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BACHERELADO EM MEDICINA
SINTESE DE ARTIGOS
BELÉM – PÁ
2018
WALTER PEREIRA DE MATOS
SINTESE DE ARTIGOS
BELÉM – PÁ
2018
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
4. Parasitas ............................................................................................................... 2
5. Conclusão ........................................................................................................... 12
6. Bibliografia .......................................................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO
As parasitoses intestinais ou enteroparasitoses decorrente de protozoários e/ou
helmintos, são um grande problema para o Brasil, isso porque estas infecções
primeiramente estabelecidas no tubo digestório tem alta incidência em nosso país
devido sua classificação emergente e por compartilhar de várias características de
nações subdesenvolvidas como a precariedade do sistema sanitário, a baixa
escolaridade da população e a dificuldade de acesso a politicas publicas de saúde.
Vale comentar que a tríade clássica das doenças se aplica perfeitamente visto que é
indispensável para que ocorra uma infecção: as condições do hospedeiro, a presença
do parasito e o meio ambiente.
Quanto a população, não há distinção entre sexo nem idade, porem o surgimento de
quadros clínicos mais expressivos é mais presente em crianças do que em adultos
isso se deve tanto pela exposição ao patógeno ser geralmente maior nas crianças
além de que mecanismos de defesa são mais efetivos em adultos por já haverem
sidos apresentados ao patógeno anteriormente.
2. REVISÃO ANATÔMICA
Para um melhor entendimento é bom relembrar que estes patógenos em sua maior
parte apresentam tropismo ao sistema digestório, e por tal motivo compreender o sitio
de infecção é extremamente importante independente da via de infecção sendo ela
passiva ou ativa.
3. REVISÃO FISIOLÓGICA
4. PARASITAS
Em relação ao parasito, incluídos nesse grupo tanto protozoários como os helmintos,
onde agentes podem ser denominados enteroparasitos pelo critério topográfico. Os
helmintos podem apresentar-se em formato chato ou cilíndrico, e, entre os
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4.1.1. Morfologia
Medem de 3 a 5 cm de comprimento, sendo os machos menores que as fêmeas. A
boca, localizada na extremidade anterior, é uma abertura simples e sem lábios onde
pode ser observado um pequeno estilete, seguida por um esôfago bastante longo e
delgado, que ocupa aproximadamente 2/3 do comprimento total do verme.
4.1.2. Habitat
Se tratando do seu local de infecção é importante relatar que os adultos de T. trichiura
são parasitos de intestino grosso, sendo que infecções leves ou moderadas o ceco e
cólon ascendente do hospedeiro são as principais regiões afetadas lembrando
também que o cólon distal, reto e porção distal do íleo podem ser infectados nas
infecções mais graves. A classificação de parasita tissular, é aplicada por muitos
autores visto que toda a região esofagiana do parasito penetra na camada epitelial da
mucosa intestinal do hospedeiro, onde se alimenta principalmente de restos dos
enterócitos lisados pela ação de enzimas proteolíticas secretadas pelas glândulas
esofagianas do parasito (esticócitos). A porção posterior de T. trichiura permanece
exposta no lúmen intestinal, facilitando a reprodução e a eliminação dos ovos.
(NEVES, 2005)
4.1.3. Transmissão
A doença geralmente é transmitida quando as pessoas comem alimentos ou bebem
água que contém os ovos destes vermes, vale lembrar que a contaminação dos
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alimentos também pode ocorrer por meio de moscas domésticas, que transportam os
ovos na superfície externa do corpo, do local onde as fêmeas foram depositadas até
o alimento.
4.1.4. Patogenia
Para se falar de patogenia deve ser ter em mente alguns fatores como, carga
parasitaria, estado imunológico do paciente, estado nutricional, idade do hospedeiro
e a distribuição dos vermes. A maioria dos pacientes não desenvolve quadro clinico e
a infecção é rapidamente eliminada, mas, em quadros persistentes a clinica mais
comum é como dores de cabeça, dor epigástrica e no baixo abdômen, diarreia, náusea
e vômitos.
Em relação ao tipo de lesão é sabido que não ocorre infecção infecções sistêmicas
sendo limitadas a alterações histopatológicas restrita ao epitélio e lâmina própria, este
que encarreta um aumento na produção de muco e um quadro inflamatório
característico da migração de células de defesa mononucleadas. É bom lembrar que
o prolapso retal é muito comum em crianças quando a infecção atinge o reto.
4.2.1. Morfologia
Estes parasitos possuem duas formas. Os trofozoítos tem 20 micrómetros de
comprimento e 10 µm de largura, forma de pêra e são móveis, possuindo quatro pares
de flagelos (anterior, posterior, ventral e caudal) e dois núcleos, dois corpos para
basais, e ainda dois axonemas cada um; enquanto os cistos são arredondados, com
dois ou quatro núcleos, quatro corpos para basais, quatro axonemas e com parede
celular grossa, imóveis, mas por essas condições, se tornam mais resistentes e com
maior potencial patológico.( NEVES, 2010)
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4.2.2. Transmissão
A forma de propagação e contagio é por meio de cistos onde após a ingestão seguindo
a passagem pelo estomago, os trofozoítos emergem do cisto (desencistamento) e
estabelecem a infecção duodenal ocasionando os sintomas característicos da
giardíase. Podendo assim formar novos cistos infectantes que por meio das fezes é
são transmitidas a outro hospedeiro
4.2.3. Patogenia
O intervalo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas de giardíase costuma ser
de duas semanas, mas pode durar vários meses. As manifestações clínicas mais
comuns são: evacuações líquidas ou pastosas, número aumentado de evacuações,
mal-estar, cólicas abdominais e perda de peso isso porque o parasito lesiona as
microvilosidades do intestino, dificultando a absorção de nutrientes; e por possuir
proteases que agem em glicoproteína, levando lesões à mucosa, desencadeando
também uma resposta inflamatória.
4.2.4. Habitat
O principal local de colonização é o lúmen do jejuno e duodeno, onde o agente atua
se replicando aderida ao muco ou a células epiteliais intestinais oque é interessante
pois esta é uma região hostil para muitos organismos. A sua adesão a mucosa é
multifatorial.
4.3.1. Morfologia
Os ovos de Hymenolepis nana possuem forma elíptica. A casca é formada por duas
membranas separadas por largo espaço claro, são finas e transparentes deixando ver
em seu interior o embrião hexacanto ou oncosfera com seus seis ganchos. Possuem
ainda duas pequenas saliências polares chamadas mamelões, das quais partem
filamentos. As larvas são pequenas, formadas por um escólex invaginado e envolvido
por uma membrana. Contém pequena quantidade de líquido e são denominadas de
larvas cisticercóides.
4.3.2. Transmissão
É disseminado através da ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes
infectadas. Pode ocorrer também através da mão contaminada pelas fezes
(transmissão pessoa-a-pessoa). Os insetos, carunchos de cereais infectados podem
ser ingeridos acidentalmente, resultando na transmissão do agente.
4.3.3. Patogenia
Ingestão de ovos, ingestão de larvas (hiperinfecção - autoinfecção interna retro
peristaltismo). Agitação, insônia, irritabilidade, sintomas nervosos e etc. Ação reflexa
e liberação de toxina: excitação do córtex cerebral: ataques epiléticos. Grande
produção de muco com ação imunológica específica (humoral e celular).
4.3.4. Habitat
verme pode causar extensas lesões na mucosa intestinal com pequenas ulcerações
e perda de peso. O habitat principal do verme adulto é no intestino delgado,
principalmente no íleo e jejuno do homem.
eliminação de ovos às vezes é irregular. Em relação ao tratamento deve ser feito com
praziquantel ou niclosamida
4.4.1. Morfologia
Em relação a sua família temos esses parasitos apresentam capsula bucal com
órgãos de fixação representado pôr placas ou pôr dentes. Os adultos dos Ancylostoma
duodenale machos tem a cor esbranquiçada, ligeiramente e uniformemente
encurvado medindo 7 a 11 mm de comprimento, com bolsa copuladora bem
desenvolvida. As fêmeas possuem a mesma coloração do macho, medem 10 a 14
mm de comprimento, calibrosas, terminando em ponta romba e com espinho cauda.
Já o Necator americanus: parasita habitual do homem, a cápsula bucal é pequena,
sendo observado no lado ventral um par de placas e no dorsal um dente seguido
profundamente no sentido subventral de um par de lancetas.
4.4.2. Transmissão
Após a eclosão dos ovos eliminados por fezes do hospedeiro, são disseminadas
diversas larvas estas chamadas de rabditoide, desta maneira abandonam a casca do
ovo, passando a ter vida livre no solo, onde após transforma-se numa larva que pode
penetrar através da pele do homem, denominada larva filarioide infestante
4.4.3. Patogenia
A ação patogênica varia conforme seu estado, sendo Resultado das ações das formas
larvárias e adultas sobre o organismo, e também na forma infectante onde a
passagem pelo tegumento cutâneo gerando prurido e infecções segundarias pelo
inóculo de bactérias. Passagem pelos pulmões gerando lesões, hemorragia e
irritabilidade, além de ações em sua forma adulta como ação espoliadora no intestino
delgado com destruição do tecido intestinal gerando hemorragias, ações toxicas pelas
excreções e secreções dos helmintos.
Vale apena destacar que a auto infecção é um dos fatores mais importantes uma vez
que com a perceistencia do patogeno o paciente pode desesnvolver quadros mais
graves como o comprometimento do pulmão e figado.
4.5.1. Morfologia
Este é um parasito interessante visto que ao contrario dos outros nemátodes, este
pode viver em indefinidamente no solo em formas livres. Este que é fusiforme, com a
fêmea apenas ligeiramente, se de todo, maior que o macho, ambos com apenas 3
milímetros. Só fêmeas podem ser parasitas, os machos vivem sempre livres no solo,
alimentando-se de detritos orgânicos por toda a vida. No ciclo parasitico, as fêmeas
reproduzem-se assexuadamente por partenogénese (põem ovos-clones, todos do
sexo feminino, sem fecundação por espermatozoide); enquanto as formas livres são
de reprodução sexual. (Barbieri Luna, 2007)
4.5.2. Patogenia
Tem sua sintomatologia variada de acordo com a forma infectante e o sistema imune
do hospedeiro principalmente, a suas principais ações nocivas quando a infecção são
lesões de ação mecânica, traumática, irritativa, toxica e antigênica.
Destaque para a faze cutânea onde a penetração da larva na pele ou mucosas; pode
ser discreta ou desapercebida porem em pacientes sensíveis ou na reinfecção:
prurido, edema, eritema, pápulas e reações urticariformes.
Já na fase Pulmonar ocorre a passagem das larvas dos vasos para os brônquios e
bronquíolos a nível de L3 > L4, ocasionando, febre, tosse, dispneia e edema,
chegando até a quadros disseminados onde Fêmeas partenogenéticas infestam os
pulmões causando Broncopneumonia, síndrome de Loefler, edema pulmonar e
dificuldade respiratória.
E por final a fase disseminada onde Imunodeprimidos como portadores do HTLV-1 &
HIV (Estudos/ mais prevalente) podem gerar grande quantidade de larvas nos
pulmões e intestinos e disseminar parar para rins, fígado, coração, cérebro, próstata
dando origem a processos inflamatórios associados a invasão bacteriana secundária,
este quadro geralmente é fatal.
4.6.1. Morfologia
Sexos separados, com dimorfismo sexual, sem faringe muscular, útero anterior ao
ovário, cercárias com cauda bifurcada. Em ovos ha à presença de espinho lateral,
forma elipsoide irregular com duas membranas envoltórias, mede 115 mm de
comprimento e 65 mm de largura. Já na forma de Miracídeos medem
aproximadamente o tamanho do ovo e de igual forma é também a primeira forma
larvária e embrionária, são móveis por possuírem cílios, e apresentam duas glândula
adesivas e uma glândula de penetração na região anterior ao corpo e por fim Cercária:
são delgadas, medem aproximadamente de 2 a 4 mm, com termotropismo positivo,
penetração ativa pela pele, podem ser subdividida em cabeça, corpo e cauda, sendo
essa última bifurcada. (FURB, 2008)
4.6.2. Transmissão
A transmissão ocorre por penetração das larvas em regiões de mucosa, ocorrendo
principalmente em lagos onde caramujos do gênero Biomphalaria (são os hospedeiros
intermediários), acabam por disseminar a larva na forma de sercaria, esta que tem a
forma ativa para a penetração.
4.6.3. Patogenia
A maioria das infecções são assintomáticas, mas em pacientes imunodeprimidos e
em indivíduos de áreas não endêmicas o quadro agudo se dá de modo abrupto com
quadros variados.
4.7.1. Morfologia
Em sua estrutura apresenta núcleo simples, flagelos, pseudópodes ou ambos, sendo
da ordem Amoebida (tipicamente uninucleado, sem flagelos) pertencendo a subordem
Tubulina (corpo cilíndrico, citoplasma se move apenas para uma direção) as espécies
diferenciam-se uma das outras, principalmente pelo tamanho do trofozoito e do cisto,
número de núcleos do cisto e formas de inclusões citoplasmáticas porem apenas a
Entamoeba histolytica é capaz de ser patogênica ao homem.
Possui morfologia vairada de acordo com a forma apresentada sendo elas formas
próprias para as seguintes fases de vida: trofozoíto, cisto, precisto e metacisto
4.7.2. Transmissão
Ingestão de cistos maduros através de água sem tratamento contaminada com
dejetos humanos e/ou alimentos contaminados (verduras cruas e frutas) assim como
alimentos contaminados pelas patas de baratas e moscas contendo cistos maduros
logo a principal causa é a disseminação do cisto por falta de higiene domiciliar
4.7.3. Patogenia
Segundo Richard D. Pearson, a patogenia varia de acordo com o quadro apresentado
sendo esta variante da forma do patógeno, existindo a forma de Trofozoíto e a Cisto.
O trofozoíto móvel alimenta-se de bactérias e tecidos, reproduz-se, coloniza o lúmen
e a mucosa do intestino grosso e, às vezes, invade tecidos e órgãos.
5. CONCLUSÃO
As infecções parasitárias do trato intestinal são fácil prevenção levando em
consideração a forma de contagio, que quase sempre está ligada a higiene, outro
ponto importante é que apesar do fácil tratamento há a possibilidade de danos severos
em casos de infecções persistentes, o que mostra a fragilidade e o descaso em
políticas públicas de saneamento básico e prevenção.
6. BIBLIOGRAFIA
ALESSANDRA L. MORASSUTTI, C. G. T. C. B. Parasitoses. MedicinaNet, 2014.
Disponivel em:
<http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5745/parasitoses.htm>. Acesso
em: 11 dez. 2018.