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MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 455-456.
Eis, em resumo, os ensinamentos do Professor Mazzilli: “(...) As ações civis públicas e as ações
mandamentais de iniciativa do Ministério Público, previstas na Lei n. 8.069/90, destinam-se à defesa de
interesses individuais (indisponíveis) (...) Assim, o Ministério Público poderá até mesmo ingressar com ação
civil pública para assegurar vaga em escola tanto para uma única criança, como para dezena, centena ou
milhares delas...”.
2) M.C.B, nacionalidade, estado civil, profissão, filha de A.B. e
de M.F.B., residente no mesmo endereço acima informado,
Em favor
de:
Por sua vez, a criança também tem expressado muita alegria para conviver
com o casal Requerente”.
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para
o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
Da doutrina
“Temos dado este nome esdrúxulo a crianças que são rejeitadas por uma
família, quer seja a sua própria, quer seja a adotiva (por adoção legal ou adoção à
brasileira), quer seja o chamado ‘filho de criação’, quer seja a criança que foi acolhida
sob guarda (de fato ou de direito).
Devolvida? Porque usar esta palavra? Usamos esta palavra porque é a palavra
usada pela família insatisfeita que ‘devolve’.
(...) se o Juízo da Infância não a acolher, pode ser suportar maus tratos, abusos,
humilhações, indiferença, descaso, no seio dessa família. Manter a criança nessa
família, à espera do fatal abandono, expulsão de casa, ou tratamento discriminatório,
descuidado, negligente, indiferente, humilhante ou até agressivo, violento e hostil,
constitui, a meu ver, a mais cruel violação dos direitos humanos... (sic).
Os ‘filhos de fato’ (os ‘filhos de criação’, os ‘pego para criar’), tal como a
concubina outrora, estão numa especial situação de vulnerabilidade, sem garantias
jurídicas. E essa vulnerabilidade de uma das partes (da concubina outrora, da ‘criança
devolvida’ agora) impõe que o Direito intervenha para sanar danos
Dos pedidos
2
Na decisão judicial que concedeu a medida liminar pleiteada pelo Ministério Público nestes autos, a
questão dos alimentos está melhor colocada tecnicamente, ou seja, trata-se aqui de alimentos “ressarcitórios”
decorrentes de ato ilícito – com antecipação de tutela -, o que não se confunde com alimentos oriundos da
relação de filiação ou socioafetiva. Na segunda ação civil pública proposta nesta comarca de Uberlândia, em
que a sentença de adoção foi prolatada nos autos e transitou em julgado, seguindo-se o novo abandono do
então adolescente, os alimentos decorrerão não apenas do ato ilícito como também da filiação socioafetiva
(Epaminondas da Costa).
1) A citação dos suplicados para os termos desta ação, aplicando-se,
para tanto, as normas do Código de Processo Civil, por força do
disposto no art. 19 da Lei nº 7.347, de 24/07/1985 – Lei da Ação
Civil Pública.
Pede deferimento.
EPAMINONDAS DA COSTA
20º Promotor de Justiça
A Escrivã:
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Autos n.º: 0702.09.567849-7
Espécie: Ação Civil Pública
Demandante: Ministério Público do Estado de Minas Gerais
Demandados: D. A. S. e outra
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Vistos
Em virtude dessa regra, seria possível pensar que o juiz não pode
conceder tutela antecipatória quando ela puder causar prejuízo
irreversível ao réu. Contudo, se a tutela antecipatória, no caso do inciso
I, é preordenada a evitar um dano irreparável ao direito provável, não há
como não se admitir a concessão da tutela sob o simples argumento de
que ela pode trazer um prejuízo irreversível ao réu. Seria como dizer
que o direito provável deve sempre ser sacrificado diante da
possibilidade de prejuízo irreversível ao direito improvável.
Mas essa exigência legal deve ser lida com temperamentos, pois, se
levada às últimas consequências, pode conduzir à inutilização da
antecipação de tutela. Deve ser abrandada, de forma a que se preserve o
instituto.
demandante.
3
JR. DIDIER, et al. op cit. pág. 544.
individual fica em torno de R$118,00 (cento e dezoito reais) a sessão
(documento de F. 56), bem como considerando a atividade profissional dos
demandados, creio que o valor de 15% (quinze por cento) dos rendimentos
líquidos auferidos mensalmente pelos demandados, seja suficiente para o
pagamento dos tratamentos e demais necessidades da criança.
Intimem-se.