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A cromatografia, formada pela junção das palavras escrita e cor, foi originalmente
descrita por Tswett em 1906, que separou pigmentos de plantas usando tubo preenchido com
CaCO3.
tM é o tempo de retenção de um material que não interage com a fase estacionária contida
na coluna, ou seja, é o tempo que a fase móvel demora a sair da coluna desde a injeção.
Para a separação ter êxito é necessário que os picos produzidos estejam bem
separados ou resolvidos. A resolução, R, é dada pela expressão:
Z w wB
R A
( w A w B ) 2( trB trA )
2
Para se obter uma separação R deve ser teoricamente igual a 1, embora na prática se
exijam valores um pouco superiores, em torno de 1,5.
Quanto maior o valor de K mais tempo o soluto demora a percorrer a coluna. Essa
característica pode ser expressa como pelos parâmetros volume e tempo de retenção,
definidos respectivamente como volume de fase móvel e o tempo necessário para eluir o
soluto da coluna. Pode-se demonstrar a equação citada a seguir, através da qual se observa
que a velocidade v do soluto na coluna é diminuída (ou a retenção do soluto aumentada),
com o aumento do volume de fase estacionária, Vs, e a diminuição do volume da fase
móvel, Vm. Por outro lado, a retenção será diminuída quanto maior for a velocidade u da
fase móvel:
4
1
vu
K Vs
1
Vm
0.3 0.3
10 transferências 20 transferências
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
0.3 0.3
40 transferências 60 transferências
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Número do tubo
0.12
0.1
fração da massa
0.08
0.06
0.04
0.02
0
0 50 100 150 200
número de transferências
H = L/N
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Quando uma das fases está sempre em movimento, como no caso a fase móvel
gasosa, o equilíbrio entre ela e a fase estacionária não pode ser rigorosamente estabelecido,
como admitido no modelo dos pratos teóricos.
2 = H . L
que evidencia que o alargamento da banda cromatográfica é proporcional à raiz quadrada
da distância percorrida pelo soluto na coluna, ou seja, do tempo de retenção.
Por esse motivo, o emprego de coluna mais longa não significa obrigatoriamente
melhor eficiência de separação, uma vez que a resolução depende do compromisso entre a
distância entre os picos, e a largura dos mesmos, w, dada por 4 pela distribuição de Gauss.
Daí vem uma expressão para se calcular o número de pratos teóricos, N, de uma coluna:
diminuir o tempo de difusão do soluto, mas, por outro lado, ela deveria ser tão
baixa quanto possível para permitir que o soluto atinja o equilíbrio entre as fases
móvel e estacionária. Assim existe uma velocidade de fluxo ótima que permite
obter a altura mínima de prato teórico
empregar um filme fino de fase estacionária pouco viscosa sobre o suporte
sólido
1.2 Cromatografia gasosa
forno coluna
Suprimento detector
de gás
registrador
injetor
A vazão da fase móvel deve ser controlada cuidadosamente o que pode ser feito de
modo relativamente fácil. Dos sistemas disponíveis o mais simples é o medidor de bolha,
que é colocado após a coluna. A medição do fluxo pode ser efetuada antes da coluna por
rotâmetro, um tubo calibrado no interior do qual flutua uma bolinha
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Uma amostra líquida é introduzida por uma micro-seringa que perfura um septo de
borracha, que dá acesso a uma câmara aquecida, em geral a uma temperatura 50 oC superior
a da coluna, onde a amostra é volatilizada instantaneamente. Volumes injetados de amostras
líquidas variam na faixa de 0,1 a 2 μL
A injeção pode ser efetuada por meio de válvulas, que permitem uma precisão de
cerca de 0,1% contra 1% das seringas. Em colunas capilares o volume da amostra pode ser
excessivo e pode usar a split injection quando apenas uma fração precisa da amostra, entre
0,1 a 10% do volume injetado, efetivamente chega a entrar na coluna.
1.2.3 Forno
processo
isotérmico
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 min
o o o o o o
48 95 142 190 237 285
1.2.4 Colunas
SCOT WCOT
suport coated wall coated
open tube open tube
capilares: tubos de sílica, vidro ou aço inox, com 5 a 100 m de comprimento e 0,1 a
0,7 mm de diâmetro interno, nos quais um filme de 0,1 a 8 m de fase estacionária se adere
à parede (WCOT) ou sobre um suporte aderido à parede (SCOT). O fluxo de gás de arraste
varia de 0,5 a 15 mL min -1 e pressão de 3 a 40 psig na cabeça da coluna São de alta
tecnologia, caras, alta resolução (250.000 pratos teóricos) e baixa capacidade (0,1g pico-1)
.
Picos de mesma área aparecem mais altos e mais estritos em colunas capilares o que
determina maior sensibilidade e melhor relação sinal ruído.
1.2.5 Suportes
Chromosorb®
Parâmetro A G P W
densidade aparente [g/ml] 0,40-0,48 0,47-0,58 0,38-0,47 0,18-0,24
superfície específica [m2/g] 2,7 0,5 4,0 1,0
Carga máxima 25 % 5% 30 % 15 %
A fase móvel, gás de arraste, deve ser altamente pura, quimicamente inerte,
facilmente disponível e de baixo custo e adequada para o detector empregado. As principais
são: nitrogênio, usado no detector de ionização de chama (DIC); hidrogênio, que é
inflamável, usado no detector de condutividade térmica (DCT); hélio, de alto custo usado
em DIC e DCT e a mistura argônio-5% e metano CH 4, para o detector de captura de
elétrons (DCE)
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1.2.8 Detectores
ignitor
coletor
ar
hidrogênio
final da
coluna
Este detector funciona com dois gases, hidrogênio e oxigênio, para produzir uma
chama, a qual vem ter acesso o fluxo de gás de arraste, Nitrogênio ou Hélio, por exemplo.
As reações que ocorrem na chama idealmente não produzem elétrons e assim não ocorre
corrente elétrica entre os eletrodos existentes. Uma alta voltagem é aplicada aos eletrodos e
quando os componentes da amostra saem da coluna, hidrocarbonetos por exemplo, sua
queima produz íons e elétrons que são coletados pelos eletrodos gerando uma corrente
elétrica, cuja intensidade é proporcional à quantidade de espécies carregadas formadas, por
sua vez proporcional à quantidade de substância queimada. Como a corrente gerada é de
baixa intensidade, entre 10-12 a 10-9 A, ela tem que ser amplificada para ser detectada.
O efluente da coluna passa por uma câmara que contém dois eletrodos. Nela, as
moléculas do gás de arraste, em geral 90% argônio + 10% metano, sob a ação de uma fonte
ionizante radioativa (inicialmente o trítio e atualmente Ni 63) produzem íons e elétrons
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livres:
Ar Ar+ + e-.
Quando moléculas com forte afinidade por elétrons presentes na amostra entram no
detector elas capturam elétrons, diminuindo o número deles que seriam coletados pelo
eletrodo, diminuindo portanto a intensidade da corrente elétrica de referência:
CX + e- CX-
Se ocorre uma tensão constante entre os eletrodos, os elétrons seriam acelerados e
isso diminuiria a freqüência de choque com as espécies do analito. Por isso são aplicados
pulsos de tensão de duração e freqüência adequadas, durante os quais os elétrons não são
acelerados, o que aumenta a probabilidade de interação e o sinal analítico também. O
metano permite trabalhar com pulsos extremamente rápidos ( 1mS), criando um meio que
favorece a desaceleração dos elétrons.
1.2.9 Quantificação
ÁREA amostra
[ A] amostra .[ A] padrão
ÁREA padrão
A relação entre concentração de padrão e área de pico pode ser obtida por meio de
uma curva de calibração.
1009 990
[X] . .11,3 16,60 mg L1
1071 635
Note-se que neste exemplo o sinal do padrão interno I variou em 6,1% denunciando
alguma alteração das condições do sistema cromatográfico. Esta variação é computada no
calculo da concentração de X como um fator de correção.