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FACULDADE DE TECNOLOGIA

SENAI “NADIR DIAS DE FIGUEIREDO”

METALÚRGICA FÍSICA
ESTRUTURAS CRISTALINAS CCC, CFC E HC

OSASCO
2018
ANTONIO AP. CABRERA GIMENES JUNIOR
WESLEY THIAGO DE OLIVEIRA

METALÚRGIA FÍSICA
ESTRUTURAS CRISTALINAS CCC, CFC E HC

SENAI “Nadir Dias de


Figueiredo” em curso de Pós
Graduação Engenharia de
Fundição.
Prof.: Odilon de Moraes Junior

OSASCO
2018
Sumário
1 Introdução ............................................................................................................................. 4
2 Conceitos Fundamentais ....................................................................................................... 4
3 Células Unitárias .................................................................................................................... 4
4 Estrutura cristalina dos metais. ............................................................................................. 5
4.1 Estrutura cristalina cúbica de faces centrada ............................................................... 6
4.2 Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado .............................................................. 6
4.3 Estrutura cristalina Hexagonal compacta ..................................................................... 7
5 Conclusão .............................................................................................................................. 9
6 Referencias Bibliográficas .......................................................Error! Bookmark not defined.
1 Introdução

Em relação aos materiais metálicos no estado sólido pode-se dizer que todos
os elementos encontrados na natureza possuem uma estrutura particular, cada um
com suas características, pois são formados a partir de ligações atômicas diferentes;
os resultados destas ligações de átomos resultam então em estruturas cristalinas nas
quais podemos citar as 3 principais estruturas dos metais, são elas: estrutura cubica
de corpo centrado (CCC), estrutura cúbica de face centrada (CFC) e estrutura
Hexagonal compacta.

2 Conceitos fundamentais

As estruturas cristalinas são classificadas de acordo com certa padronização


de átomos que alguns materiais apresentam em relação a outros, ou seja, cada
estrutura cristalina apresenta seu arranjo característico; no momento da solidificação
os átomos se acomodam de maneira organizada e repetitiva em um padrão
tridimensional.

As propriedades dos materiais como ductilidade, alongamento e dureza estão


diretamente ligadas a estrutura cristalina do material, cada estrutura apresenta uma
propriedade particular. Para efeito de estudo os átomos são comparados com esferas
solidas e os diâmetros destes são bem definidos, este método é conhecido como
modelo da esfera rígida atômica, sendo que estas esferas estão em contato entre si.

3 Células unitárias

Para facilitar o estudo e compreensão das estruturas cristalinas o sistema é


subdividido em entidades chamadas Células Unitárias, sendo que essas células são
escolhidas para representarem as demais células que se repetem ao longo do
sistema. Existem três geometrias celulares principais quando se estuda os metais,
cubo e hexágono. As células são linhas imaginarias que delimitam um espaço
tridimensional na estrutura onde uma sequência de átomos em seu interior estão
posicionados. A conveniência geral é que os vértices dos cubos ou das geometrias
estudadas coincidem com o centro das esferas ou átomos. Neste pesquisa cientifica
os sistemas estudados serão CCC (Estrutura cúbica de corpo centrado), CFC
(Estrutura cúbica de face centrada) e HC (Estrutura hexagonal compacta), na figura 1
abaixo é possível observar uma célula do sistema CFC.

Figura 1 – Estrutura cristalina cúbica de face centrada.

Fonte: www.slideplayer.com.br (versão modificada)

4 Estrutura cristalina dos metais

Cada esfera rígida representa um núcleo atômico e cada estrutura metálica


possui um empacotamento denso dos átomos, a seguir serão apresentadas as três
estruturas relativamente mais simples encontradas nos metais, CFC, CCC e HC.
4.1 Estrutura cristalina cúbica de faces centrada

Como o próprio nome diz a estrutura cristalina cubica de face centrada tem como
característica átomos localizados em cada um dos vértices e átomos nos centros das
seis faces do cubo como mostrado na figura 1, entre os metais comumente utilizados e
que possuem essa estrutura são o chumbo, cobre, prata e ouro. Todas as diagonais
das esferas se tocam umas nas outras e a expressão que calcula o comprimento da
aresta do cubo pode ser escrita da seguinte maneira:

𝛼 = 2. 𝑅. √2

Onde 𝛼 é o comprimento da aresta do cubo, R é o raio atômico.

Cada célula CFC contem seis átomos em seu interior, isto é, considerando a
somatória das frações de átomos,

Duas características muito importantes são o numero de coordenação e fator de


empacotamento; o numero de coordenação é o numero de átomos vizinhos ou que
estão em contato com a célula sendo que estes átomos fazem parte de outra célula, já
o fator de empacotamento (FEA) é a fração do volume de esferas contidas no cubo
sobre o volume total do cubo, ou seja, quão maior for o volume de esferas contidos no
cubo maior será o fator de empacotamento e maior será a densidade do material. O
fator de empacotamento para uma célula CFC é 74% e o FEA pode ser calculado
através da seguinte expressão:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑐𝑢𝑏𝑜


𝐹𝐸𝐴 = . 100
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑢𝑏𝑜

4.2 Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado

Quando em uma determinada célula possui 1 átomo em cada vértice e um


átomo inteiro no centro pode-se dizer que está estrutura é caracterizada como
estrutura cúbica de corpo centrado (CCC).
Figura 2: Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado.

Fonte: www.slideplayer.com.br (versão modificada)

O cálculo do comprimento da célula unitária 𝛼 e o raio atômico R são expressos


através da equação abaixo:

4. 𝑅
𝛼=
√3

Entre os metais que figuram com este tipo de configuração esta o ferro, que é
base para muitas ligas, o cromo e o molibdênio muito importantes para formação de
ligas de aços especiais.

1
A célula CCC contem 2 átomos inteiros em seu interior, um átomo no centro e
8

de átomo em cada vértice. O numero de coordenação ou numero de vinhos é 8 e o


fator de empacotamento 68%.

4.3 Estrutura cristalina hexagonal compacta

Esta estrutura diferentemente da cúbica possui um formato hexagonal, a


característica dessa célula é que a face superior e a face inferior possuem 6 átomos
em cada vértice e no centro das mesmas faces possui outro átomo, além desses
átomos a célula possui um plano intermediário com outros 3 elementos esféricos nas
faces laterais conforme figura 3.
Figura 3. Estrutura cristalina Hexagonal compacta

Fonte: www.slideplayer.com.br (versão modificada)

O equivalente a seis átomos inteiros estão contidos no interior desta célula; o


número de coordenação e o fator de empacotamento é o mesmo da célula CFC, 12
pra número de vizinhos e 74% para o FEA. Alguns exemplos de metais HC são o
titânio, zinco e o magnésio.
5 Conclusão

Conclui-se neste trabalho acadêmico que as estruturas cristalinas estão


presentes em todos os materiais metálicos e que sua compreensão é de extrema
importância quando se deseja trabalhar com os metais, seja no momento de fundir a
liga ou de conformar os metais. As estruturas CCC, CFC e HC atendem a grande
maioria dos metais atualmente existentes como nos casos das ligas ferrosas e não
ferrosas. As estruturas cristalinas que apresentam o arranjo característico CFC
possuem uma quantidade maior de átomos em seu interior, dessa forma as mesmas
apresentam facilidade de deformação plástica em relação à rede CCC, isto é, se o
objetivo é realizar uma laminação por exemplo, emprega-se menos força de trabalho
porque o número maior de células esféricas possibilita um escorregamento mais fácil.

É importante observar que o estudo dos átomos através do sistema de célula


unitária é extremamente importante e que este se repete tridimensionalmente ao longo
de todo o material, da mesma forma é através da célula que se conhece o fator de
empacotamento e o número de vizinhos em contato direto com os átomos de cada
célula.
6 Referências bibliográficas

Callister Jr. W.D., Ciência e Engenharia dos Materiais, uma introdução, 7ª


Edição, Ed. Guanabara, 2008.

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