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Relação entre a Lógica Proposicional, o Documentário “A Alegria da Lógica” e a


presença da lógica no nosso cotidiano.

No documentário “A Alegria da Lógica” o roteiro do filme percorre um caminho histórico do


desenvolvimento da lógica desde Aristóteles, ao defini-la como as regras corretas do pensamento humano, ele
sistematiza a lógica para poder identificar as falácias, que aparentemente são verdadeiras, mas ao analisar pelas
regras as afirmações são inconsistentes. Por muito tempo foi utilizado o sistema lógico de Aristóteles, no entanto
ele foi sendo considerado insuficiente para abarcar determinadas realidades, ele perdurou até o final do século
XIX, pois os pensadores estavam trabalhando com o intuito de desenvolver uma lógica capaz de ser aplicada em
qualquer situação até que compreenderam a limitação da lógica em explicar apenas os problemas já conhecidos,
no filme destaca-se o sistema desenvolvido pela lógica boleana, que possibilitou a expressão e o cálculo de
qualquer valor em representação simbólica de 0 e 1, também conhecido como linguagem binária, sendo este o
formato implementado nos programas de computador por adequar a mensagem que relaciona o valor 0 para
ausência de passagem de corrente elétrica no circuito e o valor 1 para passagem de corrente elétrica no circuito, ao
utilizar essa regras e representações é possível desenvolver cálculos matemáticos para solucionar problemas
complexos. Pelo estudo do conteúdo da lógica proposicional aprendemos que ela apresenta o seu funcionamento
por meio de uma linguagem própria e regras de inferência, aplicadas em um conjunto com elementos organizados
de uma forma lógica por meio das suas relações constituídas, logo a sua aplicabilidade é bem diversa.
Uma forma de perceber a presença e a importância da lógica no cotidiano, auxiliando de maneira bastante
evidente a vida das pessoas, é observando a organização do sistema de transporte em toda a sua complexidade,
que obedece uma linguagem e regras próprias, imaginemos a dificuldade que seria com a variedade e a quantidade
dos veículos trafegando simultaneamente pelas ruas sem nenhum tipo de ordenamento, seria um verdadeiro caos,
em decorrência disso as leis de trânsito são criadas com o objetivo de sistematizar o fluxo das vias, otimizando e
prevenindo acidentes, tonando o trânsito seguro para todos, independentemente do tipo do veículo. Os sinais e as
normas de trânsito possuem uma grande abrangência de orientações, eles são expressos por elementos gráficos,
luzes ou gestos com a mão, realizando uma comunicação acessível e entendível a todos.
Os sinais gráficos do trânsito estão presente em placas ou nas demarcações das faixas. As placas sinalizam
conforme as cores e os desenhos apresentados, as placas que possuem a cor a amarela transmitem uma informação
de atenção ao seu conteúdo que busca orientar e organizar o tráfego, por exemplo a sinalização das lombadas, das
possíveis curvas, do estreitamento de via, enquanto que as placas compostas pela cor vermelha sinalizam algum
tipo de restrição, por exemplo proibido estacionar, limite de velocidade e via sem saída, outra cor utilizada para
produzir as placas é o azul que indica uma localidade específica, por exemplo uma parada de ônibus, um museu e
um teatro. As faixas pintadas também pertencem a este universo de representação gráfica, o formato e cor da sua
pintura transmitem uma informação específica, por exemplo a faixa de pedestre que permite atravessar a rua em
segurança, a faixa branca pintada dividindo a via de forma segmentada indica mão única e ultrapassagem

Francisco das Chagas Danilo Freire Marinho – Pablo Pantoja dos Santos. Alunos da Faculdade Católica
de Fortaleza, Curso de Filosofia, Cadeira de Lógica, Professor Ms Ralph Leal Deck
permitida, enquanto que se ela for contínua indica mão única e ultrapassagem proibida, quando a faixa que divide
a via é amarela contínua, indica mão dupla e ultrapassagem proibida e se for amarela segmentada indica mão dupla
e ultrapassagem permitida.
A orientação das vias também obedece a um sistema de luzes que rege os seus cruzamentos, as cores nos
semáforos variam entre verde, amarelo e vermelho, cada qual sinaliza uma informação própria. A cor verde indica
tráfego liberado, a cor amarela representa atenção com o tempo de transição do tráfego liberado para tráfego
interrompido cuja representação é feita pela cor vermelha. Os veículos também utilizam sinais luminosos que
evidenciam as suas manobras, por exemplo ao fazer uma curva o carro sinaliza com uma luz intermitente conforme
a direção direita ou esquerda, ao frear o veículo ascende uma luz vermelha e ao dar ré ele liga a luz de cor branca
na traseira. Os pedestres e os ciclistas utilizam as suas mãos para sinalizar a sua movimentação nas vias
As normas de trânsito orientam o motorista a dirigir de forma segura, protegendo a si mesmo e aos outros,
existe uma linha de prioridades no trânsito que obedece a ordem do mais vulnerável, o qual é possuidor da
preferência, começando pelo pedestre, seguido pelos ciclistas, motociclistas, carros pequenos, ao menos
vulnerável, os veículos de grande porte, então em caso de alguma dúvida o elemento mais vulnerável tem
prioridade.
A interpretação do sistema de trânsito pela ótica da lógica proposicional permitiu identificar a organização
dos símbolos utilizados para organizar o fluxo dos veículos e pedestres, que obedecem normas específicas,
possibilitando a devida compreensão por todas as pessoas envolvidas.

Francisco das Chagas Danilo Freire Marinho – Pablo Pantoja dos Santos. Alunos da Faculdade Católica
de Fortaleza, Curso de Filosofia, Cadeira de Lógica, Professor Ms Ralph Leal Deck

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