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Apêndice A
COORDENADAS CILÍNDRICAS
z
ez
eϕ
P(ρ,ϕ,z)
r eρ
0
y
ϕ
ρ
Podemos agora definir uma base de três vectores unitários e mutuamente perpendiculares: primeiro ez é o
mesmo que ez em coordenadas cartesianas; segundo eρ é escolhido tendo a mesma direcção que ρ e é perpendicular
a ez deste modo é paralelo ao plano xy ; finalmente eϕ é definido como sendo simultaneamente perpendicular aos
dois últimos e segundo a direcção mostrada na fig. A.1. Podemos ver que eϕ é perpendicular ao semi-plano ϕ =
Constante e a sua direcção é no sentido dos ϕ crescentes. Estes três vectores são localizados na fig. A.1, no ponto P
de modo a termos em conta que eles dependem da posição do ponto em que nos encontramos. Se o ponto P variar
de posição tanto eρ como eϕ mudam de direcção, enquanto ez resta fixo. deste modo estes vectores unitários não são
sempre constantes, em contraste com os vectores unitários ex, ey e ez do referencial cartesiano fixo Oxyz.
As componentes em coordenadas cartesianas dos vectores eρ e eϕ podem ser encontradas a partir da fig.
A.1 e são:
-1-
Como eρ , eϕ e ez são vectores mutuamente perpendiculares, podemos decompor qualquer vector A
em função das suas componentes segundo estas direcções, deste modo podemos escrevemos A da forma:
A = A ρ eρ + A ϕ eϕ + A z ez
r = ρ eρ + z ez
Se notarmos que:
d r = dρ eρ + ρ deρ + dz ez = dρ eρ + ρ dϕ eϕ + dz ez
ρdϕ
dϕ
dz
P
dρ
ϕ dϕ
ρ
ρdϕ
As componentes para o deslocamento elementar dr são mostradas na fig. A.2, e podemos ver que elas
correspondem à distância percorrida pelo ponto P, resultante da mudança de uma das coordenadas enquanto as
outras duas se mantêm constantes. O elemento de volume dv em coordenadas cilíndricas, tendo como lados as
componentes de dr é como pode ser visto na fig. A.2 dado por:
dv = ρ dρ dϕ dz
-2-
Apêndice B
COORDENADAS ESFÉRICAS
er
r cosθ eϕ
P(r,θ,ϕ)
r eθ
θ
O
y
ϕ r senθ
-3-
Um campo vectorial A neste sistema de coordenadas será escrito:
A = A r er + A θ eθ + A ϕ eϕ
O vector posição r:
r = r er
dl = dr er + r dθ eθ + r senθ dϕ eϕ
As componentes do deslocamento elementar dl são mostradas na fig. B.2, do mesmo modo que o volume elementar
dv cujos lados correspondem ao deslocamento elementar dl, e é igual a:
dv = r2 sen θ dr dθ dϕ
r senθ dϕ
dϕ
dr
P
r
θ
dθ r dθ
ϕ
dϕ
r senθ dϕ
-4-
Apêndice C
a) Operadores vectoriais
- i Coordenadas cartesianas
Nota: u é uma função escalar e o operador ∇ (operador vectorial nabla) é o operador vectorial que em coordenadas
cartesianas é descrito por: ∇ = ex ∂/∂x + ey ∂/∂y + ez ∂/∂z
Nota: A é uma função vectorial de variável vectorial e ∇ . A representa o produto escalar do operador ∇ com a
função A.
Nota: ∇2 = ∇ . ∇ = ∇2
- ii Coordenadas cilíndricas
∇ x A = eρ[(1/ρ) ∂Az /∂ϕ - ∂Aϕ/∂z] + eϕ [∂Aρ/∂z - ∂Az/∂ρ] + ez [(1/ρ) (∂/∂ρ)(ρAϕ) - (1/ρ) ∂Aρ/∂ϕ]
+ eϕ (1/r)[(∂/∂r)(rAθ) - ∂Ar/∂θ]
-5-
b) Fórmulas vectoriais
A . (B x C) = (A x B) . C
A x (B x C) = B (A . C) - C (A . B)
∇x∇u = 0
∇ . (∇ x A) = 0
(A x B) . (C x D) = (A . C) (B . D) - (A . D) (B . C)
∇ (u + v) = ∇ u + ∇ v
∇ (u v) = u ∇ v + v ∇ u
∇ . (A + B) = ∇ . A + ∇ . B
∇ . (u A) = A . (∇ u) + u (∇ . A)
∇ . (A x B) = B . (∇ x A) - A . (∇ x B)
∇ x (A + B) = ∇ x A + ∇ x B
∇ x (u A) = (∇ u) x A + u (∇ x A)
∇ x (∇ x A) = ∇ (∇ . A) - ∇2 A
-6-
Apêndice D
a) Ângulo plano
As propriedades do ângulo plano
dl'2 elementar dϕ da figura permitem escrever:
ou seja:
b) Ângulo sólido.
Vamos agora repetir o mesmo raciocínio no espaço a três dimensões com um ponto O e dois
elementos de superfície dS'1 e dS'2 perpendiculares ao plano da figura.
Se agora considerarmos os elementos de superfície dS1 e dS2 que fazem respectivamente com dS'1 e
'
dS 2 os ângulos α1 e α2 , podemos escrever (pois os elementos de superfície são infinitamente pequenos):
-7-
dS'2 = dS2 cos α2
por consequência:
dΩ = dS cosα/r2
Notas:
-i
π−α
O dS
n’
Se mudar-mos o sentido da normal à superfície dS, o ângulo α muda para α' α' = π - α e por
conseguinte o sinal do ângulo sólido muda.
- ii
O cone anteriormente definido recorta uma superfície sobre a esfera de centro O e de raio unidade e como
α = 0 temos:
dΩ = dS
-iii
O ângulo sólido, que é uma quantidade sem dimensão, tem por unidade de medida o esteradiano (sr).
O valor do ângulo sólido sendo independente da escolha da superfície dS utilizada para o calcular, nós
escolheremos esta no plano perpendicular ao eixo do cone e situada a uma distância h do centro O:
-8-
O
α
r
h
dS O1
ρ dρ
portanto:
θ θ
dΩ = 2π sen α dα e Ω = ∫
0
∫
dΩ = 2πsenαdα
0
ou seja:
Ω = 2π( 1 - cosθ)
Podemos aplicar este resultado para determinar o ângulo sólido correspondente a todo o espaço fazendo θ
= π obtendo então:
Ω = 4π (sr)
-9-
Apêndice E
CAMPOS VECTORIAIS
O estudo geral dos campos vectoriais simplifica o estudo dos campos electromagnéticos e gravíticos, e
permitirá interpretar a noção de energia potencial.
a) O vector campo
b) Linhas de campo
São as curvas que, em cada um dos seus pontos, são tangentes ao vector campo. Estas são obtidas em
coordenadas cartesianas resolvendo as equações diferenciais:
(estas equações são obtidas escrevendo que o campo a é colinear com o vector deslocamento infinitesimal dM ao
longo de uma linha de campo).
O campo é único; em geral só existe uma e uma só linha de campo que passa pelo ponto M. No entanto em
certos pontos singulares pode não ser definido (campo de uma carga pontual em electrostática no ponto onde ela se
encontra).
a) Campo uniforme
O vector campo é igual a um vector constante a em todos os pontos do espaço. É fácil de ver neste caso,
que as linhas de campo formam o conjunto de rectas paralelas a a.
- 10 -
Um campo de simetria esférica de origem O é definido pela relação:
a (M) = f(r) u
a(M
M
r
u
O
O módulo do vector campo é deste modo o mesmo todos os pontos de uma esfera de centro O e
de raio r = |OM|.
As linhas de campo formam o conjunto das rectas que passam por O fonte (ou origem) do campo.
Nota: Não confundir a origem do campo com a origem do referencial considerado.
O modulo do vector campo é deste modo idêntico para todos os pontos de um cilindro de eixo ∆ e de raio r =
|HM|.
u
H
M a(M)
- 11 -
E. 3 - Circulação do vector campo (integral de linha)
a) Definição
L = ∫CAB a(M) . dM
dM B
M
a(M)
Nota: Em geral a circulação depende do trajecto percorrido e não somente dos pontos A e B. É portanto necessário
explicitar o caminho percorrido. O integral efectua-se explicitando a equação para a(M) e dM ao longo do trajecto
particular escolhido. Em muitos livros o deslocamento elementar dM é designado por dl.
- i Em coordenadas cartesianas
z
As componentes do campo nos três eixos são:
M a(M) ax , ay e az ou seja
a(M) = ax ex + ay ey + az ez
ez OM = x ex + y ey + z ez
O dM = dx ex + dy ey + dz ez
ex y
ey
e portanto: dl = a(M). dM = ax dx + ay dy + az dz
- ii Em coordenadas cilíndricas.
- 12 -
z
M OM = ρeρ + z ez
a(M)
dOM = dρ eρ + ρ (deρ/dϕ) dϕ + dz ez
y dM = dρ eρ + ρdϕ eϕ + dz ez
θ ρ
eρ eρ, eϕ e ez formam um referencial ortonormado
directo. Se designarmos por aρ, aϕ e az as
componentes do vector campo a(M) neste referencial
m
temos:
x
a(M) = aρ eρ + aϕ eϕ + az ez e dl = aρ dρ + ρaϕ dϕ + az dz
eϕ
z
er
M
eθ
θ
r
u1 y
ϕ
m
x
OM = r er
dOM = dr er + r der
mas como er = cosθ ez + senθ u1 então:
Por outro lado se definirmos eθ situado no plano definido pelos versores ez , er e tal que o referencial (er, eθ, eϕ)
seja directo, teremos a expressão:
eθ = - senθ ez + cosθ u1
- 13 -
portanto: der = eθ dθ + eϕ dϕ senθ
e: dOM = dr er + r dθ eθ + r senθ dϕ eϕ
a(M) = ar er + aθ eθ + aϕ eϕ
e:
dl = ar dr + aθ rdθ + aϕ r senθ dϕ
a) Fluxo elementar
Designa-se fluxo elementar do campo
a(M) vectorial a(M) através de um elemento de superfície
dS o produto escalar:
dΦ = a(M). ndS
dS
n
dS
dΦ = a(M). dS
ou dΦ = |a(M)| dS cosθ
O fluxo através de uma superfície de dimensões finitas S calcula-se como a soma dos fluxos elementares
através de todos os elementos de superfície dS de S.
Tendo sido fixado o sentido de n para um elemento particular de superfície dS, para os outros elementos o
sentido é determinado por continuidade sobre toda a superfície.
Deste modo temos então:
Φ = ∫∫S a(M). n dS
- i Definição
Designa-se superfície fechada uma superfície tal que se possa definir simplesmente o interior e o exterior.
- 14 -
M Um ponto M está no interior da superfície
fechada se toda a semi-recta partindo de M encontra
a superfície num número impar de pontos. Um ponto
M está no exterior da superfície fechada se toda a
semi-recta partindo de M encontra a superfície num
número par de pontos.
Por convenção orienta-se a normal ao elemento de superfície dS no sentido exterior da superfície fechada.
Deste modo calcula-se um fluxo saindo da superfície fechada do seguinte modo:
Φ = ∫
S
a(M) . n dS
Nota: O símbolo ∫
S
designa um integral duplo estendido a toda uma superfície fechada.
dΦ = λ dΦ1 + µ dΦ2
ex y
ey
- 15 -
dΦx fluxo elementar que sai pelas 2 faces perpendiculares a Ox
dΦy " " " Oy
dΦz " " " Oz
dΦ = div a(M) dv
Nota: a divergência de um vector pode igualmente ser escrita como o produto escalar do operador ∇ com o campo
vectorial a ou seja ∇ . a = div a.
Para um volume qualquer e uma superfície fechada qualquer, e observando que os diversos dΦ interiores
(dirigidos para o exterior) se anulam dois a dois, temos:
Φ = ∫ dΦ = ∫V ∇ . a(M) dv
S
ou seja:
Esta expressão constitui o teorema de Green ou Ostrogradski ou da divergência que pode ser enunciado: O
fluxo de um campo vectorial através de uma superfície fechada é igual ao integral de volume da divergência do
campo dentro do volume contido pela superfície. Como a superfície é fechada, a normal a esta é orientada para o
exterior.
- 16 -
Consideremos um contorno fechado C e uma superfície S que se apoia sobre este. Se orientarmos a
normal n sobre a superfície S de modo a ver girar o ponto P sobre o contorno C no sentido directo, e se
decompusermos a superfície S em elementos de superfície dS temos:
dP
(C)
(S)
∫
C
a(P) . dP = ∫
S
[∇ x a(M)] . n(M) dS
Esta expressão constitui o teorema de Stokes que pode ser enunciado: A circulação de um campo
vectorial sobre uma curva fechada C é igual ao fluxo do rotacional deste campo através de uma superfície S
que se apoie sobre este. Como a superfície é aberta, a normal é orientada de modo a que o contorno seja
percorrido no sentido directo relativamente a esta.
- 17 -
Apêndice F
2r
2h
12,1ε 12,1ε
C r r (pF m-1)
= ≅
l log(2h/r)
2
log (h/r) + (h/r) − 1
L = µ ln 2h (H m-1)
l π r
ii – Cabo coaxial
Condutor
interior
Malha
2a
2b
Isolamento
exterior
55,6ε
C 2πε r (pF m-1)
= =
l ln(b/a) ln(b/a)
L = µ ln b (H m-1)
l 2π a
- 18 -
L = 0,2 ln b = 0, 46 log b (µH m-1)
l a a
b
Zo = (L/C)1/2 ≅ 60 ln (Ω)
εr a
2a Plano
h de
Massa
24, 2ε 24, 2ε
C r r (pF m-1)
= ≅
l log(2h/a)
2
log (h/a) + (h/a) − 1
Zo = (L/C)1/2 ≅ 60 ln 2h (Ω)
εr a
iv – Micro-fita “Microstrip”
t
P.C.B.
h Plano de
Massa
A capacidade por unidade de comprimento e a impedância característica Zo de uma linha com largura w e
espessura t desprezável (t/h < 0,005) num substrato de altura h são dadas por:
a) w/h < 1
2 πε o ε
re
C= (F/m)
8h w
ln +
w 4h
εre µoεo
Zo = = 60 ln 8h + w (Ω)
C εre w 4h
com
- 19 -
ε +1 ε −1 − 1/ 2
w
2
εre = r2 + r2 1 + 12h + 0,04 1 −
w h
b) w/h > 1
Zo = 120 π 1 (Ω)
εre [w/h + 1,393 + 0,667 ln(w/h + 1,444)]
com
ε +1 ε −1
(
εre = r + r 1 + 12h
2 2 w
−1 / 2
)
- 20 -
Apêndice G
- 21 -
Permeabilidade relativa µr de alguns materiais
Material Tipo µr
Bismuto Diamagnético 0,9999834
Prata Diamagnético 0,99998
Cobre Diamagnético 0,999991
Vácuo Não magnético 1,00
Alumínio Paramagnético 1,00002
Níquel (cloreto) Paramagnético 1,00004
Cobalto Ferromagnético 250
Níquel Ferromagnético 600
Aço macio Ferromagnético 2000
Ferro Ferromagnético 5000
Mumetal Ferromagnético 100000
Supermalloy Ferromagnético 800000
- 22 -