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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE MATEMÁTICA
LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino

O Uso do GeoGebra no Estudo de Funções


Quadráticas

ALEXANDRE LUIZ MAZZEI DA COSTA

RIO DE JANEIRO/RJ
2015
ALEXANDRE LUIZ MAZZEI DA COSTA

O Uso do GeoGebra no Estudo de Funções Quadráticas

Trabalho de Final de Curso apresentado à


Coordenação do Curso de Pós-graduação
da Universidade Federal Fluminense, como
requisito parcial para a obtenção do título
de Especialista Lato Sensu em Novas
Tecnologias no Ensino da Matemática.

Aprovada em MÊS de ANO.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________________
Prof. Raimundo José Macário Costa - Orientador
UFF

_________________________________________________________________________
Prof. Nome
Sigla da Instituição

________________________________________________________________________
Prof. Nome
Sigla da Instituição
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, aos meus filhos. Em especial, a minha esposa


LUANA FERREIRA FIGUEIRA que sempre deu apoio ao
engrandecimento acadêmico e profissional. A equipe de
orientadores e mestres da Universidade Federal Fluminense e a
todos os professores que participaram desta pesquisa. A Seeduc
que propiciou essa oportunidade de reingressar aos estudos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos professores e aos colegas de classe, que


compartilharam as tensões, angústias e alegrias durante o curso.
Ao meu orientador Dr. Macário Costa, por acreditar na minha
capacidade de concluir esse trabalho. Em especial incentivo a
atividade online dado pelo professor Luiz C. M. de Aquino pela
elaboração e liberação de seus vídeos aulas que estão sob a Licença
de Criação Comum BY-NC-SA. O trabalho de vocês foi muito
importante e de mais valia a pesquisa.
RESUMO

Este trabalho pretende afirmar a importância do uso de um software de Geometria Dinâmica no


Estudo de Funções Quadráticas no Ensino Médio, com a intenção de favorecer a construção do
conhecimento, ajudando os docentes a serem capazes de buscar a necessária metodologia de
aprendizagem e produzir novas descobertas, como frutos de uma aprendizagem sólida. Dentre
tantas tecnologias, este trabalho se dedica em especial ao uso do software GeoGebra que funciona
como meio educativo formal. Indica este, dentre diversas possibilidades de utilização do
computador na abordagem de temas matemáticos. A pesquisa realiza-se através de uma oficina
com professores de Matemática no Colégio Montebello Bondim, uma unidade de ensino estadual
localizada no município de Mangaratiba, no estado do Rio de Janeiro. Teve-se como objetivo,
utilizar o software de Geometria dinâmica GeoGebra como ferramenta de apoio para melhorar o
ensino e a aprendizagem do estudo de funções no ensino Médio e apresentar algumas
possibilidades de trabalho que possam complementar o processo do ensino-aprendizagem no
estudo das funções, de maneira diferenciada, possibilitando ao professor do ensino médio
investigar, testar ou comprovar eventuais conjecturas que surgem durante as aulas. A oficina
consiste basicamente de três etapas: a primeira, apresentando o software GeoGebra de forma
online, com o envio de dois vídeos tutoriais do professor Luiz Aquino que enfatiza a instalação do
software; a segunda, de forma presencial, na unidade escolar, mostrando suas principais
ferramentas; e a terceira etapa, envolvendo uma sequência didática de atividades com funções
quadráticas, na qual as ferramentas do software foram exploradas. Durante as atividades práticas, o
professor foi o mediador do conhecimento, buscando uma maior interação com os discentes. O
Educador observa a interação e o desenvolvimento dos docentes no decorrer da oficina. Por fim é
feita uma pesquisa através de questionário avaliativo, onde nota-se um grande interesse dos
docentes para este software educacional de geometria dinâmica. Os participantes compreenderam
que o GeoGebra é capaz de tornar as aulas mais criativas, motivadoras e dinâmicas. Percebem que
o software possibilita um aprendizado no estudo de funções quadráticas ao explorar os recursos das
suas ferramentas algébricas. Tornando o estudo de funções quadráticas diferenciado em ambiente
informatizado.

Palavras–chave: GeoGebra, Função, Aprendizado significativo.


SUMÁRIO

Nº da página

1 – Introdução 6

1.1 – Justificativa 7

1.2 – Objetivos 8

1.3 – Metodologia 8

2 – Pressupostos Teóricos 10

3 – Resultado e Discussões 16

3.1 – Discussões Iniciais 19

3.2 – Resultados Significativos 21

4 - Conclusões 25

5 - Referências 26
1. Introdução

No final da década de setenta teve-se grande preocupação em relação à eficiência das metodologias
que auxiliariam no processo de ensino aprendizagem da disciplina Matemática para o Ensino
Médio. Talvez, ocasionado pelo anseio, dos docentes e pensadores, por uma busca ao ensino
inovador. Os estudos se intensificaram. Ocorrendo os surgimentos de novas tendências na
Educação Matemática, em especial aquela que abrange novos métodos de resolução de exercícios e
da modelagem Matemática. Houve um aumento da preocupação com a Etnomatemática e um
comprometimento maior em resgatar a História da Matemática.

Mas, ao analisarmos mais de perto, atualmente, no século 21, ainda existem práticas decorrentes do
ensino tradicional, com pouca inovação. Em boa parte desses casos, o aluno acaba transformando-
se em um assimilador de conteúdos, salvo algumas exceções. O resultado acaba por fazer o aluno
acreditar que a Matemática atrapalha o seu desempenho educacional, sendo até na sua opinião, o
culpado pela responsabilidade do seu péssimo desempenho avaliativo.

Apesar de muitos avanços nas práticas docentes, ainda existe um anseio para as mudanças
necessárias na educação no Brasil. Há necessidade das mudanças sociais e culturais, no processo de
educação escolar, em vários aspectos do ensino, para que formemos “indivíduos capazes e
preparados para lidar com as transformações e mudanças sociais”.

As tecnologias estão rompendo barreiras físicas e temporais, favorecendo a troca e democratizando


o acesso as informações. Isto facilita o debate de ideias, diminuído os embates profissionais,
aumentando a competitividade baseada na qualidade, deixando o mundo mais próximo, diminuindo
as distancias. Nesse contexto, MORAES (2002) reforça que a atualidade indica que existem sinais
evidentes de um novo ciclo, com traços e características cada vez mais próximas:

“Há sinais evidentes de um novo ciclo com traços e características cada


vez mais globalizados. É um mundo que vem se tornando grande e
pequeno, homogêneo e plural, articulado e multiplicado mediante o uso
de recursos de voz, de dados, de imagens e de textos cada vez mais
interativos (p.125).”

Desta forma, com características evidentes de um novo ciclo, percebe-se que os alunos do Ensino
Médio não sabem como aplicar no seu dia a dia o conteúdo Matemático. As práticas docentes no
estudo das funções, no ensino da Matemática, possuem novos desafios de demonstrações, em que
insiram esse pluralismo, com essa interação, articulando e multiplicando-se. Mediante o uso de
recursos de dados e imagens cada vez mais interativos. Descreve-se então, a grande necessidade do
aumento da interação entre o conteúdo matemático e o seu cotidiano informatizado.

Para estabelecer e utilizar uma tecnologia interativa na pratica docente, com embasamento
científico, ao escolher um software Educacional adequado utiliza-se critérios específicos. Denota-
se, com estudos, a consideração de vários fatores. Como lembra Medeiros (2012), o programa
escolhido deve ser confiável, no sentido de não ocorrer falhas durante a realização de tarefas, de
fácil manuseio, simples e prático, deve possuir um ambiente de trabalho agradável, favorecendo o
aprendizado, sendo adequado didaticamente.

No que tange ao conceito o ensino da Matemática no conteúdo de função quadrática, a prática


docente pode ser representada de diversas maneiras. Com a inserção de representações gráficas.
Por representação através da escrita ou fala. Por meio da representação algébrica. Assim, torna-se
relevante o cuidado de, ao ensinar o conteúdo de funções, encontrar maneiras de abordá-lo.
Utilizando as diferentes formas de representações e procurando esclarecer que essas são
relacionadas ao mesmo conceito. Sempre com o cuidado para que o aluno saiba, mesmo com as
mudanças de representações, que esta se trata do mesmo objeto de estudo.

Na busca de resultados positivos no processo ensino aprendizagem com essas diferentes formas de
representações, tem-se procurado recursos tecnológicos, que poderá garantir maior interatividade
nas diferentes demonstrações. Torna-se importante a mobilização do profissional da Educação em
busca de alternativas inovadoras, com a intenção de atrair a atenção dos nossos educandos. Nesse
sentido, o uso da tecnologia, torna-se cada vez mais relevante.

Este trabalho foi realizado, partes em grupo e partes individuais. A parte em grupo é mais ampla,
com uma visão geral do assunto que pode ser encontrada nos trabalhos de CORRÊA (2015),
MARTINS (2015) e SILVA (2015). As partes individuais cada um incorporou de acordo com a
pesquisa de campo que cada integrante realizou.

Para não ocorrer falhas e evitar que o programa não seja de ambiente agradável, como citou
Medeiros (2002), optou-se nessa pesquisa pelo uso do software de geometria dinâmica GeoGebra.
Sendo apresentado aos docentes inicialmente na modalidade de ensino a distância, através de
apresentações e vídeos tutoriais, enviados por email e também disponível no site Slideshare
gratuitamente para visualização, a qualquer tempo e download. Ocorre de forma presencial em um
segundo momento, com a introdução ao uso deste programa através de aula expositiva com
Datashow e o uso do computador. Com a intenção de criar uma possibilidade a mais em ensinar as
funções quadráticas no ensino médio. Estabelecendo uma conscientização dos docentes aos
benefícios que serão criados a partir da mudança dos métodos tradicionais.

Modificando a aula de funções quadráticas com o uso do GeoGebra, tem-se a intenção de criar
visualizações mais dinâmicas do comportamento do gráfico ao mudar os valores dos seus
coeficientes. Com ele estudam-se mais profundamente as raízes de uma equação do segundo grau.
Além de demonstrar que, com essa prática, o docente poderá obter maior eficiência do tempo de
suas aulas. Uma vez que diminuirão diversos e variados traçados em folhas de papel, ao ensinar o
comportamento dos gráficos. Mudando sua aula para um dinamismo que trará uma análise do
comportamento gráfico, quando se muda o valor do coeficiente da função Quadrática.

1.1 Justificativa

O conceito de função é um dos conceitos mais importantes da Matemática. É extraordinário na


diversidade das suas interpretações e representações. Porém, os alunos enfrentam muitas
dificuldades na tentativa de compreendê-lo. Uma das dificuldades dos alunos na compreensão do
conceito de função deve-se à dualidade da sua natureza. De fato, uma função pode ser entendida
numa perspectiva estrutural, como um objeto ou numa perspectiva operacional, como um processo.

Na primeira, a função é um conjunto de pares ordenados e na segunda perspectiva. A função é um


processo computacional, ou um método bem definido para transferir de um sistema para outro.
Muitas tarefas que os professores propõem aos seus alunos são de natureza fechada, e o conceito
de função está muitas vezes ligado ora ao conceito de fórmula, ora ao processo gráfico, para o qual
precisam de uma fórmula para desenhá-lo. Torna-se urgente que os professores, na sua prática
profissional, tenham em conta a ambiguidade da notação de uma função, bem como o papel crucial
da experiência matemática dos alunos na sala de aula, onde o professor deve propor tarefas
matemáticas de natureza mais aberta, unindo essas duas perspectivas e também contextualizando
situações que envolvam funções.

Com base na literatura adotada para realização deste trabalho, o processo ensino aprendizagem
pode ter resultados positivos quando aliados aos recursos tecnológicos. Para tanto, é de grande
importância a mobilização do profissional da Educação em busca de capacitação e atualização.
Buscar alternativas inovadoras que possam atrair a atenção dos nossos educandos. Nesse sentido o
uso da tecnologia, em particular o software de geometria dinâmica GeoGebra, esse que
apresentamos nesse trabalho por meio de oficinas, como uma possibilidade em se ensinar as
funções quadráticas no ensino médio.

Para a utilização deste programa foi considerado a facilidade de acesso do programa pela escola,
pelos professores e pelos discentes. Contextualizar o que se aprende na sala com o dia a dia dos
alunos torna-se um grande desafio que é o de devolver a este a possibilidade de se alcançar novos
horizontes a partir do momento que ele perceba que bem a sua frente existe um grande campo de
conhecimento que poderá ser explorado com muito mais liberdade, comparado a imposição que a
te então predominava na sala de aula.

1.2 Objetivos

OBJETIVO GERAL:

 Utilizar os softwares de Geometria dinâmica como ferramenta de apoio para melhorar o


ensino, o aprendizado dos discentes sobre o estudo de funções Quadráticas no Ensino Médio.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

 Oferecer aos professores de Matemática uma sequencia didática sobre a aplicação do


GeoGebra no ensino-aprendizagem de conceitos de funções Quadráticas no Ensino
Médio;

 Realizar oficinas, presenciais e à distância, sobre o uso do recurso tecnológico software


de geometria dinâmica GeoGebra;

 Preparar professores para o uso das novas tecnologias da informação e comunicação de


forma autônoma e independente, possibilitando a incorporação das novas tecnologias à
experiência profissional de cada um, visando à transformação de sua prática pedagógica e,
consequentemente, melhoria da aprendizagem;

 Utilizar o software de Geometria Dinâmica GeoGebra como uma ferramenta que trará
um fator motivacional ao processo ensino-aprendizagem;

1.3 Metodologia

A pesquisa possui o enfoque qualitativo uma vez que leva em consideração, não somente às
questões relativas aos conteúdos explorados, mas, sobretudo os resultados das avaliações dos
professores sobre o uso do programa educacional de Matemática GeoGebra. Como bases teóricas,
utilizam-se estudos da Educação Matemática, referentes ao uso de tecnologias no ensino, como
também a teoria de Aprendizagem Significativa.
Na execução do projeto foi realizada uma oficina com professores do município de Mangaratiba no
estado do Rio de Janeiro sobre o uso do software GeoGebra no ensino do conteúdo de funções
Quadráticas aos professores do Ensino Médio. Utilizamos a sala de informática disponível. O
desenvolvimento do projeto ocorreu inicialmente com a leitura de textos inerentes à temática do
uso das tecnologias no ensino. Em seguida foi abordado os estudos de funções quadráticas e
investigações a partir de situação problemas, fazendo-se uso do GeoGebra.
A escolha do software GeoGebra justifica-se por se tratar de um programa matemático de acesso
gratuito e por contemplar características que favorecem o estudo de questões que se deseja
investigar no estudo de funções Quadráticas. Para realização deste trabalho, foi adotada a
realização de questionário qualitativo, por ser uma técnica de investigação que possibilita uma
análise significativa dos dados. Por meio da aplicação de um questionário realizado ao término das
oficinas do uso do GeoGebra no auxílio do Ensino de Funções Quadráticas.

Segundo Fiorentini e Lorenzato (2006, p. 116-117) “questionário é um dos instrumentos mais


tradicionais de coleta de informações e consiste numa série de perguntas”. Tais questionamentos
podem ser fechados, ou seja, indicando as alternativas para escolha da resposta ou abertos, e neste
caso não indicando alternativas, possibilitando ao investigador captar informações não previstas. O
questionário foi elaborado com oito questões que procuraram investigar, por parte dos professores,
o conhecimento do GeoGebra. Analisa sobre a relevância desse software, suas possibilidades e
pertinência no uso direto com alunos em ambientes informatizados, em especial no estudo do
conteúdo de funções Quadráticas. O número de professores que responderam ao questionário foi de
onze docentes na oficina sobre o estudo de funções Quadráticas no Ensino da Matemática
utilizando o software GeoGebra. As questões foram agrupadas por semelhanças de respostas e
organizadas em tabelas.

Cada componente do grupo realizou tarefas significativas com o mesmo tema, porém com
conteúdos diferentes. Conforme se segue:

COSTA irá apresentar sobre: O Uso do Geogebra no Estudo de Funções Quadráticas, para os
professores da rede pública no município de Mangaratiba/RJ.

MARTINS irá apresentar a oficina sobre: A Utilização do Software de Geometria Dinâmica no


Estudo de Funções Afim no Ensino Médio, para os professores da rede pública e particular no
município de São João de Meriti /RJ.

CORRÊA irá apresentar a oficina sobre: A Influência pedagógica do uso do Software GeoGebra no
Estudo de Funções Afim no Ensino Médio, para os docentes da rede particular e pública no
município de são Gonçalo/RJ.

SILVA irá apresentar a oficina sobre: O Software GeoGebra Aplicado no Estudo de Funções Afim
no Ensino Médio, PARA PROFESSORES DA REDE PARTICULAR E PUBLICA NO
MUNICIPIO DE NITERÓI/RJ.

1.3 Organização do Trabalho

Este trabalho está organizado inicialmente com uma Introdução, onde apresentamos o tema em
discussão. Na sequência são apresentados os objetivos, gerais e específicos, que nortearam o
estudo, seguido da metodologia na qual apresentamos o método a ser seguido durante a pesquisa.
Metodologicamente, foram realizadas pesquisas bibliográficas que, qualitativamente, pudessem
apresentar registros e fundamentos que contemplassem os objetivos já descritos anteriormente. No
capítulo dois apresentamos os pressupostos teóricos, no qual descrevemos que os valores que
concebem a relação entre a matemática escolar e a matemática da vida cotidiana acabam por
observar que o ensino-aprendizagem da matemática necessita de uma abordagem que leve os
alunos a valorizar o processo matemático nos aspectos de formular questões, indagando sobre a
existência de solução e estabelecendo hipóteses para tirar suas conclusões. A seguir no capítulo 3,
apresentamos os resultados e as discussões geradas a partir dos dados coletados através de um
questionário qualitativo aplicado aos docentes após a realização da oficina realizada
presencialmente. No capítulo 4 apresentamos a conclusão na qual apontamos que o estudo não se
esgota com esta pesquisa, mas que deve ser ampliado com novos estudos e pesquisas a fim de
consolidar a inserção da tecnologia no ensino da matemática. No capítulo 5 listamos as referências
bibliográficas que serviram de base teórica para a execução deste trabalho.

2. Pressupostos teóricos

A Matemática surgiu pela necessidade dos povos egípcios e babilônios cerca de 2500 a.C. em
consequência da divisão das terras no delta do rio Nilo, pois a cada cheia do rio as divisões das
terras eram confundidas. Hoje com outras necessidades, a matemática é aprendida nas escolas e é
ainda considerado o “bicho papão” entre as outras ciências estudadas. Por vezes a matemática
ainda é ensinada de forma descontextualizada e sem significado para o aluno tanto no tempo
quanto no espaço, passando a ideia desta ser uma matéria estática e acabada, tornando-a monótona
e causando desinteresse nos alunos, ou seja, não contextualização entre o que se é ministrado, em
outras palavras, falta aplicabilidade do que se aprendido em sala.

Pesquisadores da educação com os olhos voltados para o baixo desempenho no ensino-


aprendizagem da matemática, têm se questionado quanto à eficácia das metodologias tradicionais
de ensino. Giardinetto (1999) fala sobre os questionamentos acerca da matemática e a percepção de
estudantes e professores insatisfeitos com as relações, as formas e os métodos adotados nas escolas
e principalmente nas universidades para ministrar a referida disciplina. Os educadores sabem da
importância da matemática, mas cobranças sempre ocorreram, com o objetivo da compreensão
como forma de modelagem da vida real. Algumas correntes educacionais questionaram a validade
da matemática escolar neste contexto.

Giardinetto (1999) retrata a valorização do conhecimento cotidiano, considerando um elemento


importante no trabalho pedagógico, porém alerta a importância de ir além. Mostra a matemática da
vida cotidiana como um elemento indispensável do processo pedagógico, mas contrasta a
importância de avançar além do presente. Critica a justificação da constatação da ineficácia da
escola, com a intenção de garantir a apropriação do conhecimento matemático. Contrasta com a
eficácia da apropriação do conhecimento matemático cotidiano. Faz uma análise qualitativa das
pesquisas, na valorização do cotidiano, mostrando que não existe uma reflexão mais profunda
quanto ao papel da escola na apropriação do conhecimento matemático. Sem essa reflexão, essas
pesquisas criam um problema pedagógico: ocorre normalmente uma supervalorização do
conhecimento em lugar da necessária valorização da matemática cotidiana, fugindo então o
conteúdo abordado com o conhecimento escolar.

Os valores teóricos que concebem a relação entre a matemática escolar e a matemática da vida
atual devem ser demonstrados, não diminuindo a importância da apropriação da matemática escolar
como um instrumento para o indivíduo no nível profissional, além da escola dar oportunidade ao
aluno se relacionar num nível muito maior no futuro. As concepções apresentadas ajudam na
reflexão sobre a relação entre o conhecimento escolar e o conhecimento do aluno, nas demais
disciplinas escolares também, ou seja, o conteúdo absorvido em sala de aula tem sua relevância a
partir do momento em que cria uma chance, oferecendo uma oportunidade, que se bem
aproveitada, abrirá uma grande porta pra sucessos futuros.

Dessa forma, o ensino da matemática pode e deve estar contribuindo para o desenvolvimento do
homem na sua formação ética, autonomia intelectual e compreensão sociocultural. Por meio do ato
educativo ocorre a apropriação das objetivações humanizadoras resultantes do processo histórico-
social desencadeado pelos homens, oferecendo ao educando a sua humanização e emancipação.
(PCN, 2006).

É a finalidade emancipatória da educação que não se pode perder de vista, uma vez que ela
representa o desenvolvimento da verdadeira consciência por meio da apropriação dos
conhecimentos, dos conceitos, das habilidades, dos métodos e técnicas etc., de forma que possa os
homens intervir na realidade e tomar parte como sujeitos do desenvolvimento genérico da
humanidade. A afirmação da finalidade emancipatória da educação exige, portanto, que se
considere ato educativo como a atividade por meio da qual os indivíduos se apropriam das
objetivações humanizadoras produzidas pelos homens histórica e socialmente, condição para sua
humanização e consequente emancipação. (MARTINS, 2007, p.25)

Conforme o PCN de 2006, o ensino-aprendizagem da matemática necessita ser abordado de modo


a levar os alunos a:

“... um processo de aprendizagem que valorize o raciocínio matemático


nos aspectos de formular questões, perguntar-se sobre a existência de
solução, estabelecer hipóteses e tirar conclusões, apresentar exemplos
e contra exemplos, generalizar situações, abstrair regularidades, criar
modelos, argumentar com fundamentação lógico-dedutiva.” (PCN,
2006, p.70).

Para Giardinetto (1999), a compreensão e a aquisição do conhecimento sistematizado possuem


como mediadora a esfera escolar. Ela tem como função, tornar possível a cada indivíduo o acesso
às objetivações para si, ou seja, o acesso ao acervo produzido pela humanidade.

Em seu trabalho Piccoli (2006) aborda a realidade das salas de aula e aponta para um ensino muitas
vezes descontextualizado; os alunos não chegam, em geral, a fazer uma relação entre os assuntos
estudados na escola e suas vivências extraescolares, e, por isso, talvez, acabem por, simplesmente,
memorizar conceitos prontos, regras, fórmulas que perdem seu significado no cotidiano. Percebe-
se, assim, a necessidade de aproximar escola e aluno. Ubiratan D´Ambrosio (2003) afirma:

“Não é de se estranhar que o rendimento esteja cada vez mais baixo,


em todos os níveis. Os alunos não podem aguentar coisas obsoletas e
inúteis, além de desinteressantes para muitos. Não se pode fazer todo
aluno vibrar com a beleza da demonstração do teorema de Pitágoras e
outros fatos matemáticos importantes” (p. 59).

A consequência disto segundo Sterverson (2009, pag.6) é que:

“O professor na atualidade sofre para obter a concentração por parte


do aluno ao utilizar a execução das atividades no processo tradicional,
ou seja, a execução das atividades utilizando a lousa, isto porque, o
aluno atual, já está em pleno contato com os instrumentos tecnológicos
colocados a sua disposição. Sendo assim, a maneira tradicional de se
lecionar que vem sendo aplicada, já não trás nenhum interesse para
esse aluno.”

Sendo assim, pensar na utilização da tecnologia, passa a ser uma opção com uma relevância
considerável, e a educação não pode ficar a margem da sua utilização. A proposta do Programa
Nacional de Informática Educativa do MEC é utilizar o computador na escola com o objetivo de
criar um ambiente de aprendizagem onde o aprendiz processe a informação, agregue a seus
esquemas mentais e coloque para funcionar mediante um desafio ou situação problema. O uso de
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na Educação da Matemática é um novo desafio
na busca de qualidade de ensino.

Concretizando assim a importância da Informática integrada as aulas, e do estreitamento entre


aluno com a escola e a boa prática docente. Atento a função principal da Informática de aperfeiçoar
o processo ensino-aprendizagem e não na função de corrigir o que possa estar errado, Verifica-se
que, desta forma, a utilização de um programa educacional na sala de aula poderá aumentar o índice
de alunos que assimilarão o conteúdo Matemático..

Segundo Castells (1999), a sociedade é que acaba por dar uma forma à tecnologia de acordo com as
suas próprias necessidades, valores e interesses das pessoas que utilizam as tecnologias. Sendo
sensíveis ao uso sociais da própria tecnologia, principalmente as tecnologias de comunicação e
informação. Aborda que a tecnologia é uma condição indispensável, mas não é fator emergencial
para formação de uma organização baseada em redes. Estas redes são essenciais, com uma grande
vantagem e um grande problema por se posicionar contrário a outras formas de organização social.

A vantagem é que as constituições dessas redes tornam uma forma de organização social, sendo
que mais flexíveis e adaptáveis. Transformando em uma forma eficiente para a evolução dos
convívios sociais humanos.A desvantagem é que na maioria das vezes, essas redes não conseguem
efetivamente produzir ou e coordenar os recursos necessários para um projeto social que seria além
de um determinado tamanho, possuindo uma complexidade de organização muito baixa,
impossibilitando a concretização de um projeto de ideal comum, entretanto, é uma opção que não
pode ser desconsiderada, precisando sim, ser bem trabalhada, planejada com os métodos
pertinentes e aplicada de maneira correta para que se alcancem os objetivos propostos.

Um educador que utiliza tecnologias (a utilização de um software adequado) em suas aulas, pode
obter resultados positivos, que além de contribuir para um ensino qualificado, contribuem para a
melhoria de sua prática pedagógica. Brousseau (1996, apud CONTIERO e GRAVINA, 2011, p. 9)
afirma:

“O trabalho com o software produz uma situação em que os alunos se


engajam nas atividades não mais para atender a exigência do
professor, mas movidos por interesse próprio, chamando a si a
responsabilidade dos procedimentos de investigação, e desta forma
estão dadas as condições para o desenvolvimento de habilidades e
atitudes que caracterizam o raciocínio matemático.”

Implicitamente, cria-se uma motivação considerável para o estudante, uma vez que por si mesmo,
ele terá a capacidade de alcançar níveis de raciocínio jamais antes experimentado, o que tornará o
processo muito mais interessante.

Gafanhoto (2013) destaca que as tarefas matemáticas que são adaptadas pelo educador acabam por
promover uma utilização mais adequada, pelos alunos, das representações matemáticas relativas
especificamente a funções. Essas modificações nos exercícios tem uma característica de ser
diversificado no contexto, para ser ou, matemática fechada ou relacionado com a realidade. Suas
estruturas apelam pela familiarização, normalmente na apresentação inicial, por pedirem
implicitamente a transição de mudanças nas representações, e ou optar por requerer uma escolha
livre de uma ou mais representações na exploração do resultado.

Juntamente com o computador, os softwares educacionais têm papel importante no ensino da


matemática. Atualmente existe uma infinidade de softwares livres que podem ser utilizados nas
aulas. A análise de um software também é uma etapa fundamental, pois há́ necessidade do
avaliador conhecer os potenciais e recursos oferecidos pelo aplicativo, bem como identificar no
software a possibilidade de explorar o conteúdo desejado e atingir seu objetivo como educador.

Espera-se que a utilização de softwares educacionais seja a realização de aulas mais criativas,
motivadoras e dinâmicas, que envolvam os alunos para novas descobertas e para a aprendizagem.
Cabe ao professor escolher o aplicativo adequado, baseado no conteúdo que deseja trabalhar e nos
objetivos que pretende atingir, preparando um plano de aula adequado aos objetivos planejados.
Avaliar um software para uso educativo exige além do que conhecimento sobre informática
instrumental é necessário a construção de conhecimentos sobre as teorias de aprendizagens,
concepções educacionais e práticas pedagógicas, técnicas computacionais e reflexões sobre o papel
do computador, do professor e do aluno nesse contexto, tendo em vista que a construção do
conhecimento do aprendiz não é um processo simples e rápido.

Os objetivos no ensino da Matemática deverão ser alcançados, se possível, com o estreitamento da


relação entre aluno, professor e Escola. O professor, assim como a escola devem formar um elo
entre o aluno e a comunidade escolar, observando ou até apontando soluções de problemas que
atrapalham a aprendizagem do aluno. Diminuindo as dificuldades criadas pela vida atual,
questionando com eles esta realidade que os afeta.

Libâneo (1998) ressalta que a vida contemporânea afeta as práticas de convivência humana, as
pessoas estão mais isoladas e mais egoístas, as crianças estão mais impacientes e mais dispersivas
na sala de aula. Hoje estamos cercados de informação via meios de comunicação, O uso da
Informática no cotidiano do educando traz para sala de aula, grandes objetivos de ensino. Porém,
segundo o pensador brasileiro, as expectativas são bastante ambiciosas. Reflete que há contradições
entre essas expectativas e a precariedade de condições concretas e de meios colocados. Em
entrevista ao Prof. Nivaldo A. N. David, em Goiânia, em 16 de Novembro dede 1997, Libâneo
citou:

“As novas tecnologias da informação e da comunicação precisam


urgentemente ser integradas nas escolas, mas sem exclusão do
professor e de outras mediações relacionais e cognitivas no processo
de aprendizagem. As novas tecnologias são indispensáveis na escola
nas mãos de um bom professor” (p.1).

Observa-se também que Libâneo (1997) entende como necessário os cursos de formação dos
professores e que as escolas façam um planejamento para criação de estratégias que possibilitem
uma mudança de pensamento dos professores sobre às formas de trabalho com o uso da tecnologia.
Isso possibilitaria uma atualização sobre as mudanças na Ciência, na noção de abordagem do
conhecimento e do processo moderno de ensino, observando muitos métodos e procedimentos
novos. A mudança de pensamento precisa começar com a organização curricular e pedagógica da
escola. Libâneo (1997) reconhece ainda que:

“Os professores mudarão sua maneira de ensinar à medida que


vivenciarem novas maneiras de aprender” (p.1).

De certo que, uma nova proposta sempre é vista com certa resistência, principalmente por aqueles
que por um bom espaço de tempo vem se utilizando de uma prática que até certo ponto traz certo
conforto com o passar do tempo. Entretanto o avanço da ciência e a tecnologia impulsa uma
mudança de comportamento, uma vez que não se pode andar na contramão da modernidade. Ferraz
(2010, pag.15) reitera este pensamento dizendo que enquanto estamos caminhados apara o término
da primeira década do terceiro milênio, a educação ainda se utiliza de uma metodologia que era
aplicada nos meados do século passado, é perceptível insistência da educação em não acompanhar
o ritmo acelerado da tecnologia globalizada.

Segundo Lorenzato (2006, pag.195):

“O professor que se coloca como mediador na utilização da tecnologia


receberá como troca um grande reconhecimento, já que proporcionará
um ambiente diferenciado ao aluno, levando este a ampliar sua
capacidade intelectual, uma vez que este verá o processo sob novas
perspectivas, levando-o a uma reflexão mais ampla sobre o assunto
determinado, ampliando assim a construção do conhecimento.”

Entretanto, para que seja obtido um desempenho satisfatório na utilização de tal tecnologia, essa
sempre terá que está inserida dentro de um contexto metodológico muito bem elaborado, com
objetivos bem claros e bem definidos, e acima de tudo contando apoio de todas as partes
envolvidas, inclusive a direção da escola, ou seja, um projeto em que todos deverão estar
envolvidos. Concretizando assim a importância da Informática integrada as aulas, e do
estreitamento entre aluno com a escola e a boa prática docente. Atento a função principal da
Informática de aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem e não na função de corrigir o que possa
estar errado. Verifica-se que, desta forma, a utilização de um software educacional na sala de aula
poderá aumentar o índice de alunos que assimilarão o conteúdo Matemático.
Da Silva e Penteado (pág. 279-292, 2013) conscientiza que acima de tudo, de que trabalhar com
geometria dinâmica significa correr riscos, risco estes que os professores nem sempre estão
dispostos a correr considerando agora essas e outras imprevisibilidades.
O uso de novas tecnologias pode trazer contra tempos ou imprevistos no momento da sua
execução, ora é um mau funcionamento de um dos equipamentos eletrônicos: a tela que não liga, o
mouse que não funciona, problemas no gabinete, diferenças nos resultados entre o que aparece no
soft e as calculadoras dos alunos, devido a sistemas operacionais diferentes, etc. ora, são possíveis
confrontos que podem ser levantados pelos alunos provocados por certa autonomia que as
ferramentas de investigações, agora mais acessíveis.

Nesse momento o professor precisa estar preparado para apresentar alternativas que expliquem o
seu raciocínio diante dos alunos e justifique que as possíveis diferenças, não saíram conforme
programado devido aos imprevistos, mas que esses em nada modificam a veracidade do que estava
sendo proposto, não sendo necessária a interrupção do processo. Os ajustes cabíveis, (talvez até
seja necessário uma investigação um pouco mais detalhada com o resultado sendo trazido numa
aula posterior) a habilidade e a flexibilidade irão lhe permitir a prerrogativa do ajuste.

A possibilidade da ocorrência de riscos com utilização de softwares dinâmicos, especificamente de


referindo ao GeoGebra são bem maiores comparadas à utilização dos recursos usados atualmente.
Isso significa que, quanto melhor for o preparo do corpo docente, no que tange a qualificação,
reflexão, preparação do conteúdo, melhores serão as condições de superação destes imprevistos.

A utilização intencional pelo professor de programas computacionais para realização de tarefas


matemáticas promove o uso flexível e eficaz das representações matemáticas relativas às funções
Quadráticas realizadas pelos alunos. Em pesquisa realizada, o contexto da tarefa não parece ter sido
determinante para o uso interpretativo dos alunos na questão matemática realizada, mas a sua
estrutura revela-se adequada, onde há importância da adaptação, com critérios das execuções das
tarefas demostradas pelo professor, principalmente recorrendo ao computador.

O estudo presente estará definido ao programa educacional GEOGEBRA, em parte, pela


importância do uso do recurso e também por promover a flexibilidade da assimilação do conteúdo,
de forma que o mesmo advém após os exercícios tipicamente elencados no conteúdo. Cito
Gafanhoto, 2012:

"...a importância do recurso ao GeoGebra que foi decisivo no trabalho


autónomo dos grupos. Este foi considerado pelos alunos como uma
mais-valia na obtenção das diferentes representações, que lhe
reconheceram facilidade, rapidez e rigor. Além disso, o GeoGebra
permitiu-lhes a simultaneidade de visualização no mesmo ecrã das
diferentes representações, tornando mais direto o estabelecimento de
conexões entre estas. Possibilitou ainda aos alunos formas criativas de
lidar com as representações, com a transição entre elas e com a sua
conciliação.” (p. 13)

Perceber que o processo ensino-aprendizagem precisa de um novo fator que venha a motivar todo o
processo. Vivemos a época do avanço da tecnologia, e esta não pode ficar a margem da Educação,
logo sua utilização torna-se algo imprescindível, portanto precisa ser inserida no atual contexto
educacional.

Sendo assim, a utilização de softwares no processo ensino-aprendizagem é uma ferramenta que


trará um grande avanço, uma vez, sua utilização, é um sinal da entrada da tecnologia no processo,
criando uma expectativa de melhoria a acima de tudo motivação para o estudante. Logo, esforços
das partes envolvidas precisam ser canalizados para que os objetivos planejados sejam alcançados
em um período mais curto possível. Investimentos precisam ser disponibilizados para que recursos
apropriados possam ser colocados a disposição e criam um ambiente apropriados para sua
execução. Paralelamente, o corpo docente precisa está imbuído da responsabilidade que tem
promover mudanças que venham trazer um aspecto motivacional que se faz necessário na atual
conjectura que a educação atravessa. É obvio que uma disposição maior abrindo-se mão de um
possível ambiente de conforto torna-se necessário nesse momento. Adicionado a isto, também é
hora de se obter um bom planejamento, com objetivos claros e bem definidos, preparação adequada
para execução, ou seja, a capacitação que se faz necessário e coragem para enfrentar os novos
desafios que vem pela frente, na certeza que novos dias virão trazendo consigo os resultados
satisfatórios tão esperados.

3. Resultados e Discussões

Neste estudo de caso foi realizada uma oficina com atividade para o estudo das funções quadráticas
no Ensino Médio com abordagem qualitativa e com o uso do software GeoGebra. Torna-se
decisivo, na prática docente, a escolha da tarefa para sala de aula. E esta tarefa deve-se estar sempre
atrelada ao propósito Matemático do ensino. Na atividade da oficina presencial, da pesquisa
apresentada, foi abordado o conteúdo de funções quadráticas.

Toda função estabelecida pela lei de formação f(x) = ax² + bx + c, sendo a, b e c, coeficientes com
números reais e a ≠ 0, é denominada função do 2º grau. De uma, forma geral tem-se:

Onde:

a => Valores Reais, diferente de zero.


b => Valores Reais, Incluindo o zero.
c => Valores Reais, Incluindo o zero.

As funções quadráticas possuem diversas aplicações no dia-a-dia, principalmente em situações


relacionadas à disciplina de Física que envolve movimento uniformemente variado, lançamento
oblíquo, entre outros. Nas Ciências Biológicas estuda-se o processo de fotossíntese na natureza
ocasionada pelas plantas. A função quadrática é utilizada na Engenharia em diversos projetos de
construções de Ginásios, Quadras, Museus e outros.

A representação geométrica de uma função do 2º grau é dada por uma parábola, que de acordo com
o sinal do coeficiente “a” pode ter concavidade voltada para cima ou para baixo, como mostra a
Figura 1 e 2 abaixo.
Figura 1: a > 0 Concavidade pra cima.

Figura 2: a < 0 Concavidade pra baixo.


As raízes de uma função quadrática são os pontos onde a parábola intercepta o eixo x. Veja o
exemplo:

Dada à função f(x) = ax² + bx + c, se f(x) = 0, obtêm-se uma equação Quadrática, ax² + bx + c = 0,
dependendo do valor do discriminante Δ, tem-se as seguintes situações gráficas:

Se Δ > 0, o gráfico intercepta o eixo x em dois pontos, como mostra a figura 3, para ambos os
valores do coeficiente a.
Figura 3: intercepção do gráfico em dois pontos com delta maior que zero

Se Δ = 0, o gráfico intercepta o eixo x somente em um ponto, como mostra figura 4.

Figura 4: intercepção do gráfico em um ponto com delta igual a zero

Se Δ< 0, o gráfico não intercepta o eixo x, como mostra figura 5.


Figura 5: o gráfico não intercepta o eixo x com delta menor que zero

3.1 Discussões iniciais

A matemática da vida cotidiana torna-se um elemento indispensável do processo pedagógico.


Porém, é relevante avançar além do presente. Criticas a justificação da constatação da ineficácia da
Escola existem em vários estudos. Ainda mais se for com a intenção de garantir a apropriação do
conhecimento matemático.

Ao fazer o contraste com a eficácia da apropriação do conhecimento matemático cotidiano, uma


análise qualitativa das pesquisas mostra que não existe uma reflexão mais profunda quanto ao papel
da Escola, na apropriação do conhecimento matemático. Sem essa reflexão, essas pesquisas criam
um problema pedagógico: ocorre normalmente uma supervalorização do conhecimento, em lugar
da necessária valorização da matemática cotidiana. Foge-se ao ensino do conteúdo abordado em
detrimento do ensino do conhecimento escolar.

No entender da escolha e os motivos da utilização de um software, em um projeto educacional,


devem ser considerados: o domínio do software pelo professor, sua adequação ao conteúdo
abordado, a facilidade de acesso do programa pela escola e pelos alunados. Além da aproximação
da matemática ao cotidiano do aluno, que se encontra em um mundo informatizado, audiovisual e
dinâmico. Nesta abordagem da necessidade de um aumento desta relação com a vida do aluno,
torna-se importante o uso das tecnologias no ensino da Matemática, cito Giardinetto (1999):

“Diante da necessária consideração da matemática desenvolvida no


cotidiano para o processo de ensino e de aprendizagem da matemática
escolar, para algumas pesquisas, a ausência de relação entre a
matemática escolar e a matemática da vida cotidiana, é apontada como
fator determinante da dificuldade hoje encontrada pelos alunos na
apropriação do conhecimento matemático escolar. Para ajustar isso,
essas pesquisas argumentam que os conceitos escolares, na medida em
que não apresentam uma relação imediata com a vida dos alunos, são
regidos por procedimentos de ensino arbitrários, como que um
amontoado de regras sem nexo que são impostas aos alunos (p.4).”
Existe um entendimento pós-contemporâneo que este uso da tecnologia na educação está
entrelaçado com a convivência real do cotidiano do aluno. Estudiosos como Manuel Castells e
Pierre Lévy possui uma visão em comum de que a tecnologia está intimamente embutida na
sociedade e tem sido percebida com diferentes concepções em cada época. Separar os dois
elementos (tecnologia e sociedade) no que diz respeito a sociedade, cultura e o uso da técnica, estão
apenas assim, devido a termos conceituais. CASTELLS (2005) enfatiza que:

“A tecnologia não determina a sociedade: é a sociedade. A sociedade é


que dá forma à tecnologia de acordo com as necessidades, valores e
interesses das pessoas que utilizam as tecnologias (p.17).”

Na concepção do sociólogo espanhol, os grandes avanços da tecnologia vivenciados pela


humanidade a partir do início da industrialização, estão presos ao redor das Tecnologias da
Informação. Esse fato, tal como a própria Revolução Industrial, em si, causou mudanças
significativas e irreversíveis nos paradigmas da sociedade, da economia, na cultura e na educação.

Assim, existe a necessidade de estreitar a relação entre a matemática escolar e a matemática da vida
atual. Não diminuindo a importância da apropriação da matemática como um instrumento para o
indivíduo no nível profissional. Além de fazer com que a Escola crie oportunidades ao aluno se
relacionar num nível muito maior no futuro, com a Matemática. As concepções abordadas até o
momento ajudam na reflexão sobre a relação entre o conhecimento escolar e o conhecimento do
aluno.

A forma em que as tarefas matemáticas são adaptadas pelo educador acaba-se por promover uma
utilização mais adequada pelos alunos das representações matemáticas relativas a funções
Quadráticas. Essas modificações possuem estruturas que apelam pela familiarização. O estudo de
Gafanhoto e Canavarro (2013) possuem exercícios, (caracterizados como exploração pelos
autores), onde os alunos obtiveram eficazmente o desenvolvimento das representações criadas
anteriormente, no conteúdo abordado e, em muitos casos, conciliaram algumas delas para produzir
as respostas adequadas.

Gafanhoto e Canavarro (2013) concluíram que o contexto das tarefas não foi determinante no uso
das representações pelos alunos. A estrutura, por sua vez, mostra-se adequada. Existe relevância
em adaptar com critério as tarefas pelo computador, principalmente quando este recorre ao uso de
novas tecnologias. Estabelece-se um elemento norteador para a importância em escolher a
atividade educacional, em projetos com software educativos. Ajudando também no
desenvolvimento da atividade educacional. Pois, como cita Gafanhoto e Canavarro (2013):

“A escolha de uma tarefa para a sala de aula é um aspecto decisivo da


prática do professor e deve merecer por parte deste uma grande
atenção. A identificação de tarefas que parece interessante é um passo
importante, mas é necessário perspectivar a sua utilização com os
alunos em função dos propósitos matemáticos do ensino (p. 133).”

Gafanhoto e Canavarro (2013) indicam como fator motivacional o próprio uso de softwares pelo
aluno na sua atualidade, mostrando uma visão de mundo matemático mais próximo a sua realidade.
Por esse motivo, neste estudo da utilização do Software no ensino de Funções Quadráticas no
Ensino Médio justifica-se a escolha em utilizar o Software de Geometria Dinâmica GeoGebra, pois
norteia o método científico a ser adotado.

Para justificar a escolha da atividade foi levado em consideração o grau de desafio matemático, o
tempo necessário para realização da tarefa, preocupando-se em não se tornar distante da realidade
do aluno, além de trazer um desafio que traga aprofundamento em seus estudos. A pesquisa revela
a importância de escolher ou desenvolver a atividade educacional. Neste contexto, cito Ponte, apub
Gafanhoto e Canavarro (2012):

“A escolha de uma atividade deve sempre levar em consideração os


seguintes fatores: o grau de desafio matemático; a contextualização; o
tempo necessário para realizá-la; ter clareza dos conceitos e
procedimentos que irá desenvolver; dos que já estão aprendidos e os
que devem ser aprofundados; qual a metodologia de aplicação dessa
atividade em sala de aula (introdução, recursos e materiais didáticos,
metodologia de trabalho com o aluno); quais os questionamentos que
fará ao aluno para estimular a realização da atividade; prever os
possíveis caminhos seguidos pelos alunos e, finalmente, como será a
avaliação da aprendizagem conseguida pela sua realização."

3.2 Resultados Significativos

Pelo fato do GeoGebra possuir uma interface muito simples e interativa, possibilita o aluno a
explorar conceitos anteriormente abordados. Pois, de uma forma dinâmica, ele permite a interação
do usuário com a janela de trabalho. O programa, por exemplo, faz com que o usuário permita a
mudança das curvas das funções Quadráticas com um simples movimento de “arrastar” do mouse
nesta área de trabalho. E ainda assim é possível visualizar essas mudanças na janela de álgebra que
se encontra do lado esquerdo da tela do usuário.

A tabela 1 apresenta um breve estudo qualitativo entre os onze participantes da oficina realizada
nesta pesquisa em que declaram suas relações com softwares matemáticos, antes deste evento. Note
em negrito, que todos os participantes que não possuíam nenhum tipo de capacitação a utilização
de softwares matemáticos descrevem que não utilizaram nenhum tipo de programa educacional nas
suas práticas docentes, anteriormente a oficina realizada.

Tabela 1: Relação de participantes com experiência em oficinas e que efetivamente utilizam


softwares matemáticos

Objeto do Estudo: O Uso do Software GeoGebra


Conteúdo: Função Quadrática
Modalidade: Ensino Médio
Docentes Com
Docentes Sem Capacitação
Participantes Capacitação em Oficinas
em Oficina Anteriores
Anteriores
11 8 3
GeoGebra
Docentes Com
Docentes Sem Capacitação
Favorece a aprendizagem? Capacitação em Oficinas
em Oficina Anteriores
Anteriores
Sim.Conhecem o Geogebra 8 1
Não Acredita que favorece a
Aprendizagem.Nunca Utilizou. 1 1
Sim.Acredita que favorece a
aprendizagem.Nunca Utilizou, 0 2
Sim. Utiliza Raramente 5 0
Sim. Utiliza Com frequência. 2 0
Sem condições de Avaliar 0 0

Observando a tabela 1 verifica-se que a não participação de cursos ou oficina sobre o programa
analisado tem relação direta entre a falta de utilização desta tecnologia em sala de aula. Outro
gráfico com a mesma análise qualitativa, porém em porcentagem relativa por cada caso, demostra,
de forma mais clara, a importância do curso de aperfeiçoamento sobre o Uso do software
matemático no Ensino da Matemática, mesmo para aqueles que conhecem o programa educacional,
objeto deste curso.

O conceito do uso de um programa como ferramenta Educacional traça o computador como um


poderoso recurso para o aluno utilizar no seu processo de aprendizagem formal e informal. Por sua
vez o uso adequado pelo docente do software para a educação em sala de aula demonstra uma
maior eficácia nos resultados de assimilação do conteúdo pelo aluno. No gráfico 1 há uma
representação da quantidade de professores que participaram desta oficina que possuíam
conhecimentos necessários a prática docente, com o uso deste programa educacional de geometria
dinâmica GeoGebra. Nota-se nesse estudo de caso, que a falta de cursos de capacitação ou oficinas
dessa tecnologia faz com que o pesquisado considere o software matemático não ser recurso
didático que vá favorecer a aprendizagem, mesmo conhecendo o programa.

Gráfico 1: a importância do aperfeiçoamento do educador no uso de software matemático


com sequência didática adequada ao conteúdo

O gráfico 2 demonstra a importância do incentivo ao uso dos softwares matemáticos com a


pesquisa a execução de oficinas ou cursos de qualificação aos docentes. Observando-se a tabela 1
novamente, em especial nos valores destacados em negrito, verifica-se que de oito participantes
que participaram de algum curso e ou oficina, apenas um não utilizou efetivamente a tecnologia. E
aqueles que não tiveram este incentivo foram unânimes em não utilizar softwares matemáticos em
suas aulas.

Gráfico 2: Relação direta entre o Não uso do GeoGebra em sala e a participação de Cursos de
aperfeiçoamento do educador
Em contrapartida, em outra analise qualitativa feita nesta oficina, foi detectado que apesar de o
docente ter ouvido falar e mesmo conhecer e utilizar este recurso, os cursos e oficinas sobre o
programa GeoGebra não estão conseguindo fazer com que o educador planeje suas aulas com
softwares matemáticos para aprimorar conceitos e verificar ou comparar resultados. Os resultados
obtidos demonstram uma discordância entre a experiência em cursos e oficinas com relação ao uso
dos softwares matemáticos ao planejar as aulas. A tabela 2 apresenta um comportamento do
docente na utilização do software de Geometria dinâmica GeoGebra no planejamento de suas aulas
com a intenção de aprimorar conceitos e verificar resultados das aulas preparadas.

Tabela 2: Relação de participantes com experiência em oficinas e que efetivamente utilizam


softwares matemáticos

Objeto do Estudo: O Uso do Software GeoGebra


Utilização do Software GeoGebra no Planejamento das Aulas
Conteúdo: no Estudo da Função Quadrática
Modalidade: Ensino Médio
GeoGebra
Utiliza Softwares Matemáticos
em seu Planejamento de Aula
Docente que de Alguma Forma Utiliza em Sala de Aula ou
para Aprimorar Conceitos e
Participou de Oficinas sobre Especificamente o GeoGebra
Verificar ou Comparar
Resultado?
Sim 2
Não 4
TOTAL NÃO UTILIZAM NO PLANEJAMENTO (%)
6 66,67

Nota-se que, apesar de experiências em cursos ou oficinas, especificamente para o software


GeoGebra, houve um certo desinteresse do docente ao utilizar o programa no planejamento de suas
atividades docentes. O gráfico 3 demonstra que o docente não estabelece uma boa relação com o
software para seu uso no planejamento de suas aulas.
Gráfico 3: necessidade de cursos avançados no uso dos softwares matemáticos no
planejamento

Este resultado pesquisado demonstra a importância de Cursos avançados, especificamente para


planejamento de aula com os softwares matemáticos. Uma vez que indica uma necessidade maior
de aprimoramento no sentido de aperfeiçoarmos o docente no planejamento do Uso dos softwares
matemáticos em sala de aula. Tendo em vista que, mesmo com as oficinas ou cursos realizados
anteriormente, os docentes ainda não conseguiam planejar suas aulas com essa tecnologia, mas
utilizando em sala para sua prática docente. O gráfico abaixo demonstra um comparativo entre os
participantes que utilizam o programa GeoGebra e aqueles que efetivamente planejam suas aulas
antes de utilizá-la.

A tabela 3 apresenta uma relação direta entre a utilização do software GeoGebra pelo Docente,
independente de cursos de capacitação, e aqueles que efetivamente planejam suas aulas utilizando
um software matemático como recurso didático.

Tabela 3: Participantes que utilizam o GeoGebra em aula e que efetivamente utilizam


softwares matemáticos no planejamento de suas aulas com a intenção de aprimorar conceitos
e verificar resultados das aulas preparadas.

Objeto do Estudo: O Uso do Software GeoGebra


Participantes Que Utilizam Softwares Matemáticos como
Conteúdo:
Recursos Didáticos que favorecem a Aprendizagem
Modalidade: Ensino Médio
Participantes 7
Docentes que Utilizam no Docentes Que NÃO Utilizam no
Programa Educacional
Planejamento Planejamento
Utilizam o GeoGebra na Sala de
2 4
Aula

Outros Softwares Matemáticos 1 0


De onze educadores pesquisados, sete indicaram que utilizavam softwares matemáticos em suas
aulas como recursos didáticos que favoreceriam a aprendizagem dos alunos. E apenas três destes,
indicavam que planejavam suas aulas utilizando esses recursos. O gráfico 4 abaixo contrasta a
quantidade de docentes que participaram da pesquisa e que efetivamente planejam suas aulas
utilizando o Software Matemático como recurso.

Gráfico 4: utilizar em sala em sala de aula versus planejar suas aulas com softwares
matemáticos

A pesquisa sinaliza uma necessidade de aprimoramento no sentido de fazer com que o educador
planeje melhor suas aulas utilizando este recurso, uma vez que, os docentes demonstraram
conhecimento sobre o recurso utilizado, mesmo acreditando que estes softwares favorecem a
aprendizagem. Porém, tendo certa dificuldade em realizar seus planejamentos de aula, nesse
sentido.

O gráfico 5 apresenta a facilidade de uso do programa GeoGebra, comparando as faixas etárias e a


percepção de interface amigável e dinâmica de uso deste software por parte dos docentes.

Gráfico 5: analise do domínio do uso do software de geometria dinâmica para o estudo de


funções quadráticas no ensino médio.
Na oficina realizada obteve-se alto desempenho na atividade demonstrada em slide para prática
docente. Educadores com faixa etária alta, que porventura poderiam detectar certa dificuldade em
seu uso, demonstraram, depois de conhecer um pouco sobre o GeoGebra na oficina descrita, que o
programa é de entendimento fácil, com uma interface amigável. Permitindo assim o domínio do seu
uso em sala de aula para prática docente e demonstrando e reafirmando que o programa de
Geometria Dinâmica GeoGebra possui uma interface amigável, de fácil entendimento, para o uso
na prática docente. O gráfico 6 demonstra a faixa etária dos participantes, onde todos consideraram
o software de Geometria Dinâmica GeoGebra como uma ferramenta que trará um fator
motivacional ao processo ensino-aprendizagem.

Gráfico 6: Relação faixa etária versus facilidade de entendimento do software GeoGebra


Observa-se no decorrer da pesquisa que não há dificuldade de interação do professor com o
software de geometria dinâmica GeoGebra. Mesmo detectando que alguns métodos utilizados por
eles em sala de aula são derivados do tradicionalismo e que professores com menos experiência
acabam por se contaminar pelo meio, a aceitação ao programa educacional foi significativa com
cem por cento de interesse ao seu uso em sala de aula, após a oficina realizada. Conforme
demonstrado na tabela 4.

Tabela 4: Relação de participantes que pretendem preparar suas atividades utilizando o


GeoGebra

Objeto de Estudo: Software GeoGebra


Conteúdo:
Interface Amigável e de Fácil Entendimento
Modalidade: Ensino Médio

Apresenta uma interface que Permite o Domínio do seu Uso?

Faixa Etária Sim Não Algumas Dificuldades

20 Anos ou Menos: 0 0 0

De 20 a 30 Anos (incluisive): 1 0 0

De 30 a 40 Anos (inclusive): 1 0 0

De 40 a 50 Anos (Inclusive): 8 0 0

Acima de 50 Anos: 1 0 0

A importância de uma capacitação sobre o uso do software GeoGebra no ensino das funções
quadráticas é demonstrada no gráfico 7. Os educadores demonstraram a pretensão de preparar as
suas aulas utilizando recursos do GeoGebra após a oficina realizada.

Gráfico 7: planejar suas aulas com softwares matemáticos


Com os resultados obtidos observa-se uma importância na execução da oficina realizada. Os
educadores demonstraram maior interesse em utilizar o programa de geometria dinâmica GeoGebra
para a prática docente. A exigência do público alvo e uma melhor interação com a tecnologia faz
com que o professor tenha um maior desafio a ser superado. O conhecimento do uso do GeoGebra
para o estudo das funções trouxe uma nova possibilidade e ampliou as expectativas dos educadores
com relação a prática docente.

4. Considerações Finais

O mundo pede cada vez mais que educadores estejam abertos ao novo, seja o novo científico ou
pedagógico. O professor deve se preocupar em planejar e estar aberto a mudanças desse
planejamento para diversos tipos de alunos e locais de trabalho, que claramente são diversos e por
esse motivo, por exemplo, não consegue lecionar sua aula exatamente idêntica a outra na mesma
série de ensino.

A pesquisa realizada no município de Mangaratiba reafirma que o programa GeoGebra possui uma
interface de fácil entendimento para o uso na prática docente no estudo das funções quadráticas no
Ensino Médio. A experiência do professor na prática docente, ou a idade, não tem ação direta com
a utilização maior do uso das tecnologias na prática docente. A aceitação ao programa educacional
foi significativa com interesse unânime ao seu uso pedagógico, após a oficina realizada.

Oferece aos docentes uma sequência didática para o estudo das funções quadráticas no Ensino
Médio, com atividades a distância e presencial, na intenção de favorecer a construção do
conhecimento, ajudando-os a proporcionar meios para busca de uma nova metodologia de ensino-
aprendizagem e produzir novas descobertas. Conclui que o software GeoGebra proporciona aos
docentes uma forma de difundir e aprimorar a ideia do uso de um programa educacional que irá
auxiliar o estudo de funções quadráticas em sala de aula.

Nota-se a necessidade de cada vez mais incentivar os cursos ou programas de capacitação dos
educadores no que tange ao uso de softwares matemáticos na educação no ensino da matemática no
estudo de funções quadráticas. Em especial, ao incentivo ao planejamento de aula com o uso de
softwares matemáticos, mesmo para aqueles docentes que possuem qualificação por cursos ou
oficinas sobre o software educacional pesquisado. Assim, traz-se uma flexibilidade maior pelo
educador e um possível interesse para adoção de novos métodos que trarão um benefício maior,
com aulas muito mais interessantes e dinâmicas.

Em contrapartida detecta-se um avanço no setor público, com o advento nesta década de programas
educacionais e incentivos aos docentes ao uso de softwares matemáticos. Demonstra que os
educadores estão com maior interação com esse meio, no universo pesquisado. Os docentes de
maior experiência mostraram maior capacidade de assimilação do uso do programa, independente
da idade. O universo pesquisado estabelece uma relação, ainda que não conclusiva sobre a eficácia
do uso do programa educacional de geometria dinâmica GeoGebra no estudo de funções
quadráticas e a importância da preparação, ou conhecimento prévio qualitativo do docente, no uso
em sala de aula.

Os objetivos da pesquisa foram alcançados. A pesquisa consegue oferecer, aos docentes da


disciplina de Matemática, uma sequencia didática sobre a aplicação do GeoGebra no estudo de
conceitos de funções Quadráticas, realizando oficinas, presenciais e à distância, sobre o uso do
GeoGebra. A oficina trouxe aos docentes o uso das novas tecnologias da informação e
comunicação, possibilitando a incorporação desta tecnologia à experiência profissional de cada um,
com a intenção de transformar suas aulas e, posteriormente, possibilitar a melhoria na
aprendizagem dos alunos. Conseguindo utilizar o GeoGebra como uma ferramenta que trouxe fator
motivacional ao processo ensino-aprendizagem.

Não estão aqui diagnosticadas as dificuldades prévias do docente ou da estrutura das salas de aula,
onde serão ou foram realizadas as aulas lecionadas pelos professores. Faz-se necessário aprofundar
mais a pesquisa em função do universo maior a ser explorado, pesquisado e estudado Mantendo-se
a coerência de discernir que, no estudo deste caso, os pesquisados trabalham na mesma Instituição
de Ensino. Porém, deve-se notar que, mesmo com a estrutura igual, os resultados são diversos,
plurais e significativos nesta pesquisa.

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