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CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Campus Universitário – Trindade
Florianópolis – SC – CEP 88040-900
Caixa Postal 476
Greici Ramos
Roberto Lamberts
Equipes:
LabEEE/UFSC UFMG
Michele Fossati Roberta Vieira Gonçalves de Souza
Gustavo Prado Fontes Renata Pietra Papa
Rovy Pinheiro Pessoa Ferreira Carla Patrícia Santos Soares
UNB
Neoenergia Cláudia Naves David Amorim
Caio Frederico e Silva
Ana Christina Romano Mascarenhas
Milena Sampaio Cintra
Natalia Queiroz
Ana Ceres Belmont Sabino
Marina dos Santos Monteiro
1 Introdução
O Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios
Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) teve sua primeira versão regulamentada
pela Portaria INMETRO n.º 53, de 27 de fevereiro de 2009, posteriormente sucedida pela
Portaria INMETRO n.º 163, de 08 de junho de 2009. Nele são especificados os requisitos
técnicos e os métodos para classificação de edifícios comerciais, de serviços e públicos
quanto à eficiência energética, criando condições para a Etiquetagem do nível de
eficiência energética desta tipologia de edifícios. Três requisitos principais são avaliados:
a envoltória do edifício, o sistema de iluminação e o sistema de condicionamento do ar.
Diante desta questão, foi proposta a alteração do método de avaliação desse sistema,
baseando-o no método de avaliação utilizado pela American Society of Heating,
Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers - ASHRAE 90.1, norma já consolidada no
Brasil para o mercado de prédios verdes. Este novo método determina a densidade de
potência máxima instalada por atividade ou uso da edificação (W/m2), o que permite a
determinação de limites para carga instalada de acordo com a atividade. Além disso,
reduz a possibilidade de superdimensionamento do sistema e conduz a uma avaliação
mais rápida por parte do Laboratório de inspeção.
Equipamento A B C D
Com refletor e
Luminária Com refletor Sem refletor Sem refletor
aletas
28W 32W 32W 40W
Lâmpada
2900lm 2700lm 2700lm 2600lm
Eletrônico Eletrônico Eletromagnético Eletromagnético
Reator
perda de 6W perda de 6W perda de 12,5W perda de 15W
Potência total (W) 62,00 70,00 76,50 95,00
Eficiência Energética
93,55 77,14 70,59 54,74
(lm/W)
O método requer que seja considerada a iluminância no final da vida útil do sistema de
iluminação, determinando a utilização de um coeficiente de manutenção de 0,80.
Para as lâmpadas:
o Potência;
o Fluxo luminoso.
Para as luminárias:
o Tipo de luminária (compatibilidade com lâmpadas, número de lâmpadas por
luminária);
o Tabela com fatores de utilização (coeficientes de utilização) ou curvas IES.
Para os reatores:
o Tipo de reator (compatibilidade com determinado sistema luminotécnico);
o Potência total do sistema com reator (perda de potência).
Quanto aos reatores, observou-se a falta de informações sobre o fator de fluxo luminoso -
fator que influencia o cálculo da iluminância - além da falta de padronização quanto à
potência ou perdas do reator.
3 Método Proposto
Diante das dificuldades relatadas quanto ao método utilizado pelo RTQ-C, baseado na
densidade de potência relativa limite (DPIRL), um novo método de avaliação da eficiência
energética de sistemas de iluminação foi proposto. O novo método baseia-se no método
já consagrado pela ASHRAE/IESNA Standard 90.1 - Energy Standard for Buildings
Except Low-Rise Residential Buildings.
3.1 Vantagens
Uma vez que a avaliação é feita com base na potência instalada, neste método a
avaliação exige menos cálculos, além de permitir maior flexibilidade aos projetos
luminotécnicos, por não limitar o fator de depreciação a ser utilizado.
1
Para competições em estádios e ginásios de grande capacidade, acima de 5000 espectadores.
2
Para competições em estádios e ginásios, com capacidade para menos de 5000 pessoas.
3
Para jogos classificatórios, no entanto considerando a presença de espectadores.
4
Para jogos sociais e de recreação apenas, sem considerar espectadores.
Determinadas as iluminâncias recomendadas para cada atividade foram simulados vários
ambientes, levantando a densidade de potência instalada (DPI – W/m²) em iluminação e
a iluminância atingida, com o intuito de verificar a adequabilidade dos limites de
densidade de potência instalada determinados na ASHRAE/IESNA 90.1 para o mercado
brasileiro. A Tabela 3 apresenta os limites de DPI da ASHRAE/IESNA 90.1 de 2007 e os
valores em estudos para a atualização da norma.
5
por metro de altura
Tabela 3 – Limites de Densidade de Potência Instalada em iluminação da ASHRAE/IESNA
90.1 (continuação)
RTQ ASHRAE 90.1 (W/m²)
Tipo de interior, tarefa ou atividade.
(lux) 2007 Adendo
Hospital – iluminação geral
Circulação 100 11,0 9,6
Emergência 500 29,0 24,3
Enfermaria 200 6,0 9,5
Exames/Tratamento 200 16,0 17,9
Farmácia 150 13,0 12,3
Fisioterapia 200 10,0 9,8
Sala de espera, estar 150 9,0 11,5
Radiologia 150 4,0 14,2
Recuperação 150 9,0 12,4
Sala de Enfermeiros 500 11,0 9,4
Sala de Operação 1000 24,0 20,3
Quarto de pacientes 150 8,0 6,7
Suprimentos médicos 150 15,0 13,7
Igreja, templo
Assentos 300 16,5 16,5
Coro 300 26,0 16,5
Sala de comunhão - nave 100 10,0 6,9
Laboratórios - para Salas de Aula 300 15,0 13,8
para Médico/Ind./Pesq. 300 15,0 19,5
Lavanderia 200 7,5 6,5
Museu
Curadoria, restauração 500 11,0 11,0
Sala de exibição 300 11,3 11,3
Oficina – Seminário, cursos 500 20,0 17,1
Oficina Mecânica 150 8,0 7,2
Quartos de Hotel 200 11,9 11,9
Refeitório 150 11,5 11,5
Restaurante 200 23,0 9,6
Hotel 200 14,0 8,8
Lanchonete/Café 200 10,0 7,0
Bar/Lazer 150 15,0 14,1
Sala de Aula, Treinamento 300 15,0 13,3
Sala de espera, convivência 150 13,0 7,9
Sala de Reuniões, Conferência, Multiuso 500 14,0 13,2
Vestiário 150 6,0 8,1
Vestíbulo – Hall de Entrada 100 14,0 7,0
Cinemas 100 12,0 5,6
Hotel 200 12,0 11,4
Salas de Espetáculos 100 36,0 21,5
Transportes
Área de bagagem 200 11,0 8,2
Aeroporto - Pátio 150 6,0 3,9
Assentos - Espera 150 5,0 5,8
Terminal - bilheteria 500 16,0 11,6
75 lx
10
6
DPI (W/m²)
5 DPI limite
16W
4 28W s/ALETAS
28W
28W c/ALETAS
3
Série5
32W
2 32W c/ALETAS
40W s/ALETAS
1 40W
40W c/ALETAS
0 outros
Iluminância (lx)
100 lx
10
6
DPI (W/m²)
5
DPI limite
16W
4 28W s/ALETAS
28W
3 28W c/ALETAS
Série5
32W
2
32W c/ALETAS
40W s/ALETAS
1 40W
40W c/ALETAS
0 outros
Iluminância (lx)
12
10
DPI (W/m²)
DPI limite
16W
6
28W s/ALETAS
28W
28W c/ALETAS
4 Série5
32W
32W c/ALETAS
2 40W s/ALETAS
40W
40W c/ALETAS
0 outros
Iluminância (lx)
200 lx
14
12
10
DPI (W/m²)
DPI limite
6 16W
28W s/ALETAS
28W
28W c/ALETAS
4 Série5
32W
32W c/ALETAS
2 40W s/ALETAS
40W
40W c/ALETAS
0 outros
0 100 200 300 400
Iluminância (lx)
20
15
DPI (W/m²)
DPI RTQ
16W
10 28W s/ALETAS
28W
28W c/ALETAS
32W s/ALETAS
32W
5 32W c/ALETAS
40W s/ALETAS
40W
40W c/ALETAS
0 outros
Iluminância (lx)
500 lx
30
25
20
DPI (W/m²)
15
DPI RTQ
16W
28W s/ALETAS
10 28W
28W c/ALETAS
32W s/aletas
32W
5 32W c/ALETAS
40W s/ALETAS
40W
40W c/ALETAS
0 outros
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Iluminância (lx)
Para os ambientes abaixo optou-se por adotar limites de DPI menores que os definidos
na ASHRAE/IESNA 90.1, isto com base nas iluminâncias e equipamentos comumente
utilizados nos projetos desses ambientes:
Armazém para materiais de tamanho médio e a grande;
Auditórios de Cinemas;
Banheiros;
Quartos de hotéis;
Laboratórios com fins educacionais;
Refeitório;
Restaurantes;
Restaurantes de hotéis;
Bares;
Salas de Aula;
Salas de espera e convivência;
Salas de reunião, conferência e multiuso;
Halls de entrada;
Hall de entrada de hotéis;
Área de bagagens de edifícios de transporte.
A Tabela 4 apresenta os limites para Densidade de Potência Limite para o RTQ-C,
estabelecidos de acordo com o processo descrito acima.
Tabela 4 – Limites de Densidade de Potência Instalada em iluminação para o RTQ-C
Onde,
K: índice de ambiente (adimensional);
At: Área de teto (m²);
Apt: Área do plano de trabalho (m²);
Ap: Área de parede entre o plano iluminante e plano de trabalho (m²);
Onde,
RCR: Room Cavity Ratio (adimensional);
Hp: Altura de parede, considerar altura entre o plano iluminante e o plano de trabalho
(m²);
P: Perimetro do ambiente (m²);
A: Área do ambiente (m²).
4 Conclusões
Referências Bibliográficas
ASHRAE, AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND
AIRCONDITIONING ENGINEERS. Energy Standard for Buildings Except Low-Rise
Residential Buildings. ASHRAE Standard 90.1 –1989. American Society of Heating,
Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. Atlanta, 2007.
ISO, International Organization for Standardization. ISO 8995:2002 (E): Lighting of Indoor
Work Places. Geneva, Switzerland, 2002. ISO, International Organization