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NOME: ____________________________________________________________

Disciplina: história contemporânea I


Curso: Licenciatura em História Período: 7º
Professor (a): Aurélio Britto Data: ____/____/_____
Coordenador (a): Kelma Beltrão
Semestre: 2018.1 2º Chamada

Questão 1 ________________________________________________________________________________________
Há um mundo anterior e outro posterior à Revolução Francesa. A Revolução Industrial transformou as relações de trabalho
e impulsionou os setores econômicos, mas a Revolução Francesa atingiu mais fundo. O movimento de 1789 alterou o
cotidiano da população, modificou o conceito e o vocabulário do nacionalismo, forneceu códigos legais, um sistema de
medidas, enfim ela forneceu a ideologia transformadora que rompeu barreiras, inclusive dos países que resistiam às ideias
europeias. HOBSBAWM, Eric J. A Revolução Francesa. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1996. (Adaptado)

Sobre a originalidade da Revolução Francesa frente a outras revoluções do século XVIII é correto afirmar que:
a) Trata-se de um acontecimento pioneiro, pois, foi a primeira revolução na história em que a burguesia
conseguiu alcançar o poder político na Europa.
b) Sua projeção na historiografia deve-se única e exclusivamente pelo caráter eurocêntrico que ainda predomina
entre os historiadores.
c) Deve-se ao seu caráter ecumênico, ou seja, trata-se de acontecimento com repercussões políticas limitadas e
locais.
d) A Revolução Francesa deve sua projeção na historiografia por ser um acontecimento cuja influência se fez
sentir em várias regiões imediatamente, desde então influenciando o destino do mundo ocidental.
e) Trata-se de um evento que reforçou o sistema conhecido como Antigo Regime, daí que a Revolução Francesa é
apenas mais uma entre tantas revoluções do século XVIII.
Questão 2 __________________________________________________________________________
Após mais de 20 anos de guerras e revoluções quase ininterruptas, os velhos regimes vitoriosos enfrentaram os problemas
do estabelecimento e da preservação da paz, que foram particularmente difíceis e perigosos. Os escombros das duas
décadas tinham que ser varridos e a pilhagem territorial redistribuída. E, além do mais, era evidente para todos os estadistas
inteligentes que não se toleraria daí por diante outra guerra de grandes proporções na Europa, pois este tipo de guerra quase
que certamente significaria uma nova revolução e a consequente destruição dos velhos regimes.
HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Adaptado)

O fragmento acima refere-se às realizações do Congresso de Viena realizado em 1815, após a queda do império
napoleônico. Sobre sua pretensão e ideologia podemos afirmar que:
a) O congresso foi a reunião dos setores mais progressistas da Europa, isto é, foi um espaço em que a
burguesia europeia tentou conter as guerras para consolidar seu poder.
b) Baseado no principio da legitimidade, o congresso aceitava todas as modificações políticas e territoriais
decorrentes da Revolução Francesa.
c) Sua motivação era reacionária, de modo que representava a reunião dos países absolutistas da Europa
visando desfazer realizações politicas implementadas desde o advento da Revolução Francesa.
d) Reunia os reis da Europa que defendiam o principio da legitimidade, de modo que eram simpáticos ao
avanço revolucionário conduzido pela burguesia.
e) Trata-se de uma coligação entre os reis mais esclarecidos da Europa que pretendia divulgar o princípio do
equilíbrio de poder e o republicanismo como forma de governo, portanto, eram inspirado no iluminismo.

Questão 3_________________________________________________________________________________
[...] Mas foi novamente a invasão da Assembleia pelos militantes das seções, no dia 5 de Setembro, que fez com que se
colocasse o “Terror na ordem do dia”. O Terror é doravante um sistema de governo, ou melhor, parte essencial do governo
revolucionário. Seu braço.
FURET, François; OZUF, MONA. Dicionário crítico da Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p.149. (adaptado).

Para o historiador François Furet a partir do período denominado de Convenção ou Terror a violência se
institucionalizou como forma de governo. Deste modo, segundo ele devemos considerar que esse período foi :
a)Uma exceção e uma ruptura no processo revolucionário, na medida em que o uso da violência como forma de
atuação foi praticamente inexistente naquele contexto, afinal, a maior parte do processo foi feito pela via legal.
b)O regime do Terror deve ser pensando dentro de uma conjuntura de ameaça interna ao andamento da
Revolução, portanto, não mantém nenhuma relação com a política externa.
c)As circunstâncias internas e externas que ameaçavam a Revolução Francesa explicam o surgimento do Terror,
mas não seu funcionamento na medida, pois, quando essas ameaças cessaram o Terror foi não só mantido como
ampliado.
d)O regime do Terror corresponde ao período da Convenção, cuja liderança politica era exercida pelos
Girondinos, setores mais radicais da burguesia que se aliaram com os sans-cullotes.
e)Apesar do uso constante da violência em todo o período do Terror é possível afirmar que os jacobinos nada
tiveram de ver com sua implementação, afinal, esse foi produto da ação das forças absolutistas que eram
dominantes no período.
Questão 4_________________________________________________________________________________

Sobre o movimento conhecido como ludismo é correto afirmar que:

a) O luddismo foi um movimento que acreditava que destruindo as máquinas os trabalhadores poderiam frear
o processo inaugurado pela revolução industrial, por isso foi era um movimento de estreita visão política.
b) O movimento luddita inaugurou a estratégia de quebrar máquinas como forma de resistência politica, de
modo que podemos sustentar que todo trabalhador “quebrador de máquinas” estava vinculado ao luddismo.
c) É um erro supor que os luddistas se restringiam a quebrar o maquinário das fábricas, afinal, utilizavam
variadas outras formas de pressionar politicamente os patrões.
d) Os ludditas repudiavam profundamente qualquer estratégia de luta politica que utilizasse a violência como
mecanismo de ação. Geralmente, o luddismo optou por estratégias de negociação formal com os patrões.
e) Se consideramos as estratégias de luta implementadas pelo luddismo podemos perceber claramente que
nunca foram eficientes e produtivas, isto explica o rápido desaparecimento do movimento enquanto força politica
relevante.

Questão 5 _____________________________________________________________________________
Os comunistas rejeitam dissimular as suas perspectivas e propósitos. Declaram abertamente que os seus fins só podem ser
alcançados pelo derrube violento de toda a ordem social até aqui. Podem as classes dominantes tremer ante uma revolução
comunista! Nela os proletários nada têm a perder a não ser as suas cadeias. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todos
os países, uni-vos.
MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O manifesto do partido
comunista. Petrópolis: Vozes, 3 edição, 1990. (adaptado)

Em 1864 surgiu a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), conhecida como a Primeira Internacional, na qual
defendia-se explicitamente o internacionalismo como a ideologia do movimento operário. Acerca do internacionalismo
proletário podemos afirmar que:
a) O internacionalismo era a pretensão operária de alia-se com a burguesia mundial na luta contra os regimes
absolutistas que predominavam na Europa.
b) O internacionalismo, junto com o nacionalismo, era a ideologia predominante na Primeira Internacional, uma
vez que, a ideia era primeiro fazer uma revolução nacional e depois expandi-la para todo o mundo ocidental.
c) O internacionalismo proletário era produto de uma leitura burguesa do mundo, filha do liberalismo que
advogava que o livre comércio deveria ser praticado internacionalmente sem respeitar as várias fronteiras
nacionais.
d) O internacionalismo foi produzido no embate com a ideologia nacionalista da burguesia, de modo que para os
operários a classe era uma categoria mais importante que a de nação para explicar a situação da classe
trabalhadora.
e) O internacionalismo foi uma ideologia operária que se fundamentava no entendimento de que os
trabalhadores do mundo Ocidental deveriam defender a nação e só depois e solidário com outros
trabalhadores. Nesse sentido, foi uma ideia avançada para a época.

Questão 6_____________________________________________________________________________________
Os primeiros representantes da escola socialista moderna foram chamados de "utopistas". Os três grandes utopistas: Saint-Simon, em
quem ainda se manifestava a tendência burguesa, juntamente com a tendência proletária; Fourier; e Owen, que expôs de formas
sistemática, no país no qual a produção capitalista estava mais desenvolvida (a Inglaterra),uma série de medidas que visavam à abolição
das diferenças de classe.
COGGIOLA, Osvaldo. História Do Capitalismo. Das Origens até a Primeira Guerra Mundial. Vol.2. Santiago: Ariadna Ediciones,
2017, p.778. (adaptado)
A partir das leituras e debates realizados em sala, apresente e discuta duas características do chamado
“socialismo utópico”.

Questão 7_________________________________________________________________________________
Sem dúvida, chegaria o momento - na Grã-Bretanha ele já tinha chegado na época do cartismo - em que os antigos aliados
contra o rei, a aristocracia e o privilégio se voltariam uns contra os outros, e o conflito fundamental seria entre os burgueses
e os trabalhadores. Mas antes de 1848 este momento ainda não tinha chegado em nenhum outro lugar.
HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p.146. (Adaptado)

O movimento da “Carta ao Povo” representou um significativo avanço na organização da classe trabalhadora


inglesa. Discuta as principais reivindicações e estratégias de pressão política utilizadas pelo cartismo.

Questão 8_________________________________________________________________________________
Devemos recordar a frase de Pétion, prefeito d e Paris, que declarou em 1792 que o único meio de garantir o sucesso da revolução era a
união "do povo e da burguesia". Significativamente, mais uma vez é Pétion que declara na primavera de 1792: "Suas propriedades estão
em perigo". Essas atitudes sucessivas de um homem que durante certo tempo ficou indeciso entre Gironda e Montanha demonstram o
racha da burguesia francesa depois da queda da monarquia.
VOVELLE, Michel. A Revolução Francesa (1789-1799). São Paulo: UNESP, 2012, p.38. (adaptado)

Ao longo do processo revolucionário torna-se mais acentuada a divisão política no seio da burguesia francesa de
modo que se tornam mais nítidas as estratégias diversas de Girondinos e Jacobinos na condução da Revolução
Francesa. Quais as principais diferenças entre jacobinos e girondinos?

Questão 9_______________________________________________________________________________________________
A Comuna de Paris foi, simultaneamente, produto de uma crise internacional (a luta pela hegemonia europeia, que culminou na
guerra franco-prussiana), de uma crise nacional (a deterioração política do Segundo Império e a crise do regime bonapartista) e,
decisivamente, do desenvolvimento político e ideológico do proletariado europeu nas décadas precedentes, que resultou na
organização da Internacional Operária, a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT).

Até a eclosão da Revolução Russa de 1917, a Comuna de Paris (1871) era o exemplo prático que acenava para
possibilidade efetiva de construção de uma alternativa socialista. Em contraste com sua breve existência, suas
realizações marcaram profundamente a experiência e a memória política da esquerda no ocidente. Aponte ao
menos uma medida tomada pelos revolucionários da Comuna de Paris.

Questão 10_______________________________________________________________________________
Eu quero a organização da sociedade e da propriedade coletiva de baixo para cima, pela via da livre associação, e não de cima para
baixo por meio de qualquer autoridade que seja. [...]Eis em que sentido sou coletivista e de forma alguma comunista.
BAKUNIN, Mikhail apud GUILLAUME, J. L’internationale: documents et souvenirs, 1864-1872. Paris: Éditions Gérard Lebovici,
1985, p.74. (adaptado)

Defina e compare o marxismo e o anarquismo.

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