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INTRODUÇÃO

Imagine uma casa de madeira com lareira num dia de inverno rigoroso. Você
certamente usaria a lareira para aquecer o ambiente. Para isso, você utilizaria um certo
tipo de madeira, que seria queimada e, portanto, usada como combustível, liberando calor.
Pode-se então dizer que essa madeira teria na sua casa uma função energética.
Mas na casa existem outros tipos de madeira. O ipê, por exemplo, pode ter
sido utilizado na confecção do assoalho, o mogno, nas portas e nos armários, e assim por
diante. O que significa, que essas madeiras não estão ali para serem queimadas na lareira;
elas fazem parte da estrutura da casa. Pode-se então dizer que esses tipos de madeiras
teriam na sua casa uma função plástica ou construtora.
E com certeza, essas madeiras que fazem parte dos moveis, assoalho e paredes
da casa, não estão ali para serem trocadas rapidamente, e muito menos, para serem
consumidas por cupins e roedores. Por isso, se supõe terem sido escolhidas somente as
mais resistentes, e que ainda, receberam algum tipo de revestimento para realçar sua
beleza e para repelir insetos e roedores. Ou seja, o tipo de madeira e de revestimento,
exerce função reguladora sob a estrutura. Lhe conferindo estabilidade e longevidade de
uso.
E assim, também é dentro do nosso corpo. Os alimentos que ingerimos têm
função energética e plástica, dependendo de seu tipo, e também função reguladora.

Alimentos plásticos ou construtores. São aqueles que participam da estrutura dos


nossos tecidos. Fundamentais para o crescimento do organismo, renovam as partes
desgastadas.
Ex.: as proteínas, que realizam a reconstituição de tecidos. Alguns sais, como
o cálcio e o fosforo, que integram os ossos; e o ferro, constituinte do sangue. E de certa
forma, a água, que assume uma grande parte de nosso organismo.

Alimentos energéticos. São aqueles que atuam como “combustíveis” fornecendo para o
organismo a energia necessária para as atividades dos nossos órgãos.
Ex.: Carboidratos e lipídios, que podem ser armazenados e convertidos em
energia.
Alimentos reguladores. São aqueles que atuam regulando as inúmeras reações químicas
que ocorrem no organismo, sendo fundamentais para o funcionamento normal do corpo.
Ex.: vitaminas, sais minerais e fibras alimentares.
Contudo, este texto tratará apenas da função reguladora. E dela, serão
destacados somente as vitaminas e os minerais.
VITAMINAS
São um grupo de substâncias orgânicas essenciais, não sintetizadas pelo
organismo humano, mas que lhe são providas através da alimentação. As quais, dentro
do corpo humano, exercem função reguladora. Facilitando no metabolismo de
carboidratos, lipídios, minerais e proteínas; e atuando sobre diversos processos
bioquímicos, principalmente como catalizadores de reações químicas.

As principais fontes de vitaminas, são: as frutas, as verduras, os legumes, as


carnes, o leite, os ovos, os cereais, o Sol (fonte de vitamina D); e como consequência da
modernidade, os suplementos alimentares do tipo vitamínico. Que é uma alternativa para
aqueles que dispõe de pouco tempo para uma boa alimentação.

Em geral, as vitaminas são absorvidas pelo organismo humano em pequenas

quantidades. E caso se tente ultrapassar o limite orgânico, se cai num quadro clinico

chamado de hipervitaminose. Que é resultante a altas concentrações de vitaminas no

organismo, e só é possível, mediante a grandes doses de suplementos vitamínicos. Seus

sintomas variam conforme o tipo de vitamina acumulada. Mas, todavia, existem fatores

relacionados a carência vitamínica individual, que regulam a percentagem de vitaminas

que um indivíduo pode ingerir para mais ou para menos em relação a outro. Como

exemplo: a idade, o tipo de atividade profissional ou esportiva que exerce, o seu sexo,

estado de saúde, ou se é gestante ou lactante (as quais sofrem de carência desses nutrientes).

Fora o teor vitamínico do seu alimento, que varia com as estações do ano, com o tipo de
solo do cultivo e com a forma de cozimento do alimento.

Uma observação que muito se faz a respeito delas, é com respeito a sua
facilidade de absorção e excreção pelo corpo humano. Sobre o que já se sabe, todas as
vitaminas solúveis em gorduras (lipossolúveis) são de mais difícil absorção e excreção;
acumulando-se no fígado e nas células de tecido adiposo. E já, as vitaminas solúveis em
meio aquoso (hidrossolúveis), são de mais fácil absorção e excreção. O que significa
dizer, que todas do tipo lipossolúveis, devem serem ingeridas em menores quantidades
do que as do tipo hidrossolúveis. Que por serem absorvidas e excretadas com mais
facilidade, geram uma maior carência do que o outro grupo; que, ao se acumularem,
favorecem um quadro de hipervitaminose.
Mas, se de um lado do extremo, o excesso de vitaminas leva a
“hipervitaminose”, o que não é o ideal, a sua carência, leva “Avitaminose” do outro. Que
é um processo que se desenvolve progressivamente, até o esgotamento das reservas
vitamínicas, acompanhado por alterações bioquímicas, funcionais e, por último, lesões
anatômicas. Ou seja, tanto um como o outo, devem serem evitados.
Conforme a tabela.1, as vitaminas lipossolúveis são as vitaminas A,D,E e K. E
já as hidrossolúveis, são todas do complexo B, de B1 a B12 e a vitamina C.
LIPOSSOLÚVEIS
São solúveis em HIDROSSOLÚVEIS
lipídeos ou solventes São solúveis em água
apolares
Vitamina A ( Retnol) Vitamina B1 (Tiamina)
Vitamina B2 (Riboflavina)

Vitamina D Vitamina B3 ( Niacina)


Vitamina B5 ( Ác. Pantotênico)
Vitamina B6 ( Piridoxina)
Vitamina E Vitamina B9 (Ác. Fólico)

Vitamina B12 (Cianocobalamina)


Vitamina K
Vitamina C (Ác. Ascórbico )

Nas próximas linhas será feita uma breve explicação sobre cada uma delas.
PRINCIPAIS TIPOS DE VITAMINAS
Vitamina A. Participa da manutenção do tecido epitelial, auxilia no crescimento
do corpo e está relacionada com a visão.
A falta de vitamina A no organismo pode causar problemas de pele, crescimento
retardado e cegueira noturna, que é a dificuldade de enxerga em ambientes com pouca
luz. Se a deficiência de vitaminas A não for corrigida, a pessoa pode ficar totalmente
cega.
Fontes de vitamina A: leite, queijo, manteiga, gema de ovo, óleo de fígado de
bacalhau, verduras em geral, pimentão, cenoura, pêssego, mamão, etc.
Vitamina D. É indispensável para a absorção de cálcio e de fósforo no intestino
e para a boa formação dos ossos. A sua falta provoca raquitismo, que é uma doença que
leva os ossos a ficarem frágeis e a se deformarem.

Fontes de vitamina D: leite, ovos e manteiga, óleo de fígado de bacalhau, e os raios


ultravioletas da luz solar. Que depois de absorvidos pelo organismo humano, se
transformam em vitamina D. (Por isso, recomenda-se que as crianças tomem
regularmente, o sol anterior as 10 da manhã, e o após as 16 horas, por alguns minutos).

Vitamina E. As funções dessa vitamina no corpo humano ainda não estão muito
claras. Em testes de laboratório feito com ratos, a ausência dessa vitamina causou
esterilidade (incapacidade de gerar filhos).
Fontes de vitamina E: geleia real (da abelha), ovos, leite, brócolis, castanhas,
óleos vegetais e grãos diversos (soja, feijão, trigo, avelha, milho, etc.).
Vitamina K. Importante para a coagulação do sangue. Na sua falta, o sangue
demora mais para se coagular, facilitando a ocorrência de hemorragias. Por isso a
vitamina K é chamada de vitamina anti-hemorrágica.
Fontes de vitamina K: fígado, alface, repolho, couve, acelga, etc.
Vitaminas do complexo B. São um conjunto de vitaminas quimicamente
semelhantes entre si. Estão associadas com o crescimento do organismo, entre outras
funções. Destacam-se as vitaminas B1, B2, B6, B12, o ácido nicotínico, o ácido pantotênico
e o ácido fólico.
A carência dessas vitaminas provoca fraqueza, paralisia muscular, alteração nos
ossos, anemia e perturbações gastrintestinais.
Fontes de vitaminas do complexo B: arroz integral (com película escura que
envolve o grão) e outros cereais integrais, carne e miúdos (moela, coração, etc.), verduras,
leguminosas (feijão, soja, lentilha, ervilha, grão-de-bico), leveduras de cerveja, ovos,
leite, etc.
Vitamina C. Importante na manutenção dos tecidos de sustentação do corpo
(ossos, cartilagens, derme) na formação e conservação dos dentes, no crescimento, no
fortalecimento do corpo contra as infecções.
Sua falta no organismo torna frágeis os vasos capilares sanguíneos. Em
consequência, ocorre sangramento em diversas partes do corpo (visível na gengiva). Essa
doença recebe o nome de escorbuto.
Fontes de vitamina C: acerola, limão, laranja, caju, goiaba, mamão, pimentão
rabanete, espinafre, etc.

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