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INSTITUTO DE MATEMÁTICA
LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino
RIO DE JANEIRO/RJ
2015
ALEXANDRE LUIZ MAZZEI DA COSTA
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________________________________
Prof. Raimundo José Macário Costa - Orientador
UFF
_________________________________________________________________________
Prof. Nome
Sigla da Instituição
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Prof. Nome
Sigla da Instituição
DEDICATÓRIA
Nº da página
1 – Introdução 6
1.1 – Justificativa 7
1.2 – Objetivos 8
1.3 – Metodologia 8
2 – Pressupostos Teóricos 10
3 – Resultado e Discussões 16
4 - Conclusões 25
5 - Referências 26
1. Introdução
No final da década de setenta teve-se grande preocupação em relação à eficiência das metodologias
que auxiliariam no processo de ensino aprendizagem da disciplina Matemática para o Ensino
Médio. Talvez, ocasionado pelo anseio, dos docentes e pensadores, por uma busca ao ensino
inovador. Os estudos se intensificaram. Ocorrendo os surgimentos de novas tendências na
Educação Matemática, em especial aquela que abrange novos métodos de resolução de exercícios e
da modelagem Matemática. Houve um aumento da preocupação com a Etnomatemática e um
comprometimento maior em resgatar a História da Matemática.
Mas, ao analisarmos mais de perto, atualmente, no século 21, ainda existem práticas decorrentes do
ensino tradicional, com pouca inovação. Em boa parte desses casos, o aluno acaba transformando-
se em um assimilador de conteúdos, salvo algumas exceções. O resultado acaba por fazer o aluno
acreditar que a Matemática atrapalha o seu desempenho educacional, sendo até na sua opinião, o
culpado pela responsabilidade do seu péssimo desempenho avaliativo.
Apesar de muitos avanços nas práticas docentes, ainda existe um anseio para as mudanças
necessárias na educação no Brasil. Há necessidade das mudanças sociais e culturais, no processo de
educação escolar, em vários aspectos do ensino, para que formemos “indivíduos capazes e
preparados para lidar com as transformações e mudanças sociais”.
Desta forma, com características evidentes de um novo ciclo, percebe-se que os alunos do Ensino
Médio não sabem como aplicar no seu dia a dia o conteúdo Matemático. As práticas docentes no
estudo das funções, no ensino da Matemática, possuem novos desafios de demonstrações, em que
insiram esse pluralismo, com essa interação, articulando e multiplicando-se. Mediante o uso de
recursos de dados e imagens cada vez mais interativos. Descreve-se então, a grande necessidade do
aumento da interação entre o conteúdo matemático e o seu cotidiano informatizado.
Para estabelecer e utilizar uma tecnologia interativa na pratica docente, com embasamento
científico, ao escolher um software Educacional adequado utiliza-se critérios específicos. Denota-
se, com estudos, a consideração de vários fatores. Como lembra Medeiros (2012), o programa
escolhido deve ser confiável, no sentido de não ocorrer falhas durante a realização de tarefas, de
fácil manuseio, simples e prático, deve possuir um ambiente de trabalho agradável, favorecendo o
aprendizado, sendo adequado didaticamente.
Na busca de resultados positivos no processo ensino aprendizagem com essas diferentes formas de
representações, tem-se procurado recursos tecnológicos, que poderá garantir maior interatividade
nas diferentes demonstrações. Torna-se importante a mobilização do profissional da Educação em
busca de alternativas inovadoras, com a intenção de atrair a atenção dos nossos educandos. Nesse
sentido, o uso da tecnologia, torna-se cada vez mais relevante.
Este trabalho foi realizado, partes em grupo e partes individuais. A parte em grupo é mais ampla,
com uma visão geral do assunto que pode ser encontrada nos trabalhos de CORRÊA (2015),
MARTINS (2015) e SILVA (2015). As partes individuais cada um incorporou de acordo com a
pesquisa de campo que cada integrante realizou.
Para não ocorrer falhas e evitar que o programa não seja de ambiente agradável, como citou
Medeiros (2002), optou-se nessa pesquisa pelo uso do software de geometria dinâmica GeoGebra.
Sendo apresentado aos docentes inicialmente na modalidade de ensino a distância, através de
apresentações e vídeos tutoriais, enviados por email e também disponível no site Slideshare
gratuitamente para visualização, a qualquer tempo e download. Ocorre de forma presencial em um
segundo momento, com a introdução ao uso deste programa através de aula expositiva com
Datashow e o uso do computador. Com a intenção de criar uma possibilidade a mais em ensinar as
funções quadráticas no ensino médio. Estabelecendo uma conscientização dos docentes aos
benefícios que serão criados a partir da mudança dos métodos tradicionais.
Modificando a aula de funções quadráticas com o uso do GeoGebra, tem-se a intenção de criar
visualizações mais dinâmicas do comportamento do gráfico ao mudar os valores dos seus
coeficientes. Com ele estudam-se mais profundamente as raízes de uma equação do segundo grau.
Além de demonstrar que, com essa prática, o docente poderá obter maior eficiência do tempo de
suas aulas. Uma vez que diminuirão diversos e variados traçados em folhas de papel, ao ensinar o
comportamento dos gráficos. Mudando sua aula para um dinamismo que trará uma análise do
comportamento gráfico, quando se muda o valor do coeficiente da função Quadrática.
1.1 Justificativa
Com base na literatura adotada para realização deste trabalho, o processo ensino aprendizagem
pode ter resultados positivos quando aliados aos recursos tecnológicos. Para tanto, é de grande
importância a mobilização do profissional da Educação em busca de capacitação e atualização.
Buscar alternativas inovadoras que possam atrair a atenção dos nossos educandos. Nesse sentido o
uso da tecnologia, em particular o software de geometria dinâmica GeoGebra, esse que
apresentamos nesse trabalho por meio de oficinas, como uma possibilidade em se ensinar as
funções quadráticas no ensino médio.
Para a utilização deste programa foi considerado a facilidade de acesso do programa pela escola,
pelos professores e pelos discentes. Contextualizar o que se aprende na sala com o dia a dia dos
alunos torna-se um grande desafio que é o de devolver a este a possibilidade de se alcançar novos
horizontes a partir do momento que ele perceba que bem a sua frente existe um grande campo de
conhecimento que poderá ser explorado com muito mais liberdade, comparado a imposição que a
te então predominava na sala de aula.
1.2 Objetivos
OBJETIVO GERAL:
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
Utilizar o software de Geometria Dinâmica GeoGebra como uma ferramenta que trará
um fator motivacional ao processo ensino-aprendizagem;
1.3 Metodologia
A pesquisa possui o enfoque qualitativo uma vez que leva em consideração, não somente às
questões relativas aos conteúdos explorados, mas, sobretudo os resultados das avaliações dos
professores sobre o uso do programa educacional de Matemática GeoGebra. Como bases teóricas,
utilizam-se estudos da Educação Matemática, referentes ao uso de tecnologias no ensino, como
também a teoria de Aprendizagem Significativa.
Na execução do projeto foi realizada uma oficina com professores do município de Mangaratiba no
estado do Rio de Janeiro sobre o uso do software GeoGebra no ensino do conteúdo de funções
Quadráticas aos professores do Ensino Médio. Utilizamos a sala de informática disponível. O
desenvolvimento do projeto ocorreu inicialmente com a leitura de textos inerentes à temática do
uso das tecnologias no ensino. Em seguida foi abordado os estudos de funções quadráticas e
investigações a partir de situação problemas, fazendo-se uso do GeoGebra.
A escolha do software GeoGebra justifica-se por se tratar de um programa matemático de acesso
gratuito e por contemplar características que favorecem o estudo de questões que se deseja
investigar no estudo de funções Quadráticas. Para realização deste trabalho, foi adotada a
realização de questionário qualitativo, por ser uma técnica de investigação que possibilita uma
análise significativa dos dados. Por meio da aplicação de um questionário realizado ao término das
oficinas do uso do GeoGebra no auxílio do Ensino de Funções Quadráticas.
Cada componente do grupo realizou tarefas significativas com o mesmo tema, porém com
conteúdos diferentes. Conforme se segue:
COSTA irá apresentar sobre: O Uso do Geogebra no Estudo de Funções Quadráticas, para os
professores da rede pública no município de Mangaratiba/RJ.
CORRÊA irá apresentar a oficina sobre: A Influência pedagógica do uso do Software GeoGebra no
Estudo de Funções Afim no Ensino Médio, para os docentes da rede particular e pública no
município de são Gonçalo/RJ.
SILVA irá apresentar a oficina sobre: O Software GeoGebra Aplicado no Estudo de Funções Afim
no Ensino Médio, PARA PROFESSORES DA REDE PARTICULAR E PUBLICA NO
MUNICIPIO DE NITERÓI/RJ.
Este trabalho está organizado inicialmente com uma Introdução, onde apresentamos o tema em
discussão. Na sequência são apresentados os objetivos, gerais e específicos, que nortearam o
estudo, seguido da metodologia na qual apresentamos o método a ser seguido durante a pesquisa.
Metodologicamente, foram realizadas pesquisas bibliográficas que, qualitativamente, pudessem
apresentar registros e fundamentos que contemplassem os objetivos já descritos anteriormente. No
capítulo dois apresentamos os pressupostos teóricos, no qual descrevemos que os valores que
concebem a relação entre a matemática escolar e a matemática da vida cotidiana acabam por
observar que o ensino-aprendizagem da matemática necessita de uma abordagem que leve os
alunos a valorizar o processo matemático nos aspectos de formular questões, indagando sobre a
existência de solução e estabelecendo hipóteses para tirar suas conclusões. A seguir no capítulo 3,
apresentamos os resultados e as discussões geradas a partir dos dados coletados através de um
questionário qualitativo aplicado aos docentes após a realização da oficina realizada
presencialmente. No capítulo 4 apresentamos a conclusão na qual apontamos que o estudo não se
esgota com esta pesquisa, mas que deve ser ampliado com novos estudos e pesquisas a fim de
consolidar a inserção da tecnologia no ensino da matemática. No capítulo 5 listamos as referências
bibliográficas que serviram de base teórica para a execução deste trabalho.
2. Pressupostos teóricos
A Matemática surgiu pela necessidade dos povos egípcios e babilônios cerca de 2500 a.C. em
consequência da divisão das terras no delta do rio Nilo, pois a cada cheia do rio as divisões das
terras eram confundidas. Hoje com outras necessidades, a matemática é aprendida nas escolas e é
ainda considerado o “bicho papão” entre as outras ciências estudadas. Por vezes a matemática
ainda é ensinada de forma descontextualizada e sem significado para o aluno tanto no tempo
quanto no espaço, passando a ideia desta ser uma matéria estática e acabada, tornando-a monótona
e causando desinteresse nos alunos, ou seja, não contextualização entre o que se é ministrado, em
outras palavras, falta aplicabilidade do que se aprendido em sala.
Os valores teóricos que concebem a relação entre a matemática escolar e a matemática da vida
atual devem ser demonstrados, não diminuindo a importância da apropriação da matemática escolar
como um instrumento para o indivíduo no nível profissional, além da escola dar oportunidade ao
aluno se relacionar num nível muito maior no futuro. As concepções apresentadas ajudam na
reflexão sobre a relação entre o conhecimento escolar e o conhecimento do aluno, nas demais
disciplinas escolares também, ou seja, o conteúdo absorvido em sala de aula tem sua relevância a
partir do momento em que cria uma chance, oferecendo uma oportunidade, que se bem
aproveitada, abrirá uma grande porta pra sucessos futuros.
Dessa forma, o ensino da matemática pode e deve estar contribuindo para o desenvolvimento do
homem na sua formação ética, autonomia intelectual e compreensão sociocultural. Por meio do ato
educativo ocorre a apropriação das objetivações humanizadoras resultantes do processo histórico-
social desencadeado pelos homens, oferecendo ao educando a sua humanização e emancipação.
(PCN, 2006).
É a finalidade emancipatória da educação que não se pode perder de vista, uma vez que ela
representa o desenvolvimento da verdadeira consciência por meio da apropriação dos
conhecimentos, dos conceitos, das habilidades, dos métodos e técnicas etc., de forma que possa os
homens intervir na realidade e tomar parte como sujeitos do desenvolvimento genérico da
humanidade. A afirmação da finalidade emancipatória da educação exige, portanto, que se
considere ato educativo como a atividade por meio da qual os indivíduos se apropriam das
objetivações humanizadoras produzidas pelos homens histórica e socialmente, condição para sua
humanização e consequente emancipação. (MARTINS, 2007, p.25)
Em seu trabalho Piccoli (2006) aborda a realidade das salas de aula e aponta para um ensino muitas
vezes descontextualizado; os alunos não chegam, em geral, a fazer uma relação entre os assuntos
estudados na escola e suas vivências extraescolares, e, por isso, talvez, acabem por, simplesmente,
memorizar conceitos prontos, regras, fórmulas que perdem seu significado no cotidiano. Percebe-
se, assim, a necessidade de aproximar escola e aluno. Ubiratan D´Ambrosio (2003) afirma:
Sendo assim, pensar na utilização da tecnologia, passa a ser uma opção com uma relevância
considerável, e a educação não pode ficar a margem da sua utilização. A proposta do Programa
Nacional de Informática Educativa do MEC é utilizar o computador na escola com o objetivo de
criar um ambiente de aprendizagem onde o aprendiz processe a informação, agregue a seus
esquemas mentais e coloque para funcionar mediante um desafio ou situação problema. O uso de
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na Educação da Matemática é um novo desafio
na busca de qualidade de ensino.
Segundo Castells (1999), a sociedade é que acaba por dar uma forma à tecnologia de acordo com as
suas próprias necessidades, valores e interesses das pessoas que utilizam as tecnologias. Sendo
sensíveis ao uso sociais da própria tecnologia, principalmente as tecnologias de comunicação e
informação. Aborda que a tecnologia é uma condição indispensável, mas não é fator emergencial
para formação de uma organização baseada em redes. Estas redes são essenciais, com uma grande
vantagem e um grande problema por se posicionar contrário a outras formas de organização social.
A vantagem é que as constituições dessas redes tornam uma forma de organização social, sendo
que mais flexíveis e adaptáveis. Transformando em uma forma eficiente para a evolução dos
convívios sociais humanos.A desvantagem é que na maioria das vezes, essas redes não conseguem
efetivamente produzir ou e coordenar os recursos necessários para um projeto social que seria além
de um determinado tamanho, possuindo uma complexidade de organização muito baixa,
impossibilitando a concretização de um projeto de ideal comum, entretanto, é uma opção que não
pode ser desconsiderada, precisando sim, ser bem trabalhada, planejada com os métodos
pertinentes e aplicada de maneira correta para que se alcancem os objetivos propostos.
Um educador que utiliza tecnologias (a utilização de um software adequado) em suas aulas, pode
obter resultados positivos, que além de contribuir para um ensino qualificado, contribuem para a
melhoria de sua prática pedagógica. Brousseau (1996, apud CONTIERO e GRAVINA, 2011, p. 9)
afirma:
Implicitamente, cria-se uma motivação considerável para o estudante, uma vez que por si mesmo,
ele terá a capacidade de alcançar níveis de raciocínio jamais antes experimentado, o que tornará o
processo muito mais interessante.
Gafanhoto (2013) destaca que as tarefas matemáticas que são adaptadas pelo educador acabam por
promover uma utilização mais adequada, pelos alunos, das representações matemáticas relativas
especificamente a funções. Essas modificações nos exercícios tem uma característica de ser
diversificado no contexto, para ser ou, matemática fechada ou relacionado com a realidade. Suas
estruturas apelam pela familiarização, normalmente na apresentação inicial, por pedirem
implicitamente a transição de mudanças nas representações, e ou optar por requerer uma escolha
livre de uma ou mais representações na exploração do resultado.
Espera-se que a utilização de softwares educacionais seja a realização de aulas mais criativas,
motivadoras e dinâmicas, que envolvam os alunos para novas descobertas e para a aprendizagem.
Cabe ao professor escolher o aplicativo adequado, baseado no conteúdo que deseja trabalhar e nos
objetivos que pretende atingir, preparando um plano de aula adequado aos objetivos planejados.
Avaliar um software para uso educativo exige além do que conhecimento sobre informática
instrumental é necessário a construção de conhecimentos sobre as teorias de aprendizagens,
concepções educacionais e práticas pedagógicas, técnicas computacionais e reflexões sobre o papel
do computador, do professor e do aluno nesse contexto, tendo em vista que a construção do
conhecimento do aprendiz não é um processo simples e rápido.
Libâneo (1998) ressalta que a vida contemporânea afeta as práticas de convivência humana, as
pessoas estão mais isoladas e mais egoístas, as crianças estão mais impacientes e mais dispersivas
na sala de aula. Hoje estamos cercados de informação via meios de comunicação, O uso da
Informática no cotidiano do educando traz para sala de aula, grandes objetivos de ensino. Porém,
segundo o pensador brasileiro, as expectativas são bastante ambiciosas. Reflete que há contradições
entre essas expectativas e a precariedade de condições concretas e de meios colocados. Em
entrevista ao Prof. Nivaldo A. N. David, em Goiânia, em 16 de Novembro dede 1997, Libâneo
citou:
Observa-se também que Libâneo (1997) entende como necessário os cursos de formação dos
professores e que as escolas façam um planejamento para criação de estratégias que possibilitem
uma mudança de pensamento dos professores sobre às formas de trabalho com o uso da tecnologia.
Isso possibilitaria uma atualização sobre as mudanças na Ciência, na noção de abordagem do
conhecimento e do processo moderno de ensino, observando muitos métodos e procedimentos
novos. A mudança de pensamento precisa começar com a organização curricular e pedagógica da
escola. Libâneo (1997) reconhece ainda que:
De certo que, uma nova proposta sempre é vista com certa resistência, principalmente por aqueles
que por um bom espaço de tempo vem se utilizando de uma prática que até certo ponto traz certo
conforto com o passar do tempo. Entretanto o avanço da ciência e a tecnologia impulsa uma
mudança de comportamento, uma vez que não se pode andar na contramão da modernidade. Ferraz
(2010, pag.15) reitera este pensamento dizendo que enquanto estamos caminhados apara o término
da primeira década do terceiro milênio, a educação ainda se utiliza de uma metodologia que era
aplicada nos meados do século passado, é perceptível insistência da educação em não acompanhar
o ritmo acelerado da tecnologia globalizada.
Entretanto, para que seja obtido um desempenho satisfatório na utilização de tal tecnologia, essa
sempre terá que está inserida dentro de um contexto metodológico muito bem elaborado, com
objetivos bem claros e bem definidos, e acima de tudo contando apoio de todas as partes
envolvidas, inclusive a direção da escola, ou seja, um projeto em que todos deverão estar
envolvidos. Concretizando assim a importância da Informática integrada as aulas, e do
estreitamento entre aluno com a escola e a boa prática docente. Atento a função principal da
Informática de aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem e não na função de corrigir o que possa
estar errado. Verifica-se que, desta forma, a utilização de um software educacional na sala de aula
poderá aumentar o índice de alunos que assimilarão o conteúdo Matemático.
Da Silva e Penteado (pág. 279-292, 2013) conscientiza que acima de tudo, de que trabalhar com
geometria dinâmica significa correr riscos, risco estes que os professores nem sempre estão
dispostos a correr considerando agora essas e outras imprevisibilidades.
O uso de novas tecnologias pode trazer contra tempos ou imprevistos no momento da sua
execução, ora é um mau funcionamento de um dos equipamentos eletrônicos: a tela que não liga, o
mouse que não funciona, problemas no gabinete, diferenças nos resultados entre o que aparece no
soft e as calculadoras dos alunos, devido a sistemas operacionais diferentes, etc. ora, são possíveis
confrontos que podem ser levantados pelos alunos provocados por certa autonomia que as
ferramentas de investigações, agora mais acessíveis.
Nesse momento o professor precisa estar preparado para apresentar alternativas que expliquem o
seu raciocínio diante dos alunos e justifique que as possíveis diferenças, não saíram conforme
programado devido aos imprevistos, mas que esses em nada modificam a veracidade do que estava
sendo proposto, não sendo necessária a interrupção do processo. Os ajustes cabíveis, (talvez até
seja necessário uma investigação um pouco mais detalhada com o resultado sendo trazido numa
aula posterior) a habilidade e a flexibilidade irão lhe permitir a prerrogativa do ajuste.
Perceber que o processo ensino-aprendizagem precisa de um novo fator que venha a motivar todo o
processo. Vivemos a época do avanço da tecnologia, e esta não pode ficar a margem da Educação,
logo sua utilização torna-se algo imprescindível, portanto precisa ser inserida no atual contexto
educacional.
3. Resultados e Discussões
Neste estudo de caso foi realizada uma oficina com atividade para o estudo das funções quadráticas
no Ensino Médio com abordagem qualitativa e com o uso do software GeoGebra. Torna-se
decisivo, na prática docente, a escolha da tarefa para sala de aula. E esta tarefa deve-se estar sempre
atrelada ao propósito Matemático do ensino. Na atividade da oficina presencial, da pesquisa
apresentada, foi abordado o conteúdo de funções quadráticas.
Toda função estabelecida pela lei de formação f(x) = ax² + bx + c, sendo a, b e c, coeficientes com
números reais e a ≠ 0, é denominada função do 2º grau. De uma, forma geral tem-se:
Onde:
A representação geométrica de uma função do 2º grau é dada por uma parábola, que de acordo com
o sinal do coeficiente “a” pode ter concavidade voltada para cima ou para baixo, como mostra a
Figura 1 e 2 abaixo.
Figura 1: a > 0 Concavidade pra cima.
Dada à função f(x) = ax² + bx + c, se f(x) = 0, obtêm-se uma equação Quadrática, ax² + bx + c = 0,
dependendo do valor do discriminante Δ, tem-se as seguintes situações gráficas:
Se Δ > 0, o gráfico intercepta o eixo x em dois pontos, como mostra a figura 3, para ambos os
valores do coeficiente a.
Figura 3: intercepção do gráfico em dois pontos com delta maior que zero
Assim, existe a necessidade de estreitar a relação entre a matemática escolar e a matemática da vida
atual. Não diminuindo a importância da apropriação da matemática como um instrumento para o
indivíduo no nível profissional. Além de fazer com que a Escola crie oportunidades ao aluno se
relacionar num nível muito maior no futuro, com a Matemática. As concepções abordadas até o
momento ajudam na reflexão sobre a relação entre o conhecimento escolar e o conhecimento do
aluno.
A forma em que as tarefas matemáticas são adaptadas pelo educador acaba-se por promover uma
utilização mais adequada pelos alunos das representações matemáticas relativas a funções
Quadráticas. Essas modificações possuem estruturas que apelam pela familiarização. O estudo de
Gafanhoto e Canavarro (2013) possuem exercícios, (caracterizados como exploração pelos
autores), onde os alunos obtiveram eficazmente o desenvolvimento das representações criadas
anteriormente, no conteúdo abordado e, em muitos casos, conciliaram algumas delas para produzir
as respostas adequadas.
Gafanhoto e Canavarro (2013) concluíram que o contexto das tarefas não foi determinante no uso
das representações pelos alunos. A estrutura, por sua vez, mostra-se adequada. Existe relevância
em adaptar com critério as tarefas pelo computador, principalmente quando este recorre ao uso de
novas tecnologias. Estabelece-se um elemento norteador para a importância em escolher a
atividade educacional, em projetos com software educativos. Ajudando também no
desenvolvimento da atividade educacional. Pois, como cita Gafanhoto e Canavarro (2013):
Gafanhoto e Canavarro (2013) indicam como fator motivacional o próprio uso de softwares pelo
aluno na sua atualidade, mostrando uma visão de mundo matemático mais próximo a sua realidade.
Por esse motivo, neste estudo da utilização do Software no ensino de Funções Quadráticas no
Ensino Médio justifica-se a escolha em utilizar o Software de Geometria Dinâmica GeoGebra, pois
norteia o método científico a ser adotado.
Para justificar a escolha da atividade foi levado em consideração o grau de desafio matemático, o
tempo necessário para realização da tarefa, preocupando-se em não se tornar distante da realidade
do aluno, além de trazer um desafio que traga aprofundamento em seus estudos. A pesquisa revela
a importância de escolher ou desenvolver a atividade educacional. Neste contexto, cito Ponte, apub
Gafanhoto e Canavarro (2012):
Pelo fato do GeoGebra possuir uma interface muito simples e interativa, possibilita o aluno a
explorar conceitos anteriormente abordados. Pois, de uma forma dinâmica, ele permite a interação
do usuário com a janela de trabalho. O programa, por exemplo, faz com que o usuário permita a
mudança das curvas das funções Quadráticas com um simples movimento de “arrastar” do mouse
nesta área de trabalho. E ainda assim é possível visualizar essas mudanças na janela de álgebra que
se encontra do lado esquerdo da tela do usuário.
A tabela 1 apresenta um breve estudo qualitativo entre os onze participantes da oficina realizada
nesta pesquisa em que declaram suas relações com softwares matemáticos, antes deste evento. Note
em negrito, que todos os participantes que não possuíam nenhum tipo de capacitação a utilização
de softwares matemáticos descrevem que não utilizaram nenhum tipo de programa educacional nas
suas práticas docentes, anteriormente a oficina realizada.
Observando a tabela 1 verifica-se que a não participação de cursos ou oficina sobre o programa
analisado tem relação direta entre a falta de utilização desta tecnologia em sala de aula. Outro
gráfico com a mesma análise qualitativa, porém em porcentagem relativa por cada caso, demostra,
de forma mais clara, a importância do curso de aperfeiçoamento sobre o Uso do software
matemático no Ensino da Matemática, mesmo para aqueles que conhecem o programa educacional,
objeto deste curso.
Gráfico 2: Relação direta entre o Não uso do GeoGebra em sala e a participação de Cursos de
aperfeiçoamento do educador
Em contrapartida, em outra analise qualitativa feita nesta oficina, foi detectado que apesar de o
docente ter ouvido falar e mesmo conhecer e utilizar este recurso, os cursos e oficinas sobre o
programa GeoGebra não estão conseguindo fazer com que o educador planeje suas aulas com
softwares matemáticos para aprimorar conceitos e verificar ou comparar resultados. Os resultados
obtidos demonstram uma discordância entre a experiência em cursos e oficinas com relação ao uso
dos softwares matemáticos ao planejar as aulas. A tabela 2 apresenta um comportamento do
docente na utilização do software de Geometria dinâmica GeoGebra no planejamento de suas aulas
com a intenção de aprimorar conceitos e verificar resultados das aulas preparadas.
A tabela 3 apresenta uma relação direta entre a utilização do software GeoGebra pelo Docente,
independente de cursos de capacitação, e aqueles que efetivamente planejam suas aulas utilizando
um software matemático como recurso didático.
Gráfico 4: utilizar em sala em sala de aula versus planejar suas aulas com softwares
matemáticos
A pesquisa sinaliza uma necessidade de aprimoramento no sentido de fazer com que o educador
planeje melhor suas aulas utilizando este recurso, uma vez que, os docentes demonstraram
conhecimento sobre o recurso utilizado, mesmo acreditando que estes softwares favorecem a
aprendizagem. Porém, tendo certa dificuldade em realizar seus planejamentos de aula, nesse
sentido.
20 Anos ou Menos: 0 0 0
De 20 a 30 Anos (incluisive): 1 0 0
De 30 a 40 Anos (inclusive): 1 0 0
De 40 a 50 Anos (Inclusive): 8 0 0
Acima de 50 Anos: 1 0 0
A importância de uma capacitação sobre o uso do software GeoGebra no ensino das funções
quadráticas é demonstrada no gráfico 7. Os educadores demonstraram a pretensão de preparar as
suas aulas utilizando recursos do GeoGebra após a oficina realizada.
4. Considerações Finais
O mundo pede cada vez mais que educadores estejam abertos ao novo, seja o novo científico ou
pedagógico. O professor deve se preocupar em planejar e estar aberto a mudanças desse
planejamento para diversos tipos de alunos e locais de trabalho, que claramente são diversos e por
esse motivo, por exemplo, não consegue lecionar sua aula exatamente idêntica a outra na mesma
série de ensino.
A pesquisa realizada no município de Mangaratiba reafirma que o programa GeoGebra possui uma
interface de fácil entendimento para o uso na prática docente no estudo das funções quadráticas no
Ensino Médio. A experiência do professor na prática docente, ou a idade, não tem ação direta com
a utilização maior do uso das tecnologias na prática docente. A aceitação ao programa educacional
foi significativa com interesse unânime ao seu uso pedagógico, após a oficina realizada.
Oferece aos docentes uma sequência didática para o estudo das funções quadráticas no Ensino
Médio, com atividades a distância e presencial, na intenção de favorecer a construção do
conhecimento, ajudando-os a proporcionar meios para busca de uma nova metodologia de ensino-
aprendizagem e produzir novas descobertas. Conclui que o software GeoGebra proporciona aos
docentes uma forma de difundir e aprimorar a ideia do uso de um programa educacional que irá
auxiliar o estudo de funções quadráticas em sala de aula.
Nota-se a necessidade de cada vez mais incentivar os cursos ou programas de capacitação dos
educadores no que tange ao uso de softwares matemáticos na educação no ensino da matemática no
estudo de funções quadráticas. Em especial, ao incentivo ao planejamento de aula com o uso de
softwares matemáticos, mesmo para aqueles docentes que possuem qualificação por cursos ou
oficinas sobre o software educacional pesquisado. Assim, traz-se uma flexibilidade maior pelo
educador e um possível interesse para adoção de novos métodos que trarão um benefício maior,
com aulas muito mais interessantes e dinâmicas.
Em contrapartida detecta-se um avanço no setor público, com o advento nesta década de programas
educacionais e incentivos aos docentes ao uso de softwares matemáticos. Demonstra que os
educadores estão com maior interação com esse meio, no universo pesquisado. Os docentes de
maior experiência mostraram maior capacidade de assimilação do uso do programa, independente
da idade. O universo pesquisado estabelece uma relação, ainda que não conclusiva sobre a eficácia
do uso do programa educacional de geometria dinâmica GeoGebra no estudo de funções
quadráticas e a importância da preparação, ou conhecimento prévio qualitativo do docente, no uso
em sala de aula.
Não estão aqui diagnosticadas as dificuldades prévias do docente ou da estrutura das salas de aula,
onde serão ou foram realizadas as aulas lecionadas pelos professores. Faz-se necessário aprofundar
mais a pesquisa em função do universo maior a ser explorado, pesquisado e estudado Mantendo-se
a coerência de discernir que, no estudo deste caso, os pesquisados trabalham na mesma Instituição
de Ensino. Porém, deve-se notar que, mesmo com a estrutura igual, os resultados são diversos,
plurais e significativos nesta pesquisa.
Referências