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O USO DA INFORMÁTICA NO ENSINO DA FUNÇÃO DO 2º GRAU:


UMA PROPOSTA DE ATIVIDADES UTILIZANDO O WINPLOT

Silvio Pereira1
Universidade do Sul de Santa Catarina

RESUMO

Considerando a importância do estudo da Função Polinomial do 2° grau no currículo escolar


e na compreensão de fenômenos relacionados a diversas áreas do conhecimento, o presente artigo
tem como objetivos apresentar uma proposta para a exploração dos principais conceitos presentes
no estudo dessa função, com o auxílio do software Winplot, através da elaboração e observação
de seus gráficos e de investigar as possíveis potencialidades do software selecionado na
elaboração dos conceitos matemáticos relacionados à função do 2º grau, normalmente ensinado
no Ensino Médio.

Palavras-chave: Informática. Software livre. Gráficos. Função do 2° grau. Winplot.


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1. INTRODUÇÃO

As dificuldades de aprendizagem bem como as deficiências no ensino da Matemática,


quando se referem a gráficos e função de uma forma geral, constituem, já há algum tempo,
grande preocupação aos educadores. Isso se reflete tanto para o ensino, quando se refere a
preocupação do professor no seu planejamento de aula que tenha uma abordagem significativa
para os alunos, quanto para a aprendizagem, visto que os alunos estão diante de assuntos que são
considerados de difícil entendimento.
Uma proposta para minimizar esses conflitos no ensino-aprendizagem dessa disciplina, que
tem como foco os conteúdos acima elencados, é a utilização de softwares que possam facilitar a
produção das aulas, criando momentos dinâmicos e diferenciados para o bom entendimento dos
alunos.
O uso de ambientes informatizados possibilita ao aluno experimentar, interpretar, visualizar,
conjecturar e generalizar, sendo que cabe ao professor ser agora responsável pela preparação de
atividades que proporcionem ao aluno, este novo papel dentro do processo ensino-aprendizagem
(GRAVINA E SANTAROSA, 1998).
Nesse caso, o professor atua como um mediador e orientador do processo ensino-
aprendizagem, sistematizando o novo conhecimento que o aluno vai construindo.
Nesse sentido, surge a necessidade de modernizar, criar alternativas novas para a construção
do conhecimento, pois o momento atual é de transição, de domínio da tecnologia, o que modifica
as relações entre os indivíduos e o comportamento social.
Autores como Bicudo (2001), Borba e Penteado (2001), entre outros, descrevem sobre a
questão da utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no ensino de tópicos
da Matemática e seu trânsito dentro da Educação Matemática, tratando esse novo instrumento
como uma possibilidade de transformação da prática educativa.
Dessa forma, se torna indispensável à utilização das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) como ferramenta de apoio para que se consiga alcançar um ensino
significativo da matemática. Partiu-se, então, da hipótese de que o ensino da função do 2º grau,
por meio do software WINPLOT, contribui para melhor aprendizagem de conceitos básicos desse
conteúdo, a partir de uma visualização mais rápida dos gráficos.
Não espera-se que as tecnologias de informação e comunicação operem milagres na cultura
profissional do professor de matemática, mas parece evidente que esta mídia traz novos
elementos a já atribulada vida do professor. Daí a importância de suportes para que o professor de
matemática não se intimide com as máquinas informáticas, mas, ao contrário, possa utilizá-las na
formação do estudante deste tempo. (COSTA, 2004, p.79).
Portanto, é fundamental que professores estejam atualizados e planejem com cautela para
atingir os objetivos desejados.

2. OS SOFTWARES EDUCACIONAIS

Atualmente, a grande variedade de softwares disponíveis na internet pode contribuir de


forma significativa para facilitar o processo ensino-aprendizagem e oferecer aos professores
alternativas didáticas auxiliares.
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“O objetivo de um software educativo é favorecer os processos de ensino-aprendizagem;


são desenvolvidos especialmente para construir o conhecimento relativo a um conteúdo
didático. Entre as características principais de um software educativo está o seu caráter
didático que possibilita a construção do conhecimento em uma determinada área com ou
sem a mediação de um professor”. (ROMERO, 2006, p. 06)

É perceptível uma constante evolução nos recursos tecnológicos, haja vista que os alunos
fazem uso contínuo dos mais variados hardwares e softwares que estão surgindo.
Muitos softwares educacionais estão se tornando uma solução moderna e envolvente, à
medida que são empregados nos mais variados casos, por exemplo: em simulações, que
substituem sistemas físicos reais da vida profissional e testam diferentes alternativas de
otimização desses sistemas. Além disto, podem também contribuir na estimulação do raciocínio
lógico e, assim sendo, da autonomia, à medida que os alunos podem propor hipóteses, fazer
dedução e tirar conclusões, a partir dos resultados anunciados.
De acordo com Dall’Anese (2006), estudos relacionados ao uso da tecnologia no ensino e na
aprendizagem da Matemática mostram que o computador é uma ferramenta que facilita a
visualização de conteúdos abstratos trabalhados em sala de aula.
Nesse contexto, a mídia é apontada como uma ferramenta promissora para a discussão e
aprofundamento desses conceitos.
Para Tedesco (2004), a incorporação das novas tecnologias à educação deveria ser
considerada como parte de uma estratégia global de política educativa, e que essas estratégias
priorizem os professores, uma vez que “as novas tecnologias modificam significativamente o
papel do professor no processo de aprendizagem e as pesquisas disponíveis não indicam
caminhos claros para enfrentar o desafio da formação e do desempenho docente nesse novo
contexto” (TEDESCO, 2004, p. 11).
Isto posto, a inclusão da tecnologia na educação traz em seu poder novas possibilidades para
o processo de ensino e aprendizagem, assim como desafiam o professor a fugir do conceito de
que estes recursos, por si só, provocam mudanças na educação. Entende-se que se faz necessária
uma mudança na prática do docente, estimulada por uma formação que lhe garanta, além do
acesso, a interação com seus pares e o desenvolvimento de novas experiências que busquem se
apropriar da capacidade da utilização destas novas tecnologias.
Declaram Gravina e Santarosa (1998) que o ambiente informatizado pode acelerar o
processo de apropriação de conhecimento, auxiliando na superação dos obstáculos da
aprendizagem, por meio da visualização, experimentação, interpretação, demonstração,
resultando em ações que desafiem a capacidade cognitiva do aluno.
Logo, o incremento da tecnologia no ensino de Matemática se faz necessário para que ocorra
a formação de um indivíduo historicamente situado e, para tanto, o professor de matemática não
pode ficar alheio a esta nova realidade. É nesse contexto que a utilização das tecnologias no
processo ensino-aprendizagem permite a interação de todos os envolvidos.

3. O SOFTWARE LIVRE WINPLOT

O software Winplot é utilizado na área educacional, especificamente, na matemática, por ser


um programa simples, consumir pouca memória e ter grande importância para a aprendizagem.
Sua função é a de auxiliar no desenvolvimento de gráficos de funções matemáticas.
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Para a sua escolha, considerou-se os seguintes fatores: gratuidade, acessibilidade,


aplicabilidade e facilidade de manuseio, viabilizando o uso por professores e alunos do Ensino
Fundamental, Médio e Superior.
O software Winplot foi desenvolvido pelo professor Richard Parris ("Rick"), da Philips
Exeter Academy, por volta de 1985. Chamava-se PLOT e rodava no antigo DOS. Com o
lançamento do Windows 3.1, o programa foi rebatizado de "Winplot". A versão para o Windows
98 surgiu em 2001.
De acordo com o tutorial Winplot-Gregory Baldasso Gianeri (2004), além da versão original,
em inglês, o Winplot possui versões em mais seis idiomas, incluindo o português. No Brasil, o
trabalho de tradução resultou da iniciativa e empenho de Adelmo Ribeiro de Jesus.
Esse software é livre e pode ser obtido, na versão em Português, através de download pela
Internet no seguinte endereço: http://math.exeter.edu/rparris.
Em Fanti (2008) já foi apresentado um breve relato de como o Winplot foi utilizado no
estudo de gráficos de funções de segundo grau, explorando os zeros/raízes reais (quando
existem), pontos de máximo e mínimo, e auxiliando no estudo de fatoração, através do comando
adivinhar.
Esse software é utilizado principalmente para confecções de gráficos 2D ou 3D, no caso do
plano podem-se requerer gráficos de funções explícitas, do tipo y = f(x) e funções implícitas,
escritas na forma F(x, y) = 0. É possível desenhar também curvas definidas através de uma
parametrização, ou apresentadas em coordenadas polares. Pode-se ainda utilizar o software para
representar pontos no plano, representar segmentos de reta, trabalhar com equações polinomiais,
com sequências, calcular derivadas e integrais indefinidas.
O Winplot pode se classificar como um software educacional “de tutoria” por apresentar-se
como um vídeo interativo. Trabalhando com o Winplot o aprendiz define e organiza informação
que deseja aplicar. É também um software “de exercícios práticos” que enfatiza a apresentação de
atividades como se fosse um livro animado cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio
computador, o qual exige um conhecimento do conteúdo prévio em estudo pelo aluno.
(VALENTE, 1999).

4. CONCEITO DE FUNÇÃO

"Uma variável y se diz função de uma variável x, se, para todo o valor atribuído a x,
corresponde, por alguma lei ou regra, um único valor de y. Nesse caso, x denomina-se variável
independente e y, variável dependente."
A disseminação da Teoria dos Conjuntos, em fins do século XIX tornou possível a definição
formal do conceito de função da seguinte maneira:

" Sejam A e B conjutos ; uma parte f de A  B chama  se Função de A em B se,


para todo x  A, existe um único y  B tal que x, y   f . Nessas condições ,
escreve  se f : A  B e f x   y"

Fundamentando-se na história pode-se afirmar que:


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“O conceito de função foi sendo desenvolvido ao longo da história, isto é, precisou-se de


vários séculos para que desde as primeiras noções intuitivas, chegássemos ao complexo
estudo das funções, presente em nossos dias. Possivelmente, os babilônios tinham uma
idéia, não pouco vaga, de função: sabe-se de tábuas de quadrados, de cubos e de raízes
quadradas utilizadas por eles na Antiguidade, principalmente no campo astronômico”.
(SILVA, 2010, p.21).

Do instinto de funcionalidade à definição formal do conceito de Função, a humanidade


trilhou um extenso caminho. Entretanto, os livros didáticos apresentam diretamente a definição
por meio de conjuntos, dando assim um grande salto no processo de construção do conceito,
desta forma pode se introduzir um obstáculo epistemológico, além disso, os textos restringem-se
a trabalhar somente com números. Portanto, é preciso compreender tal processo evolutivo para
oferecer ao aprendiz a oportunidade de constatar que o tempo está ligado diretamente ao espaço
percorrido, que cada ovelha está relacionada a uma pedra e, imitando os babilônios, o aluno
tentará construir tabelas para descobrir valores sem ser apresentada a definição formal de Função,
para só então após esta ideia inicial e intuitiva ser construído o conceito e apresentada a definição
formal para aplicação tanto no cotidiano como nas várias áreas da Ciência.

4.1. Função do 2º grau

Definição: função do segundo grau, também denominada função quadrática, é definida por

uma expressão do tipo f ( x)  ax  bx  c , com a, b e c   e a  0 . No caso de b e/ou


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c serem iguais a zero, a função será considerada incompleta.


Nomenclaturas
 Domínio  D f   R
 Contradomínio CD f   R
 Conjunto Imagem é o conjunto formado por todos as ordenadas y, que
representam imagens das abscissas x, por meio da função.

Identificação de coeficientes da função quadrática


a  5

 f x   ax  bx  c
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Exemplo :  f x   5 x  3x  2
2
 b  3
c  2

Zeros da função: zero da função, ou raízes da equação, são os valores de “x” que anulam a
função, tornando-a uma equação f(x) = 0, através dos valores encontrados na fórmula de
Bháskara:

 b  b 2  4ac
 f ( x)  0  ax 2  bx  c  0 x
2a
O Discriminante (representado pela letra grega delta) mostrará a quantidade de raízes reais
da função quadrática pela fórmula abaixo:

 ∆ = b2 – 4.a.c
 ∆ > 0 → duas raízes reais e diferentes
 ∆ < 0 → não tem raiz real
 ∆ = 0 → duas raízes reais e iguais
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Figura 1 – Raízes reais da função quadrática

Fonte: Elaborado pelo autor

Termo independente
 Se c > 0, a parábola cortará o eixo y acima da origem do plano cartesiano.
 Se c = 0, a parábola cortará o eixo y na origem do plano cartesiano.
 Se c < 0, a parábola cortará o eixo y abaixo do plano cartesiano.

Figura 2 – Ponto em que a parábola toca no eixo y

Fonte: Elaborado pelo autor

O gráfico de uma função do segundo grau é representado por uma parábola. Seguem dois
exemplos de função quadrática:

Quando a  0 a concavidade da Quando a  0 a concavidade da


parábola fica voltada para cima e seu parábola fica voltada para baixo e seu
vértice representa o menor ponto da vértice representa o maior ponto da
função. função.
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Figura 3 – Gráficos de função quadrática

Gráfico da função f(x) = x2 - 3x +2 Gráfico da função f(x) = - x2 + 2x +1


y y
 

 

 

 

x x

               

 

 

 

 

Fonte: Elaborado pelo autor.

Vértice da função

Coordenadas do Vértice

 y  x 2  bx  c

Figura 4 – Ponto de mínimo e de máximo da função quadrática

Ponto mínimo Ponto máximo

Fonte: Elaborado pelo autor.

Em qualquer caso, as coordenadas do vértice são dadas por:

b
 xV  
2a

 yV  
4a

Esboço do gráfico

Para construir um gráfico de uma função quadrática devemos ter:


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Figura 5 – Esboço do gráfico da função quadrática

Concavidade

Ponto c

Zeros

Vértice

Fonte: Elaborado pelo autor.

Resumindo

Para construir o gráfico de uma função do 2º grau, basta seguir os seguintes passos:
 Determinar as raízes da função (se existirem);
 Marcar os valores das raízes sobre o eixo x;

 b 
 Calcular o vértice V    ,   da parábola e marcar no plano cartesiano;
 2a 4a 
 Marcar no eixo y o valor do coeficiente c; e

 Analisar a concavidade da parábola e traçar a curva passando pelos pontos


marcados.

5. UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE FUNÇÕES QUADRÁTICAS

Esta proposta foi preparada para alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, mais
especificamente alunos do último ano, momento em que eles têm um primeiro contato com
algum conhecimento de funções. Estende-se também para alunos do primeiro ano do Ensino
Médio, em que o estudo de funções é mais aprofundado.
Porém, todas as atividades desenvolvidas neste trabalho poderão ser realizadas, mesmo com
pouco conhecimento sobre funções, no caso de alunos que não tiveram contato com esse
conteúdo no Ensino Fundamental.
No que dizem respeito às principais ferramentas do Winplot, elas poderão ser facilmente
aprendidas antes de iniciadas as atividades ou mesmo durante seu processo de realização.

5.1. Atividades utilizando o software Winplot

Atividade 1

Objetivo: Desenvolver no aluno a capacidade de explorar algumas propriedades da função do 2º


grau na construção de gráficos com o auxílio do Winplot.

Observe e identifique as diferenças e as semelhanças que encontrar nos gráficos das funções
abaixo.
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 f(x) = x²
 f(x) = 0,6x²
 f(x) = 2x²
 f(x) = - 3x²
 f(x) = - 1,4x²
 f(x) = - 1/5x²

De que forma a variação do parâmetro “a” afeta os gráficos da família de funções definidas
por f(x) = ax²?

Figura 6 – Gráfico da Atividade 1

y = xx y
y = 0.6xx 
y = 2xx
y = -3xx
y = -1.4xx 
y = -1/5xx

       









Fonte: Elaborado pelo autor.

Conclusão
Espera-se que o aluno consiga verificar as seguintes semelhanças e diferenças das funções
quadráticas, conforme segue:
 as semelhanças são que todas são parábolas tem seus vértices passando pelo ponto
zero, pois os “cs” das funções são todos iguais a zero.
 as diferenças são:
 quando o valor de “a” é positivo a parábola tem a concavidade voltada para cima;
 quando o valor de “a” é negativo a concavidade é voltada para baixo;
 conforme aumenta o valor de “a” a concavidade diminui; e
 conforme diminui o valor de “a” a concavidade aumenta.

Atividade 2
Objetivo: Fazer com que o aluno identifique o comportamento dos gráficos à medida que
trabalhe com a função quadrática e explore algumas propriedades da função com o auxílio do
Winplot.
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Plote os gráficos das funções abaixo relacionadas e compare-os com o gráfico da função
anterior definida por f(x) = ax².

 y(x) = x²
 y(x) = x² + 3
 y(x) = - 3x² + 1
 y(x)= - 3x² - 2

De que forma as variações dos parâmetros “a” e “c” afetam os gráficos da família de funções
definida por f(x) = ax².+ c?

Figura 7 – Gráfico da Atividade 2

y
y = x^2

y = x^2+3
y = -3x^2+1

y = -3x^2-1

       









Fonte: Elaborado pelo autor.

Conclusão
Espera-se que o aluno, ao fazer a comparação dos gráficos, observe que:
 a função f(x) = ax² tem o valor de “c” igual a zero, pois seus vértices estão no ponto zero;
 na função f(x)=ax²+c seus vértices variam de posição no eixo “y”, conforme os valores
assumidos por “c”;
 a variação dos parâmetros “as” afetará no gráfico a abertura da sua concavidade; e
 a parábola será voltada para cima ou para baixo dependendo de “a” ser positivo ou negativo.

Atividade 3
Objetivo: Estimular a atividade matemática de investigação na construção de gráficos à medida
que o aluno trabalhe com a função quadrática e explorar algumas de suas propriedades com o
auxílio do Winplot.

Plote o gráfico de cada uma das funções definidas por:


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 f(x) = 2(x+3)²
 f(x) = 2(x+3/2)²
 f(x) = 2x²
 f(x) = 2(x-1)²
 f(x) = 2(x-2)²
 f(x) = 2(x-3)²

De que forma a variação do parâmetro “k” afeta os gráficos da família das funções definidas
por f(x) = 2(x+k)²?

Figura 8 – Gráfico da Atividade 3

y

       
y = 2(x+3)^2

y = 2(x+3/2)^2

y = 2x^2

y = 2(x-1)^2
y = 2(x-2)^2
y = 2(x-3)^2 



Fonte: Elaborado pelo autor.

Conclusão: Espera-se que o aluno verifique que o parâmetro do valor “k” afeta no deslocamento
da parábola, no eixo “x”, sendo para direita ou para esquerda, onde será definido seu vértice.

Atividade 4
Objetivos: Fazer que o aluno se familiarize com o software e identifique o comportamento dos
gráficos com o auxílio do Winplot.
Faça a inserção de funções da família f(x) = x2+c, inserindo no lugar do parâmetro “c”, os
seguintes valores:
 c=-3
 c=-2
 c=-1
 c= 0
 c= 1
 c= 2
 c= 3
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Após a plotagem, faça uma observação dos mesmos e descreva o que você verificou.

Figura 9 – Gráfico da Atividade 4


y = x^2+3
y = x^2+2 
y = x^2+1
y = x^2 
y = x^2-1
y = x^2-2

y = x^2-3
x

     







Fonte: Elaborado pelo autor.

Conclusão: Espera-se que o aluno verifique que as parábolas têm concavidades voltadas para
cima devido ao valor do coeficiente “x” ser positivo, e também, que o número que foi inserido no
coeficiente “c” é justamente onde a parábola irá cortar o eixo “y”.

6. CONCLUSÕES

Esta pesquisa propõe que o software Winplot, se aplicado como uma ferramenta e com a
intermediação do professor, pode colaborar no processo de ensino e aprendizagem dos conceitos,
sendo possível estudar, simular, exercitar e verificar situações matemáticas, por meio da
visualização, o que ajuda na construção dos conceitos abordados.
No tratamento dessas atividades, o professor tem a chance de investigar com os alunos
conceitos matemáticos, na medida em que o aluno vai, passo a passo, construindo o conjunto de
ideias e estabelecendo relações entre os conceitos apresentados. Desse modo, considerou-se que
os exemplos apresentados ilustram as contribuições que as novas tecnologias podem trazer para a
compreensão dos conceitos da função quadrática.
No entanto, é necessário que o professor, ao fazer uso do Winplot nas aulas de matemática,
tenha a preocupação de preparar suas aulas, pois o software é uma ferramenta para ajudar no
processo de ensino-aprendizagem, objetivando reforçar por meio da manipulação, visualização e
construção de gráficos a aprendizagem, e, em nenhum momento, de sobrepor à função do
professor de expor, explicar e mediar o conhecimento.
Sugere-se que outras funções matemáticas sejam exploradas com o uso dessa tecnologia,
como, por exemplo, as funções trigonométricas, exponenciais e logarítmicas.
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