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Pdf-155781-Aula 00-00 PDF
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Aula 0
Breve Apresentação
Ricardo Gomes
Por sua aprovação!
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia mais
prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de ATOS DE OFICIO! Na
última prova nós conseguimos 100% das questões dentro do curso!! Até porque
comentaremos exaustivamente todos os pontos do Edital listados abaixo,
sem qualquer lacuna.
9. Custas e emolumentos.
1
Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta do
curso, no Campo AVISOS.
ULA DEMONSTRATIVA
AULA DEMONSTRATIVA
1. Da Jurisdição.
Lei nº 9.307/1996
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da
arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais
disponíveis.
CPC – 2016
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão
a direito.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução
consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes,
advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público,
inclusive no curso do processo judicial.
Conceito de Jurisdição.
A Jurisdição é o poder do Estado, através de um órgão jurisdicional
(Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo o direito
Finalidade da Jurisdição.
A jurisdição tem 3 (três) grandes objetivos:
Princípios da Jurisdição:
1. Inevitabilidade – após as partes submeterem seu litígio à
jurisdição estatal, não poderão posteriormente furtar-se ao
cumprimento da decisão exarada (a execução da decisão
jurisdicional será inevitável para as partes do processo após a
deflagração do processo judicial).
2. Indeclinabilidade ou Inafastabilidade – é o princípio
processual constitucional da Jurisdição consistente na regra
de que nenhuma lesão ou ameaça de lesão poderá ser
afastada da apreciação do Poder Judiciário. Implica no dever
do Estado de solucionar os conflitos quando provocado pelas
partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso ao
poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o
monopólio da jurisdição e as partes possuem direito irrestrito
à ação, o Estado também tem o dever de prestar a tutela
jurisdicional e não apenas simples faculdade.
Com isso, não há questão que não possa ser posta em juízo
para decisão do magistrado. Todos têm direito de Ação de
forma ampla, abstrata e irrestrita, mesmo que, ao final,
comprovem-se infundadas suas demandas. O direito de ação
é puro e abstrato, independe de qualquer análise acerca do
mérito da questão.
CF-88
Art. 5
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
CF-88
Art. 217
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e
às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da
justiça desportiva, regulada em lei.
CPC - 2016
Mundial.
O Tribunal de Exceção é o chamado de Juízo, Tribunal ad hoc
(para o caso), ou ex post facto (juízo designado após o fato)
ou ad personam (para determinada pessoa).
O Princípio do Juiz Natural garante a imparcialidade das
decisões judiciais. Portanto, é uma garantia constitucional ser
julgado por um juiz que já está posto. O Juiz Natural é o único
que pode ser imparcial.
No Processo Civil poderá ser atentado contra o Princípio
quando o Presidente do Tribunal designa unilateralmente um
Juiz para julgar determinada causa, sem passar o processo
pela distribuição eletrônica (critério objetivo e abstrato de
distribuição das ações entre os juízes disponíveis).
Respeito às regras objetivas de determinação de
competência jurisdicional.
Além da proibição de Tribunal de Exceção, o Juiz Natural em
sentido Formal garante que o Juízo seja competente para
julgar a causa. Essa competência tem que ser fixada de
acordo com as regras legais processuais de determinação de
competência (critérios objetivos de fixação de competência). É
a lei que atribui a competência para o Juiz (ele não escolhe a
causa, nem a causa escolhe o juiz).
As regras gerais de determinação de competência,
previamente estabelecidas, fixam a competência do Juiz. Uma
ação não pode ser distribuída deliberadamente para um Juiz
específico sem um motivo legal para tanto. A distribuição
objetiva e imparcial dos processos é uma forma de garantir o
Juiz Natural. Por isso, violar a distribuição eletrônica de
processos é violar o Juiz Natural.
Frise-se que é a lei é quem cria as regras de competência,
bem como os modos de sua alteração. O que é vedado é o
próprio Juiz pleitear a alteração das regras que fixaram a sua
competência. Assim, a garantia do Juiz Natural veda o Poder
CF-88
Art. 5
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
CPC
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em
todo o território nacional, conforme as disposições deste Código.
CPC - 2016
Art. 724. Da sentença caberá apelação.
CPC - 2016
Art. 724.
Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar critério de
legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que
considerar mais conveniente ou oportuna.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
CPC NOVO
Art. 720. O procedimento terá início por provocação do interessado,
do Ministério Público ou da Defensoria Pública, cabendo-lhes
formular o pedido devidamente instruído com os documentos
necessários e com a indicação da providência judicial.
CPC
Art. 719. Quando este Código não estabelecer procedimento
especial, regem os procedimentos de jurisdição voluntária as
disposições constantes desta Seção.
Art. 721. Serão citados todos os interessados, bem como intimado o
Ministério Público, nos casos do art. 178, para que se manifestem,
querendo, no prazo de 15 (quinze) dias.
2. Da Ação.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
COMENTÁRIOS:
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
RESPOSTA CERTA: C
COMENTÁRIOS:
O Princípio Inquisitivo é diverso do Princípio Dispositivo. Enquanto o Princípio
Dispositivo é a regra, na qual as partes têm o dever de praticar os atos
instrutórios, impulsionando o tramite regular do processo, no Princípio
Inquisitivo, o Juiz passa a atuar e determinar a prática de determinados atos
instrutórios.
Nesse caso, segundo o Princípio Inquisitivo, o Juiz poderá iniciar de ofício
alguns processos de jurisdição voluntária, conforme hipóteses previstas no CPC.
RESPOSTA CERTA: C
COMENTÁRIOS:
O CPC determina a INTERVENÇÃO obrigatória do Ministério Público em
TODOS os procedimentos de Jurisdição Voluntária. Todos os interessados
devem ser citados para manifestação em até 15 DIAS. A doutrina e a
jurisprudência defendem que o MP não intervirá em todo caso, mas somente
nos processos que versem sobre direitos indisponíveis. Assim, o MP estaria
autorizado a não intervir nos procedimentos em que não ficasse caracterizada a
indisponibilidade dos direitos. De todo modo, devemos ter em mente o que
prevê o CPC.
CPC
Art. 719. Quando este Código não estabelecer procedimento
especial, regem os procedimentos de jurisdição voluntária as
disposições constantes desta Seção.
RESPOSTA CERTA: E
COMENTÁRIOS:
Errado, pois o Princípio da INÉRCIA dispõe que o processo não pode ser
deflagrado pelo próprio Juiz, pois este é dependente da manifestação das
partes.
No entanto, à regra da Inércia há exceções previstas em Lei, que permitem o
início excepcional do processo por provocação das partes (Exemplo: Execução
Trabalhista de verbas definidas; Execução Penal; início do processo de
inventário, se os legitimados não o fizerem no prazo conferido pela Lei;
decretação da falência de empresa em recuperação judicial, etc). Estas e outras
exceções apenas confirma a REGRA de que o Juiz deve ser INERTE.
A despeito da inércia do Poder Judiciário, o processo não pode ficar parado,
depois de deflagrado, ao sabor e interesse das partes. Por isso, vige no
processo o Princípio do Impulso Oficial cabe ao Juiz determinar a regular
marcha do processo.
CPC - 2016
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve
por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
RESPOSTA CERTA: EE
COMENTÁRIOS:
Perfeito, enquanto que a atuação da Administração Pública é eminentemente
PARCIAL (interesse apenas do ESTADO), a Função Jurisdicional é uma atuação
IMPARCIAL do Estado-Juiz como um terceiro desinteressado e equidistante das
partes.
O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como em qualquer
atividade jurisdicional, diferentemente da Administração Pública, que visa
seus interesses parciais (defesa legal dos interesses do Estado).
RESPOSTA CERTA: C
COMENTÁRIOS:
RESPOSTA CERTA: C
COMENTÁRIOS:
É basilar da Jurisdição, mas admite sim exceção. À regra da Inércia há
exceções previstas em Lei, que permitem o início excepcional do processo por
provocação das partes (Exemplo: Execução Trabalhista de verbas definidas;
Execução Penal; início do processo de inventário, se os legitimados não o
fizerem no prazo conferido pela Lei; decretação da falência de empresa em
recuperação judicial, etc). Estas e outras exceções apenas confirma a REGRA de
que o Juiz deve ser INERTE.
RESPOSTA CERTA: E
COMENTÁRIOS:
CPC - NOVO
Art. 88. Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas
serão adiantadas pelo requerente, mas rateadas entre os
interessados.
RESPOSTA CERTA: E
COMENTÁRIOS:
Na realidade o conceito foi trocado pelo Princípio da Substitutividade - o
Estado-Juiz, com poder de império, substitui a vontade das partes para decidir
o caso concreto. Ou seja, atua em substituição às partes, quando essas não
conseguem por si próprias com seus litígios.
RESPOSTA CERTA: E
c) do processo.
d) da lide.
e) do procedimento.
COMENTÁRIOS:
Estudamos que a Indeclinabilidade ou Inafastabilidade é o princípio
processual constitucional da Jurisdição consistente na regra de que nenhuma
lesão ou ameaça de lesão poderá ser afastada da apreciação do Poder
Judiciário. Implica no dever do Estado de solucionar os conflitos quando
provocado pelas partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso ao
poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o monopólio da
jurisdição e as partes possuem direito irrestrito à ação, o Estado também tem o
dever de prestar a tutela jurisdicional e não apenas simples faculdade.
Com isso, não há questão que não possa ser posta em juízo para decisão do
magistrado. Todos têm direito de Ação de forma ampla, abstrata e irrestrita,
mesmo que, ao final, comprovem-se infundadas suas demandas. O direito de
ação é puro e abstrato, independe de qualquer análise acerca do mérito da
questão.
CF-88
Art. 5
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
RESPOSTA CERTA: B
a) é divisível.
b) é atividade substitutiva.
c) é exercida pelo Tribunal de Contas da União.
d) é exercida por membro do Ministério Público.
e) não pressupõe território.
COMENTÁRIOS:
Quatro princípios importantes da Jurisdição que responde à questão:
1. Unicidade – a jurisdição é UNA, não havendo divisões
internas da própria jurisdição, mas tão somente de seu
exercício. Assim, as classificações das Justiças (Comum e
Especial, entre outras) são apenas para caracterização e
definição de competências, não se tratando de diversas
jurisdições.
2. Substitutividade – o Estado-Juiz, com poder de império,
substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto.
Ou seja, atua em substituição às partes, quando essas não
conseguem por si próprias com seus litígios.
3. Investidura – a atividade jurisdicional deve ser exercida
pelos órgãos estatais que foram regularmente investidos na
função jurisdicional. Ou seja, somente poderá exercer a
jurisdição aquele órgão a que a lei atribui o poder
jurisdicional.
Para ser investido regularmente na condição de Juiz
(Magistrado), a pessoa tem que ser aprovada em concurso
público de provas e títulos ou terá que ser nomeada para
Tribunais de Justiça, Tribunais Federais e Tribunais
Superiores, nas diversas formas previstas na Constituição
Federal (todas são formas de investidura regular na atividade
jurisdicional, que legitimam sua atuação funcional). Assim,
um Delegado de Polícia jamais poderá praticar atos exclusivos
RESPOSTA CERTA: B
COMENTÁRIOS:
Item A – errado. Somente o Poder Judiciário exerce jurisdição. A faculdade de
propor e sancionar leis é uma atribuição constitucional do Presidente da
República de caráter legislativo (atípica das atividades do Executivo), mas
dissociadas da jurisdição.
Item B – errado. Esta é a função típica do Poder Legislativo (inovar na ordem
jurídica).
Item C – correto. Perfeito! Este é o conceito de Jurisdição (dizer o direito no
caso concreto).
A Jurisdição é o poder do Estado, através de um órgão jurisdicional
(Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo o direito
cabível ao caso concreto. Em outras palavras, a jurisdição é definição do direito
por meio de um terceiro imparcial (Estado), de forma autoritária, monopolista e
em última instância.
Segundo Ada Pelegrine Grinover, em clássica definição, a jurisdição
é a “função do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos
interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito
que os envolve com justiça”.
O conceito de jurisdição guarda 3 (três) vertentes diversas, que vale
detalhar para melhor entendimento:
RESPOSTA CERTA: C
COMENTÁRIOS:
Princípio da Inércia – o Poder Judiciário é inerte (parado), pois a jurisdição
não pode ser exercida de ofício pelo Juiz (depende de provocação das partes
para início do processo). Este princípio decorre do Princípio da Imparcialidade,
tendo em vista que se um Juiz iniciasse um processo, certamente desde já teria
uma posição que adotaria em sua decisão. Este princípio guarda exceções
legais. Exemplo: execução trabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofício;
procedimentos de jurisdição voluntária, etc.
CPC - NOVO
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve
por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
RESPOSTA CERTA: C
COMENTÁRIOS:
Para a Doutrina Clássica, a Jurisdição Voluntária NÃO é Jurisdição, mas
apenas Administração Pública de interesses privados, entre outros motivos,
porque não há LIDE - por não haver brigas e conflitos, mas apenas concurso
ou convergência de vontades.
Observem que predomina no Brasil ainda a Doutrina Clássica, inclusive para as
Bancas de Concurso.
RESPOSTA CERTA: C
b) da improrrogabilidade da jurisdição.
c) da indeclinabilidade da jurisdição.
d) do juiz natural.
e) da indelegabilidade da jurisdição.
COMENTÁRIOS:
1. Juiz Natural ou Imparcialidade – O Princípio do Juízo
Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois
específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal
(incisos XXXVII e LIII). O Juiz Natural é aquele investido
regularmente na jurisdição (investidura) e com competência
constitucional para julgamento dos conflitos a ele submetidos.
É aquele previsto antecedentemente, com competência
abstrata e geral, para julgar matéria específica prevista em
lei.
A CF-88, ao instituir o Princípio visa coibir a criação de órgãos
judicantes para julgamento de questões depois do fato (ex
post facto) ou de determinadas pessoas (ad personam).
O Princípio do Juiz Natural pode ser visualizado sob 2 (dois)
prismas diversos:
1. Juiz Natural em sentido Formal – consagra 2
(duas) garantias básicas:
a. proibição de Tribunal de Exceção (art. 5º,
XXXVII)
b. respeito às regras objetivas de determinação de
competência jurisdicional (art. 5º, LIII).
Proibição de Tribunal de Exceção - O Tribunal de Exceção
é um órgão jurisdicional criado excepcionalmente para julgar
determinada causa, consistindo em um juízo extraordinário. É
o caso de criar um órgão judicial para julgar um específico
conflito. Exemplo: Tribunal Penal que julgou Saddan Russen
(apesar das barbáries que ele cometeu, vocês acham que ele
seria julgado de forma imparcial?); Tribunal de Nuremberg,
criado para julgar os crimes dos nazistas após a 2ª Guerra
Mundial.
O Tribunal de Exceção é o chamado de Juízo, Tribunal ad hoc
(para o caso), ou ex post facto (juízo designado após o fato)
ou ad personam (para determinada pessoa).
O Princípio do Juiz Natural garante a imparcialidade das
decisões judiciais. Portanto, é uma garantia constitucional ser
julgado por um juiz que já está posto. O Juiz Natural é o único
que pode ser imparcial.
No Processo Civil poderá ser atentado contra o Princípio
quando o Presidente do Tribunal designa unilateralmente um
Juiz para julgar determinada causa, sem passar o processo
pela distribuição eletrônica (critério objetivo e abstrato de
distribuição das ações entre os juízes disponíveis).
Respeito às regras objetivas de determinação de
competência jurisdicional.
Além da proibição de Tribunal de Exceção, o Juiz Natural em
sentido Formal garante que o Juízo seja competente para
julgar a causa. Essa competência tem que ser fixada de
acordo com as regras legais processuais de determinação de
competência (critérios objetivos de fixação de competência). É
a lei que atribui a competência para o Juiz (ele não escolhe a
causa, nem a causa escolhe o juiz).
As regras gerais de determinação de competência,
previamente estabelecidas, fixam a competência do Juiz. Uma
ação não pode ser distribuída deliberadamente para um Juiz
específico sem um motivo legal para tanto. A distribuição
objetiva e imparcial dos processos é uma forma de garantir o
Juiz Natural. Por isso, violar a distribuição eletrônica de
processos é violar o Juiz Natural.
Frise-se que é a lei é quem cria as regras de competência,
CF-88
Art. 5
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
autoridade competente;
RESPOSTA CERTA: D
d) nenhuma.
COMENTÁRIOS:
Item II – correto. É o Princípio da INÉRCIA Jurisdicional.
Item III – errado. É o Princípio da Indelegabilidade – o Juiz não pode
delegar suas funções, pois as exerce de forma exclusiva. É possível, contudo,
delegações da prática de atos por outros Juízes (ex: cartas de ordem; cartas
precatórias, etc), mas jamais para outros órgãos diversos da atividade
judicante (Exemplo: o mesmo caso do Delegado de Polícia).
Este Princípio decorre do Princípio da Investidura – a atividade jurisdicional
deve ser exercida pelos órgãos estatais que foram regularmente investidos na
função jurisdicional. Ou seja, somente poderá exercer a jurisdição aquele órgão
a que a lei atribui o poder jurisdicional.
Portanto, é impossível a delegação das atividades jurisdicionais a órgãos de
outro Poder (Legislativo e Executivo).
RESPOSTA CERTA: A
COMENTÁRIOS:
Princípio da Inércia – o Poder Judiciário é inerte (parado), pois a jurisdição
não pode ser exercida de ofício pelo Juiz (depende de provocação das partes
para início do processo). Este princípio decorre do Princípio da Imparcialidade,
tendo em vista que se um Juiz iniciasse um processo, certamente desde já teria
uma posição que adotaria em sua decisão. Este princípio guarda exceções
legais. Exemplo: execução trabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofício;
procedimentos de jurisdição voluntária, etc.
A Inércia foi insculpida no próprio texto do Código de Processo Civil, nos
termos abaixo:
CPC
Art. 2o Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão
quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma
legais.
RESPOSTA CERTA: A
b) da improrrogabilidade da jurisdição.
c) da indeclinabilidade da jurisdição.
d) do juiz natural.
e) da indelegabilidade da jurisdição.
QUESTÃO 17: TRT 9ª - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] –
12/09/2006 (ADAPTADA).
Considere as afirmativas a respeito da atividade jurisdicional:
II. A atividade jurisdicional só tem início quando provocada.
III. A atividade jurisdicional pode ser delegada a órgãos do Poder Legislativo e
do Poder Executivo.
Está correto o que se contém APENAS em
a) II.
b) II e III.
c) III.
d) nenhuma.
QUESTÃO 18: Banco Central – Procurador [FCC] – 08/01/2006.
O princípio da inércia da jurisdição significa que
a) nenhum Juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o
interessado a requerer, nos casos e forma legais.
b) todos os atos processuais dependem de preparo.
c) a lei processual só admite a submissão da sentença ao duplo grau de
jurisdição, se houver recurso voluntário da parte.
d) o Juiz não determinará a emenda da petição inicial, salvo se o réu arguir sua
inépcia.
e) ao Juiz é vedado impulsionar o processo, cabendo somente à parte requerer
o que entender necessário.
GABARITOS OFICIAIS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C C E E E C C E E E
11 12 13 14 15 16 17 18
B B C C C D A A
RESUMO DA AULA
Princípios da Jurisdição:
1. Inevitabilidade – após as partes submeterem seu litígio à
jurisdição estatal, não poderão posteriormente furtar-se ao
cumprimento da decisão exarada (a execução da decisão
jurisdicional será inevitável para as partes do processo após a
deflagração do processo judicial).
2. Indeclinabilidade ou Inafastabilidade – é o princípio
processual constitucional da Jurisdição consistente na regra
de que nenhuma lesão ou ameaça de lesão poderá ser
afastada da apreciação do Poder Judiciário. Implica no dever
do Estado de solucionar os conflitos quando provocado pelas
partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso ao
poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o
monopólio da jurisdição e as partes possuem direito irrestrito
à ação, o Estado também tem o dever de prestar a tutela
jurisdicional e não apenas simples faculdade.
3. Investidura – a atividade jurisdicional deve ser exercida
pelos órgãos estatais que foram regularmente investidos na
função jurisdicional. Ou seja, somente poderá exercer a
jurisdição aquele órgão a que a lei atribui o poder
jurisdicional.
4. Indelegabilidade – o Juiz não pode delegar suas funções,
pois as exerce de forma exclusiva. É possível, contudo,
delegações da prática de atos por outros Juízes (ex: cartas de
ordem; cartas precatórias, etc), mas jamais para outros
Procedimento;
6. não há Sentença de mérito, mas mera homologação de
acordo de vontades;
7. não há formação da Coisa Julgada (Definitividade) e
nem possibilidade de Ação Rescisória, tendo em vista ser a
jurisdição voluntária negócio jurídico consensual;
Para uma Doutrina mais Moderna, a Jurisdição Voluntária é
Jurisdição, pelos seguintes motivos principais:
1. A não configuração de LIDE no início do processo não
significa que no processo de jurisdição voluntária não seja
possível o surgimento de conflito de interesses. Por isso, o
fato não haver Lide inicial não descaracterizaria a
Jurisdição Voluntária;
2. Apesar de não existir conflito entre partes, o conceito de
PARTES do processo é aquela que postula e não
necessariamente quem seja litigante;
3. A função jurisdicional abrange a tutela de interesses
particulares sem litigiosidade, desde que exercida por
órgãos investidos das garantias necessárias de
impessoalidade e independência. Ou seja, a atuação da
jurisdição não está cingida à conformação do direito às
situações concretas, a solucionar conflitos, mas também a
tutelar também interesses de particulares, como órgão do
Estado;
4. O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como
em qualquer atividade jurisdicional, diferentemente da
Administração Pública, que visa seus interesses parciais
(defesa legal dos interesses do Estado);
5. A Jurisdição Voluntária possui natureza Preventiva e não a
apenas de solucionar conflitos já existentes;
6. Existe um Processo Judicial de Jurisdição Voluntária
(Ação, Sentença, Apelação, etc). Note-se que os processos
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA