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 Nos tempos antigos a família era considerada algo indissolúvel e sagrada.

Já nos tempos atuais não há mais um modelo único de família e o divórcio


se tornou mais frequente.
 O adolescente tem mais mecanismos de aceitação do divórcio do que uma
criança mas isto não impede que este passe por dificuldades durante o
processo.
 O adolescente que enfrenta uma situação de divórcio se depara com mais
um processo para passar além do que já passa construindo a sua identidade.
 Apesar de pesquisas antigas em que o divórcio era considerado algo que
trazia muitas dificuldades para os filhos, atualmente tem sido notado que
as consequências de um divórcio não precisam ser adversas.
 Conviver com os pais juntos e em conflito pode ser pior do que conviver
com os pais separados.
Possíveis consequências de um divórcio:
 Declínio econômico, mudança de casa e de escola, afastamento dos
amigos, menos acesso aos avós, menos contato com um dos pais,
instabilidade e conflito por guarda e pensão e recasamento.
Aspectos importantes que podem contribuir para o bom ou mau ajustamento com
o divórcio:
 Tempo de separação, personalidade dos filhos, idade dos filhos, gênero,
nível de conflito entre os pais e qualidade da parentalidade.

 É comum que filhos apresentem episódios depressivos, irritações, queda


no rendimento escolar, problemas de ajustamento e de relacionamento
interpessoal.

 Pode ocorrer o PAS (Síndrome de Alienação Parental)

O adolescente frente ao divórcio parental

 O adolescente pode vir a desenvolver uma autonomia e desidealização


prematura dos pais.
 É recomendado que os pais entrem em um acordo de manterem visitações
flexíveis aos horários dos filhos de forma a manterem a sua individuação.
 Pelo fato de na maioria das vezes ser a mãe quem fica com a guarda dos
filhos, o filho do sexo masculino pode sentir muita falta de uma figura
paterna para se espelhar. Não é citado no artigo o que acontece com filhas
que ficam separadas das mães.
 Vulnerabilidades podem surgir se o adolescente tentar viver de forma
independente e alheio às questões familiares.
 Independente da estrutura familiar adotada o adolescente precisa de
limites, apoio e continuidade nos cuidados.
 O processo de divórcio, se bem ajustado, pode trazer melhorias à qualidade
de vida do adolescente.

HACK, Soraya Maria Pandolfi Koch; RAMIRES, Vera Regina Röhnelt.


Adolescência e divórcio parental: continuidades e rupturas dos relacionamentos.
Psicologia Clínica, v. 22, n. 1, p. 85-97, 2010.

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