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Nos últimos anos, de acordo com as pesquisas mais recentes, é fato a valorização do
papel do computador no ensino em geral e no ensino da Matemática. Essa valorização
tem implicações que estão relacionadas à incorporação das novas tecnologias da
informação e comunicação e suas aplicações para a aprendizagem da Matemática.
No entanto, até chegarmos a esta concepção atual, uma das primeiras utilizações, no
Brasil, aconteceu em 1974, na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com a
criação de software especifico pelo professor José Armando Valente.
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nos deparamos com a aprendizagem da Matemática, essas ferramentas representam a
possibilidade de “mudar os limites entre o concreto e formal”.
Ainda na mesma UNICAMP, no início de 1983 e com o apoio do MEC, foi instituído o
Núcleo de Informática Aplicada à Educação e, durante vários anos, o projeto LOGO foi
referencial de pesquisa nesse centro.
Porém, é somente no final da década de 1970 e início dos anos 1980 que surgem novas
experiências na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Essas experiências
estavam apoiadas em teorias construtivistas e nos estudos de Papert, destacando-se o
trabalho realizado pelo Laboratório de Estudos Cognitivos do Instituto de Psicologia —
LEC/UFRGS quer explorava a potencialidade do computador utilizando a linguagem
LOGO.
PCNs
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Esses mesmos referenciais destacam ainda que a utilização de tecnologias informáticas,
de diferentes softwares ou outras ferramentas, também constituem grandes aliados
para o estudo da Matemática.
2. Um panorama da disciplina
É comum, nas escolas, a utilização dos programas de exercício e prática que têm como
finalidade a revisão de algum conteúdo, mais especificamente, envolvendo a
memorização e a repetição. Porém, essa prática pouco ou quase nada contribui para a
compreensão do processo de aprendizagem dos conteúdos em Matemática, criar
condições para o aluno construir o seu conhecimento e propiciar condições de descrever
a resolução de problemas, usar linguagem de programação e refletir sobre os
resultados encontrados.
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Essa experiência irá contribuir para que possa analisar de forma crítica o que é ser
professor de Matemática em uma sociedade imersa em recursos tecnológicos bem
como a sua própria formação, diante dos desafios apresentados pela disciplina.
A exploração dos programas tem início, na aula 3, com a identificação das ferramentas
básicas de um programa de geometria. Dos diversos softwares o Compass and Ruler
(C.a.R.) cuja tradução é Regua e Compasso, é classificado como freeware e possibilita o
desenvolvimento e a exploração de várias atividades.
Esse programa permite construções geométricas por meio das quais é possível a
exploração conceitual de construções como paralelismo, perpendicularismo e de
triângulos.
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A seguir, na aula 4, ainda com o mesmo software de Geometria dinâmica, Régua e
Compasso (C.a.R) são propostas experimentações e construções para comprovar as
características dos elementos e as propriedades dos polígonos convexos, os círculos e
as circunferências.
É de simples utilização, pois os menus são bastante amigáveis, existe ajuda em todas
partes do programa e aceita as funções matemáticas de modo natural.
Depois, então, a partir de funções elementares y= f(x), você irá construir gráficos em
duas e três dimensões e ainda operações de funções. Logo a seguir, será explorada a
construção do gráfico das funções afim e quadrática.
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Para concluir o estudo das funções, na aula 9, você irá explorar por meio das
ferramentas do programa Winplot as funções trigonométricas: seno, cosseno,
tangente, secante, cossecante ou cotangente e a construção de seus gráficos.
A aula 10 consolida os temas que você estudou ao longo de toda a disciplina por meio
das abordagens das aplicações teóricas dos programas explorados nas aulas.
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A charge apresenta uma questão fundamental na relação entre o ensino, a
aprendizagem e a formação do professor: As tecnologias são ameaça ou recurso?
Com a acessibilidade dos softwares, nos ambientes de ensino e aprendizagem, seja por
meio de computadores, celulares, tablets ou outros dispositivos, a discussão do uso
desses recursos, na formação matemática dos estudantes e dos futuros professores da
disciplina, tem sido objetivo de muitos estudos e reflexões no campo da Educação
Matemática.
Para superar um ensino que propõe tarefas que não exigem esforço cognitivo, priorizam
exercícios de repetição e o uso de fórmulas e algoritmos de modo mecânico, é
necessário repensar o papel e a importância da Informática no processo de formação
dos estudantes e futuros professores.
O uso desses recursos, quando bem compreendidos e utilizados, podem ser aliados do
professor na proposição de situações de aprendizagem que venham a favorecer a
compreensão de conceitos, o desempenho na resolução de problemas e no raciocínio
lógico dedutivo dos estudantes. Além disso, o professor que irá ensinar Matemática
necessita estar preparado para reconhecer a importância de integrar as tecnologias
como recurso didático para a comunicação, a representação gráfica, a obtenção de
informação e o desenvolvimento de cálculos.
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No entanto, para que estes recursos contribuam positivamente para a aprendizagem
matemática dos estudantes faz-se necessário utilizá-los de um modo crítico e que esta
concepção esteja presente na formação dos professores.
Não se trata apenas de criar condições para que o professor domine o software, mas
que desenvolva conhecimentos a respeito do conteúdo e de como o computador pode
ser utilizado no desenvolvimento deste conteúdo.
fonte de informação,
auxílio no processo de construção do conhecimento,
um meio para o desenvolvimento da autonomia pelo uso de softwares que
possibilitem pensar, refletir e criar soluções.