GÊNESE DO DIREITO

1. DIREITO NATURAL: Todos os valores e princípios inerentes à sobrevivência do homem. NÃO EXISTE MAIS hoje
em dia, sendo representado apenas pelos “Direitos Fundamentais”. Hoje a razão determina os fundamentos.
Exemplo: Antígona. características: UNIFORMES, UNIVERSAIS (para todos), PERMANENTES (eternos e imutáveis).
a. COSMOLÓGICO – Origem: Divindades, antiguidade.
b. TEOLÓGICO – Origem: Deus único, era medieval.
c. RACIONAL – Origem: antropocentrismo, modernidade.

2. ESCOLA HISTÓRICA DO DIREITO: Direitos são os costumes / tradições, produtos históricos da consciência
coletiva dos povos, da consciência nacional de um dado povo. Vai contra o pensamento jus naturalista, pois cada
povo (em cada época) tem seu direito.

3. DURKHEIM - ESCOLA SOCIOLÓGICA: O direito está (tem sua origem) nos fatos sociais, que retratam os valores
(são regras que refletem os costumes, tradições, valores, sentimentos, cultura da sociedade). Conjunto de normas
que regulam a vida (o convívio) social.
a. SOCIEDADE TRADICIONAL: SOLIDARIEDADE MECÂNICA – DIREITO PUNITIVO: sociedade presa à família, às
tradições e aos costumes.
b. SOCIEDADE MODERNA: SOLIDARIEDADE ORGÂNICA – DIREITO RESTITUTIVO: Centralizada no trabalho no
Estado. O “que faz errado” é recuperado, há comunicação.
Obs.: No filme “A Vila” não há Estado, há direito primitivo, não é dada ênfase a esclarecimentos e questionamentos,
apenas “punir para não servir de exemplo”.
Diferença Sociológico / histórico: Normas: no histórico não há ênfase na positivação (ênfase nos costumes), a escola
sociológica: o direito retrata a solidariedade do povo.
DIREITO NÃO EXISTE SENÃO NA SOCIEDADE E NÃO PODE SER CONCEBIDO FORA DELA

4. MAX WEBER: regras e normas sociais = resultado do conjunto de ações individuais que vão para o “exterior” -
sociedade.
a. AÇÃO SOCIAL: Tem que ter um objetivo, uma intenção (é esperada uma resposta), incerteza (imprevisível a
resposta), mas busca por um direito subjetivo, uma relação AÇÃO-RESPOSTA. comportamento orientado pelas
expectativas do outro.
b. TIPOS IDEAIS: Ação Tradicional / Ação Afetiva / Ação Racional
i. AÇÃO TRADICIONAL: Ação pautada em tradições. Mesmo hoje há ações “impensadas”, ligadas à tradição.
ii. AÇÃO AFETIVA: Através dos sentimentos, sem pensar, sem planejar, sem racionalizar.
iii. AÇÃO RACIONAL: Mais comum na sociedade moderna, baseia-se na razão, na racionalização da ação.
1. AÇÃO RACIONAL PARA VALORES: Foco nos meios, nos valores.
2. AÇÃO RACIONAL PARA FINS: Foco nos objetivos, nas finalidades. Ex.: Lucro a qualquer custo.

5. TIPOS DE DOMINAÇÃO: Tradicional / Carismática / Racional Legal

a. TRADICIONAL: Governos antigos
b. CARISMÁTICA: Poder pessoal.
c. RACIONAL LEGAL: Razão para usar as leis.

6. ÉTICA PROTESTANTE E O ESPÍRITO DO CAPITALISMO: “Ação Social Especial” – oriundo da igreja católica, o
pensamento protestante traz uma concepção nova, o trabalho dignifica o homem (pela igreja católica era
relacionado a punição). Concepção diferente de Marx (que traz o trabalho como fator de alienação do trabalhador).

7. MODERNIDADE – Desencantamento Do Mundo e Burocratização:

a. DESENCANTAMENTO DO MUNDO: O homem se torna racional, se desliga de seu lado religioso, o homem se vê
como centro do universo.
b. BUROCRATIZAÇÃO: Sistema para organizar a sociedade moderna, é criada uma organização administrativa.

8. DIREITO SUBJETIVO: Existe a Lei as normas SÃO necessárias, MAS o CENTRO É O SUJEITO (relação social,
sujeito-sujeito, sujeito-lei), o direito está muito mais no indivíduo do que na lei (exemplo do maquinista no texto
trabalhado em sala). Para o sujeito cumprir a lei ele precisa da sensação de pertencimento, precisa também
compreender a lei.