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METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA

TEXTURA E ANISOTROPIA

Textura: presença de orientações preferenciais dos grãos


cristalinos causada pela deformação plástica ou pela
recristalização e devida ao alongamento e rotação
dos grãos

Fibragem Mecânica: alongamento dos grãos cristalinos e


alinhamento de partículas de acordo
com o modo de escoamento

Um material com fibragem mecânica não


necessariamente apresenta textura
METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA
TEXTURA E ANISOTROPIA

Textura: grãos giram para favorecer a continuidade da


deformação pelo alinhamento em direções
preferenciais de deslizamento

Fatores que afetam a texturização:


• estrutura cristalina
• composição química
• grau de deformação
• temperatura
• textura prévia
• processo: modo de escoamento, estado de tensão
METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA
TEXTURA E ANISOTROPIA

Textura diretamente associada com anisotropia:


Estruturas alinhadas em direções preferenciais
apresentam comportamentos distintos quando solicitadas
em direções diversas

Ligas metálicas com granulação fina e aleatória:


sem textura e quase isotrópicas

Ligas metálicas com forte orientação dos grãos:


texturizadas e anisotrópicas
METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA
TEXTURA E ANISOTROPIA

Exemplo em que a textura e a anisotropia são vantajosas:


Chapas texturizadas para núcleos de transformadores de modo
a minimizar as perdas por correntes Foucault (correntes
“parasitas")

Exemplo em que a textura e a anisotropia podem ser


desvantajosas e vantajosas:

Embutimento de copos a partir de chapas texturizadas


Vantajosa: a maior resistência na direção da espessura diminui
o perigo de afinamento das paredes

Desvantajosa: a anisotropia no plano da chapa faz com que


surjam “orelhas” pela deformação diferenciada
METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA
TEXTURA E ANISOTROPIA

DETERMINAÇÃO DA ANISOTROPIA EM CHAPAS METÁLICAS

• Extração de corpos-de-prova para ensaios de tração a partir de


diversas direções no plano da chapa
• Realização dos ensaios de tração, mantendo a deformação do
comprimento constante (alongamento)
• Medição das deformações na largura (ew) e na espessura (et)
dos corpos-de prova

 w
e w  ln  t0 - espessura inicial do corpo de prova
 w0  t - espessura final de ensaio

t w0 - largura inicial do corpo de prova


e t  ln  w - espessura final de ensaio
 t0 
METALURGIA DA CONFORMAÇÃO MECÂNICA
TEXTURA E ANISOTROPIA

COEFICIENTES DE ANISOTROPIA

• Coeficiente de anisotropia normal (R)


ew
R
et

• Coeficiente de anisotropia planar ( R )


R00  R900  2 R450
R 
2
• Coeficiente de anisotropia médio ( R )

R00  2 R450  R900


R
4
Célula cristalina hexagonal compacta
Aspecto da fratura em ensaio de tração
de material anisotrópico

DL

DL
Representação de chapas isotrópicas e anisotrópicas

PL

DL

COM TEXTURA
SEM TEXTURA
DE LAMINAÇÃO
- ISOTRÓPICO
- ANISOTRÓPICO
Representação da fibragem mecânica
Formação de orelhas na estampagem profunda
Retirada de corpos-de-prova para avaliar a anisotropia

P R45o
R90o
R0o
w0 DL
l0
t0

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