços pós-transação” são aqueles oferecidos aos consumi-
dores após eles terem realizado a compra do produto ou serviço. Alguns desses serviços são
comentados a seguir:
• Montagem e instalações – lojas que vendem móveis, carpetes ou outros itens, como exaus-
tores, aparelhos de ar-condicionado, costumam prestar ou terceirizar serviços de monta-
gem e instalação.
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
Seção 6.2
Pesquisas realizadas por Parente (2000) revelam que os consumidores brasileiros são
muito receptivos às atividades promocionais de degustação realizadas nos super e
hipermercados. Essas atividades tornam a experiência de compra mais divertida, prazerosa e
também mais educativa. Além de aumentar a satisfação dos consumidores, as degustações
estimulam as vendas dos produtos promovidos e maximizam a experiência do cliente.
Godoy (2004) relata que os impulsos de comprar são gerados por desejos pessoais, que
precisam apenas de uma sensação de vantagem para justificar a compra. Explore mais isso
em sua loja e as vendas inusitadas acontecerão com mais freqüência do que você espera.
Muitos estudos mostram que no Brasil é possível obter índices entre 80% e 85% das
decisões de compras por impulsos no ponto de venda, no entanto, para se obter este resulta-
do, é preciso desenvolver um trabalho cuidadoso e detalhado, fundamentado em estudos
com credibilidade.
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Relembramos que compra por impulso ocorre quando o consumidor é atingido por
algum estímulo suficientemente forte, que o leva à compra no momento em que vivencia o
ambiente de venda. Conforme você já percebeu, a atmosfera do varejo, a exposição de pro-
dutos, a exploração de pontos extras/promocionais e a qualificação da equipe de vendas são
peças básicas para atingir este resultado.
Algumas políticas, como colocar parte do estoque dentro da loja, facilitam o trabalho
de reposição e de controle e dão uma impressão de fartura, que o consumidor gosta. Isso,
contudo, precisa estar equilibrado com o outro lado da moeda, em que a mensagem pode ser
a de que o excesso de produtos da mesma marca toma o tempo de escolha do consumidor
sem motivos justificados, bem como a falta de produtos a ponto de ser executada uma
“maquiagem” de frente de gôndola, afasta o consumidor.
A preocupação com a busca contínua da satisfação dos clientes deve perpassar toda a
organização. As iniciativas que envolvam o atendimento pleno das necessidades e desejos
dos consumidores devem ser estimuladas de tal maneira que todos se sintam comprometidos
com esta tarefa.
Sobre estas questões, Blessa (2003) elenca oito regras básicas para alcançar a exce-
lência no tratamento dos clientes:
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EaD GERENC IAMENTO DO PONTO-DE-VENDA
2) Todo mundo precisa ser envolvido: a prestação do melhor serviço ao cliente não pode ser
atribuição de um setor específico da empresa. Do pessoal da engenharia e da fábrica,
passando pelos empregados do escritório até as telefonistas, todos devem participar e sen-
tir-se também responsáveis. Certifique-se de que as práticas de recrutamento, treinamento
e reciclagem apóiam as metas de foco sobre o cliente.
3) Delegar autoridade: na hora da verdade, o cliente não pode esperar por decisões dos
escalões superiores. Elas devem ser tomadas no ato por quem está na linha de frente.
6) Trabalhar em parceria: a relação com o cliente não acaba com a simples venda. É preciso
estar preparado para auxiliá-lo quanto à melhor forma de utilizar seu produto ou serviço.
7) Mudar os critérios de avaliação: a satisfação do cliente deve ser um item tão importante
na análise de desempenho e para a remuneração dos funcionários quanto a conquista de
fatias de mercado ou o aumento de faturamento. Todo cliente deve ser tratado como único.
Parente nos deixa uma reflexão em torno do que devemos buscar oferecer aos nossos
clientes (Figura 4). Segundo ele, os critérios tradicionais para a escolha de um ponto-de-
venda, tais como a qualidade oferecida, o preço, a variedade, conveniência e a agregação de
valor, ainda são aspectos importantes para o consumidor, porém não são mais suficientes
para fazer frente à concorrência. Esses elementos podem ser facilmente copiados e fica difí-
cil criar uma vantagem competitiva duradoura.
As empresas que se destacarão serão aquelas que conseguirem oferecer novos critérios
ao consumidor para que este possa suprir suas necessidades materiais, mas também melho-
rar a sua vida como um todo. O consumidor procura lazer e diversão ao efetuar compras,
busca diferenciar-se dos demais, quer interagir com outras pessoas que possuam hábitos e
gostos semelhantes, valoriza o seu bem-estar físico e mental, qualifica-se constantemente,
aspira estar de bem com a vida e valoriza sobremaneira o seu tempo.
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Critérios Novos
Tradicionais critérios
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Referências
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nicação. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Edgar Blüncher, 2006.
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KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
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TERMERO, Fisgados pelo cheiro. Revista Época, Rio de Janeiro, n. 295, jan. 2004.
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