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OBJETIVO
ANOS
Sumário
BASES DA REFRIGERAÇÃO 6
O QUE É REFRIGERAÇÃO? 9
PRESSÃO 12
TEMPERATURA 16
TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA 18
CICLO DA REFRIGERAÇÃO 24
O CICLO DE REFRIGERAÇÃO 25
CICLO DE REFRIGERAÇÃO COM ACESSÓRIOS 32
OS COMPONENTES PRINCIPAIS DO CICLO DE REFRIGERAÇÃO 41
DETECÇÃO DE VAZAMENTOS 49
BALANCEAMENTO FRIGORÍFICO 58
DIAGRAMAS DE PARTIDA PARA MOTORESMONOFÁSICOS (COMPRESSORES) 61
IDENTIFICAÇÃO DAS BOBINAS DO COMPRESSOR MONOFÁSICO 65
CICLO DE COMPRESSÃO 68
BRASAGEM 70
BRASAGEM 71
ANOS
DIAGRAMAS ELÉTRICOS 78
ELETRICIDADE BÁSICA 79
COMANDOS ELÉTRICOS 82
PARTIDA DE MOTORES (DIAGRAMAS ELÉTRICOS) 85
CONTROLADORES ELÉTRICOS 88
EXPOSITORES REFRIGERADOS 90
MANUTENÇÃO PREVENTIVA 92
RECOMENDAÇÕES PARA MANUTENÇÃO 93
PREVENTIVA EM EQUIPAMENTOS DE 93
REFRIGERAÇÃO 93
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ANOS
BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
O QUE É REFRIGERAÇÃO?
CALOR
INTERIOR
DIVISÕES DA REFRIGERAÇÃO
As divisões da refrigeração estão baseadas no tipo de ambiente a ser refrigerado, do produto a ser
refrigerado, da temperatura que esse produto deve atingir e do tempo para que o produto chegue na
temperatura desejada. Normalmente deve ser feito um levantamento de carga térmica para que seja
selecionado o equipamento adequado. As divisões de refrigeração são praticamente três, baseadas na
temperatura de evaporação dos equipamentos:
• RESFRIADOS
onde a temperatura de evaporação fica em torno de –10ºC;
• CONGELADOS
onde a temperatura de evaporação fica em torno de –30°C;
• AR CONDICIONADO
onde a temperatura de evaporação fica em torno de 0°C.
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
APLICAÇÕES DA REFRIGERAÇÃO
Além das divisões básicas de temperaturas de evaporação, em campo de trabalho a refrigeração se
divide em:
a. REFRIGERAÇÃO DOMÉSTICA
Consta basicamente da fatia da refrigeração que
cuida desde refrigeradores, bebedouros, freezers e
outros equipamentos de pequeno porte.
b. REFRIGERAÇÃO COMERCIAL
c. REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL
Também é conhecida como refrigeração de processo, onde o objetivo pode ser o mais vasto
possível, sendo:
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
(dinamômetros);
e. REFRIGERAÇÃO HOSPITALAR/LABORATORIAL
Sistemas de baixíssima temperatura configurados no modo de cascata e com fluidos refrigeran-
tes especiais para trabalhos de –50°C até –90°C.
O QUE É O AR CONDICIONADO?
Ar condicionado é o equipamento destinado a otimizar :
• Temperatura;
• Umidade relativa;
• Renovação do ar;
• Qualidade do ar.
Todo esse processo deve ser realizado com o menor nível de ruído possível e com a
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
PRESSÃO
DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
1Pa = 1N
M2
F
P=
A
1Pa = 1N
com líquidos e gases. É usado o termo tensão quando se
trata de sólidos. A pressão num ponto de um fluido em re-
pouso é igual em todas as direções e é definida como sen-
do a componente normal da força por unidade de área. M2
A fórmula ao lado representa a definição:
UNIDADES DE PRESSÃO
Existem uma infinidade de unidades de pressão.
Neste artigo serão citadas as unidades mais usadas
em refrigeração. A unidade de pressão no sistema in-
ternacional é o Pascal (Pa) e corresponde à força de 1
newton agindo numa área de 1 m², ou seja:
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
• 1Pa = 1N/m²;
• 1Bar = 14,5PSI;
• 1 atm = 101.325Pa;
• 1atm = 14,7PSI;
• 1Bar = 100.000Pa;
• 1atm = 760mmHg (milímetros de mercúrio);
• 1PSI = 6894,757Pa;
• 1atm = 10MCA (metros de coluna de água).
• 1Kgf/cm² = 14,223PSI;
Q U E S TÃ O
RESOLUÇÃO
Observa-se na tabela padrão que 1 Kgf/cm² é igual a 14,22 PSI. Monta-se uma nova tabela
no formato de regra de três simples, onde os valores devem ser multiplicados cruzados e
deve-se isolar a incógnita para resolução do restante da conta.
Observe o exemplo:
26,0 PSI
= X Kgf/cm²
14,2 PSI
X = 1,83 Kgf/cm²
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
TIPOS DE PRESSÃO
A pressão pode ser encontrada de três formas, a saber:
• Pressão atmosférica;
• Pressão relativa;
• Pressão absoluta.
A pressão atmosférica é definida como sendo a pressão da massa de ar sendo exercida sobre
a superfície da terra. Independente do que possa acontecer dentro de um sistema, a pressão at-
mosférica sempre é a mesma na mesma altitude. A pressão atmosférica diminui à medida em que
aumenta-se a altitude, isto é, quando se sobe uma montanha, a coluna da massa de ar na região fica
menor e consequentemente a pressão atmosférica fica menor. Normalmente o ponto de referência
para a pressão atmosférica é o nível do mar, cuja unidade em atm é igual a 1.
A pressão relativa é definida como sendo a pressão de um sistema, e é conhecida como pressão
manométrica. Normalmente a pressão relativa é medida com o manômetro.
A cada dez metros de profundidade, a pressão relativa aumenta em 1 atm, sendo 2 atm a 20 metros
de profundidade e 3 atm a 30 metros de profundidade. A pressão absoluta a 10 metros de profundi-
dade fica em 2 atm, pois é a soma da pressão atmosférica que é 1 atm com a pressão relativa que é 1
atm. A 20 metros fica em 3 atm e a 30 metros de profundidade fica em 4 atm.
Observe que a pressão atmosférica não pode sofrer variação, pois mesmo que alguém mergulhe, a
massa de ar sobre a terra permanece a mesma.
Patm = 1 atm
Prel = 0 atm
Pabs = 1 atm
0m
Patm = 1 atm
Prel = 1 atm
Pabs = 2 atm
10 m
20 m
Patm = 1 atm
Prel = 2 atm
Pabs = 3 atm
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
TEMPERATURA
DEFINIÇÃO DE TEMPERATURA
UNIDADES DE TEMPERATURA
Existem diversas escalas de temperatura, as quais diferem-se de acordo com o sistema empre-
gado. A escala para medir temperatura no sistema de unidades SI (sistema internacional) é a Cel-
sius, cujo símbolo é °C. Anteriormente esta escala era conhecida como escala centígrada, devido
possuir uma divisão de 100.
A escala centígrada passou a ser chamada de escala Celsius em homenagem ao astrônomo sue-
co Andes Celsius (1701 – 1744), pois foi ele quem a idealizou. No sistema inglês a escala usada é a
Fahrenheit cujo nome homenageia Gabriel Fahrenheit (1686 – 1736). Até 1954 estas duas escalas
eram baseadas em dois pontos fixos facilmente reprodutíveis, ou seja, o ponto de fusão do gelo
e o ponto de vaporização da água.
A temperatura de fusão do gelo é definida como a temperatura de uma mistura de gelo e água,
estando em equilíbrio com o ar saturado à pressão de 1 atm (101.325Pa). A temperatura de va-
porização da água e o vapor se encontram em equilíbrio à pressão de 1atm também.
Esses dois valores na escala Celsius ficam em 0°C para o ponto de fusão do gelo e em 100°C para
o ponto de ebulição da água. Na escala Fahrenheit, ficam respectivamente em 32F e 212F.
Em termodinâmica é usada a escala absoluta de temperatura e, para a escala Celsius essa es-
cala é chamada de escala Kelvin (sem o símbolo °). Essa escala foi nomeada em honra a Willian
Thompson (1824 – 1907), que também é conhecido como Lord Kelvin.
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
Para a conversão de uma unidade em outra, deve ser usada a equação abaixo:
Como exemplo, será transformado 56°F em °C, onde primeiro copia-se a equação e depois subs-
titui-se a letra correspondente à unidade encontrada pelo valor correspondente a essa unidade.
Deve ser iniciada a resolução da equação, onde a unidade a ser encontrada deveser isolada.
ºC F - 32 ºC 56 - 32 ºC 56 - 32
= = =
5 9 5 9 5 9
ºC = 13,33
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA
Como se sabe, a matéria é constituída de átomos ou moléculas. Quando estas partículas estão ligadas
entre si de maneira tão forte que não permitem mudanças na suaforma. A substância em questão está
na fase sólida.
SUBLIMAÇÃO
FUSÃO VAPORIZAÇÃO
SOLIDIFICAÇÃO CONDENSAÇÃO
SUBLIMAÇÃO
Para que estas ligações sejam desfeitas, é necessário o fornecimento de energia a essa substância. Assim
fazendo, os laços rígidos entre as partículas se enfraquecem e, apesar do material continuar agregado,
as partículas passa a “escorregar” umas em relação as outras.
O material não consegue mais manter a sua forma própria, assumindo a forma do recipiente que o con-
tém. Neste caso, o material está na fase líquida. Se for continuado o fornecimento de energia térmica a
este corpo, as ligações entre as partículas ficam ainda mais fracas e passam a se mover livremente pelo
espaço a seu redor.
O material passa para a fase de vapor. entre as partículas se enfraquecem e, apesar do material conti-
nuar agregado, as partículas passa a “escorregar” umas em relação as outras. O material não consegue
mais manter a sua forma própria, assumindo a forma do recipiente que o contém. Neste caso, o material
está na fase líquida.
Se for continuado o fornecimento de energia térmica a este corpo, as ligações entre as partículas ficam
ainda mais fracas e passam a se mover livremente pelo espaço a seu redor. O material passa para a fase
de vapor.
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
DIVISÕES DA REFRIGERAÇÃO
Para cada substância, as mudanças de fase ocorrem em temperaturas fixas, desde que não se altere
a pressão. Se for fornecida energia térmica a um bloco de gelo que está a 0F (-17,7°C), o gelo aquece
até até que sua temperatura chegue a 32F (0°C). Essa temperatura recebe o nome de ponto de fusão.
O fornecimento de energia térmica usado no processo serve para desfazer as ligações que mantém
o gelo sólido e não para aumentar a agitação térmica das moléculas. O gelo que começa a fundir nos
fornecimentos adicionais de energia térmica não resultarão em aumento de temperatura, pois, en-
quanto todo o gelo não se transformar em líquido, a temperatura permanece em 32F ( 0°C). Só depois
de completada a fusão é que a energia térmica adicional será consumida para aumento de energia
cinética das moléculas de água.
A partir daí, a água resultante da fusão começará a aquecer, aumentando a sua temperatura. Fenôme-
no análogo ocorre na ebulição da água. Ao nível do mar ela começa a ferver aos 212F (100°C), por mais
que seja fornecida energia térmica ao sistema, a temperatura não passará desse valor. Toda a energia
está sendo consumida para transformar a água em vapor.
Onde:
Se esta experiência for realizada em uma cidade com maior altitude
Q : corresponde ao calorporém,
latente a temperatura de ebuli-
a calcular
ção se mantém constante, mas com um valor menor. O macarrão
m : corresponde por exemplo,
à massa do produtosó cozinha acima dos
94°C. Se tentarmos cozinhar macarrão em La LPaz na Bolívia, ao
: corresponde obteremos umadogosma
calor latente intragável,
produto, que podepois
neste local a água ferve a 87°C.
ser de fusão ou de vaporização
Observe o gráfico abaixo:
Pressão (atm)
0,4 87 90 96 98 100
Temperatura de ebulição (ºC)
Recife
São Paulo
Brasília
Quito
La Paz
Vácuo
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
CALOR
O calor é a energia térmica em trânsito e depende da diferença de temperatura.
ºF
212
32
P.F. P.E
BTU
0 16 160 340 1310
A B C D E
No trecho entre A e B, a água está na fase sólida e quando é adicionado calor, ocorre um aumento de
temperatura e a substância continua na mesma fase, ou seja, a substância está na fase sólida. Ao calor
acrescentado neste trecho, é dado o nome de calor sensível.
No trecho que vai de B até C começa a mudança de fase, mas a temperatura permanece constante. Ao
calor acrescentado neste trecho é dado o nome de calor latente. Do trecho C até D, a substância está
totalmente na fase de líquido e quando o calor é acrescentado, ocorre a variação de temperatura até
chegar no ponto de C até chegar no ponto D.
A partir do ponto D, ocorre a mudança de fase com o acréscimo de calor, onde o líquido se transforma
em vapor até o ponto E. Caso seja continuado o acrescentamento de calor a partir do ponto E, a água
passa a fase de vapor super aquecido.
CALOR SENSÍVEL
É quando acontece uma variação de temperatura e a substância permanece na mesma fase.
Isto acontece nos trechos entre A e B e entre C e D e após o trecho E. Nestes casos só houve variação
de temperatura, porém a fase é a mesma em todos os casos. O calor sensível pode ser calculado pela
fórmula abaixo:
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
Q = m x c x ∆t Onde:
Q : corresponde ao calor sensível a calcular;
m : corresponde à massa do produto;
c : corresponde ao calor específico do produto e
∆t : corresponde à variação de temperatura do produto
CALOR LATENTE
É quando acontece a mudança de fase mas a temperatura permanece constante. Nos tre-
chos entre B e C, entre D e E, observa-se o processo descrito, pois no primeiro caso (trecho B e C),
o sólido se transforma em líquido e no segundo (entre D e E), o líquido se transforma em vapor. Saben-
do-se o calor latente de fusão ou de vaporização do produto em questão , calor latente pode ser calcu-
lado pela fórmula abaixo:
Q=mxL Onde:
Q : corresponde ao calor latente a calcular
m : corresponde à massa do produto
L : corresponde ao calor latente do produto, que pode
ser de fusão ou de vaporização
18 ANOS
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
UNIDADES DE CALOR
O calor é transmitido no mundo todo e isto significa que cada fabricante de determinados países ado-
tam determinados sistemas de unidades. Existem uma infinidade de unidades, porém neste artigo serão
mencionadas as mais usadas no cotidiano do profissional da refrigeração.
• Kcal (Kilocaloria): É a quantidade de calor necessária para variar em 1°C (um grau Celsius)
1 Kg (hum kilograma) de água.
• Calor específico: É a quantidade de calor necessária para variar em 1°C (um grau Celsius) 1
Kg (hum kilograma) de determinada substância.
RESOLUÇÃO
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 1
A carga térmica nada mais do que a quantidade calor (energia térmica) que necessitamos adicionar ou
retirar de uma meio ou produto, as unidades de medidas utilizadas são variadas e o cuidado que todo
profissional deve ter é em não misturar essas unidades, apesar de todas terem a mesma função que é a
de quantificar a energia térmica a ser trocada.
• ENERGIA TÉRMICA
BTU/H KCAL/H KW W TR
Em refrigeração é comum se dimensionar uma câmara frigorífica por exemplo, esse processo se faz
tomando diversas informações, como: dimensões, tamanho de porta, tipo e espessura de isolamento
térmico, pessoas dentro da câmara, iluminação, produto a ser estocado, tempo de processo, entre ou-
tros detalhes, veremos com atenção todos esses detalhes nas aulas práticas.
20 ANOS
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BASES DA REFRIGERAÇÃO
AULA 2
ANOTAÇÕES
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