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ABNT/CB-055

PROJETO ABNT NBR 16655-3


AGO 2017

Instalação de sistemas residenciais


de ar-condicionado — Split  e
 e compacto
Parte 3: Método de cálculo da carga térmica residencial

APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Equipamentos de Expansão Direta
Divididos (CE-055:002.005) do Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação
e Aquecimento (ABNT/CB-055), com número de Texto-Base
Texto-Base 055:002.005-001/3, nas reuniões de:

19 . 02 . 201 4 19 . 03 . 201 4 1 6. 0 4. 20 14
21 . 05 . 201 4 18 . 06 . 201 4 16. 0 7. 2 014
1 0. 08 . 20 14 1 7. 09 . 20 14 22. 1 0. 2 014
19.11.2014 2 5. 02 . 20 15 25. 02. 2 015
25.03.2015 29.04.2015 27.05.2015
24.06.2015 22.07.2015 26.08.2015
28.10.2015 25.11.2015 24.02.2016
23. 0 3. 2 016 25. 0 5. 2 016 22 . 06 . 201 6
27.07.2016 28.09.2016 09.06.2017

a) não tem valor normativo.

2)  Aqu
 Aquele
eless que titiver
verem
em con
conhec
hecime
imento
nto de qua
qualqu
lquer
er dir
direit
eito
o de pat
patent
ente
e dev
devem
em apr
aprese
esent
ntar
ar est
estaa
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Tomaram parte na elaboração deste Projeto:

Participante Representante

 ABRAV
 ABR AVA/
A/ABN
ABNT/
T/CB-
CB-055
055 Oswal
Os waldo
do de Siq
Siquei
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Bueno
no
 ABNT/
 ABN T/CB-
CB-055
055 Clara
Cla ra Lúc
Lúcia
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Hernan
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des M. Bas
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© ABNT 2017
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modicada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
ABNT.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


ABNT/CB-055
PROJETO ABNT NBR 16655-3
AGO 2017

F RI GE LA R Cid a Co nt r er a
F RI GE LA R Ed uar do Ros al es M ac had o
P O LI P EX An dr é Di c ke rt
TO NAR E E NG EN HAR I A J o s é R e n a t o Vi a n n a
S U P O RT E U N I V E R S A L Sé rg io Lui z da Si lv a C or t ez
S O S U P O RT E Sé rg io Lui z P. do s S an t os
S O S U P O RT E Ka ri n L ie K. dos S ant os
J CFARI A ENG E NHA RI A Jo ão Car lo s Fa r ia
5 PL AS T I C Rog er Be ck er Vo lt r i x
H ULT ER F el ipe Sa nc hez
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TRANE Fernando Villarrubia
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PROJETO ABNT NBR 16655-3
AGO 2017

Instalação de sistemas residenciais


de ar-condicionado — Split  e compacto
Parte 3: Método de cálculo da carga térmica residencial

Installation of residential air conditioning systems — Split and compact


Part 3: Residential heat load calculation method 

Prefácio

 A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

 A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

 A ABNT NBR 16655-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação
e Aquecimento (ABNT/CB-055), pela Comissão de Estudo de Equipamentos de Expansão Direta
Divididos (CE-055:002.005). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX,
de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

 A ABNT NBR 16655, sob o título geral “Instalação de sistemas residenciais de ar-condicionado – Split
e compacto”, tem previsão de conter as seguintes partes:

— Parte 1: Projeto e instalação;

— Parte 2: Procedimento para ensaio de estanqueidade, desidratação e carga de uído frigoríco;

— Parte 3: Método de cálculo da carga térmica residencial.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope

This Part of ABNT NBR 16655 presents a simplied procedure thermal load calculation of air conditioning
for residential installations, which can be used in a spreadsheet with the following objectives:

a) from the user information, customer, choose the cooling and heating capacity parameters;

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b) advise clients in actions to reduce the need for coolingheating, for example, glass with heat
treatment and reection or absorption of solar radiation;

c) estimate the power point required and check if it is compatible with the available installation.

The simplied procedure allows the thermal load of the estimate of a unique environment in the
case of two or more environments the calculation must be repeated with the characteristics of each
environment.

This is recommeded the use of computer programs available for thermal load calculation, and must
complete the calculation in the case of plants with repetitive environments or environments multiple
and repetitive residences for different families (apartments).

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Introdução

O aumento da base instalada de equipamentos de ar-condicionado residencial em operação, trouxe


como consequência um aumento na demanda e no consumo de energia elétrica, com risco de sobre -
carga no sistema de geração e de distribuição. O cálculo da carga deve permitir a escolha de equi -
pamentos com a capacidade correta, evitando o superdimensionamento na escolha do equipamento
com um aumento desnecessário do consumo da energia elétrica.

Somente como informação, se trabalha com uma carga de refrigeração típica de 6 m 2/kW de área de
piso por potência de refrigeração em kW (21 m 2/tr) sendo que a meta em países mais desenvolvidos é
de 9 m2/kW (32 m2/tr). Uma vez denida a capacidade de refrigeração, podemos estimar a demanda
de alimentação elétrica de 1,25 kW/tr e a demanda elétrica de 0,35 kW para uma demanda de refrigeração
de 1 kW, ou seja, um coeciente de desempenho COP de 2,9 kW de refrigeração por kW elétrico.

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de ar-condicionado — Split  e compacto
Parte 3: Método de cálculo da carga térmica residencial

1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 16655 apresenta um procedimento simplicado de cálculo de carga térmica
de ar-condicionado para instalações residenciais, com os seguintes objetivos:

a) a partir das informações do cliente, calcular os parâmetros de capacidade de refrigeração e aque -
cimento;

b) orientar o cliente nas ações para redução da necessidade de refrigeração/aquecimento, por exem -
plo, vidros com tratamento térmico de reexão e/ou absorção da radiação solar;

c) estimar o ponto de energia elétrica necessário e a sua compatibilidade com o disponível na
instalação.
NOTA É recomendável o uso de programas de computador disponíveis para o cálculo de carga térmica:
sendo obrigatório o cálculo completo no caso de instalações com ambientes repetitivos ou os ambientes
residenciais múltiplos e repetitivos para diferentes famílias (apartamentos).

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referên -
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

 ABNT NBR 15575-1, Edicações habitacionais – Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais

 ABNT NBR 16401-1, Instalações de ar-condicinado – Sistemas centrais e unitários – Parte 1: Projetos
das instalações

 ABNT NBR 16401-2, Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 2:


Parâmetros de conforto térmico

3 Termos e denições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denições.

3.1
diferença de temperatura da carga de resfriamento
(CLTD Cooling load temperature differences )
diferença da temperatura usada no cálculo de transmissão de calor por superfícies opacas, que leva
em consideração a resistência térmica à transmissão do calor, sua inércia térmica, o efeito do sol e a
diferença da temperatura interna e externa
NOTA A diferença é expressa em grau Celsius (°C)

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3.2
fator de carga de resfriamento
(CLF cooling load factor )
fator que corrige os valores de carga térmica em função do efeito de retardamento da incidência
do calor da radiação emitida por equipamentos, iluminação pessoas devido a sua temperatura de
superfície e da radiação solar
NOTA O fator é adimensional.
3.3
fator de ganho de calor por insolação
(SHGF Solar heating gain factor )
potência de insolação especíca que considera a latitude e o período do ano para a incidência máxima
da radiação solar em superfícies transparentes
NOTA O fator é expresso em watts por metro quadrado (W/m2).

3.4
fator de sombreamento
(SC Shade cooling load factors )
fator que corrige a radiação solar transmitida para o ambiente em função de características físicas do
vidro, como espessura, característica ótica de reexão ou absorção e forma construtiva de vidro duplo
ou fachada dupla

4 Requisitos
4.1 Gerais
 A estimativa da carga térmica tem por objetivo avaliar os valores de calor sensível (mudança de
temperatura), e de calor latente (mudança da umidade), de um ambiente e desta forma a partir dos
valores da carga térmica selecionar o equipamento necessário para manter as condições desejadas.
O valor deve ser calculado na condição mais crítica. Recomenda-se não acrescentar fatores de
segurança no cálculo da carga térmica, a seleção do equipamento pode ser feita pelo valor aprox imado
e não necessariamente maior.
4.1.1 Para a estimativa da carga térmica, é necessário:
a) escolher os valores de projeto da temperatura de bulbo seco e a temperatura de bulbo úmido do
ar externo em função da latitude e da altitude do local;
b) escolher as temperaturas de projeto do ambiente condicionado adequadas às pessoas em função
de sua idade, atividade e roupas;
c) averiguar possíveis condições especiais, como recintos adjacentes não condicionados, insolação,
sombreamento externo etc.;
d) escolher os coecientes de transferência de calor das distintas paredes da edicação com base
no seu projeto. Paredes que separam ambientes na mesma temperatura devem ser ignoradas.
Os coecientes de transmissão de calor para inverno (aquecimento) e para verão (resfriamento)
podem ser diferentes;
e) com base nas características construtivas da edicação, no programa de operação do sistema,
nos valores de projeto da velocidade do vento e da diferença de temperatura. Estimar a taxa de
inltração (parcela não controlada), conforme ABNT NBR 15575-1 e/ou de ventilação com ar
externo, conforme 4.4;

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f) determinar as características adicionais da edicação, como: localização, orientação, sombrea-


mento externo e massa, as quais afetam o ganho de calor por insolação;
g) com base nas características construtivas da edicação e nas condições de projeto determinar as
diferenças de temperatura para a carga de refrigeração, fatores de ganho de calor por insolação
e fatores de carga de refrigeração apropriados;
h) determinar a taxa de transferência de calor para o recinto em função dos coecientes de transfe-
rência de calor, áreas e diferenças de temperatura, previamente calculados;
i) para espaços com geração interna de calor (luzes, equipamentos, pessoas etc.) aplicar os fatores
de carga de refrigeração quando necessário e as programações de uso.
4.1.2 O processo de cálculo da carga térmica a ser empregado é o da carga de resfriamento pela
diferença de temperatura (CLTD) [1], fatores de carga de resfriamento solar ( SCL) [1] e fatores de
carga térmica Interna [1] que é o processo que melhor se aplica para o cálculo manual.

4.2 Escolha dos valores de projeto da temperatura de bulbo seco e temperatura de


bulbo úmido, do ar externo
4.2.1 Os valores de temperatura e de umidade do ar externo devem ser escolhidos conforme a
 ABNT NBR 16401-1.
Caso não seja encontrada a cidade ou o local da instalação, pode ser usado um valor por aproximação
ou de referência.

4.2.2  A Tabela 1 apresenta as condições de verão de sete cidades do Brasil e dois valores de
referência.

Tabela 1 – Condições de temperatura e umidade do ar externo para o verão


Temperatura
Temperatura Umidade
de bulbo Volume
Altitude máxima de úmido
absoluta Entalpia
Cidade bulbo seco especíco
m kg de vapor kJ/kg
coincidente m3/kg
°C /kg ar seco
°C
Belém 16 33,2 25,9 0,018 2 0,895 79,87
Brasília 1 060 32,2 17,1 0,008 2 0,995 53,32
Porto Alegre 3 34,7 24,6 0,018 6 0,898 82,43
Recife 10 34,0 27,1 0,019 9 0,899 85,20
Rio de Janeiro 3 34,1 25,2 0,016 6 0,894 76,72
São Paulo 802 32,1 20,4 0,011 7 0,970 62,29
Teresina 67 38,2 23,5 0,012 3 0,907 69,95
Referência 1 50 35 25 0,016 0 0,901 76,13
Referência 2 750 35 25 0,017 8 0,982 80,78
NOTA Os valores de referência podem ser usados em caso de dúvida da cidade equivalente em termos de clima.

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4.2.3  A Tabela 2 apresenta as condições de inverno de sete cidades do Brasil e dois valores de
referência.

Tabela 2 – Condições de temperatura e umidade do ar externo para o inverno


Temperatura Umidade
Ponto de Volume
Altitude mínima de absoluta Entalpia
Cidade orvalho especíco
m bulbo seco kg de vapor kJ/kg
°C m3/kg
°C /kg ar seco
Belém 16 22,8 20,8 0,015 7 0,861 62,79
Brasília 1 060 10 1,2 0,004 7 0,918 21,84
Porto Alegre 3 3,9 1,1 0,004 1 0,790 14,18
Recife 10 21,8 18,2 0,013 1 0,854 55,23
Rio de Janeiro 3 16,2 11,9 0,008 7 0,832 38,23
São Paulo 802 8,9 3,9 0,005 5 0,887 22,80
Teresina 67 21,9 12,9 0,009 3 0,855 45,75
Referência 1 50 10 5 0,005 4 0,814 23,74
Referência 2 750 5 2 0,004 8 0,869 17,01
NOTA Os valores de referência podem ser usados em caso de dúvida da cidade equivalente em termos de clima.

4.3 Escolha das temperaturas de projeto do ambiente condicionado


 A escolha das temperaturas de projeto do ambiente condicionado deve ser adequada às pessoas em
função de sua idade, atividade e roupas, conforme a ABNT NBR 16401-2.

Se necessário, podem ser adotadas as condições de referência apresentadas nas Tabelas 3 e 4.

Tabela 3 – Condições das temperaturas internas de referência para o verão


Temperatura
Umidade Pressão Umidade Volume
Altitude de bulbo Entalpia
Ar interno relativa atmosférica absoluta especíco
m seco kJ/kg
% kPa kg/kg m3/kg
°C
Condição 1 50 24,0 50,0 100,73 0,009 4 0,860 47,92
Condição 2 50 26,0 50,0 100,73 0,010 6 0,867 53,03
Condição 3 500 24,0 50,0 95,46 0,009 9 0,908 49,25
Condição 4 500 26,0 50,0 95,46 0,011 2 0,916 54,54
Condição 5 750 24,0 50,0 92,63 0,010 2 0,936 50,03
Condição 6 750 26,0 50,0 92,63 0,011 5 0,944 55,43
Condição 7 1 000 24,0 50,0 89,87 0,010 5 0,965 50,84
Condição 8 1 000 26,0 50,0 89,87 0,011 9 0,974 56,34
NOTA As condições de temperatura de bulbo seco de 26 °C são consideradas como valores para instalações de menor
custo inicial e operacional (energia elétrica) sem a perda do conforto.

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Tabela 4 – Condições das temperaturas internas de referência para o inverno


Temperatura Umidade Pressão Umidade Volume
Altitude entalpia
Ar interno de bulbo seco relativa atmosférica absoluta especíco
m kJ/kg
°C % kPa kg/kg m3/kg
Condição 1 50 18,0 50,0 100,73 0,006 4 0,838 34,40
Condição 2 50 20,0 50,0 100,73 0,007 3 0,845 38,63
Condição 3 500 18,0 50,0 95,46 0,006 8 0,885 35,31
Condição 4 500 20,0 50,0 95,46 0,007 7 0,893 39,67
Condição 5 750 18,0 50,0 92,63 0,007 0 0,912 35,84
Condição 6 750 20,0 50,0 92,63 0,008 0 0,920 40,27
Condição 7 1 000 18,0 50,0 89,87 0,007 2 0,941 36,39
Condição 8 1 000 20,0 50,0 89,87 0,008 2 0,949 40,90
NOTA As condições de temperatura de bulbo seco de 18 °C são consideradas como valores para instalações de menor
custo inicial e operacional (energia elétrica), sem a perda do conforto.

4.4 Recintos adjacentes


Para recintos adjacentes não condicionados considerar a temperatura de bulbo seco conforme a seguir:

a) no verão, a temperatura de bulbo seco é 3 °C acima da temperatura de bulbo seco do ar externo
no verão;

b) no inverno, a temperatura de bulbo seco é 3 °C acima da temperatura de bulbo seco do ar externo
no inverno.

4.5 Renovação e inltração de ar 


4.5.1 Com base nas características construtivas da edicação, vedação de janelas e portas, nos
valores de projeto da velocidade do vento e da diferença de temperatura, estimar a taxa de inltração
e ou de ventilação com ar externo. Este valor corresponde à parcela não controlada, do ar externo,
conforme ABNT NBR 15575-1.
NOTA Considerar, no mínimo o valor recomendado de 1 L/s.m2 (3,6 m3/h.m2) para cada ambiente residencial.

4.5.2  A carga térmica do ar externo é calculada pelas Equações a seguir:

4.5.2.1  A vazão de ar em volume inltrado ou de renovação deve ser calculada conforme Equação 1.

Qae =
Qinf · A (1)

onde

Qae é a vazão de ar externo, expresso em metro cúbico por hora (m3/h);

Qinf  é a vazão de ar externo inltrado ou de renovação expresso em metro cúbico por hora (m 3/h)
por metro quadrado de piso (m 2 de piso);

 A é a área do piso, expressa em metro quadrado (m 2).

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4.5.2.2  A vazão em massa de ar inltrado ou de renovação é calculada conforme Equação 2.

mae = (Qae).(1/3 600). ρ (2)


onde

mae é a vazão em massa de ar externo, expressa em quilograma por segundo (kg/s);

Qae é a vazão em volume de ar externo, expressa metro cúbico por hora (m 3/h);

1 h/3 600 s é a transformação de metros cúbicos por hora em metros cúbi cos por segundo (m 3/h
em m3/s);

 ρ é a massa especíca do ar externo, expressa em quilograma por metro cúbico (kg/m 3).

4.5.2.3 Para o cálculo da carga de ar externo, deve-se considerar:

a) o calor sensível calculado conforme a Equação 3:

qsae  qt ae – ql ae


= (3)
onde

qsae é o calor sensível do ar externo, expresso em watts (W);

qt ae é o calor total, expresso em watts (W);

ql ae é o calor latente, expresso em watts (W).

b) o calor total do ar externo é calculado conforme a Equação 4:

qt ae = mae·(hae – hamb) (4)

onde

mae é a vazão em massa de ar externo, expressa em quilograma por segundo (kg/s);

hae é a entalpia do ar externo, expressa em quilo joule por quilograma (kJ/kg);

hamb é a entalpia do ar do ambiente, expressa em quilo joule por quilograma (kJ/kg).

c) o calor latente do ar externo, é calculado conforme a Equação 5.

ql ae = mae·hlv·(W ae – W amb) (5)

onde

mae é a vazão em massa de ar externo, expressa em quilograma por segundo (kg/s);

hlv é o calor latente de vaporização da água 2 501 kJ/kg, expresso em quilo joule por quilograma
(kJ/kg);

W ae é a umidade absoluta do ar externo, expressa em quilograma por quilograma (kg/kg);

W amb é a umidade absoluta do ar do ambiente, expressa em quilograma por quilograma (kg/kg).

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4.6 Coecientes de transmissão de calor por superfícies opacas (paredes, pisos, lajes
e telhados)
 As opções de arranjo dos materiais e de suas espessuras para a construção de paredes, pisos e lajes
e podem ser vericadas nos manuais de cálculo de carga térmica [1].
 As opções de arranjo de materiais usuais para o coeciente de transmissão de calor adotadas são
apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5 – Coecientes de transmissão de calor através de superfícies opacas (paredes,


pisos, lajes e telhados)
Parede Laje externa + Laje externa +
Elementos de construção – Características físicas
externa espessura ar  isolamento
Coeciente de Resistividade Resistividade Resistividade
Elemento Espessura condutibilidade térmica térmica térmica
construtivo m k
W/(m.°C) (m2.°C)/W (m2.°C)/W (m2.°C)/W
Filme do ar externo não 0 0,044 0,044 0,044
Reboque + pintura 0,025 0,73 0,034 0 0
Bloco de concreto 0,200 1,04 0,192 0 0
Concreto laje
0,150 1,9 0 0,079 0,079
maciça e contrapiso
Drywall Gesso 0,070 0,46 0 0,152 0
Vidro 0,006 0,76 0 0 0
Espaço de ar não 0 0 0,160 0
Isolamento 25 mm
0,025 0,032 0 0 0,781 25
lã de vidro
Reboque + pintura 0,025 0,73 0,034 0,034 0
Filme do ar interno não 0 0,121 0,121 0
Total 0 0 0,426 0,590 0,904

Tabela 6 – Coecientes de transmissão de calor através de piso, parede interna e janelas


Janela externa Janela externa
Piso/Laje interna Parede interna
simples cortina
Elemento construtivo Resistividade Resistividade Resistividade Resistividade
térmica térmica térmica térmica
(m2.°C)/W (m2.°C)/W (m2.°C)/W (m2.°C)/W
Filme do ar externo 0 0 0,044 0,044
Concreto laje maciça e
0,079 0 0 0
contrapiso
Drywall 0 0,152 0 0
Vidro 0 0 0,008 0,016
Espaço de ar (vidro duplo) 0 0 0 0,160
Filme do ar interno 0,242 0,242 0,121 0,121
Total 0,321 0,394 0,173 0,341

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4.6.1 No caso dos elementos construtivos não estarem listados nas Tabelas 5 e 6, deve ser calculado
conforme [1].
4.6.2 Não pode ser considerada a troca de calor entre ambientes com a mesma temperatura.

4.6.3 Os coecientes de transmissão de calor para inverno (aquecimento) e para verão (resfriamento)
podem ser diferentes.

4.7 Cargas de transmissão e de insolação


4.7.1 Para o cálculo do valor de carga térmica por transmissão e por insolação, deve-se considerar
as seguintes condições:
a) latitude;
b) orientação;
c) mês do ano;
d) temperatura de bulbo seco externa e interna;
e) horário;
f) características construtivas do edifício;
g) para condições de projeto, determinar as diferenças de temperatura para a carga de refrigeração
CLTD, fatores de ganho de calor por insolação SHGF   e fatores de carga de refrigeração CLF 
apropriados;
h) determinar as características adicionais do edifício;
— localização;
— orientação (norte, leste, sul e oeste);
— sombreamento externo devido a outras construções ou mesmo árvores, as quais afetam o
ganho de calor por transmissão.
4.7.2  A Tabela 7 apresenta as diferenças de temperatura em função das condições de transmissão
de calor.

Tabela 7 – Diferença de temperatura para a carga de refrigeração CLTD,


corrigida às 16 h (continua)
Cidade
Valor de
Condição referência Belém, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo,
PA DF RS RJ SP
°C
°C °C °C °C °C
Norte 10 11,1 15,2 11,85 11,2 9,95
Nordeste 15 16,1 20,2 16,85 16,2 14,95
Leste 19 20,1 24,2 20,85 20,2 18,95

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Tabela 7 (conclusão)
Cidade
Valor de
Condição referência Belém, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo,
PA DF RS RJ SP
°C
°C °C °C °C °C
Sudeste 20 21,1 25,2 21,85 21,2 19,95
Sul 18 19,1 23,2 19,85 19,2 17,95
Sudoeste 18 19,1 23,2 19,85 19,2 17,95
Oeste 15 16,1 20,2 16,85 16,2 14,95
Noroeste 11 12,1 16,2 12,85 12,2 10,95
Horizontal 24 25,1 29,2 25,85 25,2 23,95
Vidro 8 9,1 13,2 9,85 9,2 7,95
NOTA Os valores de diferença de temperatura para a carga estão corrigidos para os valores de temperatura
de bulbo seco interna, de 24 °C e temperatura de bulbo seco externa do local considerado conforme a Tabela 1.

4.7.3 Caso seja necessário corrigir o CLTD (ver 3.1), deve-se utilizar a Equação 6.
CLTDr  CLTD + (25 – TBSp) + (TBSaem – 29)
= (6)
onde
CLTDr  é a diferença de temperatura da carga de resfriamento, expressa em graus Celsius (°C);
TBSp é a temperatura de bulbo seco de projeto, expressa em graus Celsius (°C);
TBSaem é a temperatura de bulbo seco média do ar externo ao longo do dia, expressa em graus
Celsius (°C).
4.7.4 Para o cálculo da transmissão de calor por superfícies opacas, deve-se utilizar a Equação 7.
qstrans  [ A·(CLTDr )]/R 
= (7)
onde
 A é a área da superfície, expressa em metros quadrados (m 2);
CLTDr  é a diferença de temperatura para a carga de resfriamento, expressa em graus Celsius (°C);

R  é a resistividade térmica da superfície, expressa em metros quadrados, multiplicado por


graus Celsius, dividida por watts (m 2.°C)/W.
4.7.5 Para determinar as características adicionais da edicação, os seguintes fatores devem ser
observados, por exemplo:
a) localização;
b) orientação (norte, leste, sul e oeste);
c) sombreamento externo devido a outras construções ou mesmo a existência de árvores, as quais
afetam o ganho de calor por insolação.

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4.7.6  A Tabela 8 apresenta os fatores de ganho de calor em função da insolação.

Tabela 8 – Fator de ganho de calor por insolação SHGF em W/m2


Cidade
Belém, PA Brasília, DF. Porto Alegre, RS. Rio de Janeiro, RJ. São Paulo, SP.
Latitude sul
1,38 17,87 30,00 22,82 23,62
(º)
Mês Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro
Unidade
W/m2
Norte 363 135 204 142 142
Nordeste 634 363 458 555 555
Leste 615 666 678 672 672
Sudeste 243 582 532 407 407
Sul 120 163 128 145 145
Sudoeste 243 582 532 407 407
Oeste 615 666 678 672 672
Noroeste 634 363 458 555 555
Horizontal 820 876 866 877 877

4.7.7 No caso de vidros em janelas ou claraboias, é necessário que a sua transmissibilidade seja redu -
zida, diminuindo a carga térmica interna. Os fatores de sombreamento são encontrados na Tabela 9.

Tabela 9 – Carga de insolação – Fator de carga de resfriamento às 16 h


Fator de carga de resfriamento em função do horário
Orientação geográca
(adimensional)
Norte 0,75
Nordeste 0,20
Leste 0,17
Sudeste 0,22
Sul 0,35
Sudoeste 0,81
Oeste 0,82
Noroeste 0,73
Horizontal 0,58

4.7.8 Determinar a taxa de transferência de calor para o recinto, em função dos coecientes de
transferência de calor, áreas, diferenças de temperatura e fator de ganho de calor por insolação,
previamente calculados, (ver Tabela 10).

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Tabela 10 – Coecientes de sombreamento (adimensional) para películas protetoras e


sombreamento interno (cortinas)
Vidro
6 mm
Simples Simples + cortina Reetivo + cortina
0,87 0,55 0,30

4.7.9 O ganho de calor solar através do vidro é calculado conforme Equação 8.

qsins  A·SC ·SHGF ·CLF
= (8)

onde

 A é a área da janela, expressa em metros quadrados (m 2);

SC é o fator de sombreamento;

SHGF  é o fator de ganho de calor por insolação, expresso em watts por metro quadrado (W/m 2);

CLF  fator de carga de resfriamento em função do horário.

4.8 Calor interno


4.8.1 Devem ser consideradas as cargas relativas às pessoas, à iluminação e aos equipamentos,
que dissipam calor, ver Tabelas 11, 12 e 13.

Tabela 11 – Carga térmica interna em função de pessoas, iluminação e equipamentos


Calor sensível Calor total CLF 
Atividade
W/pessoa W/pessoa  Adimensional
Pessoas sentadas, trabalho leve 75 150 1
Dançando 120 375 -----
NOTA O calor total de pessoa é igual à soma da parcela de calor sensível e de calor latente.

4.8.2 O cálculo da carga térmica interna de pessoas deve ser feito utilizando as Equações 9 e 10.

qspessoas  nºpessoas·cspessoa·CLF
= (9)
onde

qspessoas é o calor sensível referente às pessoas, expresso em watts (W);

n°pessoas é a quantidade de pessoas;

cspessoa é o calor sensível por pessoa, em função da atividade, expresso em watts por pessoa
(W/pessoa);

CLF é o fator de carga de resfriamento adimensional.

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ql pessoas = n°pessoas·(ct pessoa – cspessoa) (10)

onde

ql pessoas é o calor latente referente a pessoas, expresso em watts (W);

n°pessoas é a quantidade de pessoas;

ct pessoa é o calor total por pessoa, em função da atividade expressa em watts por pessoa (W/
pessoa);

cspessoa é o calor sensível por pessoa em função da atividade expressa em watts por pessoa
(W/pessoa);

CLF  é o fator de carga de resfriamento adimensional.

Tabela 12 – Carga térmica interna em função de iluminação


Fator de carga de resfriamento
Cargas internas Potência por m2
CLF
Iluminação W/m2  Adimensional
Escritório 12 1
Sala de jantar  23 1
Quartos de dormir 10 1
NOTA Os valores desta Tabela correspondem a uma densidade de potência de iluminação em W/m2. No caso de ser
conhecida a potência instalada, recomenda-se a utilização deste valor. Consideram como fator de carga de resfriamento
CLF  o valor 1.

4.8.3  A estimativa da potência instalada deve ser calculada conforme Equação 11.

Psilum  A·csilum
= (11)
onde
Psilum é a potência instalada de iluminação, expressa em watts (W);

 A é a área de piso expressa em metros quadrados (m 2);


csilum é a potência instalada especíca, expressa em watts por metro quadrado (W/m 2).

4.8.4  A carga sensível de iluminação deve ser calculada conforme Equação 12.

qsilum = Psilum·CLF   (12)


onde
qsilum é a carga sensível de iluminação, expressa em watts (W);

P ilum é a potência instalada de iluminação, expressa em watts (W);


CLF é o fator de carga de resfriamento adimensional.

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Tabela 13 – Carga térmica interna em função de equipamentos


Fator de carga de
W/equipamento resfriamento Carga térmica
Equipamentos W
W CLF  W
 Adimensional
Televisão 40 polegadas 250 250 0,8 200
Computador desktop 135 135 0,8 108
NOTA 1 O fator de carga de resfriamento CLF   pode ser alterado em função do uso do equipamento
considerado.
NOTA 2 No caso de cozinhas conjugadas, há diculdade em função da exaustão de ar da coifa do fogão,
bem como a carga térmica dos equipamentos instalados. Recomenda-se consultar [1].

4.8.5 Para calcular a carga sensível de equipamentos, utilizar a Equação 13.

qsequip = Psequip .CLF   (13)


onde

qsequip é a carga sensível de equipamentos, expressa em watts (W);

P ilum é a potência instalada de equipamentos, expressa em watts (W);

CLF  é o fator de carga de resfriamento adimensional.

5 Somatória das cargas térmicas de refrigeração


Os valores calculados na Seção 4 devem ser utilizados para o cálculo dos valores de cada carga e
somados nas mesmas características do calor sensível, do calor latente e do calor total.

O valor total deve ser usado na seleção do equipamento, neste caso, feito de forma simplicada aten -
dendo a carga total em kW. Não podem ser usados coecientes de segurança ou mesmo a escolha
com folga.

O Anexo A apresenta os exemplos de um cálculo.

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Anexo A
(informativo)

Exemplo do cálculo de carga

A.1 Para este Exemplo, é adotado como referência a cidade de São Paulo/SP, em um ambiente de
sala de estar, conforme Figura A.1.
NOTA O desenho da Figura A.1 está fora de escala.

 Ambiente com  Ambiente com


ar-condicionado ar-condicionado

Face noroeste Face noroeste


com janela com janela
6m contínua + contínua +
parede parede

 A  A

 Ambiente interno
não condicionado

10 m
0,25 m

2,5 m Janela com Janela com 1,25 m


vidro sim les Corte A - A vidro sim les

1,0 m

Figura A.1 – Arranjo físico da sala

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A.2 O cálculo da transmissão de calor pelas superfícies externas e internas é apresentado nas
Tabelas A.2 a A.9.

Tabela A.1 – Descrição do ambiente e suas superfícies


Resistividade
Descrição   Característica Comentário térmica
(m2.ºC)/W
Paredes Filme externo do ar + reboque
Ver Tabela 5 0,426
externas + tijolo de cimento + reboque
Parede Filme interno do ar + drywall  +
Ver Tabela 6 0,394
interna lme interno do ar 
Filme interno do ar + concreto
Laje superior
para laje maciça e contrapiso Ver Tabela 6 0,321
e inferior 
+ lme interno do ar 
Laje Filme interno do ar + concreto
superior e laje maciça e contrapiso +
Ver Tabela 5 0,904
inferior com isolamento de 25 mm de lã de
isolamento vidro lme interno do ar 
Janela
Filme externo do ar + vidro de
externa Ver Tabela 6 0,173
6 mm + lme interno do ar 
simples
NOTA As portas não são consideradas.

A.2.1  A temperatura de bulbo seco do ambiente interno não condicionado é igual à temperatura de
bulbo seco do ar externo (32,1 °C) + 3 °C – a temperatura de bulbo seco do ar interno (24 °C), neste
Exemplo 32,1 + 3 – 24  11,1 °C, conforme a Tabela A.2.
=

Tabela A.2 ‒ Áreas de troca de calor e diferença de temperatura na carga de resfriamento


CLTD em função da orientação e do horário
Dimensão do
Dimensão da largura Valores conforme
comprimento Área
Parede/janela/laje da sala de estar  Tabela 7
da sala de estar  m2
m °C
m
Parede noroeste 6 (1,0 + 0,25)  1,25
= 7,9 10,95
Janela noroeste – vidro 6 1,25 7,9 7,95
Parede sudeste 6 (1,0 + 0,25)  1,25
= 7,9 19,95
Janela sudeste – vidro 6 1,25 7,9 7,95
Parede interna – ambiente
10 2,5 25 32,1 + 3 – 24 11,1
=

não condicionado
Laje/teto ambiente não
6 10 60 32,1 + 3 – 24 11,1
=

condicionado
NOTA Considera-se que os andares superiores e inferiores são ambientes internos não condicionados.

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A.2.2  A Tabela A.3 apresenta o cálculo considerando dois valores de transmissão de calor pelas
superfícies externas e internas, expressos em watts (W) conforme a seguir:

a) sem isolamento na laje  6 153 W;


=

b) com isolamento na laje  3 477 W.


=

Este Exemplo demonstra a necessidade de análise dos valores obtidos e vericação da possibilidade
de redução da carga térmica.

Tabela A.3 – Transferência de calor pelas superfícies externas e internas


Diferença de Transmissão de calor
Resistividade temperatura
Área pelas superfícies
Parede/janela/laje térmica da carga de
m2 externas e internas
(m2.°C)/W resfriamento (CLTD)
ºC W

Parede noroeste 0,426 7,9 10,95 203


Janela noroeste – vidro ---------- 7,9 7,95 363
Parede sudeste 0,426 7,9 19,95 370
Janela sudeste – vidro 0,173 7,9 7,95 363
Parede interna,
0,394 25 11,1 704
ambiente não condicionado
Laje/teto,
0,321 60 11,1 4 150
ambiente não condicionado
Subtotal sem isolamento ---------- -------- ---------- 6 153
Laje/teto com isolamento, 0,904
ambiente interno não 60 11,1 1 473
condicionado
Subtotal com isolamento --------- ------- ------------- 3 477

A.2.3  A transmissão de calor por superfícies transparentes é apresentada na Tabela A.4.

Tabela A.4 – Transmissão de calor por janelas/áreas


Dimensão do
Dimensão da largura
comprimento da sala Área
Orientação da sala de estar 
de estar  m2
m
m
Noroeste 6 1,25 7,5
Sudeste 6 1,25 7,5

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A.2.4  A Tabela A.5 apresenta o cálculo considerando dois valores de transmissão de calor pelas
superfícies transparentes expressos em watts (W), conforme a seguir:

a) sem película e cortina  3 228 W;


=

b) com película e cortina  1 113 W.


=

Este Exemplo demonstra a necessidade de análise dos valores obtidos e vericação da possibilidade
de redução da carga térmica.

Tabela A.5 – Transmissão de calor por insolação


Fator de ganho Transmissão
de calor por Fator de de calor por
  Área carga de Fator de
Orientação insolação superfície
m2 (SHGF ) resfriamento sombreamento transparente
adimensional
W/m2 W
Noroeste 7,5 555 0,73 0,87 2 644
Sudeste 7,5 407 0,22 0,87 584
Subtotal
3 228
sem película
Noroeste com
7,5 555 0,73 0,3 912
película e cortina
Noroeste com
7,5 407 0,22 0,3 201
película e cortina
Subtotal com
1 113
película e cortina

A.2.5 O valor da carga térmica por inltração e/ou renovação pode ser calculado, porém depende
de dados de vedação de portas e janelas que nem sempre estão disponíveis.
NOTA Considerar no mínimo o valor recomendado de 1 L/s.m2  (3,6 m3/h.m2) para cada ambiente
residencial, neste caso, adotar o dobro (7,2 m 3/h).

Tabela A.6 – Dados psicrométricos de São Paulo


Umidade
Temperatura de Volume
especíca Entalpia
São Paulo bulbo seco especíco
kg de vapor/ kJ/kg m3/kg
°C
kg de ar seco
 Ar externo verão 32,1 0,011 7 62,29 0,97
 Ar interno 24 0,010 2 50,03 0,936

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Tabela A.7 – Área e vazão adotada


Dimensão do
Dimensão da largura Renovação
comprimento da sala Área
Descrição da sala de estar  de ar
de estar  m2
m m3/(h.m2)
m
 Ambiente da
6 10 60 7,2
sala de estar 

A.2.6 Para o cálculo da carga térmica de inltração/renovação, apresentados na Tabela A.8, consi -
derou-se a carga térmica do ar externo, conforme a seguir:

a) calor latente: 0,12 W;

b) calor sensível: 1 516,6 W;

c) calor total: 1 516,7 W.

Tabela A.8 – Carga térmica de inltração/renovação


Vazão em Vazão em Carga térmica do ar
Variação de entalpia
------------ volume massa externo
kJ/kg
m3/h kg/s W
Calor total do ar
432 0,12371134 12,26 1 516,70
externo
Variação de umidade
------------ --------- ---------- especíca --------------
kg vapor/kg ar seco
Calor latente
432 0,12371134 0,0015 0,1289
W
Calor sensível
---------- --------------- ------------ 1 516,57
W

A.3 Para carga térmica de pessoas, equipamentos e iluminação, ver A.3.1 e A.3.2.

A.3.1 Pessoas
Considerou-se para o cálculo apresentado na Tabela A.9, a carga térmica de oito pessoas sentadas
em trabalho leve, conforme a seguir:

a) calor latente: 600 W;

b) calor sensível: 600 W;

c) calor total: 1 200 W.

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Tabela A.9 – Carga térmica de pessoas


Total Total Total
Quantidade Latente Sensível Total
Pessoas unitário latente sensível
W W W
W W W
Sentadas
8 75 75 150 600 600 1 200
trabalho leve

A.3.2 Carga térmica de equipamentos e iluminação


 A Tabela A.10 apresenta os resultados, considerando que na hipótese do cálculo ter sido feito às 16 h
as lâmpadas estivessem apagadas e, portanto, o fator de uso destas seria de 0,0.

Tabela A.10 – Iluminação e equipamentos

Lâmpadas Potência Total Calor


uorescentes Quantidade unitária instalado em Fator de uso sensível
W W
Lâmpadas 4 40 160 0,0 0,0
uorescentes 1
Lâmpadas 2 40 80 0,0 0,0
uorescentes 2
Televisão 1 250 250 0,8 200
Computador  1 135 135 0,8 108
Outro 0 0,5 0
equipamento
Subtotal
de equipamentos ---------- ----------- ---------- --------- 308
elétricos

A.4 São apresentados nas Tabelas A.11 e A.12 resumos das cargas térmicas consideradas.

Tabela A.11 – Carga térmica (continua)


Descrição Calor sensível Calor latente Calor total
Transmissão de superfícies
opacas 6 153 0,0 6 153
W
Transmissão por superfícies
transparentes 3 228 0,0 3 228
W
Inltração e renovação
1 517 0,13 1 517
W
Pessoas
600 600 1 200
W

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Tabela A.11 (conclusão)


Descrição Calor sensível Calor latente Calor total
Iluminação
0,0 0,0 0,0
W
Equipamentos
308 0,0 308
W
Total
7 015 600,13 7 615
W
Total
23 942 2 048 25 990
BTU/h
 Área de piso
60 60 60
m2
Relação
117 10,00 127
W/m2

Tabela A.12 – Carga térmica considerando isolamento na laje e reexão no vidro

Descrição Calor sensível Calor latente Calor total


Transmissão por superfícies
opacas 3 477 0,0 3477
W
Transmissão por superfícies
transparentes 1 113 0,0 1 113
W
Inltração e renovação
1 517 0,13 1 517
W
Pessoas
600 600 1 200
W
Iluminação
0,0 0,0 0,0
W
Equipamentos
308 0,0 308
W
Total
7 015 600 7 615
W
Total
36 017 4 096 40 113
BTU/h
 Área de piso
60 60 60
m2
Relação
176 20,00 196
W/m2

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Bibliograa

[1]  ASHRAE Handbook – Fundamentals

[2]  ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

[3]  ABNT NBR 7541:2004, Tubo de cobre sem costura para refrigeração e ar-condicionado –
Requisitos

[4] ABNT NBR 13971, Sistemas de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento
 – Manutenção programada

[5]  ABNT NBR 16280, Reforma em edicações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos

[6]  ABNT NBR 16401-3, Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários –


Parte 3: Qualidade do ar interior

[7]  ABNT NBR 16069, Segurança em sistemas frigorícos

[8] ABNT NBR 13598, Vasos de pressão para refrigeração

[9]  ASTM G85:2011, Practice for modied salt spray (fog) testing 

[10] [DIN EN 378-2:2012, Refrigerating systems and heat pumps – Safety and environmental
requirements – Part 2: Design, construction, testing, marking and documentation (includes
 Amendment A2:2012)

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