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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL – SENAR

Curso Técnico em Agronegócio


Polo de apoio Presencial – Balas/MA

Arthur da Silva Rodrigues

DESAFIO DA ARMAZENAGEM DE GRÃOS NO MUNICÍPIO DE


BALSAS/MA

Balsas – MA
2018
Arthur da Silva Rodrigues

DESAFIO DA ARMAZENAGEM DE GRÃOS NO MUNICÍPIO DE


BALSAS/MA

Projeto Final apresentado como trabalho de conclusão


do curso técnico em agronegócio, do Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural – SENAR da Regional de Balsas-
Ma, orientado pelo(s) tutores Ionara de Araújo Silva (tutor
à distância) e Maria de Jesus de Sousa Silva (tutor
presencial) como requisito para obtenção do diploma de
habilitação técnica.

Balsas – MA
2018
Resumo

A armazenagem de grãos adequada é relevante para se impossibilitar perdas, resguardar a qualidade


dos alimentos e compensar as exigências na entre safra proporcionando assim maior concorrência dos
negócios. Especialistas advertem que a armazenagem adequada é imprescindível para a preservação
de cereais e oleaginosas. O presente Trabalho de Conclusão de Curso aborda a questão da
armazenagem, para os agricultores do município Balsas – MA e região. Divulga as dificuldades
vivenciadas por estes agricultores que dependem de silos terceirizados para armazenar sua produção
e os altos custos que geram este processo. Sendo que a armazenagem de grãos é uma alternativa que
visa muito a melhoria e a baixa de custos em vista a suprir as necessidades e demandas de grãos e
insumos agrícolas durante o período de colheita. O agronegócio é responsável por cerca de um terço
de tudo que é produzido no país, e também é a área mais importante da economia brasileira, uma vez
que, grande parte da divisão do Produto Interno Bruto – PIB é destinado à produção agrícola. De acordo
com o estudo, a viabilidade expõe os custos e a regressão financeira de tal implantação e recomenda
como sendo viável um silo, na edificação. Indica, ainda, que a propriedade, com a instalação de um
silo, poderá adentrar no mercado de comércio de grãos.
Palavras-chave: logística, armazéns, silos, grãos.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 5
2.1 Agronegócio .................................................................................................... 6
2.2 Produção e armazenagem de grãos.................................................................6
2.3 Secagem de Grãos ......................................................................................... 6
2.3.1Métodos de secagem ................................................................................. 6
2.3.2Natural ....................................................................................................... 7
2.3.1 Artificial ..................................................................................................... 9
2.3.1.1 Secagem estacionária ......................................................................... 9
2.3.1.2 Secagem de fluxo continuo ............................................................... 09
2.3.1.3 Secagem de fluxo intermitente .......................................................... 10
2.4 Armazenagem ............................................................................................... 11
2.5 Viabilidade..................................................................................................... 11
2.6. Logística ....................................................................................................... 12
3 METODOLOGIA APLICADA .............................................................................. 13
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 13
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 15
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1. INTRODUÇÃO

A armazenagem de grãos adequada é relevante para prevenir perdas, e manter a qualidade


dos alimentos proporcionando, assim, maior concorrência dos negócios. Especialistas advertem que a
armazenagem adequada é imprescindível para a preservação de cereais e oleaginosas.
Frutificar grãos de peculiaridade é apenas uma das preferências da agricultura, contudo, é
necessário condicionar esta peculiaridade até o instante do consumo. Pensar na logística de
armazenamento destes grãos é indispensável, a fim de minimizar as despesas de transporte e
beneficiamento, preservando a qualidade. Quando um estabelecimento agrícola não gera grãos em
quantidades satisfatórias para sua utilização, precisam-se transportar grãos de qualidade no mercado
da região ao longo do processo de colheita no qual poderá, também, averiguar o mercado de grãos da
região, já que a inserção de uma infraestrutura para armazenagem e beneficiamento dos grãos será
necessária.
Considera-se que armazenando os grãos na propriedade reduziria os custos
consideravelmente, além da vantagem em acompanhar o processo de beneficiamento e armazenagem
dos grãos, bem de perto. A inserção de um silo para este fim poderia, além disto, produzir fonte de
proventos para a localidade, visto que poderia colher o remanescente de grãos dos produtores da
região.
O presente trabalho buscar fazer uma análise dos desafios desta implantação de estrutura, e
com a finalidade de apresentar os fatores que dificultam essa abordagem. Tem-se como objetivo geral
deste buscar melhorias e oportunidades de implantação de Armazém/Silo para produtores de Grãos
do município de Balsas/Ma.
A falta de capital e de conhecimento são os principais desafios que os produtores enfrentam
em questão de Armazenagem de Grãos no município de Balsas/MA. Uma das soluções mais viáveis
seria um investimento por parte dos empresários e do governo e assim montar um plano para criação
de novos armazéns e silos de grãos voltado para os produtores de menor porte ou até mesmo a
construção unificada para vários produtores sendo uma espécie de cooperativa. Dessa forma surgiria
novas oportunidades de emprego, teria mais alimento e consequentemente os produtos seriam
negociados com preço justo de forma que todos sairiam ganhando.
A referente pesquisa irá proporcionar conhecimento na área de agronegócio e sua gestão, bem
como pode proporcionar as entidades envolvidas, conhecimentos acerca da gestão agrícola e técnicas
de armazenagem de grãos e sua importância, assim como os demais que tiverem acesso a esta
pesquisa.
Em suma, motiva-se a escolha do tema por ser algo corriqueiro na vida dos produtores
agrícolas e subsidiar o agronegócio em virtude de literatura pronta a respeito do tema.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Agronegócio
O agronegócio é responsável por cerca de um terço de tudo que é produzido no país, e também
é a área mais importante da economia brasileira, uma vez que, grande parte da divisão do Produto
Interno Bruto – PIB, é destinado a produção agrícola. Ferreira (2001) diz que, o agronegócio “soma às
operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, as atividades de produção nas
unidades agrícolas, o armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens
produzidos a partir deles”.
O contexto histórico econômico brasileiro tem fortes ligações com o agronegócio, pois o
processo de colonização do Brasil e seu crescimento estão encadeados com vários processos de
agroindústrias, pois o início da colonização do país se deu através da exploração do pau-brasil, cujo
nome deu origem ao intitulado país. Houve outros tipos de explorações nesta área em que se dar
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destaque como a cana-de-açúcar, no Nordeste brasileiro; a borracha na bujança na Amazônia,


transformando, desta forma, Manaus a uma metrópole mundial no início do século. E posteriormente,
o café, do qual até hoje é grande riqueza do país, intitulado o melhor café do mundo, sendo o maior
exportador do mundo.
Todos esses episódios que formaram e formam ciclos industriais brasileiro, deixa notória quão
importante as atividades agroindustriais são para compor a riqueza do Brasil e proporcionar
crescimento ao mesmo. E é citado por Martini, et al, (2009) as atividades econômicas ligadas ao
agronegócio brasileiro:
• Insumos para a agricultura, como fertilizantes, defensivos e corretivos;
• Produção agrícola, compreendendo lavouras, pecuária, florestas e extrativismo;
• Transporte e comercialização de produtos primários e processos; e
• Agro industrialização dos produtos primários.
Desta maneira, o conceito de agronegócio nos remete logo a ideia de cadeia produtiva, com as
suas conexões entrecruzadas e interdependência. A agricultura contemporânea, mesmo a agricultura
familiar, estrampalharam os limites da sua propriedade, se expandindo no comércio nas suas mais
variadas formas.

2.2 Produção e armazenagem de grãos


Segundo o IBGE primeira estimativa de 2018 para a safra nacional de cereais, leguminosas e
oleaginosas totalizou 226,1 milhões de toneladas, resultado 6,0% inferior ao obtido em 2017 (240,6
milhões de toneladas), representando uma redução de 14,5 milhões de toneladas. Em relação ao 3º
prognóstico da safra 2018, divulgado em janeiro (224,3 milhões de toneladas), a estimativa da produção
aumentou 0,8%. Arroz, milho e soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representaram
92,8% da estimativa da produção e respondem por 86,8% da área a ser colhida.
A armazenagem de grãos tem como principal objetivo manter a qualidade do produto. Com
isso, espera-se que boas práticas agrícolas sejam realizadas durante o processo, para garantir a sua
eficiência. Ao longo dos anos, diversas regras foram criadas para melhorar a efetividade do sistema. O
foco, hoje, é evitar o desperdício de grãos pela falta de silos adequados, limpeza mal feita das
instalações, secagem dos grãos mal realizada e transporte inadequado. A armazenagem de grãos é
uma alternativa que visa muito a melhoria e a baixa de custos em vista a suprir as necessidades e
demandas de grãos e insumos agrícolas durante o período de colheita.

2.3 Secagem de Grãos


A secagem de produtos agrícolas é uma prática dos primórdios da civilização, quando não
havia qualquer preocupação com a armazenagem, e a diminuição de umidades dos grãos ocorria no
próprio campo.
Uma característica fundamental na qualidade das sementes em armazenamento é a
quantidade de líquido nelas, ou seja, o teor de água, pois este pode interferir em sua atividade biológica,
a danificação mecânica e a atividade dos micro-organismos. Sendo a secagem de grãos um fator e um
método aconselhável, constituindo um utensílio essencial para a produção e sua qualidade, visando,
desta maneira, manter as quantidades de líquidos adequados para a realização das operações de
beneficiamento, transporte e armazenamento consequentemente, minimizando os impactos que a os
grãos e sua qualidade possam aderir durante etapas. (AVELAR, VILLELA, PESKE, 2013).
Esta perspectiva, no mercado atual possuem vários sistemas e tecnologias de secagem
disponíveis. Contudo, cooperativas, cerealistas e armazéns dispõem-se basicamente dos métodos de
secagem artificial, que podem ser classificados de duas maneiras: quanto ao movimento das sementes
que pode ser estacionário, ou seja, paradas, ou então em fluxo contínuo; e quanto à periodicidade de
exposição das sementes ao ar de secagem que pode ser em tempo contínuo ou intermitentemente.
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Os secadores atem calhas ou dutos de ar colocados em posição paralela, de maneira que o ar


entra pelo lado da fornalha e sai pelo lado do ventilador, que se encontra do lado oposto. As calhas
entrelaçadas formam um ângulo de 90º entre si, fazendo com que o ar quente entre por um lado e saia
formando um ângulo reto, sendo assim, a fornalha e o ventilador não se encontram em linha (figura 1).
Este sistema apresenta dificuldade para limpeza da torre, comprometendo a atuação e colocando- o
em risco de incêndio, além de não oferecer uma secagem uniforme em toda a seção (COMIL, 2013;
KEPLER WEBER, 2013).

Figura 1: Secador de sementes

Algumas vantagens de se colher sementes com umidade alta e se proceder a secagem são:

a) Possibilidade de planejar a colheita;


b) Possibilidade de colher, mas horas por dia e mais dias de safra
c) Menor perda de sementes por deiscência/degrane natural. Enfatiza-se que,
para muitas espécies recalcitrantes, as sementes não podem ser secadas a baixos teores de
água.

2.3.1 Métodos de secagem


2.3.2 Natural
A secagem natural utiliza as energias solar e eólica para remover a umidade da semente. É
realizada na própria planta, no período compreendido entre a maturidade fisiológica e a colheita, ou
empregando recursos complementares, como eiras, tabuleiros ou lonas, onde as sementes são
esparramadas. É um método de secagem utilizado para pequenas quantidades de sementes, como é
o caso de programas de melhoramento, algumas sementes de hortaliças e por pequenos produtores.
Na eira, as sementes são distribuídas formando uma camada, a qual é posteriormente
ondulada para aumentar a superfície de secagem e, assim, possibilitar a passagem do ar por um maior
número de sementes (Figura 3). Cuidados especiais devem ser tomados para que a semente não sofra
aquecimento excessivo e a secagem seja a mais uniforme possível. Para tanto, é recomendável o
emprego de camadas não muito grossas, o revolvimento frequente, para que todas as sementes, bem
como suas faces, sejam expostas ao ar, e o encobrimento das sementes no período noturno é o
indicado. No caso de sementes que são lavadas, essa movimentação é imprescindível, caso contrário
poderá haver um gradiente de umidade que ocasionará rupturas internas. E quando for o caso de
utilização de lonas plásticas, cuidados devem serem utilizados quanto a umidade que vem do solo,
apesar de constituir-se em meio bastante prático para a movimentação devida, inclusive o
ensacamento, esta utilização ainda assim deve-se ser bem observada.
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Figura 2: Exemplo de secagem natural de sementes

A secagem natural, apesar de não estar sujeita a riscos de danificação mecânica e


temperaturas excessivamente altas, é dependente das condições psicrométricas do ar ambiente que,
muitas vezes, não são adequadas para a secagem das sementes. Um exemplo típico é o caso de
épocas ou locais com alta Umidade Relativa - UR - (90-100%). Em dias chuvosos e à noite, a UR,
frequentemente, está alta. Devido aos riscos provenientes da demora de secagem motivada por altas
URs, a secagem natural, em muitas regiões, é pouco utilizada. Por outro lado, nas regiões ou épocas
onde a UR reinante no período da colheita é baixa e a possibilidade de ocorrência de chuvas bastante
reduzida, a secagem natural é largamente utilizada. (PESKE; ROSENTHAL; ROTA. 2012, p. 573.)

2.3.3 Artificial
Os métodos de secagem artificial são obtidos pela exposição da massa de sementes a um
fluxo de ar aquecido (ou não), sendo caracterizados, conforme o fluxo no secador, em estacionário,
de fluxo contínuo e de fluxo intermitente.

Figura 3: Exemplo de secador estacionário


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Figura 4: Esquema de métodos de secagem de sementes e grãos

2.3.3.1 Secagem estacionária

Este tipo de secagem, como sua própria nomenclatura informa, consiste em jogar o ar quente
através das massas de sementes que permanecem de forma estacionárias. Desta forma, a secagem
estacionária requer algumas precauções, do tipo:
 Fluxo do ar: o ar proporciona condições para que se ocorra a retirada de água
das sementes pelo processo de evaporação;
 Umidade Relativa do ar (UR): A semente, como todo material higroscópico,
perde ou ganha umidade em função da UR. Para cada UR, a uma determinada temperatura, a
semente atinge um teor de água em equilíbrio.
 Temperatura do ar de secagem: por estarem em contato constante com a
temperatura que lhes é proporcionada, as sementes tendem-se a igual a temperatura exposta,
portanto, há de se obter precauções quanto a exposição a altas temperaturas.

2.3.3.2 Secagem de fluxo continuo

Figura 5: Exemplo de secador de fluxo contínuo


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A secagem contínua é realizada, em geral, nos secadores contínuos que são formados,
fundamentalmente, por duas câmaras, uma de secagem e outra de resfriamento. O método contínuo
consiste em fazer passar as sementes uma só vez pela câmara de secagem, de tal forma que entrem
úmidas no topo e saiam secas na base do secador.
Assim, para que as sementes estejam prontas em uma única passagem, é necessário que a
temperatura dentro das câmeras seja bastante elevada ou então que, o fluxo de passagem das mesmas
seja mais lento. Esta exposição e altos níveis temperatura, ofertam as sementes riscos a sua qualidade.

2.3.3.3 Secagem de fluxo intermitente

Figura 6: Exemplo de secador de fluxo intermitente

Nesta técnica intermitente, a semente é submetida à ação do ar aquecido na câmara de


secagem por intervalos de tempo, diferente da contínua em que o processo se torna igual até a
finalização da secagem. Desta forma a secagem intermitente permite a homogeneização da umidade
e resfriamento quando as mesmas estão passando pelas partes do sistema onde estão passando pelas
partes do sistema onde não recebam ar aquecido. Este processo permite também que ocorra o
transporte de água do interior das sementes para o seu meio externo. Sobre o tempo de passagem das
sementes pelas câmaras de secagem são divididos em dois:
a)Método intermitente lento – esse método foi adaptado pelos tipos de secadores contínuo.
Quando a temperatura utilizada na secagem não é alta é utilizado esse método, pois, devido as
sementes não chegarem a secar em uma só passagem, há a necessidade da adaptação deste método
contínuo, afim de que elas retornem para o corpo do secador, com a finalidade de passar mais vezes
pela câmara de secagem.
b)Método intermitente rápido – esta denominação se dar por as sementes passarem através
do ar aquecido a intervalos regulares e mais frequentes do que no intermitente lento. Para secadores
que possuem ar aquecido forçado, é recomendável que, se utilizem temperaturas crescentes no início
e decrescentes no término da secagem, para evitar choques térmicos que podem causar fissuras.
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2.4 Armazenagem

A armazenagem é uma das práticas mais remotas e relevantes da humanidade. Mas somente
há algumas décadas esta incumbência passou a ter atribuição preponderante nas organizações, que
junto ao desenvolvimento da logística é utilizada como método para almejar uma vantagem competitiva
no mercado (GIOVANI; CHRIST, 2010).
Porém, esta prática não tem acompanhado o desenvolvimento das safras por ser uma atividade
que demanda altos custos para a sua instalação, e no Brasil, esta infraestrutura exige altas somas de
investimentos, tornando este, um dos principais motivos da adoção do método de armazenagem de
grãos. Devido à grande produção de soja no Brasil, esta prática tornou-se necessário, fazendo com
que o governo, através do Programa Nacional de Armazenagem (PRONAZEM), houvesse várias
atribuições monetárias por parte do Governo Federal, afim de suprir as carências estáticas e a
necessidade de um aumento da capacidade armazenadora. (NOGUEIRA; TSUNECHIRO, 2005).
Dentro da logística, a armazenagem se torna um dos processos fundamentais para o processo
de fluxo de insumos e também no quesito de integração que corresponde a insumos-produção-
distribuição de produtos.

Figura 7- Modelo de cadeia logística integrada Fonte:


CEL/COPPEAD (2004).
A armazenagem de grãos aqui no Brasil ainda é muito pequena relacionada a outros países
como França, Argentina e Estados Unidos, e o fator que condiciona a esse fator é o econômico. Por
ser um país em desenvolvimento e pouco investimentos nesta atividade. Acredita-se que uma unidade
produtora para ter uma economia necessita-se de uma unidade armazenadora, na qual pode minimizar
diversos riscos e prejuízos no ramo, tais como pressões naturais no tempo de colheita, perdas
quantitativas e qualitativas que ocorrem ainda no campo, economia no transporte, baixa qualidade com
o processamento em massa e inadequado no período de safra, entre outros. (AZEVEDO, et al., 2008)

2.5 Viabilidade
O empreendedorismo é a alma do negócio. Se não foi a persistência dos empreendedores o
país cairia na exclusão econômica. Para Souza (2004), a falta de plano de negócios pode resultar em
grandes prejuízos a novos empreendedores. “a decisão de ser um investidor é muito complicado,
porque inúmero fatores, inclusive de cunho pessoa, entram em questão”, ressalta o autor.
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Depois das perspectivas gerais (tecnologia acessível, mercado consumidor, logística e


distribuição, etc.), no plano de negócios pode-se apontar que a viabilidade de um negócio é
predeterminada por, segundo Woiler (2007):
1. Lucratividade, e
2. Necessidade de capitais.
A lucratividade deve ser analisada minunciosamente, pois uma averiguação geral das
condições e a crença de qualquer negócio gera lucros, pode ser falsa. Esta lucratividade vai depender
do preço e custo (necessidade de capitais). E nos custos é onde se encontra os maiores equívocos,
pois muitos esquecem de analisar os custos inviáveis ou indiretos. (MARTINI; PRICHOA; MENEGAT,
2009).
Dentro do cenário em estudo, o município de Balsas – MA. A implantação de um sistema de
armazenagem pode-se considerar, uma condição viável, pois a mesma demanda de um ramo forte de
agricultura, na qual propicia e necessita da utilização de unidades armazenadoras, ainda por questões
transportadoras, por ser uma cidade exportadora de grãos e que atende bem a demanda interna. Estes
fatores favorecem a viabilidade do negócio. Mas, antes de sua instalação deve-se fazer um
levantamento rigoroso de preços, custos e logística de transportes.

2.6. Logística

É a utilização de métodos e técnicas de gerenciamento de sistemas de insumos responsáveis


pela estruturação, controle e inovação, de forma eficiente e eficaz, do fluxo de armazenagem de
produtos, ou seja, bens e serviços, e, também informações pertinentes de cada processo, desde seu
ponto de partida até o produto final, buscando assim a qualidade no atendimento, atendendo de forma
satisfatória todos os clientes. (ALEIXO; SILVA, 2015).
Logística empresarial tem objetivo de possibilitar ao cliente os graus de serviços que possui
indispensabilidade. O alvo da logística é disponibilizar objetos ou serviços no local devido, nas
circunstâncias devidas, no período vigente e com o preço acessível. (BALLOU, 2015).
Em outras palavras, a logística é responsável por realizar uma pesquisa de mercado, na qual
serão verificadas as melhores de condições de armazenamento e transportes de produtos e/ou
serviços, atendendo da melhor forma as demandas de mercado como, qualidade, preço, quantidades
entre outros (Figura 8) (ALEIXO; SILVA, 2015). Em Balsas, para instalar uma unidade armazenadora,
deve-se realizar, antes, uma averiguação logística, pesquisando local, produtos utilizados, locais de
transportes, valor da mercadoria, ou seja, n fatores para que a armazenagem se torne de fato um lucro
e um incremento bom para o ramo agrícola.
O mapa a seguir demonstra áreas de maiores produções de soja no Brasil. É relevante dentro
da logística fazer esse mapeamento de áreas de maiores produções para que seja viável o negócio.
Através do mapa, observa-se que a maior concentração de produção de grãos está no Centro-Oeste,
no oeste baiano e mineiro e também, em área do Sul. Está sendo demonstrado na figura a produção
de soja por exemplo, no qual observa-se mais uma vez, maior concentração, principalmente, no Mato
Grosso, onde se tem as cidades de maiores destaques da produção agrícola. (IBGE, 2014).
Estas cidades onde possui essa grande concentração de agronegócio, são intituladas “cidades
do agronegócio” (ELIAS, 2003), elas possuem todo um conjunto de modernidade e industrias com toda
a infraestrutura para o funcionamento: escritórios, sistemas técnicos bancários, formando uma grande
rede de negócios. (FREDERICO, 2010).
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Figura 8 - Acompanhamento da safra brasileira de grão. CONAB 2016.

3 METODOLOGIA APLICADA

Foi aplicada neste trabalho a metodologia de uma pesquisa exploratória. De acordo com Gil
(2008) o tipo de pesquisa exploratória oportuniza maior informações sobre aa situação problema, na
qual pode incluir um levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas experientes no problema
pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso.
A pesquisa foi realizada através de levantamento bibliográfico sobre a temática utilizada e
informações da situação na cidade de Balsas – MA sobre a dificuldade de inserção de armazenagem
de grãos. Após coletada dos dados, foi extraída informações acerca destas dificuldades e
posteriormente foi realizada uma análise dos fatores que influenciam nesta dificuldade.
Foi aplicado um questionário aos produtores rurais, nos quais foram verificados quais as
dificuldades de inserções de uma unidade armazenadora para cada produtor, visto que, na cidade,
atualmente possuem 150 fazendas produtoras e apenas 15 destas possuem armazenagem de grãos.
Justamente pela afirmação principal, de altos custos para a implantação de uma unidade de
armazenagem. Os dados foram analisados e discutidos sobre os fatores que mais se destacam para
os desafios da armazenagem de grão no município de Balsas – MA.

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

O principal objetivo deste estudo foi analisar os desafios da armazenagem na cidade de Balsas.
Para realizar as análises foram utilizadas informações bibliográficas acerca do tema, aplicação de
questionário para coletar informações pertinente, foi feita a análise dos fatores condicionantes.
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A abordagem das condições geográficas das logísticas nos fornece a compreensão de que a
interligação de comunicação e circulação é fundamental para a movimentação de capitais (SILVEIRA,
2011). O sistema de armazenamento faz um papel fundamental nesse sistema, pois integra as ações
de técnicas e normas, objetos e ações e faz a junção de vários entes sociais como, empresas,
municípios, estados e países.
O agronegócio do Brasil configura uma supremacia devido as análises técnicas e legais atuais
dos sistemas de armazenamento, a concepção de armazéns no território nacional e os objetos técnicos
relacionados às armazenagens. Estas condições se ligam ao capital financeiro e ao mercado
internacional as inúmeras etapas do processo de produção (SANTOS; SILVEIRA, 2008).
Assim, as empresas que fazem transição de grãos entre nações, devem possuir, em suas
localidades, sistemas de armazenamento para suprir suas demandas, se tornando principais vetores e
agentes da agricultura modernizada. A agricultura tem referências planetárias. A vida é regida por
insumos agrícolas, eles são quase o total da matéria prima utilizada para a utilização de bens e
consumos finais (SANTOS, 2009).
Portanto, ainda são encontradas algumas dificuldades de inserção de armazenagens, devido
altos custos, poucos investimentos por parte do governo, desconhecimento sobre os benefícios da
unidade pelos produtores, entre outros, mas, é importante que os produtores, que produzem em larga
escala principalmente, possuam sistema de armazenagem para minimizar riscos e prejuízos. Buscando
sanar os desafios de inserção com um estudo de logística, viabilidade e produzindo um plano de
negócios anteriormente.
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REFERÊNCIAS

FEREIRA, B., SILVEIRA, F. G., GARCIA, R. C. Agricultura familiar e o PRONAF: contexto e


perspectivas. In GASQUES, J. G., CONCEIÇÃO, J. C. (Orgs.): Transformações da agricultura e
políticas públicas. Brasília: IPEA, 2001.
AVELAR, S.A.; VILLELA, F.A.; PESKE, S.T.; Avanços na secagem de sementes, emprego de ar
desumidificado por resfriamento. Revista Grãos – da semente ao consumo, julho/agosto, 2013.
COMIL – Silos e Secadores: Secadores. Disponível em:
http://www.comil.com.br/ptb/produtos/secadores, acesso em 18 de novembro de 2017.
PESKE, S. T.; ROSENTHAL, M. D.; ROTA, G. R.M. Sementes: Fundamentos
científicos e tecnológico. 3º edição. Pelotas: Editora rua Pelotas, 2012. 573p.
NOGUEIRA, S. J., TSUNECHIRO, A. Produção Agrícola e Infraestrutura de Armazenagem no Brasil.
Revista: Informações Economicas. São Paulo. Vol. 35, nº2. 2005.
FIGUEIREDO, Kleber. Gestão estratégica de armazenagem. Rio de Janeiro: CEL- COPEAD, 2004.
SOUZA, Alceu. Decisões financeiras e análise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações.
5ed. São Paulo: Atlas, 2004.
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São
Paulo: Atlas, 2015.
GIOVANE, H., CHRIST, D. Estudo sobre processo de armazenagem de grãos: um estudo de caso –
região de Francisco Beltrão - PR. Ciências Sociais Aplicadas em Revistas - UNIOESTE/MCR - v.10-
n18 - 1° sem 2010 - p. 139 a 152.
AZEVEDO, et al. A capacidade estática da armazenagem de grãos no Brasil. XXVIII Encontro
Nacional De Engenharia De Produção. A integração de cadeias produtivas com a abordagem da
manufatura sustentável. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008.
CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de grãos – v. 1, n. 12 - Décimo Segundo
Levantamento, set. 2014. Brasília: Conab, 2014. Disponível em:
<http://www.conab.gov.br>. Acesso em 20 de novembro de 2017.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal – PAM/IBGE. 2012.
Disponível
<http://ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pam/United Nations World Food Programme -
http://www.wfp.org/> Acesso em 20 de novembro de 2017.
ELIAS, Denise. Globalização e Agricultura: a região de Ribeirão Preto. São Paulo: Editora
Universidade de São Paulo, 2003

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