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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Princípio da Legalidade, Anterioridade e Reserva Legal ................................................................................2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Princípio da Legalidade, Anterioridade e Reserva Legal


Assim está previsto no Art. 1º do CP “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena
sem prévia cominação legal.” Esse texto legal traz insculpido em seu bojo três princípios fundamen-
tais, ou seja, o princípio da legalidade, da anterioridade de lei e o princípio da reserva legal.
O princípio da legalidade diz que somente por meio de lei em sentido formal (lei propriamente
dita) pode prever crimes e cominar penas. Contudo, o conceito do princípio da legalidade é muito
amplo e comporta de acordo com a constituição federal várias espécies de lei.
O princípio da reserva legal é um desdobramento do princípio da legalidade e diz que somente lei
em sentido formal estrito pode prever crimes. Quando falamos de lei em sentido estrito quer dizer
que estamos delimitando para que somente a ei ordinária preveja crimes e comine penas. Dessa
forma, somente lei ordinária na prática pode legislar sobre matéria penal.
Devemos nos atentar, pois não é possível previsão de crimes através de leis em sentido material,
como são os casos das medidas provisórias com força de lei (MP) e os atos administrativos, como são
os casos das portarias, decretos etc.
O princípio da legalidade e reserva legal, também pressupõe que toda infração penal para estar
completa obrigatoriamente deve estar revestida do preceito primário (a conduta) e do preceito se-
cundário (a pena). Assim, quando o artigo 121 prevê em seu caput: “Matar alguém (conduta) pena:
20 a 26 anos (a pena) esta descrevendo um crime completo sobre todos os prismas do artigo primeiro
do CP”.
→ Princípio da insignificância:
˃ Um dado importante é conhecermos já o princípio da insignificância:
Vamos usar aqui como referência o doutrinador Fernando Capez, que diz o seguinte, “Segundo
tal preceito, não cabe ao Direito Penal preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que não podem
ser admitidos tipos incriminadores que descrevam condutas totalmente inofensivas ou incapazes de
lesar o bem jurídico.” Ainda segundo o autor, o princípio não pode ser considerado em termos abs-
tratos e exemplifica: “Desse modo, o referido preceito deverá ser verificado em cada caso concreto,
de acordo com as suas especificidades. O furto, abstratamente, não é uma bagatela, mas a subtração
de um chiclete pode ser”.
O princípio da Insignificância, também chamado de bagatela é utilizados em crimes como o
furto irrisório, a lesão corporal de natureza leve é tão insignificante que não compensa ao direito
penal dispersar força para efetivar a punição, como é o caso de um beliscão.
→ O Supremo Tribunal Federal já se pronunciou e se pacificou no sentido de dar alguns requisitos
para a aplicação desse princípio, que são:
˃ Conduta minimamente ofensiva;
˃ Ausência de periculosidade social da ação;
˃ Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
˃ Lesão jurídica inexpressiva
→ Analogia em direito penal:
O importante em primeiro plano é saber que a analogia representa aplicar a uma hipótese que
não foi regulada por uma lei, a uma legislação de um caso parecido.
É de suma importância notar que não existe analogia penal incriminadora – in malam partem,
ou seja, para prejudicar a pessoa. Utilizamos analogia apenas para beneficiar o acusado, ou seja, in
bonam partem.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Vamos exemplificar para melhor visualizar a explicação: O art. 128 do CP prevê as hipóteses
legais de abortamento. O inciso 2º da norma penal dá o caso mulher é vitima é estupro e fica grávida.
A lei, nesse caso, admite a manobra abortiva. Mas o legislador impôs requisitos, quais sejam: que
haja consentimento da gestante e seja realizado por médico.
O crime de atentado violento ao pudor (hoje revogado) não era contemplado pela causa permissiva
do artigo 128, ou seja, se a mulher engravidasse por qualquer ato libidinoso diferente da conjunção
carnal, não poderia ela fazer o aborto. Contudo, o direito penal utilizava a causa permissiva de aborto
no caso de estupro no caso de violento atentado ao pudor para ajudar (beneficiar) a vitima do crime.
→ Sujeitos do crime:
˃ Temos duas figuras distintas quando falamos de crime:
» Sujeito ativo: Aquele que pratica o crime. Qualquer pessoa que tenha capacidade normal e
esteja sob as regras do código penal poderá cometer crime, inclusive a pessoa jurídica, que
pode ser sujeito ativo de crimes contra o meio ambiente.
» Sujeito passivo: Qualquer pessoa que a lei determine poderá se enquadrar como vítima
de um crime. As pessoas jurídicas somente poderão estar aqui presentes se o crime com
ela for compatível, como é o caso de furto e difamação, mas veremos esses tópicos mais
detalhadamente a frente.
EXERCÍCIOS
01. No vigente ordenamento jurídico brasileiro é possível a tipificação legal de uma conduta dita
como crime através de um decreto presidencial.
Certo ( ) Errado ( )
02. Indique, nas opções abaixo, dois princípios contidos no art. 1º do Código Penal:
a) Da legalidade e da anterioridade
b) Da reserva legal e da culpabilidade
c) Da proporcionalidade e da legalidade
d) Do duplo grau de jurisdição e da reserva legal
e) Da culpabilidade e do devido processo legal
GABARITO
01 - ERRADO
02 - A

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