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Boa tarde, gente.

Relembrando que definimos o dia 8 de cada mês - no caso de setembro, a


quinta pré-feriado - para realizar a contribuição para a Dani. Seguem os dados da conta:

Caixa Econômica Federal

Daniela Ferreira dos Santos

Agência: 3218

Conta poupança: 29925-7

Operação: 013

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protocolo chamada (trocar para boleto de até 7 dias de vencimento): 155353

joilson felix

2770946

Boa pergunta, Júlio. O Nobre escreveu o texto antes do Centrão oficializar o apoio a Alckmin e
havia uma certa confiança de que tal aliança facilmente desidrataria Bolsonaro.

Em uma entrevista ao Josias de Souza, Rodrigo Maia disse que ainda confia na ida de Alckmin ao
segundo turno em uma hipotética disputa com Haddad, mas deu pistas de que um apoio branco
a Ciro - caso a estratégia eleitoral de Alckmin não consiga dar mostras de avanço - também não
seria um cenário descartado pelo Centrão.

https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2018/09/14/rodrigo-maia-impeachment-devolveu-
pt-ao-jogo

Além da sua personalidade e suas letras-paródias assumidamente fanfarronas e/ou hedonistas,


por vezes também machistas, alguns obituários sobre o Catra ressaltaram seu ecletismo. Em
uma entrevista à Trip, revelou ser fã de Deep Purple, Led Zeppelin, Judas Priest, Ozzy e Dio. Eram
interessantes suas percepções sobre a origem e o sucesso (primeiro local, depois nacional) do
funk, definindo-o como única "música eletrônica 100% brasileira" e traçando uma linhagem
comum de Kraftwerk e Afrika Bambaataa a Tati Quebra Barraco.

Brizula e o esquecido do poder local

Entre um prognóstico ali e acolá, tornou-se sugestivo o exercício de encontrar semelhanças da


eleição presidencial em curso com a eleição de 1989: a fragmentação do espectro político em
diversas candidaturas, a impopularidade em nível de volume morto de Sarney e Temer, a
interminável combinação entre ruína econômica e instabilidade política, os arrivistas no mundo
da política como Silvio Santos, Luciano Huck e Joaquim Barbosa - os dois últimos hesitando ao
melhor estilo "Canto de Ossanha".

Despontada há poucos dias, mais uma analogia possível com 1989 tem animado os debates
eleitorais. A aguardada confirmação da candidatura de Haddad e o rápido crescimento ao lado
de Ciro nas pesquisas eleitorais podem reeditar um fato não repetido desde então: a indefinida
disputa no campo progressista de duas candidaturas eleitoralmente competitivas por uma vaga
no segundo turno presidencial.

Ciro e Haddad fazem questão de se apresentar como pertencentes ao campo de "centro-


esquerda", rótulo moderado quase inconcebível naquele fim de década, à exceção do tímido
progressismo de Mário Covas, visando um truncado equilíbrio entre definição ideológica,
alianças pragmáticas e interlocução com atores empresariais. Mesmo diante da queda do Muro
de Berlim, pode-se dizer que os ventos decididamente sopravam rumo ao oeste no recomeço da
democracia política brasileira, o que forçava candidaturas da direita tradicional a se identificarem
como "centro democrático".

A decantada e sonhada "unidade da esquerda" em uma chapa única não seria possível na
medida em que a presidência era um sonho compartilhado por Leonel e Luís Inácio. Daria um
bom nome para uma emergente dupla sertaneja, mas Brizola e Lula seriam apelidados pela
mídia como a dupla "Brizula".

Em comum, sofriam com o péssimo humor do mercado, amedrontado com o que encaravam
como perigo à agenda de abertura comercial e privatizações. Os programas econômicos de
Brizola e Lula, respectivamente avalizados pelo então pedetista César Maia e Aloísio
Mercadante, sinalizavam para medidas estatizantes de diferentes dosagens como solução para
recuperar o país mergulhado em uma espiral inflacionária. Antevendo uma eventual eleição de
Lula, Mário Amato, presidente da FIESP, deu a famigerada declaração em tom de chantagem
sobre a hipotética "fuga de 800 mil empresários", colocando em xeque a possibilidade de parte
da elite empresarial brasileira engolir o tal "sapo barbudo" como mencionado por Brizola.

Se as propostas econômicas não traziam grandes diferenças, as concepções de organização


partidária, alianças e estilos pessoais eram escancaradas. Embora cercado de lideranças políticas
e intelectuais no PDT, Brizola fazia questão de cultivar uma cultura política "chefista". Buscava
composições eleitorais com lideranças políticas regionais distantes do campo de esquerda que
talvez lhe dessem referência nacional e, na tentativa de dar contornos mais representativos à
sua candidatura, iniciaria ali sua relação com dirigentes do sindicalismo de resultados que
posteriormente entrariam no PDT.

Lula possuía reconhecida autoridade na dinâmica partidária petista, mas a força de princípios
basistas e a diversidade de tendências conduziam a uma distribuição de poder na cúpula petista
e uma democracia interna com disputas abertas e, por vezes, acirradas como contrapeso às
tentações cupulistas de impor decisões agéis e centralizadoras. Contava em sua campanha com
o apoio do PCdoB e PSB, que se conformaria em um alinhamento histórico, além de toda a
institucionalização da energia associativa de diversos atores da sociedade civil organizada.

André Singer cunhou a expressão "rochedo lulista" para descrever o comportamento estável da
base eleitoral lulista desde 2006. O hoje rochedo em franca disputa por Ciro e Haddad era frágil
como barro para Brizola e um enigma para Lula. No cômputo geral do segundo turno, Lula
venceu no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia e teve boas votações em
capitais e centros urbanos, mas sua votação patinava em municípios de médio e pequeno porte
de Norte a Sul.

O esteio brizolista estava concentrado em suas bases eleitorais no Rio Grande do Sul e Rio de
Janeiro por conta de destacados mandatos como governador. O fresco alicerce institucional
petista era mais distribuído por capitais e centros urbanos e industriais, principalmente nas
regiões Sudeste e Sul, onde o PT passou a governar prefeituras pelas eleições municipais de
1988, como em São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Campinas, Santos, Volta Redonda e o ABC
paulista.

A derrota para Collor (lembre-se, com a devida contribuição do viés midiático pró-Collor),
revelou a distância para pretensões presidenciais entre a frágil, embora orgânica, interiorização
da esquerda, ancorada em áreas mais densamente urbanas e de conflitos por terra, e as
demandas mais imediatas das populações do Brasil profundo, pouco afeitas a projetos de
ruptura.

Sem abrir mão definitivamente do sonho presidencial, Brizola retornou à vida política no seu
reduto, primeiro como senador e depois novamente como governador, até que a saída de
dissidentes do "chefismo pedetista", sua baixa votação na disputa presidencial de 1994 e a
hegemonia petista como pólo nacional da esquerda impuseram a amarga inviabilidade do sonho
que lhe parecia tão próximo em novembro de 1989. Entre idas e vindas, Brizola contentou-se em
buscar manter a hegemonia regional do PDT para se tornar vice-candidato de Lula em 1998 e
apoiá-lo no segundo turno presidencial em 2002.

Com a experiência adquirida em governos locais e a aposta presidencial como centro da


estratégia de poder institucional, dirigentes petistas investiram na construção de uma estrutura
parapartidária: a criação do Instituto da Cidadania (posteriormente transformado no Instituto
Lula) que permitia uma relativa autonomia de Lula em relação à dinâmica interna petista. A
primeira edição das Caravanas da Cidadania cimentou uma conexão mais estreita de Lula com
partes extensas do Brasil profundo que assentaria suas campanhas presidenciais até a vitória em
2002 a partir do paradigma da cidadania e formaria seu rochedo por uma simbiosa virtuosa
entre políticas públicas exitosas de combate à pobreza e fome, estabilidade econômica e
autoestima popular.

Desde a morte de Brizola em 2004 e a ausência de um espólio brizolista que não o legado
ideológico trabalhista e o carisma conflitivo, houve um fluxo de brizolistas que aderiram ao
petismo, vide Dilma, ou petistas que passsaram a reverenciar a trajetória de Brizola. Houve uma
síntese curiosa já antevista no "Brizula": de certo modo, Lula e seu projeto político foram
"abrizolados", no sentido tanto da consolidação de uma base eleitoral como do deslocamento de
Lula a uma posição "chefista" dentro da dinâmica interna petista, garantindo a unidade
partidária através da centralização e poder de veto em processos decisórios, posição esta
ocupada em decorrência das diversas mudanças na vida partidária e vácuo aberto pelo gradual
afastamento de dirigentes com poder de influência comparável ao seu na estrutura petista.

Entretanto, ao passo que o rochedo lulista fincava sua hegemonia eleitoral no Brasil profundo, o
campo progressista proporcionalmente perdia seu alto grau de influência na maior parte do
Brasil urbano, principalmente no eixo Sul-Sudeste. Ao lado da radicalização política da sociedade
brasileira com os ventos agora soprando rumo ao leste, a vida social urbana nas primeiras
décadas do século XXI marcada pela desindustrialização, reordenamento do mundo do trabalho
e das estruturas domiciliares, emergência de novos atores sociais e políticos, novas dinâmicas
demográficas, migratórias, criminais e de mobilidade social, entre outros processos sociais, ainda
é encarada com perplexidade nostálgica ou superficialidade, conforme as conveniências.

As eleições municipais deram evidências da baixa densidade do campo progressista em nível


local, com poucas exceções. A participação provavelmente figurativa na maioria das eleições
estaduais, arena historicamente mais complexa que exige capilaridade social e institucional
urbano-metropolitana, é ainda mais nítida. Usadas ocasionalmente como moeda de troca para
composições nacionais ou mera demarcação de espaço para interesses carreiristas,
parlamentares ou propagandístico, as candidaturas costumam se relacionar de forma
subordinada e não complementar à estratégia de ocupação do poder federal.

Aparentemente, mais uma vez o destino do rochedo lulista definirá as chances das alternativas
progressistas na corrida presidencial. Resta saber se o investimento obcecado pela reocupação
do poder federal se dará ou não às custas de uma maior decadência do campo progressista em
nível local e regional fora do rochedo. Mais do que redescobrir possibilidades e limites de
experiências de gestão, o difícil retorno a posições relevantes nas disputas eleitorais locais
implica em reconhecer efetivamente o Brasil urbano contemporâneo, sem afetações
cosmopolitas, lugares comuns e saídas fáceis, como uma esfinge tão repleta de nuances e
sentidos quanto foi e permanece sendo o Brasil profundo. Para quem já está sendo devorado,
tentar modestamente se abrir para abrir para outras reflexões e diálogos não envolve riscos.

ABC paulista,

"A direção da TV Globo impediu ontem a divulgação no "Globo Esporte" de uma pesquisa
eleitoral, feita pela emissora, entre jogadores de futebol. Lula ganhou com 54,9%. Collor teve
37%." (Painel, 17/12/1989)
"Biro Biro dará seu voto a Lula" (vereador do PDS, 21/11/1989)

Jair Bolsonaro queria mesmo era ser goleiro. Aos 18 anos, ia participar do Desafio ao Galo, um
concorrido torneio de futebol amador em São Paulo criado na década de 70 pela TV Record.

https://gq.globo.com/Prazeres/Poder/noticia/2014/09/jair-bolsonaro-o-lingua-solta.html

https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2017/12/24/As-origens-do-jogador-de-futebol-como-
celebridade-no-Brasil

https://books.google.com.br/books?id=Dk6qWZNKaTEC&pg=PA20&lpg=PA20&dq=
%22placar+magazine%22+elei
%C3%A7%C3%A3o+lula+1989&source=bl&ots=B2F70lnqQg&sig=nnrlEwzvWF4rHYYUVDed3samI
RU&hl=pt-
BR&sa=X&ved=2ahUKEwiX76jn68PdAhXLipAKHczVBTIQ6AEwAHoECAQQAQ#v=onepage&q=
%22placar%20magazine%22%20elei%C3%A7%C3%A3o%20lula%201989&f=false

O futebol e o espectro do bolsonarismo

Associou-se o comportamento de jogadores de futebol à indiferença . Cobrava-se a necessidade


de postura.

Em , : Huck e Pepe, naturalizado português, sobre junho.

Bom Senso, Fernando Prass criticava a "alienação". Paulo André, outro, . As explicações são
conhecidas: baixo nível de escolarização, origem social humilde, carência de "estrutura familiar"
e "consciência de classe". Basicamente, toda a normalidade e a socialização adquiridas .

A maioria dos jogadores de futebol em clubes da elite do futebol brasileiro e internacional foi
socializada em campos . Corpos-máquina à disposição ,

"Bolsonaro neles", Felipe Melo enuncia sua opção por Bolsonaro como uma espécie de antídoto
a ser imposto contra o que considera como 'vagabundos'.

Roger, enfrentando um tumor renal, disse que teve uma . Jadson confiava em Bolsonaro para
proteger "a família". Gilberto também deseja . Cafu e Edmundo também toparam aparecer em
vídeos divulgando seu apoio.

Quase todas essas manifestações de apoio a Bolsonaro têm em comum o fato de terem sido
espontâneas em perfis nas redes sociais.
, a opinião

Ao lado de aeroportos, igrejas e arenas de rodeio, Bolsonaro tornou os estádios mais um espaço
público e termômetro. Maracanã, Allianz Park, Nilton Santos, Pacaembu r.

O "mito" descia das tribunas à beira das arquibancadas

apenas Casagrande e Neto, conhecido desafeto de Felipe Melo, repudiaram

Recentemente, Tiago Leifert despertou uma polêmica ao negar espaço à política dentro do
futebol. Lucas

desperta outros debates: sobre a eficácia da .

É uma obviedade dizer que o bol é um sintoma do profundo mal-estar brasileiro com o estado
de coisas. O que merece ser compreendido é como ele desperta uma sensação de
empoderamento opinativo a pessoas que não se engajavam no debate público.

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Oi, Aira! Tudo bem, querida? Domingo durou até a madruga de segunda ou antes? Ainda tô com
um pouco de brilho haha

Conversei com a Helena sobre a reserva para o simpósio no sábado que vem e pensamos se você
e mais alguém do Museu não topam passar um dia dessa semana no Majâz apenas para
definirmos certinho alguns cenários possíveis, que acha?

No andar de cima, cabem cerca de 70 a 80 pessoas com comanda individual e vamos ter um
esquema especial de atendimento. Como cê comentou que tende a ser acima disso, pensamos
em outros espaços possíveis na parte de baixo, mas em um outro esquema de atendimento,
mais para mesas do salão mesmo.

Besos!

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