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Feminismo é humanismo - A questão das mulheres na filosofia

O presente estudo almeja versar sobre Feminismo é humanismo - A questão das


mulheres na filosofia.
As observações preliminares supõe a hipótese que por convenção, ou por
construção social, as mulheres teriam sido progressivamente excluídas de certas
atividades, o que de alguma forma conduz ao estado de coisas atual e o explica,
porém não o justifica.
A hipótese do preconceito implícito foi corroborada a partir de uma análise de casos
em que currículos eram avaliados por uma equipe. O fato do nome do CV ser
masculino gerou melhores avaliações para o ensino, pesquisa e experiência, o que
por sua vez conduziu a uma probabilidade maior de um homem ser contratado, em
detrimento de uma mulher.
Pretendendo elucidar essa hipótese optou-se pelo uso de dados empíricos acerca
da presença das mulheres nos departamentos de Filosofia e tendo Sally Haslanger
como principal interlocutora, pretendo trazer à superfície alguns mecanismos que
parecem reforçar a naturalização da invisibilidade das mulheres e construo de
seguida algumas alternativas para repensar o feminismo hoje.
O objetivo do artigo será oferecer uma reflexão crítica acerca do tema e questão
“mulheres na Filosofia”. Começo por dizer aquilo que não farei: não farei uma
reconstrução da invisibilidade das mulheres ao longo da história da filosofia; não
farei uma catalogação das estratégias usadas pelos homens para silenciar a
existência e vozes das mulheres; não tentarei retratar as mulheres através de um
olhar masculino, como se houvesse uma natureza especificamente feminina. O que
pretendo é diferente: quero proporcionar rasgos de luz que permitam identificar as
dinâmicas de visibilidade/invisibilidade das mulheres na atividade filosófica,
contribuindo para a transformação do nosso olhar sobre esta questão.
Tal esforço se justifica pela importância do tema, visto que a presença das mulheres
na Filosofia é raramente tópico de discussão acadêmica e produção científica.
Como abordar este tema, e de que forma ele se torna problemático? Como e porquê
o tema das mulheres na Filosofia torna-se uma questão a ser discutida?
Por fim, cabe enfatizar que tal temática não vem sendo suficientemente estudada na
área, tendo um referencial mínimo como, Rousseau, Brooke, Arendt, Fraser,
Haslanger

https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/44792
Feminismo é humanismo - A questão das mulheres na filosofia
ISSN: 1677-2954 Título: ETHIC@ (UFSC) Avaliação: HISTÓRIA Classificação: B1

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