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CÓDIGO MUNDIAL DE ÉTICA DO TURISMO

Gabriel Betoni
Gabrielly Nery
Isadora Ribeiro
Paloma da Fonseca
Raquel Guimarães

Resumo: Este presente artigo tem o objetivo de apresentar os elementos que


constituem o regente Código de Ética Mundial para o Turismo, criado por
membros da Organização Mundial do Turismo (OMT), representantes do setor
turístico mundial, delegados de Estados, territórios, empresas, instituições e
organismos, reunidos na Assembleia Geral, em Santiago, Chile, em 1º de
outubro de 1999. Bem como analisar o conceito de ética, generalizadamente e
intrínseco ao turismo, que de acordo com a pesquisa, está vinculada
principalmente em agir adequadamente e com respeito ao ser humano. A ética
no turismo é notoriamente percebida nas relações com o meio ambiente, na
integridade moral das empresas, na hospitalidade, na liberdade de
deslocamento, e no respeito às culturas visitadas. Por isso, os estudos
abordando turismo e ética são imprescindíveis, pois contribuem para práticas
benignas no mercado de trabalho do setor.

Palavra chave: turismo, ética e código.

Abstract: This article aims to present the elements that constitute the Global
Code of Ethics for Tourism, created by members of the World Tourism
Organization (UNWTO), representatives of the world tourism sector, delegates
from States, territories, companies, institutions and bodies, gathered at the
General Assembly in Santiago, Chile, on October 1, 1999. As well as analyzing
the concept of ethics, generally and intrinsically related to tourism, which
according to the research is mainly related to acting properly and with respect to
the human being. Ethics in tourism are notoriously perceived in relations with
the environment, in the moral integrity of companies, in hospitality, in freedom of
movement, and in respect to the cultures visited. Therefore, studies addressing
tourism and ethics are essential, as they contribute to benign practices in the
labor market of the sector.

Key words: tourism, ethics and code.

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INTRODUÇÃO

A Organização Mundial do Turismo (OMT) foi criada em 1925 como uma


organização internacional não governamental que reunia associações privadas
e governamentais de turismo. Em 2003, tornou-se uma agência especializada
das Nações Unidas. Sua missão consiste em promover o turismo sustentável,
responsável e universalmente acessível como indutor do desenvolvimento
inclusivo, a criação do Código Mundial de Ética do Turismo, foi aprovada em
1999 em Santiago do Chile e veio para dar credibilidade ao setor.

Segundo Elidio Vanzella (2014) o turismo é visto muita das vezes como um
fator de grande e rápido crescimento econômico e como estratégia de lucro
para lugares com baixo índice de desenvolvimento.

Ainda Vanzella o turismo apresenta impactos negativos e positivos. Os


impactos negativos do turismo nas localidades pode ser poluição, depredação
da natureza, aumento do custo de vida, entre outros; O impacto positivo é que
trazem benefícios à sociedade como oportunidades de emprego, renda,
valorização do local e entre outros.

De acordo com o Código de Ética Mundial do turismo (1999), ética


está ligada ao comportamento humano e às relações entre as pessoas, por
isso o Código de Ética do Turismo é importante, para ajudar na melhora dessa
relação, estabelecendo contratos e entre outros. Portanto, neste artigo
apresentaremos o conceito de turismo e ética, apresentando os códigos que
foram estabelecidos juridicamente por autoridades políticas.

Portanto, o código de ética é um instrumento que busca a realização dos


princípios, visão e missão da empresa, sendo assim o Código de ética pode ser
visto como uma orientação para a organização que deve ser seguida no
turismo. (VANZELLA, 2014)

Breve descrição sobre os 10 Códigos de Ética Mundial do Turismo:

O capitulo 1. Artigo 1º Contribuição do turismo para a compreensão e


respeito mútuo entre homens e sociedade. Neste artigo de forma geral trata da
realção humana, o respeito às diferenças culturais, morais e religiosas.

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O capitulo 2 Artigo 2º. O turismo, vetor de desenvolvimento individual e
coletivo. Esse artigo nos mostra o turismo não só como uma atividade de
lazer,mas como um meio de crescimento pessoal e social.

O capitulo 3 Artigo 3º O turismo, fator de desenvolvimento sustentável. O


artigo dá destaque ao meio-ambiente e destaca o ecoturismo como uma forma
de promover a proteção do meio ambiente.

O capitulo 4. Artigo 4º. O turismo, utilizador do patrimônio cultural da


humanidade e contribuindo para o seu henriquecimento. Prioriza-se neste
artigo o respeito e cuidado pelo patrimônio artístico, cultural, arqueológico
assim como os monumentos históricos, santuários e museus e estimula a
conservação destes. Um ponto importante neste artigo é que os recursos
arrecadados devem ser revertidos para manutenção dos mesmos.

O capitulo 5. Artigo 5º O turismo, atividade benéfica para os países e


comunidades de acolhimento. O presente artigo trata a importância do
planejamento de recebimento dos turistas já que a atividade turística gera um
impacto positivo economicamente as localidades receptoras.

O capitulo 6. Artigo 6º. Obrigações dos atores do desenvolvimento


turístico. Este artigo tem o objetivo de instruir o comportamento dos agentes de
turismo ao divulgar o destino, a transparência das clausulas dos contatos
propostos aos clientes; Ainda neste artigo vemos que é dever do agente de
turismo promover a segurança, conforte e satisfação do cliente.

O capitulo 7. Artigo 7º. Direito ao turismo. Discute-se neste artigo o


direito de todos ao turismo, com referência ao turismo social, que é o objetivo é
possibilitar que todas as pessoas tenham acesso ao turismo.

O capitulo 8. Artigo 8º. Liberdade das locações turísticas. Neste artigo é


prezado o os benefícios de turistas e visitantes, respeitando-se o Direito
Internacional e as legislações nacionais, da liberdade de circulação, quer no
interior do seu país, quer de um Estado para outro, em conformidade com o
artigo 13. 13 da Declaração Universal dos Direitos Humanos

O capitulo 9. Artigo 9º. Direito dos trabalhadores e dos empresários na


indústria turística. O artigo aborda os direitos dos trabalhadores formais como

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os autônomos, prestadores de serviço, muito comuns na área da atividade
turística como os empreendedores, ressaltando os pequenos e médios
empresários.

O capitulo 10. Artigo 10º. Aplicação dos princípios do Código Mundial de


Ética do Turismo. Neste artigo falam da importância do Código, que é
fundamental a todos os envolvidos, os atores públicos e privados do
desenvolvimento turístico cooperam na aplicação dos presentes princípios
deve cuidar o controle da sua efetivação.

A metodologia usada para o desenvolvimento deste artigo foi baseada


no Código de Ética Mundial do Turismo criado pela Organização Mundial do
Turismo e usamos pesquisas bibliográficas elaboradas por autores
conceituados no assunto, com mestrado ou doutorado que publicaram seus
artigos na internet.

1. ÉTICA

Carneiro (2017) fala que A ética é um ligado de princípios apresentando por


uma sociedade. ALFREDO CARNEIRO (2017)

De acordo com Alencastro (1997) a ética é uma característica pertencente a


toda conduta humana e, é uma parte importante na formação da verdade
comum. Toda pessoa possui um senso ético, estando sempre julgando as
ações para entender se são más ou boas. Existem sempre ações humanas
classificáveis se tá certo ou errado. Mesmo que associadas com o agir
individuais, essas classificações sempre têm conexão com as matrizes
culturais que aparecem em algumas sociedades. MARIO ALENCASTRO
(1997)

Segundo Alencastro (1997) uma espécie de teoria sobre a prática moral, um


pensamento teórico que analisa os fundamentos e princípios de um especifico
sistema moral, isso seria a ética. MARIO ALENCASTRO (1997)

Vieira, 2017 fala que a ética está ligada à orientação para uma vida em
sociedade. Normalmente, está relacionada às ideias de bem. RICARDO
BEZERRA CAVALCANTI VIEIRA (2017)

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Segundo ALENCASTRO, 1997, A ética também não tem caráter apenas
descritivo, pois explicar o costume moral. A ética não possui a função de criar
juízos de valor quanto à prática moral de outras pessoas, mas explicar a razão
de ser destas diferenças. MARIO ALENCASTRO (1997)

2. DIFERENÇA ENTRE ÉTICA E MORAL:


Segundo BARBOSA, 2006 podemos afirmar
que “Ética, expressão de origem grega
entendida como interioridade do ato é, na
concepção de Aurélio, feminino substantivado
derivado do adjetivo ético, aplicada no estudo
dos juízos de apreciação que se refere à
conduta humana susceptível de qualificação do
ponto de vista do bem e do mal, seja relativa à
determinada sociedade, seja de modo absoluto
para qualquer tempo e lugar, quer para grupo
e/ou pessoa. A moral, termo de origem latina,
no sentido substantivo implica em codificação
de regras, leis, normas, valores e motivações
que governam o agir e a conduta humana.”.

ARTIGO 1° CONTRIBUIÇÃO DO TURISMO PARA O ENTENDIMENTO E


RESPEITO MÚTUO ENTRE HOMENS E A SOCIEDADES

De acordo com dados da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO,


1999, O entendimento e a promoção dos valores éticos comuns da
humanidade tendo tolerância e respeito às diversidades, são a consequência e
o fundamento do Turismo responsável. Os agentes da área do turismo e os
turistas devem respeitar as tradições e práticas sócias e a cultura de todos os
povos, quaisquer que sejam eles. As atividades do turismo se organizarão em
respeito às diferenças e tradições dos lugares receptores, tendo em mente
suas leis e costumes. Comunidades receptoras e agentes locais deverão
conhecer e respeitar os turistas visitantes, se informar sobre sua cultura e suas
expectativas. A educação e a formação dos profissionais contribuem para uma
melhor recepção aos turistas.

Ainda segundo dados da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO,


1999, As autoridades públicas têm a função de proteger os turistas, visitantes e
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seus pertences. Ficarão com a tarefa de conceder atenção especial aos
turistas estrangeiros, por causa de sua vulnerabilidade. Os crimes dirigidos
contra turistas ou trabalhadores do setor turístico, tanto como a vandalização
instalações turísticas ou do patrimônio natural ou cultural, devem ser
repudiados com severidade, conforme a respectiva legislação nacional. Nos
seus descolamentos, os apartar de qualquer ato considerado crime pelas leis
do país que visitam, assim como todo comportamento que possa escandalizar
população local, ou que possa malgastar o entorno do lugar. Os turistas e
visitantes têm o compromisso de se informar desde sua saída. De qualquer
forma serão informados sobre os riscos daquela localidade e assim deverão se
comportar de forma que evite e diminua estes riscos.

ARTIGO 2° O TURISMO, INSTRUMENTO DE DESENVOLVIMENTO


PESSOAL E COLETIVO.

Conforme a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 1999, O turismo


é uma atividade ligada na maioria das vezes ao descanso, lazer esporte e a
aproximação à cultura e a natureza, deve ser planejado e praticado como um
meio de desenvolvimento individual e coletivo. Sendo considerada a abertura
de espírito necessário, que é um fator incomutável de autoeducação, tolerância
mútua e conhecimento das diferenças entre os povos, culturas e diversidades.

Segundo a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 1999, As


atividades turísticas devem respeitar a equidade entre homens e mulheres, e
ainda assim, devem ser incentivados os direitos humanos e em especial, os
direitos específicos dos grupos populacionais mais vulneráveis, tais como
crianças, maiores de idades, pessoas incapacitadas, as minorias étnicas e os
povos autóctones. A exploração de seres humanos seja ela de qualquer forma,
em especial a sexual, principalmente quando afeta crianças, fere os objetivos
fundamentais do turismo e nega sua essência. Logo, segundo o direito
internacional, deve-se combatê-la sem exceções, com a ajuda de todos os
estados interessados, e punir os autores desses atos com a justiça das
legislações nacionais dos países visitados e dos seus países, mesmo que
cometidos no exterior.

De acordo com a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 1999, Os


deslocamentos por razões como religião, saúde, educação e intercâmbios tanto
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culturais quanto linguísticos, formam formas singularmente interessantes e
merecem serem promovidos. Assim, será favorecida a introdução de
programas de estudo, tais como os intercâmbios turísticos, dessa maneira
mostrando seus benéficos econômicos, sócias e culturais, porém, também,
mostrando seus riscos.

ARTIGO 3: O TURISMO, FATOR DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), 1999, todos


os agentes de desenvolvimento turístico estão sob o encargo da proteção ao
meio ambiente e recursos naturais, com perspectiva de um crescimento
econômico constante e sustentável, que seja capaz de satisfazer as
necessidades e aspirações das gerações presentes e futuras.

Ainda de acordo com a Organização Mundial do Turismo, as autoridades


públicas nacionais, regionais e locais deverão favorecer e incentivar todas as
modalidades de desenvolvimento turístico que permitam preservar recursos
naturais escassos e valiosos, em particular a água e a energia, e evitar no que
for possível a produção de resíduos. Se procurar distribuir no tempo e no
espaço os fluxos de turistas e visitantes, em particular por intermédio das férias
remuneradas e das férias escolares, e, equilibrar melhor a frequência com a
finalidade de reduzir a pressão que exerce a atividade turística no meio
ambiente, aumentando seus efeitos benéficos no setor turístico e na economia
local (Organização Mundial do Turismo – OMT, 1999).

Será concedida a infraestrutura e serão programadas atividades


turísticas de forma que se proteja o patrimônio natural que constituem os
ecossistemas e a diversidade biológica, preservando espécies em perigo da
fauna e da flora silvestre. Deve-se admitir que se impusessem limites às
atividades turísticas quando as mesmas sejam exercidas em espaços
particularmente vulneráveis: regiões desérticas, polares ou de alta montanha,
litorâneas, florestas tropicais ou zonas úmidas, que sejam próprios para a
criação de parques ou reservas protegidas (Organização Mundial do Turismo –
OMT, 1999).

O turismo de natureza e o ecoturismo deverão ser reconhecidos como


formas de turismo particularmente enriquecedoras, sempre que respeitem o

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patrimônio natural e a população local e se ajustem à capacidade de carga dos
lugares turísticos (Organização Mundial do Turismo – OMT, 1999).

ARTIGO 4 :O TURISMO, UTILIZADOR DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA


HUMANIDADE E CONTRIBUINDO PARA SEU ENRIQUECIMENTO.

Segundo a Organização Mundial do Turismo: o patrimônio cultural e as


tradições do determinado destino turístico são destacados neste artigo. A
politica e as atividades turísticas se desenvolvem a partir dos patrimônios
históricos, artísticos, arqueológicos e culturais. Estão sempre visando
conservar para as futuras gerações. Deve-se existir um cuidado especial à
preservação dos museus, santuários e monumentos. Deve ser encorajado o
acesso dos turistas aos bens e monumentos culturais privados, no respeito
pelos direitos dos seus proprietários.

Segundo Elidio Vanzella (2014) é muito importante lembrar que os


recursos obtidos com as visitas a esses locais devem ser revertidos para a sua
manutenção, para que seja preservado.

ARTIGO 5: O TURISMO, ATIVIDADE BENÉFICA PARA OS PAÍSES E PARA


AS COMUNIDADES DE DESTINO.

Segundo Brambilla, Vanzella (2014), esse artigo fala do valor das


populações que recebem o turista na elaboração da atividade turística, essa
atividade ira atingir diretamente no jeito de vida local.

O código de ética mundial do turismo foi feito pela Organização Mundial


do turismo. O quinto artigo tem 4 subtítulo, que segundo a Organização
Mundial do turismo(1999), podemos afirmar que nos artigos :

Os moradores do local devem estar aliados nas atividades turísticas e


ter participação nas vantagens culturais, econômica e sociais quem fornecem
empregos diretos e indiretos. As políticas turísticas devem ser dirigidas de uma
forma que ajudem na melhoria do padrão de vida dos cidadões das regiões
visitadas. A visão urbanística e arquitetônica e a maneira de estudo das
estâncias e alojamentos turísticos precisam visar a melhor união no cenário
social e econômico local. Em situação de semelhança de capacidade, dever
ser priorizada a mão de obra local.

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E ainda de acordo com a Organização Mundial do Turismo (1999)
Precisa ter uma atenção especial devem ser dadas as dificuldades próprias das
zonas costeiras e as áreas insulares, como ás zonas rurais e serranas, onde o
turismo significa uma das raras chances de aumento face ao caimento das
normais atividades econômicas. Os especialistas do turismo devem estudar e
saber os efeitos dos seus planejamentos de desenvolvimento nas redondezas
e ao meio ambiente. Também prestar conhecimento dos futuros programas e
aos impactos prováveis, com sinceridade, gerando diálogos com as populações
empenhadas.

ARTIGO 6: OBRIGAÇÕES DOS ATORES DO DESENVOLVIMENTO


TURÍSTICO

De acordo com Elidio Vanzella (2014) Os Agentes profissionais do


turismo tem como dever apresentar aos turistas informações objetivas e
sinceras sobre o destino, sobre as condições do destino, o acolhimento e a
estadia. Garantem a perfeita transparência das cláusulas dos contratos
propostos aos seus clientes sendo matéria da natureza, preço e qualidade das
prestações de serviço que se comprometem a oferecer.

E ainda, os agentes profissionais do turismo cooperam com as


autoridades públicas, prezando a segurança, prevenção de acidentes, proteção
sanitária e higiene alimentarem do que aos seus serviços recorrem. Zelam para
que seus clientes tenham sistema de seguros e assistências apropriados. Os
agentes aceitam a obrigação de prestar contas e cumprir as exigências das
regulamentações nacionais e se quando necessário, pagar uma indenização
equitativa no caso do não cumprimento das obrigações contratuais.

O Governo também entra com a responsabilidade de informar aos


viajantes as condições ruins, do perigo que podem encontrar nas locomoções;
Claramente, dando informações que não prejudiquem agressiva a indústria
turística aos países de acolhimento e o interesse dos seus próprios
operadores. O Governo deve discutir antecipadamente com as autoridades dos
países acolhedores antes de passar qualquer informação; (AZEVEDO, 2014)

De acordo com Elidio Vanzella (2014) a imprensa também tem a


responsabilidade de passar informações sinceras sobre o destino turístico. E o

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Código Mundial de Ética no turismo se refere novamente ao turismo sexual,
deixando claro que a imprensa não deve de forma alguma incentivar o turismo
sexual.

ARTIGO 7:DIREITO DO TURISMO

De acordo com Brambilla, Vanzella (2014) no artigo sétimo, é abordado


o direito de todos ao turismo, com a citação do turismo social.

Lendo o código de ética mundial do turismo, podemos ver que o sétimo


artigo possui quatro pontos, que de acordo com a Organizaçao Mundial do
Turismo são esses:

A chance de acesso direto a e pessoal a conquistas dos rendimentos do


nosso mundo será um direito aberto, a todos os indivíduos do planeta. A
presença cada vez mais abundante no turismo nacional e internacional deve
ser vista como uma das melhores expressões capazes do aumento seguido do
tempo livre, e não deve ser complicada. O direito ao turismo para todo mundo
deve ser aceito como fruto ao repouso e aos tempos livres e, em especial a um
razoável controle do espaço de tempo ao trabalho e folgas periódicas pagas.

E ainda o turismo social, principalmente o turismo institucional que


facilita o alcance da maior parte dos cidadãos ao lazer, as viagens e as férias,
precisara ser ampliado com ajuda das autoridades. Deve ser estimulado e
oferecido o turismo de deficiente, idosos, das famílias, dos jovens e estudantes.

ARTIGO 8: LIBERDADE DO DESLOCAMENTO TURÍSTICO.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), 1999, em acordo


com o direito internacional e as leis nacionais, os turistas e visitantes se
beneficiarão da liberdade de circular no interior de seus países e de um país a
outro, conforme o art. 13 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e
poderão ter acesso às áreas de trânsito e permanência, assim como aos
lugares turísticos e culturais, sem formalidades exageradas, nem
discriminações.

É reconhecida aos turistas e visitantes a permissão de utilizar todos os


meios de comunicação disponíveis, interiores e exteriores, devem beneficiar-se
de um pronto e fácil acesso aos serviços administrativos judiciários e de saúde
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locais, bem como ao livre contato com as autoridades consulares do seu país
de origem, em conformidade com as convenções diplomáticas vigentes
(Organização Mundial do Turismo – OMT, 1999).

Os turistas e visitantes devem ser beneficiados com os mesmos direitos


dos cidadãos do país visitado quanto à confidencialidade dos dados e
informações pessoais, particularmente quando a informação estiver
armazenada em meio eletrônico (Organização Mundial do Turismo – OMT,
1999).

Os procedimentos administrativos do cruzamento de fronteira,


estabelecidos pelos Estados ou resultantes de acordos internacionais, como os
vistos, ou as formalidades sanitárias e alfandegárias, devem ser adaptados de
modo a facilitar ao máximo a liberdade de viajar e o acesso do maior número
de pessoas ao turismo internacional. Os acordos entre grupos de países
visando harmonizar e simplificar tais procedimentos devem ser encorajados.
Serão promovidos acordos entre grupos de países para harmonizar e
simplificar esses procedimentos. As taxas e encargos específicos que
penalizem o setor turístico e diminuam sua competitividade serão eliminados e
corrigidos progressivamente (Organização Mundial do Turismo – OMT, 1999).

Sempre que a situação econômica de seus países de origem o permita,


os viajantes poderão dispor das concessões de conversão monetária de que
precisem para seu deslocamento (Organização Mundial do Turismo – OMT,
1999)

ARTIGO 9° DIREITO DOS TRABALHADORES E DOS EMPRESÁRIOS


DA INDÚSTRIA TURÍSTICA

Este artigo consiste na valorização dos direitos trabalhistas no ramo


turístico. De acordo com a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 1999,
todos os agentes do turismo devem ter uma proteção social assegurada, seja
ele um trabalhador assalariado ou sazonal. A proteção social consiste na
remuneração adequada para que o trabalhador do ramo possa obter seu
sustento. De acordo com Luiz Inácio Lula da Silva, 2008, o trabalhador no setor
turístico que demonstrar qualificações necessárias para exercer em alguma

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área, deve receber estímulos ao desenvolvimento, pois esse fator irá contribuir
para o desenvolvimento da indústria turística mundial.

Ainda conforme a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 1999, as


empresas multinacionais devem obter uma atenção especial voltada para o
fluxo turístico intensivo nas comunidades receptoras, pois, não se deve se
preocupar em mudar modelos culturais e sociais, mas sim, se preocupar com a
importância que deve ser reconhecida, que é: investir e operar comercialmente,
assim, se comprometendo com o desenvolvimento local.

ARTIGO 10° APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO MUNDIAL


DE ÉTICA DO TURISMO

Segundo a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 1999, os direitos


trabalhistas no setor turístico devem ser compreendidos nos setores públicos e
privados, e aplicados nas empresas mundiais, zelando o papel dos agentes.
Consiste na proteção dos direitos humanos, do meio ambiente e da saúde,
valorizando os princípios gerais do Direito Internacional

Conclusão

Podemos concluir que, o Código de Ética deve se adequar à atividade


desenvolvida e ser resultado de uma adesão voluntária dos atores. Um Código
de Ética tem como objetivo evitar e apoiar a solução de problemas, sendo
considerado um guia de princípios. No caso do turismo torna-se insubstituível a
adoção de um Código, pois a atividade é designada pelo movimento constante
de pessoas, de regiões e nações diferentes, com legislações e costumes
importantes. Além disso, como toda atividade econômica gera impactos no
local onde se desenvolve. Os principais resultados alcançados com a adoção
desse Código são: firmamento da imagem das organizações turísticas, apoio
na solução de conflitos, manutenção dos atrativos naturais e culturais e bem
estar coletivo. Um dos itens a ser destacado no Código é a questão do respeito
correspondente, onde os visitantes, que trazem lucros e beneficios para as
localidades, devem ser bem recebidos pela comunidade, pelo trade e pelo
Governo, e ao mesmo tempo devem reverenciar os costumes e tradições
locais, as áreas de visitação e a cultura do pólo receptor. O Código deixa nítido
que a atividade turística tem impactos positivos e negativos e que visa o lucro,

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mas que pode obter esse lucro respeitando o ser humano, e inclusive estimula
esse lucro, através da perpetuação da atividade quando se preocupa com a
preservação do meio ambiente natural e cultural. Uma das colaborações deste
Código é estimular o progresso do turismo através do desenvolvimento da
comunidade, das empresas e dos trabalhadores. Sendo assim, pode-se
observar que o Código de Ética do Turismo cumpre seu papel, pois foi
elaborado de acordo com a realidade do turismo e com a participação dos que
atuam na atividade turística. Em seus dez artigos o Código abrange todos os
envolvidos, ou seja, turistas, comunidade, iniciativa privada, governo e
trabalhadores.

Referências

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<http://principo.org/a-importncia-da-tica1-mario-alencastro-1997.html>. Acesso
em: 22 dez. 2017.
BARBOSA, Manoel. Ética e moral. Disponível em:
<http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=S010159072006000300001&script=s
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BEZERRA, Ricardo . A Ética no Turismo. Disponível em:
<http://www.revistaturismo.com.br/artigos/etica2.html>. Acesso em: 23 dez.
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CARNEIRO, Alfredo. Qual a diferença entre ética e moral?. Disponível em:
<http://www.netmundi.org/filosofia/2016/conheca-diferenca-entre-etica-e-
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VANZELLA, Elídio; BRAMBILLA, Adriana. CÓDIGO MUNDIAL DE
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