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Operação: 013
joilson felix
2770946
Boa pergunta, Júlio. O Nobre escreveu o texto antes do Centrão oficializar o apoio a Alckmin e
havia uma certa confiança de que tal aliança facilmente desidrataria Bolsonaro.
Em uma entrevista ao Josias de Souza, Rodrigo Maia disse que ainda confia na ida de Alckmin ao
segundo turno em uma hipotética disputa com Haddad, mas deu pistas de que um apoio branco
a Ciro - caso a estratégia eleitoral de Alckmin não consiga dar mostras de avanço - também não
seria um cenário descartado pelo Centrão.
https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2018/09/14/rodrigo-maia-impeachment-devolveu-
pt-ao-jogo
Despontada há poucos dias, mais uma analogia possível com 1989 tem animado os debates
eleitorais. A aguardada confirmação da candidatura de Haddad e o rápido crescimento ao lado
de Ciro nas pesquisas eleitorais podem reeditar um fato não repetido desde então: a indefinida
disputa no campo progressista de duas candidaturas eleitoralmente competitivas por uma vaga
no segundo turno presidencial.
A decantada e sonhada "unidade da esquerda" em uma chapa única não seria possível na
medida em que a presidência era um sonho compartilhado por Leonel e Luís Inácio. Daria um
bom nome para uma emergente dupla sertaneja, mas Brizola e Lula seriam apelidados pela
mídia como a dupla "Brizula".
Em comum, sofriam com o péssimo humor do mercado, amedrontado com o que encaravam
como perigo à agenda de abertura comercial e privatizações. Os programas econômicos de
Brizola e Lula, respectivamente avalizados pelo então pedetista César Maia e Aloísio
Mercadante, sinalizavam para medidas estatizantes de diferentes dosagens como solução para
recuperar o país mergulhado em uma espiral inflacionária. Antevendo uma eventual eleição de
Lula, Mário Amato, presidente da FIESP, deu a famigerada declaração em tom de chantagem
sobre a hipotética "fuga de 800 mil empresários", colocando em xeque a possibilidade de parte
da elite empresarial brasileira engolir o tal "sapo barbudo" como mencionado por Brizola.
Lula possuía reconhecida autoridade na dinâmica partidária petista, mas a força de princípios
basistas e a diversidade de tendências conduziam a uma distribuição de poder na cúpula petista
e uma democracia interna com disputas abertas e, por vezes, acirradas como contrapeso às
tentações cupulistas de impor decisões agéis e centralizadoras. Contava em sua campanha com
o apoio do PCdoB e PSB, que se conformaria em um alinhamento histórico, além de toda a
institucionalização da energia associativa de diversos atores da sociedade civil organizada.
André Singer cunhou a expressão "rochedo lulista" para descrever o comportamento estável da
base eleitoral lulista desde 2006. O hoje rochedo em franca disputa por Ciro e Haddad era frágil
como barro para Brizola e um enigma para Lula. No cômputo geral do segundo turno, Lula
venceu no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia e teve boas votações em
capitais e centros urbanos, mas sua votação patinava em municípios de médio e pequeno porte
de Norte a Sul.
O esteio brizolista estava concentrado em suas bases eleitorais no Rio Grande do Sul e Rio de
Janeiro por conta de destacados mandatos como governador. O fresco alicerce institucional
petista era mais distribuído por capitais e centros urbanos e industriais, principalmente nas
regiões Sudeste e Sul, onde o PT passou a governar prefeituras pelas eleições municipais de
1988, como em São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Campinas, Santos, Volta Redonda e o ABC
paulista.
A derrota para Collor (lembre-se, com a devida contribuição do viés midiático pró-Collor),
revelou a distância para pretensões presidenciais entre a frágil, embora orgânica, interiorização
da esquerda, ancorada em áreas mais densamente urbanas e de conflitos por terra, e as
demandas mais imediatas das populações do Brasil profundo, pouco afeitas a projetos de
ruptura.
Sem abrir mão definitivamente do sonho presidencial, Brizola retornou à vida política no seu
reduto, primeiro como senador e depois novamente como governador, até que a saída de
dissidentes do "chefismo pedetista", sua baixa votação na disputa presidencial de 1994 e a
hegemonia petista como pólo nacional da esquerda impuseram a amarga inviabilidade do sonho
que lhe parecia tão próximo em novembro de 1989. Entre idas e vindas, Brizola contentou-se em
buscar manter a hegemonia regional do PDT para se tornar vice-candidato de Lula em 1998 e
apoiá-lo no segundo turno presidencial em 2002.
Desde a morte de Brizola em 2004 e a ausência de um espólio brizolista que não o legado
ideológico trabalhista e o carisma conflitivo, houve um fluxo de brizolistas que aderiram ao
petismo, vide Dilma, ou petistas que passsaram a reverenciar a trajetória de Brizola. Houve uma
síntese curiosa já antevista no "Brizula": de certo modo, Lula e seu projeto político foram
"abrizolados", no sentido tanto da consolidação de uma base eleitoral como do deslocamento de
Lula a uma posição "chefista" dentro da dinâmica interna petista, garantindo a unidade
partidária através da centralização e poder de veto em processos decisórios, posição esta
ocupada em decorrência das diversas mudanças na vida partidária e vácuo aberto pelo gradual
afastamento de dirigentes com poder de influência comparável ao seu na estrutura petista.
Entretanto, ao passo que o rochedo lulista fincava sua hegemonia eleitoral no Brasil profundo, o
campo progressista proporcionalmente perdia seu alto grau de influência na maior parte do
Brasil urbano, principalmente no eixo Sul-Sudeste. Ao lado da radicalização política da sociedade
brasileira com os ventos agora soprando rumo ao leste, a vida social urbana nas primeiras
décadas do século XXI marcada pela desindustrialização, reordenamento do mundo do trabalho
e das estruturas domiciliares, emergência de novos atores sociais e políticos, novas dinâmicas
demográficas, migratórias, criminais e de mobilidade social, entre outros processos sociais, ainda
é encarada com perplexidade nostálgica ou superficialidade, conforme as conveniências.
Aparentemente, mais uma vez o destino do rochedo lulista definirá as chances das alternativas
progressistas na corrida presidencial. Resta saber se o investimento obcecado pela reocupação
do poder federal se dará ou não às custas de uma maior decadência do campo progressista em
nível local e regional fora do rochedo. Mais do que redescobrir possibilidades e limites de
experiências de gestão, o difícil retorno a posições relevantes nas disputas eleitorais locais
implica em reconhecer efetivamente o Brasil urbano contemporâneo, sem afetações
cosmopolitas, lugares comuns e saídas fáceis, como uma esfinge tão repleta de nuances e
sentidos quanto foi e permanece sendo o Brasil profundo. Para quem já está sendo devorado,
tentar modestamente se abrir para abrir para outras reflexões e diálogos não envolve riscos.
ABC paulista,
"A direção da TV Globo impediu ontem a divulgação no "Globo Esporte" de uma pesquisa
eleitoral, feita pela emissora, entre jogadores de futebol. Lula ganhou com 54,9%. Collor teve
37%." (Painel, 17/12/1989)
"Biro Biro dará seu voto a Lula" (vereador do PDS, 21/11/1989)
Jair Bolsonaro queria mesmo era ser goleiro. Aos 18 anos, ia participar do Desafio ao Galo, um
concorrido torneio de futebol amador em São Paulo criado na década de 70 pela TV Record.
https://gq.globo.com/Prazeres/Poder/noticia/2014/09/jair-bolsonaro-o-lingua-solta.html
https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2017/12/24/As-origens-do-jogador-de-futebol-como-
celebridade-no-Brasil
https://books.google.com.br/books?id=Dk6qWZNKaTEC&pg=PA20&lpg=PA20&dq=
%22placar+magazine%22+elei
%C3%A7%C3%A3o+lula+1989&source=bl&ots=B2F70lnqQg&sig=nnrlEwzvWF4rHYYUVDed3samI
RU&hl=pt-
BR&sa=X&ved=2ahUKEwiX76jn68PdAhXLipAKHczVBTIQ6AEwAHoECAQQAQ#v=onepage&q=
%22placar%20magazine%22%20elei%C3%A7%C3%A3o%20lula%201989&f=false
Bom Senso, Fernando Prass criticava a "alienação". Paulo André, outro, . As explicações são
conhecidas: baixo nível de escolarização, origem social humilde, carência de "estrutura familiar"
e "consciência de classe". Basicamente, toda a normalidade e a socialização adquiridas .
A maioria dos jogadores de futebol em clubes da elite do futebol brasileiro e internacional foi
socializada em campos . Corpos-máquina à disposição ,
"Bolsonaro neles", Felipe Melo enuncia sua opção por Bolsonaro como uma espécie de antídoto
a ser imposto contra o que considera como 'vagabundos'.
Roger, enfrentando um tumor renal, disse que teve uma . Jadson confiava em Bolsonaro para
proteger "a família". Gilberto também deseja . Cafu e Edmundo também toparam aparecer em
vídeos divulgando seu apoio.
Quase todas essas manifestações de apoio a Bolsonaro têm em comum o fato de terem sido
espontâneas em perfis nas redes sociais.
, a opinião
Ao lado de aeroportos, igrejas e arenas de rodeio, Bolsonaro tornou os estádios mais um espaço
público e termômetro. Maracanã, Allianz Park, Nilton Santos, Pacaembu r.
Recentemente, Tiago Leifert despertou uma polêmica ao negar espaço à política dentro do
futebol. Lucas
É uma obviedade dizer que o bol é um sintoma do profundo mal-estar brasileiro com o estado
de coisas. O que merece ser compreendido é como ele desperta uma sensação de
empoderamento opinativo a pessoas que não se engajavam no debate público.
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Oi, Aira! Tudo bem, querida? Domingo durou até a madruga de segunda ou antes? Ainda tô com
um pouco de brilho haha
Conversei com a Helena sobre a reserva para o simpósio no sábado que vem e pensamos se você
e mais alguém do Museu não topam passar um dia dessa semana no Majâz apenas para
definirmos certinho alguns cenários possíveis, que acha?
No andar de cima, cabem cerca de 70 a 80 pessoas com comanda individual e vamos ter um
esquema especial de atendimento. Como cê comentou que tende a ser acima disso, pensamos
em outros espaços possíveis na parte de baixo, mas em um outro esquema de atendimento,
mais para mesas do salão mesmo.
Besos!