Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Equipamentos de Expansão Direta
Divididos (CE-055:002.005) do Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação
e Aquecimento (ABNT/CB-055), com número de Texto-Base
Texto-Base 055:002.005-001/3, nas reuniões de:
19 . 02 . 201 4 19 . 03 . 201 4 1 6. 0 4. 20 14
21 . 05 . 201 4 18 . 06 . 201 4 16. 0 7. 2 014
1 0. 08 . 20 14 1 7. 09 . 20 14 22. 1 0. 2 014
19.11.2014 2 5. 02 . 20 15 25. 02. 2 015
25.03.2015 29.04.2015 27.05.2015
24.06.2015 22.07.2015 26.08.2015
28.10.2015 25.11.2015 24.02.2016
23. 0 3. 2 016 25. 0 5. 2 016 22 . 06 . 201 6
27.07.2016 28.09.2016 09.06.2017
2) Aqu
Aquele
eless que titiver
verem
em con
conhec
hecime
imento
nto de qua
qualqu
lquer
er dir
direit
eito
o de pat
patent
ente
e dev
devem
em apr
aprese
esent
ntar
ar est
estaa
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
Participante Representante
ABRAV
ABR AVA/
A/ABN
ABNT/
T/CB-
CB-055
055 Oswal
Os waldo
do de Siq
Siquei
ueira
ra Bue
Bueno
no
ABNT/
ABN T/CB-
CB-055
055 Clara
Cla ra Lúc
Lúcia
ia Her
Hernan
nandes
des M. Bas
Basto
toss
FA M/ M I T S UBI S HI M ár c io Cama r go
© ABNT 2017
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modicada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
ABNT.
F RI GE LA R Cid a Co nt r er a
F RI GE LA R Ed uar do Ros al es M ac had o
P O LI P EX An dr é Di c ke rt
TO NAR E E NG EN HAR I A J o s é R e n a t o Vi a n n a
S U P O RT E U N I V E R S A L Sé rg io Lui z da Si lv a C or t ez
S O S U P O RT E Sé rg io Lui z P. do s S an t os
S O S U P O RT E Ka ri n L ie K. dos S ant os
J CFARI A ENG E NHA RI A Jo ão Car lo s Fa r ia
5 PL AS T I C Rog er Be ck er Vo lt r i x
H ULT ER F el ipe Sa nc hez
M AS S TI N G uin t er Ni c omé dio
TRANE Fernando Villarrubia
ASTRA
AS TRA Alexan
Ale xandre
dre Mir
Mirand
anda
a
GIZ
GI Z Gutenberg Pereira
M PM A R CO ND I CI O NA DO Wa nde rl ey P er in i
LG Mauro Apor
J O NHS O N CO NT RO LS Wa gne r Car v alh o
DAIKIN Jefferson Moreto
H I TA CHI Rob er t o C oel ho
M I DE A CA RRI E R G er so n Ro bai na
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 16655-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação
e Aquecimento (ABNT/CB-055), pela Comissão de Estudo de Equipamentos de Expansão Direta
Divididos (CE-055:002.005). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX,
de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
A ABNT NBR 16655, sob o título geral “Instalação de sistemas residenciais de ar-condicionado – Split
e compacto”, tem previsão de conter as seguintes partes:
Scope
This Part of ABNT NBR 16655 presents a simplied procedure thermal load calculation of air conditioning
for residential installations, which can be used in a spreadsheet with the following objectives:
a) from the user information, customer, choose the cooling and heating capacity parameters;
b) advise clients in actions to reduce the need for coolingheating, for example, glass with heat
treatment and reection or absorption of solar radiation;
c) estimate the power point required and check if it is compatible with the available installation.
The simplied procedure allows the thermal load of the estimate of a unique environment in the
case of two or more environments the calculation must be repeated with the characteristics of each
environment.
This is recommeded the use of computer programs available for thermal load calculation, and must
complete the calculation in the case of plants with repetitive environments or environments multiple
and repetitive residences for different families (apartments).
Introdução
Somente como informação, se trabalha com uma carga de refrigeração típica de 6 m 2/kW de área de
piso por potência de refrigeração em kW (21 m 2/tr) sendo que a meta em países mais desenvolvidos é
de 9 m2/kW (32 m2/tr). Uma vez denida a capacidade de refrigeração, podemos estimar a demanda
de alimentação elétrica de 1,25 kW/tr e a demanda elétrica de 0,35 kW para uma demanda de refrigeração
de 1 kW, ou seja, um coeciente de desempenho COP de 2,9 kW de refrigeração por kW elétrico.
1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 16655 apresenta um procedimento simplicado de cálculo de carga térmica
de ar-condicionado para instalações residenciais, com os seguintes objetivos:
a) a partir das informações do cliente, calcular os parâmetros de capacidade de refrigeração e aque -
cimento;
b) orientar o cliente nas ações para redução da necessidade de refrigeração/aquecimento, por exem -
plo, vidros com tratamento térmico de reexão e/ou absorção da radiação solar;
c) estimar o ponto de energia elétrica necessário e a sua compatibilidade com o disponível na
instalação.
NOTA É recomendável o uso de programas de computador disponíveis para o cálculo de carga térmica:
sendo obrigatório o cálculo completo no caso de instalações com ambientes repetitivos ou os ambientes
residenciais múltiplos e repetitivos para diferentes famílias (apartamentos).
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referên -
cias datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as
edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 16401-1, Instalações de ar-condicinado – Sistemas centrais e unitários – Parte 1: Projetos
das instalações
3 Termos e denições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denições.
3.1
diferença de temperatura da carga de resfriamento
(CLTD Cooling load temperature differences )
diferença da temperatura usada no cálculo de transmissão de calor por superfícies opacas, que leva
em consideração a resistência térmica à transmissão do calor, sua inércia térmica, o efeito do sol e a
diferença da temperatura interna e externa
NOTA A diferença é expressa em grau Celsius (°C)
3.2
fator de carga de resfriamento
(CLF cooling load factor )
fator que corrige os valores de carga térmica em função do efeito de retardamento da incidência
do calor da radiação emitida por equipamentos, iluminação pessoas devido a sua temperatura de
superfície e da radiação solar
NOTA O fator é adimensional.
3.3
fator de ganho de calor por insolação
(SHGF Solar heating gain factor )
potência de insolação especíca que considera a latitude e o período do ano para a incidência máxima
da radiação solar em superfícies transparentes
NOTA O fator é expresso em watts por metro quadrado (W/m2).
3.4
fator de sombreamento
(SC Shade cooling load factors )
fator que corrige a radiação solar transmitida para o ambiente em função de características físicas do
vidro, como espessura, característica ótica de reexão ou absorção e forma construtiva de vidro duplo
ou fachada dupla
4 Requisitos
4.1 Gerais
A estimativa da carga térmica tem por objetivo avaliar os valores de calor sensível (mudança de
temperatura), e de calor latente (mudança da umidade), de um ambiente e desta forma a partir dos
valores da carga térmica selecionar o equipamento necessário para manter as condições desejadas.
O valor deve ser calculado na condição mais crítica. Recomenda-se não acrescentar fatores de
segurança no cálculo da carga térmica, a seleção do equipamento pode ser feita pelo valor aprox imado
e não necessariamente maior.
4.1.1 Para a estimativa da carga térmica, é necessário:
a) escolher os valores de projeto da temperatura de bulbo seco e a temperatura de bulbo úmido do
ar externo em função da latitude e da altitude do local;
b) escolher as temperaturas de projeto do ambiente condicionado adequadas às pessoas em função
de sua idade, atividade e roupas;
c) averiguar possíveis condições especiais, como recintos adjacentes não condicionados, insolação,
sombreamento externo etc.;
d) escolher os coecientes de transferência de calor das distintas paredes da edicação com base
no seu projeto. Paredes que separam ambientes na mesma temperatura devem ser ignoradas.
Os coecientes de transmissão de calor para inverno (aquecimento) e para verão (resfriamento)
podem ser diferentes;
e) com base nas características construtivas da edicação, no programa de operação do sistema,
nos valores de projeto da velocidade do vento e da diferença de temperatura. Estimar a taxa de
inltração (parcela não controlada), conforme ABNT NBR 15575-1 e/ou de ventilação com ar
externo, conforme 4.4;
4.2.2 A Tabela 1 apresenta as condições de verão de sete cidades do Brasil e dois valores de
referência.
4.2.3 A Tabela 2 apresenta as condições de inverno de sete cidades do Brasil e dois valores de
referência.
a) no verão, a temperatura de bulbo seco é 3 °C acima da temperatura de bulbo seco do ar externo
no verão;
b) no inverno, a temperatura de bulbo seco é 3 °C acima da temperatura de bulbo seco do ar externo
no inverno.
4.5.2.1 A vazão de ar em volume inltrado ou de renovação deve ser calculada conforme Equação 1.
Qae =
Qinf · A (1)
onde
Qinf é a vazão de ar externo inltrado ou de renovação expresso em metro cúbico por hora (m 3/h)
por metro quadrado de piso (m 2 de piso);
Qae é a vazão em volume de ar externo, expressa metro cúbico por hora (m 3/h);
1 h/3 600 s é a transformação de metros cúbicos por hora em metros cúbi cos por segundo (m 3/h
em m3/s);
ρ é a massa especíca do ar externo, expressa em quilograma por metro cúbico (kg/m 3).
onde
onde
hlv é o calor latente de vaporização da água 2 501 kJ/kg, expresso em quilo joule por quilograma
(kJ/kg);
4.6 Coecientes de transmissão de calor por superfícies opacas (paredes, pisos, lajes
e telhados)
As opções de arranjo dos materiais e de suas espessuras para a construção de paredes, pisos e lajes
e podem ser vericadas nos manuais de cálculo de carga térmica [1].
As opções de arranjo de materiais usuais para o coeciente de transmissão de calor adotadas são
apresentadas na Tabela 5.
4.6.1 No caso dos elementos construtivos não estarem listados nas Tabelas 5 e 6, deve ser calculado
conforme [1].
4.6.2 Não pode ser considerada a troca de calor entre ambientes com a mesma temperatura.
4.6.3 Os coecientes de transmissão de calor para inverno (aquecimento) e para verão (resfriamento)
podem ser diferentes.
Tabela 7 (conclusão)
Cidade
Valor de
Condição referência Belém, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo,
PA DF RS RJ SP
°C
°C °C °C °C °C
Sudeste 20 21,1 25,2 21,85 21,2 19,95
Sul 18 19,1 23,2 19,85 19,2 17,95
Sudoeste 18 19,1 23,2 19,85 19,2 17,95
Oeste 15 16,1 20,2 16,85 16,2 14,95
Noroeste 11 12,1 16,2 12,85 12,2 10,95
Horizontal 24 25,1 29,2 25,85 25,2 23,95
Vidro 8 9,1 13,2 9,85 9,2 7,95
NOTA Os valores de diferença de temperatura para a carga estão corrigidos para os valores de temperatura
de bulbo seco interna, de 24 °C e temperatura de bulbo seco externa do local considerado conforme a Tabela 1.
4.7.3 Caso seja necessário corrigir o CLTD (ver 3.1), deve-se utilizar a Equação 6.
CLTDr CLTD + (25 – TBSp) + (TBSaem – 29)
= (6)
onde
CLTDr é a diferença de temperatura da carga de resfriamento, expressa em graus Celsius (°C);
TBSp é a temperatura de bulbo seco de projeto, expressa em graus Celsius (°C);
TBSaem é a temperatura de bulbo seco média do ar externo ao longo do dia, expressa em graus
Celsius (°C).
4.7.4 Para o cálculo da transmissão de calor por superfícies opacas, deve-se utilizar a Equação 7.
qstrans [ A·(CLTDr )]/R
= (7)
onde
A é a área da superfície, expressa em metros quadrados (m 2);
CLTDr é a diferença de temperatura para a carga de resfriamento, expressa em graus Celsius (°C);
4.7.7 No caso de vidros em janelas ou claraboias, é necessário que a sua transmissibilidade seja redu -
zida, diminuindo a carga térmica interna. Os fatores de sombreamento são encontrados na Tabela 9.
4.7.8 Determinar a taxa de transferência de calor para o recinto, em função dos coecientes de
transferência de calor, áreas, diferenças de temperatura e fator de ganho de calor por insolação,
previamente calculados, (ver Tabela 10).
qsins A·SC ·SHGF ·CLF
= (8)
onde
SC é o fator de sombreamento;
SHGF é o fator de ganho de calor por insolação, expresso em watts por metro quadrado (W/m 2);
4.8.2 O cálculo da carga térmica interna de pessoas deve ser feito utilizando as Equações 9 e 10.
qspessoas nºpessoas·cspessoa·CLF
= (9)
onde
cspessoa é o calor sensível por pessoa, em função da atividade, expresso em watts por pessoa
(W/pessoa);
onde
ct pessoa é o calor total por pessoa, em função da atividade expressa em watts por pessoa (W/
pessoa);
cspessoa é o calor sensível por pessoa em função da atividade expressa em watts por pessoa
(W/pessoa);
4.8.3 A estimativa da potência instalada deve ser calculada conforme Equação 11.
Psilum A·csilum
= (11)
onde
Psilum é a potência instalada de iluminação, expressa em watts (W);
4.8.4 A carga sensível de iluminação deve ser calculada conforme Equação 12.
O valor total deve ser usado na seleção do equipamento, neste caso, feito de forma simplicada aten -
dendo a carga total em kW. Não podem ser usados coecientes de segurança ou mesmo a escolha
com folga.
Anexo A
(informativo)
A.1 Para este Exemplo, é adotado como referência a cidade de São Paulo/SP, em um ambiente de
sala de estar, conforme Figura A.1.
NOTA O desenho da Figura A.1 está fora de escala.
A A
Ambiente interno
não condicionado
10 m
0,25 m
1,0 m
A.2 O cálculo da transmissão de calor pelas superfícies externas e internas é apresentado nas
Tabelas A.2 a A.9.
A.2.1 A temperatura de bulbo seco do ambiente interno não condicionado é igual à temperatura de
bulbo seco do ar externo (32,1 °C) + 3 °C – a temperatura de bulbo seco do ar interno (24 °C), neste
Exemplo 32,1 + 3 – 24 11,1 °C, conforme a Tabela A.2.
=
não condicionado
Laje/teto ambiente não
6 10 60 32,1 + 3 – 24 11,1
=
condicionado
NOTA Considera-se que os andares superiores e inferiores são ambientes internos não condicionados.
A.2.2 A Tabela A.3 apresenta o cálculo considerando dois valores de transmissão de calor pelas
superfícies externas e internas, expressos em watts (W) conforme a seguir:
Este Exemplo demonstra a necessidade de análise dos valores obtidos e vericação da possibilidade
de redução da carga térmica.
A.2.4 A Tabela A.5 apresenta o cálculo considerando dois valores de transmissão de calor pelas
superfícies transparentes expressos em watts (W), conforme a seguir:
Este Exemplo demonstra a necessidade de análise dos valores obtidos e vericação da possibilidade
de redução da carga térmica.
A.2.5 O valor da carga térmica por inltração e/ou renovação pode ser calculado, porém depende
de dados de vedação de portas e janelas que nem sempre estão disponíveis.
NOTA Considerar no mínimo o valor recomendado de 1 L/s.m2 (3,6 m3/h.m2) para cada ambiente
residencial, neste caso, adotar o dobro (7,2 m 3/h).
A.2.6 Para o cálculo da carga térmica de inltração/renovação, apresentados na Tabela A.8, consi -
derou-se a carga térmica do ar externo, conforme a seguir:
A.3 Para carga térmica de pessoas, equipamentos e iluminação, ver A.3.1 e A.3.2.
A.3.1 Pessoas
Considerou-se para o cálculo apresentado na Tabela A.9, a carga térmica de oito pessoas sentadas
em trabalho leve, conforme a seguir:
A.4 São apresentados nas Tabelas A.11 e A.12 resumos das cargas térmicas consideradas.
Bibliograa
[3] ABNT NBR 7541:2004, Tubo de cobre sem costura para refrigeração e ar-condicionado –
Requisitos
[4] ABNT NBR 13971, Sistemas de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento
– Manutenção programada
[5] ABNT NBR 16280, Reforma em edicações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos
[9] ASTM G85:2011, Practice for modied salt spray (fog) testing
[10] [DIN EN 378-2:2012, Refrigerating systems and heat pumps – Safety and environmental
requirements – Part 2: Design, construction, testing, marking and documentation (includes
Amendment A2:2012)