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E A R120
CIÊNCIA MODERNA
POR
Publicado pela
HENRY M. MORRIS
CONTEÚDO
II A Teoria da Evolução 28
IV - A Bíblia e a História 84
V -
Profecias Cumpridas e Evidências Internas 105
CAPÍTULO I
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tos físicos e astrônomos como algo provado como falso. A atra
ção da gravidade é invocada como explicação para a afinidade
da terra ao sol, mas isso nada explica. Ninguém sabe o que é
a gravidade, nem porque ela existe. Trata-se meramente de um
termo inventado para explicar certos fenômenos observáveis.
Em verdade, nada existe na ciência moderna que se possa adi
cionar ou subtrair da secular afirmação bíblica que Deus faz
pairar a terra sobre o nada.
Ou então, consideremos Isaías 40:22, onde, falando acerca
de Deus, diz o profeta: "Ele é o que está assentado sobre o
globo da terra..." A palavra aqui muito bem traduzida como
"globo" é o termo hebraico khug, "esfericidade" ou "redondeza"
O Salmo 19 desde muito tempo vem sendo fonte de diver
são para os críticos da Bíblia. Falando acerca do sol, diz o
salmista: "Principia numa extremidade dos céus, e até à outra
vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor". Tem sido
afirmado que o escritor desse versículo obviamente acreditava
na antiga noção de que o sol gira em torno da terra.
Mas essa acusação é muito injusta, visto que continuamos
empregando frases e palavras do mesmo tipo, simplesmente por
que falamos de nosso ponto de vista natural de que o sol surge
pela manhã acima do horizonte, atravessa o céu, e desaparece
no outro extremo. A ciência inteira da astronomia e da enge
nharia náutica se baseia sobre a suposição, feita puramente por
conveniência, de que a terra é o centro de uma grande esfera
celestial, na superfície da qual se movem, em órbitas bem or
denadas, o sol, a lua, os planetas e as estrelas. E, no que tange
a qualquer uso prático, assim é. Baseando-nos nessa premissa,
podemos traçar cursos, determinar posições, e fazer vintenas de
outras aplicações.
As palavras do salmista, entretanto, talvez tenham sentido
profundo, muito mais científico que isso. Os principais astrô
nomos acreditam atualmente que o sol, juntamente com o sis
tema solar inteiro, em realidade atravessa o espaço com a
tremenda velocidade de 1.160.000 quilômetros por hora, numa
órbita tão gigantesca que são necessários dois milhões de séculos
para completar uma volta. Além disso, é provável que nossa
galáxia também esteja se movendo em relação às outras galáxias.
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O circuito do sol é de uma extremidade a outra dos céus! Quem
pode acusar o Espírito Santo de ignorar a moderna astronomia?
É glorioso perceber que o Grande Astrônomo e Matemá
tico que criou os céus, estabelecendo todas as estrelas e uni
versos de estrelas em seus respectivos cursos, o qual, de con
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morte natural, a despeito do fato que os judeus viviam em
regiões desérticas, onde seus rebanhos eram fontes muito essen
ciais de alimentação. Não obstante, isso continua sendo consi
derado como conselho tão bom que leis semelhantes têm sido
postas em vigor na maioria dos países civilizados de nossos dias.
A questão do suprimento de água e do sistema de esgotos
se reveste de grande interesse e importância, tanto para os
bacteriologistas como para os engenheiros civis, e também para
o público em geral. Não foi senão algumas vintenas de anos
atrás que tornou-se reconhecida a significação de suprimento
limpo e sanitário de água para a prevenção de enfermidades.
Moisés, entretanto, parecia conhecer muita coisa acerca de
bacteriologia moderna, visto que proibiu beber água tirada de
poços pequenos ou estagnados, ou beber água que fora con
taminada ao entrar em contacto com animais ou com carne.
(Ver Levítico 11:29-36). Em Deuteronômio 23:12-14, são
dadas orientações para que o conteúdo dos esgotos fosse enter
rado. Todos esses regulamentos sanitários, bem como aqueles
referentes à higiene pessoal do corpo, eram extremamente
adiantados comparados com as práticas observadas até mesmo
nos chamados países civilizados do mundo até cem anos atrás.
Isso também é verdade no terreno da segregação e do trata
mento de enfermidades tais como a lepra.
Não somente as leis científicas e médicas de Moisés eram
muito mais adiantadas que as de sua época, mas outro tanto
se pode dizer a respeito das leis civis. É fato bem conhecido
que as leis de Moisés formam a base do sistema legal de todas
as grandes nações democráticas do mundo moderno. Embora
seja verdade que os primitivos babilônios e hititas possuíam
códigos legais que sob certos aspectos eram semelhantes aos
de Moisés, também é verdade que não eram tão lógicos, tão
justos ou tão completos como aqueles encontrados no Penta
teuco. Ainda mais importante, a lei dos hebreus não tinha
paralelo devido ao fato que centralizava tudo em torno da
adoração e do serviço ao Deus único, Jeová, conceito esse in
teiramente ausente entre os babilônicos e hititas daquela época.
A grande verdade revelada em Levítico 17:11 (e em certo
, a respeito da preeminente
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importância do sangue no mecanismo biológico, tem sido com
preendida de modo mais ou menos adequado somente em anos
recentes: "Porque a vida da carne está no sangue...”
A continuação da vida física depende do suprimento con
tínuo de oxigênio, água e alimentos para as células de todas as
partes do corpo. Essa função absolutamente necessária é reali
zada de mo tão maravilhoso pelo sangue, enquanto circula
constantemente pelo organismo, ano após ano. A função do
sangue, no combate aos organismos microscópicos que produzem
doenças, e na reparação dos tecidos danificados, é uma das
descobertas mais significativas da moderna ciência médica, e
o emprego de transfusões de sangue, que é um dos mais be
néficos tratamentos para quase todas as espécies de enfermi
dade, testifica mais ainda sobre a supremacia do sangue na vida
da carne.
A Palavra de Deus falava com exatidão científica, acerca
dessa grande verdade biológica, milhares de anos antes do ho
mem descobri-la e elaborá-la. Não obstante, foi dada primaria
mente para ensinar uma verdade espiritual ainda mais extra
ordinária a necessidade do derramamento de sangue como
sacrifício para a remissão dos pecados. O sangue, que é o ca
nal da vida, se torna também o veículo da enfermidade e da in
fecção, para o corpo inteiro, quando aquelas conseguem domi
nar o sistema. A vida física simboliza a vida espiritual, e a
morte física simboliza a morte espiritual. A enfermidade e o
dano físico simbolizam a enfermidade espiritual do pecado.
Quando a infecção do pecado se propaga pela alma, produ
zirá finalmente a eterna morte espiritual. Ora, para produzir
e manter a vida espiritual, deve-se introduzir vida nova, vinda
do exterior, vida que não está manchada pelo pecado e que
contenha o poder de combater os assaltos do pecado contra a
alma espiritualmente moribunda. Figuradamente, é essencial
uma transfusão de sangue, o qual deve ter sido outorgado por
um doador qualificado, cujo sangue possua a pureza e a eficá
cia requeridas para a salvação da alma espiritualmente mo
ribunda.
zera...
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de fluídos e hidrologia, e também em todas as demais discipli
nas da ciência física.
Praticamente falando, toda a energia da terra, excetuando
sua energia atômica, vem ou tem vindo da parte do sol. Não
obstante, a parte maior da tremenda quantidade de energia que
o sol continuamente emana, se dissipa no espaço na forma de
energia calórica irrecuperável. Esse desperdício prodigioso de
energia não pode durar para sempre. Eventualmente, se exce
tuarmos a intervenção divina, o sol terá de queimar-se total
mente, e então toda a atividade sobre a terra terá de cessar
também. O mesmo princípio se aplica a todas as estrelas do
universo, e significa, além de qualquer dúvida, que o universo
físico está envelhecendo, desgastando-se e acabando-se.
Essa lei, todavia, igualmente testifica a verdade necessá
ria que o universo teve um princípio definido. Já que o univer
so está envelhecendo, deve ter sido jovem: como está se des
gastando, teria sido novo; estando esgotado, no princípio teria
sido "impulsionado". Em suma, essa lei da degeneração da
energia nos leva inexoravelmente de volta a uma afirmação da
verdade necessária da existência de um Criador e de uma cria
ção definida a qual deve ter tido lugar no passado mas que,
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palavras, a matéria do universo não é finalmente física, mas se
compõe de algo que não aparece. Todas as misteriosas entida
des não-físicas com as quais trata a ciência energia, eletri
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mais detalhadamente adiante. De qualquer maneira, deve ter
ficado claro, que a Bíblia não é incoerente mesma no que tange
à esposa de Caim.
O relato acerca de Jonas e o grande peixe também Era
tem
apresentado dificuldade para que muitos creiam no mesmo.
anteriormente afirmado que nenhuma baleia possuía a garganta
suficientemente grande para deixar passar um homem, por exem
plo. Entretanto, sabe-se em nossos dias que existe pelo menos
uma espécie de baleia, a cachalote, que habita nas águas do Me
diterrâneo, e é perfeitamente capaz de tragar um objeto muito
maior do que o homem. Existe um número significativo de outros
peixes, com garganta suficientemente grandes, e é notável o fato
que a Bíblia fala apenas de um "grande peixe", e não neces
sariamente a baleia. Tem havido certo número de reportagens,
algumas delas bem comprovadas, de homens que em tempos mo
dernos têm sido engolidos por um cachalote ou por algum outro
monstro marinho, tendo sido mais tarde tirados vivos. Entretan
to, caso seja isso necessário, não há motivo para nos recusarmos
a acreditar em uma verdadeira intervenção miraculosa, por parte
de Deus, tendo em vista preservar a vida de Jonas. Até é pos
sível que Jonas realmente tenha morrido, para depois ter sido
restaurado à vida por Deus, como o caso de Lázaro e de outros,
que se encontram registrados nas Escrituras. O Senhor Jesus
(Mateus 12:40) aceitou o relatório acerca de Jonas como his
tória autêntica, e chegou a usá-lo como tipo ou símbolo de Sua
própria morte e ressurreição.
Consideraremos ainda um outro caso neste capítulo O
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sito de conceder alívio do terrível calor, ao exército de Josué, e
de abater um grande número de soldados inimigos. Tal tempes
tade mui provavelmente foi causada pelas perturbações atmosfé
ricas que seriam provocadas pelo retardamento da rotação da
terra.
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que existe no universo físico, são mantidas e sustentadas di
retamente pelo poder de Deus.
Por conseguinte, a questão que se levanta no caso de qual
quer alegado milagre não é se poderia ter acontecido, mas an
tes, se realmente aconteceu. A questão certamente deve ser de
cidida na afirmativa se tiverem sido satisfeitas ambas as se
guintes condições: (1) que exista razão adequada, em confor
midade com os propósitos finais de Deus, para que Ele inter
venha nas leis operantes normais na natureza; e (2) que exista
testemunho adequado ou outra evidência segura de sua ocor
rência, evidência que seria julgada adequada para provar outros
fatos, não necessariamente miraculosos em sua natureza.
Acredita-se que ambas essas condições são abundantemen
te satisfeitas em todos os milagres bíblicos. No que diz respei
to ao longo dia do livro de Josué, houve razão suficiente para
Deus realizar tal milagre naquele dia. O êxito da campanha
inteira de Josué dependia da vitória naquela batalha, e assim
também o cumprimento das promessas de Deus ao mundo por
intermédio da nação de Israel. Além disso, os povos cananeus
eram adoradores do sol, e é bem possível que Deus tenha prefe
rido levar a efeito a derrota deles por meio da instrumentalida
de de seu suposto deus, a fim de demonstrar melhor a falsidade
de seu sistema religioso extremamente cruel e licencioso. Deve
mo-nos lembrar também que o milagre se verificou imediata
mente após o mando de Josué, sem dúvida proferido como
oração de fé implícita. Deus responde à oração, de maneiras
notáveis muitas vezes, conforme testificam aqueles que realmente
conhecem ao Senhor Jesus. Ele chegou até a prometer remover
montanhas em resposta à fé genuína. Ele fizera uma promessa
específica a Josué no tocante à campanha contra os cananeus e
concernente a essa batalha em particular. Se necessário fosse,
ainda poderíamos aduzir outras razões para indicar a necessida
de desse milagre.
Quanto a evidência referente ao milagre, o próprio fato que
a história aparece na Bíblia é, em si mesmo, uma forte evidên
cia. Conforme veremos adiante, as porções históricas da Bíblia
têm sido consubstanciadas em vintenas de instâncias pela pes
quisa arqueológica, incluindo especialmente muitas fases das con
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quistas de Josué. Historicamente, a Bíblia é crida atualmente,
por quase todas as autoridades em arqueologia palestiniana, até
mesmo por aqueles que negam sua inspiração sobrenatural, co
mo um Livro muito valioso e digno de confiança. Além disso,
conforme veremos, há muitas outras linhas independentes de
evidência corroborativa acerca da doutrina da inspiração.
Josué (ou talvez um copista posterior) também foi capaz
de apelar, em seu relato, para outro relato corroborador do mila
gre, no livro do reto, então existente, das Guerras do Senhor.
Finalmente, já temos notado a existência de muitas memórias
semi-lendárias a respeito de tal acontecimento em diversas áreas
do mundo. Somente essas coisas são suficientes para estabelecer
forte comprovante da historicidade do relato bíblico.
As teorias largamente propagadas de Velikovsky podem
ser mencionadas nesta conexão, pois segundo as mesmas a terra
experimentou certo número de severas catástrofes físicas no pas
sado. Tais catástrofes foram atribuídas por ele às grandes apro
ximações de um grande cometa até bem perto da terra, uma das
quais supostamente teria provocado o retardamento da rotação
da terra nos dias de Josué. O dr. Velikovsky reuniu uma
quantidade realmente impressionante, de evidência, baseada nos
mitos e lendas de muitos povos de que tal "longo dia” fora real
mente registrado e observado pela face do mundo inteiro. Não
obstante, sua explicação a respeito da causa do fenônemo está
envolvida por muitas dificuldades, e não tem sido tomada a sé
rio pelos cientistas, pelo que também sua obra tem sido geral
mente ignorada. Não obstante, ele apontou para grande acúmu
lo de evidência sustentando o fato de ter havido um dia longo,
ainda que suas idéias referentes à causa não sejam científicas
(e, por certo, também não são bíblicas).
Encerraremos este capítulo com uma bem breve e inade
quada menção acerca da mais sagrada e profunda doutrina das
Santas Escrituras a doutrina do Deus Trino. Todos os
crentes legítimos acreditam em Deus Pai, Deus Filho e Deus
Espírito Santo, e que esses três, ainda que distintos entre si
segundo certo ponto de vista, constituem um único Deus.
É natural que muitos tenham zombado dessa crença de que
Deus é uma Pessoa, e aos mesmo tempo três Pessoas Dizem
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os tais que é contrário aos princípios matemáticos estabelecidos
e inalteráveis, os Cristãos afirmarem que 1 + 1 + 1 igual a 1,
e não 3. Concordam os tais entre si ser insensato e anti-cien
que tangível
e visivelmente revela o Pai ao homem e executa a vontade de
Deus; terceiro, Deus Espírito Santo que é invisível e contu
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divisões de espaço, matéria e tempo. Ora, o espaço, pelo me
nos até onde podemos compreendê-lo, consiste de exatamente
três dimensões, cada qual igualmente importante e absolutamen
te essencial. Não haveria espaço, não haveria realidade, se hou
vesse apenas duas dimensões. Existem, pois, três dimensões
distintas no entanto, as três compõem juntamente a totalida
de do espaço. Mas existe apenas um espaço. Note-se que para
a obtenção da capacidade cúbica de qualquer espaço fechado,
não se adiciona o comprimento à largura e à altura, mas antes,
multiplicam-se as mesmas três dimensões. Analogamente, a ma
temática da Trindade, não 1+1+1, igual a um, mas antes,
1x1x1, igual a 1.
Essa analogia ainda se torna mais notável na questão da
matéria. A nova ciência física tem reputado a matéria, de modo
cada vez mais enfático, como "simplesmente" tremenda energia
em movimento. Dependendo da velocidade e dos tipos de mo
vimento, são apresentados aos nossos sentidos vários fenôme
nos, como som, cor, calor, contextura, dureza, etc. A energia é
a fonte invisível que se manifesta em movimento, e assim pro
duz fenômenos. A matéria envolve essas três fases, e nenhuma
outra fase pode ser corretamente incluída alem dessas três. Ca
da uma dessas fases é distinta, e no entanto, envolvem a tota
lidade da matéria, e nenhuma das três pode existir sem as ou
tras duas. A energia é a primeira em ordem lógica e causal,
mas não em ordem de importância ou precedência. O movi
mento, que corporifica, revela e é gerado pela energia, é a se
gunda fase. Os fenômenos procedem do movimento e compõem
os meios pelos quais os próprios movimentos afetam e tocam os
homens; assemelham-se ao Espírito Santo, o qual revela o Fi
lho, e, por meio do Filho, revela o Pai aos homens.
Finalmente, a última tríade é o tempo, e é uma enti
dade que consiste de futuro, presente e passado. Cada qual
dessas facetas do tempo constitui a totalidade do tempo; no en
tanto, é distinta e, além disso, uma não existe sem as outras
duas. O futuro é a fonte invisível do tempo, e é corporificado e
tornado real, momento após momento, pelo presente. O passa
do, portanto, precede o presente, tornando-se novamente invi
sível, ainda que continuamente nos influencie, ajudando-nos a
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interpretar e compreender o presente, e até certo ponto, aju
dando-nos a interpretar e compreender o próprio futuro.
Desse modo, cada detalhe do universo físico é notavelmen
te moldado no mesmo molde em que o Deus Trino nos é exi
bido na Bíblia. Isso não pode ser mera coincidência. Deve ha
ver uma razão adequada para essas semelhanças tão fundamen
tais que facilmente passam desapercebidas ou são ignoradas.
Mas, esse mesmo fenômeno notável pode ser visto no
terreno da vida humana também. A Bíblia diz que o homem
foi criado à imagem de Deus; portanto, isso também deve ser
algo esperado.
Notemos que cada indivíduo é uma pessoa, que pode ser
fisicamente observada e descrita. Porém, atrás daquela pessoa
há sua natureza invisível, ainda que seja a fonte de tudo quanto
aquela pessoa incorpora. Mas essa pessoa, e por meio da pes
soa a sua natureza, só é conhecida pelos outros homens através
de sua personalidade, que é invisível, intangível, e no entanto é
a maneira pela qual uma pessoa toca nas vidas das outras pes
soas. Portanto, a vida humana consiste de três coisas natu
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CAPÍTULO II
A TEORIA DA EVOLUÇÃO
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dade com as Escrituras, os "répteis" (neste caso especialmente
insetos, ver Levítico 11:20-23) se encontravam entre as últimas
coisas criadas; foram criados concomitantemente com os animais
terrestres. Mas, de acordo com a teoria evolucionária, os inse
tos apareceram muito antes, tendo chegado a seu maior desen
volvimento até mesmo antes do aparecimento dos répteis, pás
saros e mamíferos.
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Mas, se Deus realmente criou o universo, incluindo todos
os seres vivos, pelo método da evolução, a este escritor parece
ter Ele selecionado o método mais ineficiente, cruel e insensato
para fazê-lo que se pode imaginar. Se o Seu alvo era a criação
do homem, que razão possível poderia ter havido para coisas
tão desajeitadas como os dinossauros, os quais dominaram e
vaguearam pela terra por milhões de anos, somente para mor
rerem muito antes do homem haver aparecido na cena? Supos
tamente, a evolução se verificou por meio da luta pela existência;
e a sobrevivência dos mais aptos, caso seja verdade, significa
que Deus instituiu deliberadamente uma lei a qual, para ser
posta em prática, dependeria do credo que o poder é o direito,
e os fortes devem exterminar os fracos. Milhões de animais
devem ter perecido no decurso desse suposto processo evolu
cionário, e isso sem razão aparente se, conforme os modernistas
asseveram, o homem era o alvo final de tudo. Nas palavras de
certo professor ateu: "A história inteira da evolução revela e
testifica que não existe inteligência atrás desse processo. Nin
guém pode compreender a evolução e acreditar em Deus".
Além disso, o caráter ateísta e satânico da doutrina evolu
cionista se evidencia nas muitas más doutrinas sociais que ela
tem ajudado. Nietzsche e Marx, ambos radicalmente ateus,
foram profundamente influenciados pelas idéias de Darwin acer
ca da seleção natural e da sobrevivência dos mais aptos. Esses
aplicaram aos campos social e filosófico aquilo que Darwin havia
tentado aplicar ao terreno biológico e assim prepararam suas
filosofias mortais. De Marx, o mundo tem herdado o socialis
mo, o comunismo e o anarquismo. A filosofia de Nietzsche
tem influenciado profundamente o pensamento político alemão,
e tem-se tornado o fundamento do intenso militarismo alemão
do meio século passado. Mussolini era um dos mais zelosos
discípulos de Nietzsche, e o fascismo foi o resultado disso.
O nazismo foi criado no mesmo esgoto. A evolução também
é a base dos muitos tipos de doutrinas imorais que atualmente
estão sendo ensinadas nos campos psicológicos por Freud,
Russell, e outros. Os evangelhos da melancolia, tais como o
determinismo e o behaviorismo têm o mesmo fundamento.
Parece inconcebível que uma teoria de qualquer espécie
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pudesse ter efeitos tão difusos e mortais como a teoria da evo
lução. Pela própria existência de bondade e beleza no mundo,
é difícil acreditar que tal teoria possa ser realmente verdadeira.
E no entanto, alguns afirmam: se a ciência provou que a evo
lução é verídica, teremos de aceitá-la a despeito das implicações.
Se a ciência o tivesse provado talvez fosse assim, mas certa
mente devemos exigir a prova mais rígida e inquestionável antes
de receber tão ímpia teoria como comprovado. O propósito
deste capítulo é fazer um breve exame acerca das chamadas
"provas" que até agora têm sido apresentadas pelo evolucionistas.
A evolução, conforme geralmente definida, significa o de
senvolvimento ou descendência gradual das formas mais altas
da vida a partir dos tipos mais simples ou inferiores. Em sua
forma usual, a teoria postula uma forma original que consistiria
de uma única célula viva que provavelmente surgiu por geração
espontânea devido à combinação fortuita de matéria inanimada.
Dessa célula se desenvolveram gradualmente as plantas e os
invertebrados multi-celulares, e a seguir, os peixes e os insetos;
depois, os anfíbios, e então os répteis, após o que surgiram os
pássaros e os mamíferos, e, finalmente, apareceu o homem.
Naturalmente existe uma falha absolutamente fatal logo no
início dessa suposição, a saber, a impossibilidade de explicar
a origem da vida, antes de mais nada. Rejeitar a dificuldade
com a afirmação simplista que a vida simplesmente "apareceu"
algum tempo no passado, quando as "condições" eram exatas,
é pouco melhor do que desonestidade. A noção popular de ge
ração espontânea, que ocorreria ao nosso derredor, de uma
maneira ou de outra persistiu até bem dentro do século
passado; porém, foi completamente demolida por Pasteur,
Tyndall, e outros. É quase tão certo como qualquer outra coisa
o pode ser que a geração espontânea de vida não está pros
seguindo em parte alguma do mundo. Contudo, se alguma vez
ocorreu no passado, seria razoável esperar que estivesse tendo
lugar agora. Na tentativa de produzir matéria viva da matéria
não-viva, têm sido levadas a efeito milhares de experiências
pelos cientistas de todas as partes do mundo, cada uma delas,
entretanto, sem o menor êxito. A chamada célula simples não
é realmente tão simples, afinal de contas. No momento sabe-se
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que a célula, em realidade, é um mecanismo extremamente ma
ravilhoso e complexo, que consiste de diversas partes compo
nentes, cada uma das quais é muito importante e tem funções
definidas. Chega até a possuir a faculdade da reprodução.
Quando ela cresce o suficiente, simplesmente se divide em duas
partes, sendo cada porção da célula dividida igualmente e ao
mesmo tempo, pelo que aparecem duas células completas onde
antes havia apenas uma. É realmente quase impossível perceber
como tal organismo assim poderia ter surgido espontaneamente,
partindo de matéria inorgânica, a despeito do que fossem as
"condições” ou há quanto tempo isso sucedeu no passado. Seria
tão razoável afirmar que um arranha-céus surgiu espontanea
mente dentre uma pilha de tijolos e pedaços de ferro. E, mesmo
que fosse possível recuar até o princípio da vida, até à geração
do protoplasma puro, que é a parte constituinte mais importante
de todas as células vivas, a dificuldade não seria reduzida em
muito. O protoplasma tem desafiado todas as tentativas de
análise química completa, pois parece consistir de mistura de
grande número de componentes orgânicos extremamente com
plexos, os quais, por sua vez, se compõem de catorze ou mais
elementos químicos. Os químicos nem ao menos tiveram êxito
na sintetização de todos os componentes envolvidos, para não
mencionar a efetuação de combinação completa e finalmente
instilar nessa mistura o sopro da vida. Tal malogro não se
deve ao fato de não o terem tentado, pois literalmente milhares
de tentativas para sintetizar o protoplasma têm sido realizadas.
No entanto, onde o homem, com seu maravilhoso engenho e
conhecimento acerca de química e biologia, tem falhado com
pletamente, os evolucionistas supõem que o acaso cego teve
êxito em algum ponto do passado remoto. Na realidade, do
ponto de vista do evolucionista, é muito necessário aceitar a
idéia da geração espontânea, pois isso é a única coisa que poderia
explicar a vida, sem o concurso de um Criador. Pois, se Deus
puder ser admitido em qualquer fase desse processo, é muito
mais razoável supor que Ele criou a terra e as criaturas vivas
que nela existem, plenamente desenvolvidas.
Mas essa teoria não só não consegue explicar a origem
da vida, como também não pode apresentar uma explicação
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satisfatória para o método pelo qual opera a evolução. Grande
número de explicações propostas têm sido apresentadas por
grande número de investigadores e teóricos, mas o mecanismo
da evolução permanece tão misterioso como era há cem anos.
Muitos biólogos modernos admitem francamente sua ignorância
em torno dessa importantíssima fase de sua teoria.
A primeira sugestão importante foi a teoria de Lamarque
a respeito da transmissibilidade de característicos adquiridos
através dos efeitos do ambiente ou de outras influências exter
nas. Mas essa teoria tem sido completamente refutada tanto
pelas experiências, como pelo desenvolvimento da teoria genética;
portanto, não nos precisamos deter neste ponto.
Muito do mesmo julgamento de rejeição completa poderia
ser pronunciado acerca da teoria darwiniana de seleção natural.
De conformidade com a idéia de Darwin, as intermináveis
variedades e as diferenças individuais que se observam ocor
rerem entre diferentes membros da mesma espécie, tornam
certos indivíduos mais aptos para sobreviverem na luta pela
existência. Tais indivíduos, então, persistem e transmitem essas
características favoráveis a seus descendentes, enquanto que
outros indivíduos, menos afortunados, são gradualmente elimi
nados. Acumulações infinitas dessas variações hereditárias são
invocadas para explicar a formação gradual de todas as formas
de vida. Por plausível que essa teoria pareça ser, entretanto,
estudos mais detalhados e o conhecimento dos característicos
germinais específicos das plantas e animais têm deixado claro
que a seleção natural somente não pode explicar a origem das
espécies. Em primeiro lugar, ela não pode explicar a origem
das próprias variações necessárias. As re-descobertas leis men
delianas da hereditariedade, que eram absolutamente desconhe
cidas para Darwin e outros fundadores da teoria da evolução,
demonstram que todas essas possibilidades de variações seguem
leis definidas e matemáticas, ainda que com freqüência sejam
bem complicadas. Essas leis têm demonstrado que, excetuando
circunstâncias muito extraordinárias, que usualmente não ocor
rem na natureza, toda a variação se contém dentro de certos
limites fixos, e nenhuma característica hereditária pode aparecer
em um indivíduo se já não existia em pelo menos um de seus
36
pais (essa característica pode ter estado "dormente", isto é,
não evidente no pai, ou mesmo em diversas gerações de ances
trais, ainda que, não obstante, estivesse germinalmente presente).
As incontáveis experiências que têm comprovado as leis
de Mendel têm, em anos recentes, sido ainda mais consubstan
ciadas pelo crescente conhecimento acerca do caráter das células
vivas. Sabe-se atualmente que nem todas as células são iguais,
mas são fundamental e definidamente diferentes entre as várias
espécies. Em uma mesma criatura, as células que compõem
diferentes partes do organismo são completamente distintas.
Cada célula contém certo número de partes componentes; só
uma parte delas, que provavelmente é a mais importante, é o
protoplasma. Do ponto de vista da genética e da hereditariedade,
as porções mais interessantes da célula são os cromossomos, que
se sabe serem, mediante o estudo da atividade das células em
reprodução, os transmissores da hereditariedade. Cada cromos
somo é uma estrutura em forma de fio, e há um número defi
nido de cromossomos em cada célula da criatura. Isso é verdade
sem importar a parte do corpo em que tal célula se localiza.
O número de cromossomos em cada célula depende inteiramente
da espécie em que as células se encontram; por exemplo, as
células humanas contêm 48 cromossomos. Entretanto, as células
germinais de cada espécie contêm apenas metade do número
usual de cromossomos daquela espécie, pelo que, quando se unem
os cromossomos germinais do macho e da fêmea daquela espécie,
é formada uma nova célula que contém o número correto de
cromossomos da espécie. A fim de explicar teoricamente as leis
hereditárias, descobertas por Mendel, foi desenvolvida a teoria
dos genes. De acordo com essa teoria, cada cromossomo se
comporia de um grande número de entidades chamados genes.
Cada gene supostamente governaria ou controlaria alguma ca
racterística do indivíduo. Além disso, várias combinações de
genes podem influenciar as características. Re-combinações,
trocas, etc., de genes, podem assim ser invocadas para explicar
matematicamente todas as características fixas e variáveis obser
váveis nos membros de uma espécie. Note-se, entretanto, que
toda a hereditariedade é transferida pelos cromossomos e genes
das células germinais, que incidentalmente se formam bem cedo
37
no desenvolvimento do embrião. Conseqüentemente, qualquer
alteração nas células do corpo por meio de uso, abuso, ou
qualquer outra influência externa, não pode exercer efeito sobre
as células germinais, não sendo, desse modo, hereditária. Eis
porque características adquiridas não podem ser herdadas. Além
disso, a moderna teoria genética é quase tão letal à hipótese
darwiniana como à hipótese de Lamarque, porque, segundo ela,
todas as pequenas variações ocasionais que supostamente agiriam
pela seleção natural a fim de formar novas espécies, nada são,
em realidade, além de novas combinações de fatores genéticos,
que já existiam no pai ou pais, em primeiro lugar. Dessa ma
neira, nada de novo é adicionado, e as variações são mantidas
dentro de limites fixos, tendendo a girar em torno de certo
meio que tem sido comprovado, pela experiência na natureza,
como o melhor para a espécie particular envolvida. Assim sen
do, a seleção natural, em lugar de tender para a produção de
novas espécies, em realidade age a fim de preservar as espécies
já existentes.
41
modo geral, caiu no esquecimento como instrumento útil na
pesquisa embriológica ou geológica. Comparações entre muitas
ontogenias (desenvolvimentos embrionários) com suas supostas
filogenias correspondentes, conforme indicadas pela expansão
dos informes paleontológicos, têm revelado inúmeras omissões,
adições, acelerações, retardamentos, saltos, etc. Conseqüente
mente, a teoria tem passado a ser considerada, provavelmente
pela maioria dos embriologistas sérios, como incorreta, embora
com freqüência prefiram considerar o desenvolvimento em
brionário sob perspectiva evolucionária. Seja como for, difi
cilmente há qualquer justificação para o oferecimento de tal
teoria como "prova" da evolução.
Nos estágios bem iniciais do desenvolvimento de um em
brião, há muitas semelhanças entre os embriões de diferentes
espécies, ou mesmo de diferentes famílias. Todos os embriões
começam como um germe microscópico, e durante algum tempo
necessàriamente têm de desenvolver-se segundo certas linhas
semelhantes; então tais semelhanças são mesmo de esperar,
ainda que não sendo indicação de qualquer relação genética.
Entretanto, após cerca de um mês, cada tipo de embrião já é
visualmente distinguível dos embriões de outras criaturas.
Mesmo antes disso, em qualquer período após a concepção, um
exame da estrutura celular do embrião pode revelar, sem dúvida
alguma, seu verdadeiro caráter.
47
de antigo rio, muito abaixo do nível mais alto do antigo rio,
misturadas com muito entulho e muitos ossos de animais extintos.
Em anos mais recentes têm havido outras descobertas na
48
Essa forma tem sido chamada de Australopithecus. Original
mente julgaram tratar-se de um símio de tipo humano, mas
as evidências se têm acumulado, nos anos recentes, mostrando-nos
esses fósseis como autenticamente humanos. Atualmente a maio
ria das autoridades no assunto concorda que a maioria das ca
racterísticas desses fósseis são humanas, incluindo seus dentes, e
postura, excetuando que sua capacidade cerebral parecia ser
em média a metade da do homem moderno. Mas, a despeito
desse volume aparentemente pequeno do cérebro (e muitos
anatomistas tem salientado que o tamanho do cérebro não é
índice infalível de inteligência), Dart tem reunido muita evi
dência que os Australopithecinos empregavam armas, prova
velmente conheciam o uso do fogo, e em geral tinham cultura
verdadeiramente humana, ainda que possivelmente muito de
generada. Eram bastante pequenos, com cerca de apenas 1,40
metros, e é possível terem sido relacionados com os pigmeus,
cujas capacidades cerebrais também são muito menores que a
do homem médio moderno.
49
também descoberto no Colorado, exibido como tal em um museu,
durante algum tempo, em realidade não passava do crânio de
um macaco domesticado, ali sepultado alguns anos antes. Um
osso encontrado perto de Seattle, identificado como um antigo
perônio humano, acabou sendo parte de uma perna trazeira de
um urso. Finalmente, o famoso homem de Piltdown, que até
época recente era considerado um dos três ou quatro dos mais
importantes "elos perdidos" na evolução do homem, agora foi
formalmente denunciado como habilidoso embuste, que enga
nou todos os especialistas antropólogos durante quarenta anos,
antes de ser descoberto.
51
Na biologia um importante exemplo é encontrado nas
próprias agências que supostamente produzem a evolução, isto é,
mutações de genes e mutações de cromossomos, ou aberrações.
Todas as tais transformações são danificadoras, ou quando
muito, indiferentes, no que diz respeito ao organismo. Parece
claramente representarem uma decomposição do arranjo original
ordenado dos genes nas células germinais, o que é provocado
pela penetração de raios-X, radiação cósmica, ou algum outro
meio desorganizador, nas células germinais. De alguma maneira
a estrutura genética foi desarranjada, e mesmo que as muta
ções não sejam realmente letais, são danificadoras e hereditárías,
o resultado eventual é a deterioração do tipo racial.
Isso parece ser a melhor explicação para o fato de a maioria
das criaturas vivas no presente serem representadas nos regis
tros fósseis por membros maiores e melhor desenvolvidos da
mesma espécie. Talvez explique, ainda que apenas em parte,
a extinção de muitas das formas anteriormente bem desenvol
vidas de animais que no passado habitaram na face da terra,
mas agora são conhecidos apenas como fósseis. Além disso, isso
parece explicar o fenômeno da atrofia de órgãos anteriormente
valiosos, até que se tornam apenas vestígios, ou mesmo desapa
recem.
52
CAPÍTULO III
N°O registro
LIVRO DEdaquilo
GÊNESIS, começando no capítulo 6, temos o
que parece ter sido a maior catástrofe
experimentada pela terra desde o aparecimento do homem.
Todos os homens, bem como todos os animais terrestres, exce
tuando aqueles aos quais Deus escolheu para serem preservados
na arca, foram destruidos por um grande dilúvio que envolveu
a terra inteira, dilúvio esse que foi enviado como castigo divino,
visto que "...todo ser vivente havia corrompido o seu caminho
na terra".
O registro bíblico a respeito do dilúvio refere-se claramente
a uma grande torrente que inundou por completo o glôbo in
teiro. Alguns escritores, por causa de supostas dificuldades
geológicas e arqueológicas, têm mantido que o dilúvio foi um
fenômeno localizado apenas, aplicável somente ao mundo co
nhecido daquele período, quando muito. A maioria dos críticos
da Bíblia, em realidade, têm rejeitado o relato inteiro taxando-o
de pura lenda.
Entretanto, se permitirmos que a Bíblia fale por si mesma,
o leitor sem preconceitos certamente compreenderá que o escritor
sagrado estava se referindo a um dilúvio de alcance universal.
Por exemplo, as seguintes passagens, entre muitas outras, não
podem, de modo sensato, ser compreendidas de outra maneira:
"Porque estou para derramar água em dilúvio sobre a terra
para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo
dos céus: tudo o que há na terra perecerá" (Gênesis 6:17).
...e da superfície da terra exterminarei todos os seres
66
53
"Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra, e
cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu.
Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas, e os montes
foram cobertos" (Gênesis 7:19,20).
"Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo
o que havia em terra seca, morreu. Assim foram exterminados
todos os seres que havia sobre a face da terra, o homem e o
animal, os répteis, e as aves dos céus, foram extintos da terra;
ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca" (Gê
nesis 7:22,23).
"E'stabeleço a minha aliança convosco: não será mais des
truída toda carne por água de dilúvio, nem mais haverá dilúvio
para destruir a terra" (Gênesis 9:11).
Uma ou duas dessas passagens poderão ser reputadas como
figurativas ou como exemplos de exagero literário hebraico,
porém, quando o mesmo tema de inundação e destruição uni
versais é frisado por muitas e muitas vezes, nos versículos que
acabamos de citar e em numerosos outros versículos, então
parece perfeitamente sem razão tentar dar qualquer outro
sentido ao relato além do sentido que o escritor sagrado obvia
mente tencionava transmitir a seus leitores, o qual é evidente;
que o dilúvio foi um julgamento catastrófico de alcance mundial.
De fato, é bem possível que, com as condições de longevi
dade prevalecentes, segundo descrito na Bíblia, a população da
terra tenha aumentado tanto até aquele tempo (mais de 1.600
anos a partir da criação de Adão, caso sigamos a cronologia
de Ussher) que uma grande parte da superfície da terra certa
mente já havia sido populada, tendo sido necessário um dilúvio
de âmbito universal se por meio dele tivesse de ser destruída
toda a humanidade.
Além disso, se todas as montanhas até mesmo das vizi
nhanças imediatas, incluindo as montanhas de Ararate sobre as
quais a arca eventualmente pousou tendo um de seus pi
cos quase 5.000 metros acima do nível do mar foram
submersas, é perfeitamente impossível que o dilúvio não tenha
também atingido a mesma elevação em outras regiões, visto
que o registro bíblico afirma que tais condições prevaleceram
por pelo menos 150 dias.
54
Mais importante ainda é que a história inteira estaria re
pleta de manifestos absurdos se o dilúvio descrito tivesse sido
apenas um acontecimento localizado. As provisões elaboradas
para a preservação da vida na arca teriam sido inteiramente
desnecessárias e sem fundamento. Deus teria meramente adver
tido Noé para mudar-se para a região onde o dilúvio não
o atingiria, o que ele poderia ter feito em muito menos tempo e
com muito menos trabalho do que o necessário para construção
e preparação da arca. O mesmo pode ser dito a respeito dos
animais, que o registro sagrado afirma que Deus fez virem
até à arca; os pássaros, especialmente, facilmente poderiam ter
voado para terra seca. Finalmente, a promessa de Deus de que
nunca mais haveria tão destrutivo dilúvio sobre a terra (Gêne
sis 9:11) teria sido uma falsidade, visto terem havido muitos
dilúvios locais desde então, os quais certamente têm sido tão
grandes como aquele que é imaginado pelos proponentes da teo
ria do dilúvio local.
57
da de teoria "camadas de cebola", sendo largamente sustentada
por geólogos materialistas durante muito tempo. Agora já cedeu
lugar para uma teoria de "camadas de cebola biológica", na qual
a ordem dos fósseis supostamente é sempre a mesma. A natu
reza mineral ou litológica das rochas é na atualidade considera
da sem importância, pois a era e a posição cronológica de qual
quer formação determinada dependeria quase inteiramente dos
fósseis ali contidos.
O círculo vicioso desse raciocínio, aqui envolvido, torna-se
imediatamente evidente. O fato da evolução é necessariamente
suposto ao se construírem as séries geológicas; rochas que con
têm fósseis mais simples são chamadas antigas, e rochas que
contêm formas mais completas e especializadas são consideradas
jovens. Então, a série paleontológica assim construída é repu
tada como prova do fato da evolução.
Esse método de identificação das rochas não pode ser por
demais salientado. Os característicos físicos e até mesmo a po
sição estratigráfica recebem bem pouca consideração, quando
sua idade está sendo decidida. Essa questão depende quase in
teiramente dos fósseis contidos, e é usualmente resolvida por
laboratoristas que talvez nunca realmente viram os depósitos
in loco.
58
Em primeiro lugar, a profundidade total de todas as ca
madas que contêm fósseis supostamente seria de cerca de 160
quilômetros. Porém, a maior profundidade que já foi realmen
te observada é de cerca de 2.500 metros. Em qualquer exposi
ção, dois ou três sistemas, ou menos ainda, é tudo quanto é
usualmente representado. Em lugar algum do mundo já tem
sido observada a coluna geológica completa, ou mesmo par
cialmente completa, nem se sabe se ela existe. Tal coluna tem
sido construída inteiramente à base de super-imposições de
depósitos existentes em todas as partes do mundo.
Além disso, muitas formações diferentes, largamente sepa
radas quanto ao tempo geológico, têm sido encontradas em con
tacto direto sobre as rochas Primitivas. Muitos casos têm sido
observados, na própria América do Norte, das mais jovens de
todas as rochas, as Quaternárias, a repousarem diretamente so
bre as rochas Primárias, com a omissão de todas as eras que
deveriam estar situadas entre a primeira e a última. A mesma
coisa pode ser dito no tocante à todos os sistemas rochosos im
portantes. De fato, freqüentemente as rochas mais antigas (isto
é, sem traços fósseis) podem aparecer à superfície, e têm a apa
rência física de rochas novas, que não são tão duras, nem ainda
se consolidaram. As rochas jovens, por outro lado, às vezes
aparecem tão cristalinas e metamórficas como as mais antigas,
e isso acontece com freqüência.
Na geologia também é geralmente aceito que qualquer for
mação contendo fósseis pode estar diretamente acima de qual
quer formação no total da série imediatamente abaixo, e não se
deve esperar de forma alguma que uma dada formação necessi
te estar diretamente sobre a formação que a antecede imediata
mente na era geológica. Quando as formações do meio estão em
falta, é suposto que os períodos em falta podem ser considera
dos como períodos de erosão, e não de acumulação. Com fre
qüência, entretanto, tais períodos em falta não são fisicamente
óbvios, e só podem ser inferidos segundo as evidências fósseis.
São então chamados de desconformidades ou diastemas, quando
os leitos de ambos os lados parecem ter sido normalmente de
positados sem deformação intermediária. Muitas vezes os dois
jogos de leitos são paralelos e fornecem toda indicação de terem
59
sido depositados sucessivamente, sem a existência de qualquer
grande período de tempo ou erosão entre os mesmos. As des
conformidades, em tais casos, só são discerníveis à base dos fós
seis contidos. Não fossem as opiniões preconcebidas referentes
à seqüência evolucionária dos fósseis, não haveria razão para di
zermos que tais leitos não poderiam ter sido depositados sem
qualquer grande lapso de tempo intermediário. Essa espécie
de formação não é algum fenômeno isolado, mas, se o espaço
o permitisse, poderíamos citar muitos exemplos.
Mais surpreendente ainda é o fato que existem muitos exem
plos, atualmente conhecidos pelos geólogos, de camadas que ocor
rem na ordem inversa, além do que, parecem em perfeita con
formidade. Em outras palavras, grandes áreas que contém fós
seis "antigos" são descobertas a repousar de modo perfeitamen
te natural sobre rochas que contêm fósseis "novos". Algumas
vezes, tais inversões obviamente têm sido produzidas por falhas
e desdobramentos, a respeito dos quais a crosta terrestre apresen
ta muitas evidências. Com freqüência, todavia, não há qualquer
indicação física de que os leitos chegaram às suas atuais posi
ções por quaisquer outros meios além das acumulações normais.
Isso não pode ser admitido, entretanto, porque ficaria imediata
mente provado serem os fósseis "novos" mais antigos do que
os fósseis "antigos", pelo menos no concernente ao tempo da
acumulação, e isso tornaria necessário sacrificar a noção da evo
lução orgânica.
61
aceita como substancialmente correta, pelos menos no que con
cerne às posições relativas das várias camadas, a teoria do
dilúvio pode explicar sua acumulação de modo tão satisfatório
como a teoria das grandes eras, e provavelmente de modo mais
satisfatório ainda.
62
O grande complexo de correntes e forças hidrodinâmicas assim
gerado, realizaram então sua missão divinamente ordenada, des
truindo e purificando o mundo antediluviano.
Tal dilúvio necessariamente teria tido a tendência de afe
tar primeiro e enterrar mais profundo as criaturas que habita
vam as profundezas oceânicas, para em seguida fazer o mesmo
com as criaturas de águas mais rasas. A seguir as águas e os
sedimentos revoltos assaltariam as criaturas anfíbias e as que
habitam às margens dos oceanos. Acima destes enterraria as
criaturas dos pantanais, dos brejos e da foz dos rios, incluin
do especialmente os répteis. Os mamíferos mais altos quase cer
tamente teriam tido a oportunidade de recuar à testa das águas
que subiam, até certo ponto, para serem eventualmente alcança
dos e afogados, e talvez enterrados no meio dos sedimentos.
Finalmente o homem, o principal objeto das águas do
dilúvio, seria alcançado e arrastado. Provavelmente haveria
também muitos mares interiores e cursos de água em diferentes
altitudes. O sepultamento de criaturas nessas bacias interiores
poderia explicar a existência de camadas marinhas em alguns
dos leitos mais altos. Assim sendo, o dilúvio em geral teria ten
dido para a formação das mesmas camadas, e na mesma
ordem que a escala do tempo geológico se propõe apresentar.
Essas camadas, talvez em muitos casos, teriam sofrido os efei
tos de novos depósitos devido a períodos posteriores do dilúvio
em recuo, o que talvez também se tenha verificado nos séculos
seguintes. Além disso, em seu estado semi-plástico, durante e
pouco depois do dilúvio, tais camadas teriam estado sujeitas a
muitas distorções de todas as espécies, causadas por grandes
forças geradas pelas pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas das
águas do dilúvio, bem como pela nova disposição da topografia
pré-diluviana. Isso poderia explicar parcialmente a existência
das grandes falhas e dobras nas rochas sedimentares da crosta
terrestre.
63
mento e da acumulação de partículas fósseis seria ao menos
parcialmente dirigida por sua gravidade específica. Os organis
mos usualmente mais densos das criaturas marinhas, portanto,
tenderiam a se acumular primeiro, vindo depois os organismos
dos anfíbios, mamíferos, etc.
Isso, naturalmente, é o mais simples esboço da provável
atividade geológica do dilúvio. Posteriores operações geológi
cas seriam realizadas à superfície, conforme as terras surgissem
enquanto as águas desciam de nível. Talvez tenham prevalecido
condições geológicas e meteorológicas anormais durante séculos,
antes do aparecimento da atual condição de equilíbrio aproxi
mado na crosta da terra e na atmosfera.
65
tenas de vezes no mesmo local (e isso a despeito do fato que
muitos troncos de árvores fósseis têm sido encontrados proje
tando-se através de várias camadas de carvão, cada qual presu
mivelmente formada durante um desses ciclos)? Quem já teve
ocasião real de observar a excavação das grandes gargantas na
rocha sólida, até profundezas de centenas de metros, ou a acumu
lação de grandes depósitos de limo sobre grandes áreas e com
vintenas e vintenas de metros de espessura, formados pelos ven
tos peri-glaciais, ou a formação das grandes planícies aluviais,
com milhares e milhões de quilômetros quadrados, e centenas
de metros de profundidade, por qualquer rio moderno? Eventos
tais como esses, e muitos outros dos quais trata a geologia his
tórica, não podem ser adequadamente descritos ou explicados
em termos de paralelos modernos.
Até mesmo o apelo costumeiro para as grandes eras de
tempo não pode ser feito em muitas dessas instâncias. Os vul
cões modernos jamais poderiam ter produzido os terrenos vul
cânicos de muitas partes do mundo, para não mencionar as tre
mendas intrusões ígneas que têm formado os diques e funda
mentos, os grandes batólitos, etc., cujo paralelo jamais têm
sido observado pelo homem no processo de formação. Os le
ves movimentos de terra dos dias atuais, e até mesmo aqueles
que acompanham os grandes terremotos, por nenhum tipo de
alteração legítima, podem ser considerados como movimentos
incipientes do volume gigantesco e da intrincada complexidade
dos que foram experimentados pela terra em algum tempo ou
tempos no passado. A erosão de profundas gargantas em rochas
sólidas, por meio de correntes fluviais normais, não menos que
a erosão de vastas peneplanícies próximas ao nível do mar, por
ação fluvial ordinária, são coisas que não só não possuem base
observável, mas que parecem também excluir os princípios bá
sicos da mecânica das correntes.
67
possui valor genuíno para a pesquisa geológica. Tanto quanto
respeita às deduções evolucionárias, temos tido ocasião de exa
minar até certo ponto o duvidoso caráter da filosofia inteira da
evolução progressiva. O fato que a única evidência real restan
te, favorável à evolução, é a evidência baseada na geologia, e
todas as outras evidências de alteração biológica servem muito
mais como evidências de deterioração, necessariamente torna o
arcabouço evolucionário da geologia extremamente duvidoso, o
que é de fácil conclusão. O outro item principal a ser revisado
pela geologia é a questão do tempo envolvido na formação das
camadas. Isso também aparece como elemento em extremo
questionável na teoria, conforme usualmente sustentada pela
geologia ortodoxa. Os métodos de medir o tempo geológico,
e até certo ponto se pode depender deles, será discutido em
termos breves adiante neste capítulo.
Na geologia existem igualmente certas evidências muito po
sitivas a favor do dilúvio, as quais passaremos a mencionar. A
mais notável delas, provavelmente, são os enormes cemitérios
de fósseis, os quais podem ser encontrados pelo mundo inteiro.
Quase sem exceção, as indicações, pela aparência e modo de
preservação dos fósseis, é que estes foram sepultados subita
mente; porém, não está acontecendo agora qualquer coisa se
melhante a isso. É fato conhecido que os poucos peixes que
morrem de morte natural são em geral quase de imediato devo
rados total ou parcialmente por outras criaturas. Seja como
for, eles não se acumulam no fundo dos oceanos ou dos rios,
mas, antes, flutuam à superfície da água até serem comidos ou
decompostos. Um peixe moderno, enterrado inteiro em sedi
mento normalmente depositado, seria um exemplo sem parale
lo. Quando os animais terrestres morrem, seus remanescentes
quase sempre se decompõem ràpidamente. Isso é bem consubs
tanciado pelo fato de ser até impossível encontrar ossos de ani
mais modernos no processo de fossilização.
Portanto, como podem esses antigos depósitos fósseis serem
explicados à base da uniformidade? A extensão e a riqueza de
tais depósitos é uma das maravilhas da geologia. Esse fato é
tão conhecido que dificilmente necessita de elaboração. Os lei
tos de peixes fósseis encontrados se estendem por quilômetros
68
em todas as direções, e contêm peixes enterrados em cardumes
inteiros, aos milhões. Tais peixes têm toda a aparência de te
rem sido enterrados vivos, e com grande rapidez. O mesmo se
pode dizer acerca dos depósitos de répteis fossilizados nas mon
tanhas Rochosas e nas colinas Negras, e em muitas outras par
tes do mundo. Os admiráveis leitos de elefantes, na Sibéria,
os leitos de hipopótamos, na Sicília, os leitos de cavalos, na
França e em outras partes da Europa, para nada dizer acerca
dos acúmulos de organismos marinhos, que provavelmente for
mam a maior parte dos depósitos estratificados do globo, tudo
isso aponta para uma grande catástrofe de âmbito mundial, pe
la qual "... veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado
em água". De nenhuma outra maneira pode ser explicada a
súbita extinção dos dinossauros e dos grandes mamíferos do
passado. Certamente não foram eliminados pelas criaturas mui
to menos aptas da presente ordem, na luta pela existência.
Os depósitos de elefantes ou mamutes da Sibéria, devem
ser novamente mencionados. Literalmente milhões desses ani
mais foram sepultados nos vastos desertos daquela região. Al
guns exploradores têm dito que em algumas das ilhas do norte,
em particular o terreno consiste quase exclusivamente de ossos
de mamute. Um comércio regular de marfim fossilizado tem
fornecido meio de vida aos nativos dessa região desde pelo me
nos 900 A. D. Nas partes mais setentrionais da região, onde
o terreno é perpetuamente gelado, grande número dessas feras
têm sido preservadas inteiras, exibindo intactos até mesmo o
couro e os pelos. Baseando-se na evidência do sangue conges
tionado nos vasos sangüíneos, de todos esses elefantes gelados,
os cientistas afirmam que certamente morreram por afogamen
to, a despeito do fato que o moderno elefante é nadador forte e
pode nadar durante muito tempo. Os remanescentes da última
refeição, que consistem de erva de elefante e outras plantas
atualmente desconhecidas na região, têm sido encontradas em
seus estômagos. E, o que é verdade no tocante aos mamutes,
é verdade tambem a respeito de muitos outros animais fossiliza
dos, em menor extensão, os quais têm sido maravilhosamente
preservados na Sibéria. Isso é especialmente verdadeiro no ca
so dos rinocerontes, que agora é tão estranho na Sibéria como o
69
elefante. Esses animais mui evidentemente viviam então naquela
região, numa terra onde o clima era quente e fornecia vegeta
ção abundante. Isso era algo absolutamente necessário para sus
tentar tais hordas de animais que ali viviam. Na atualidade, po
rém, não existe qualquer sinal de tal clima ou vegetação nessa
região. É também claro, que tudo isso foi subitamente sepul
tado por um grande dilúvio, o que foi acompanhado por uma al
teração quase instantânea e muito intensa no clima. Nenhu
ma era glacial que se extendesse lentamente, nem qualquer
outra explicação dada pela geologia evolucionária, pode expli
car esses admiráveis achados.
abaixo da
estratosfera). Certas condições atmosféricas e climatérias muito
incomuns são igualmente indicadas pela extrema longevidade
dos ante diluvianos.
73
ação. Se a radiação cósmica e dos raios ultra-violeta não fossem
assim filtrados, antes de atingir a terra, destruiria rapidamente
toda a vida existente, se atingisse a terra em completa violência.
74
lugares, sendo assim mantidos os rios e um lençol subterrâneo
de água que sustentaria exuberante vegetação por toda parte.
Devemos destacar que essas sugestões não passam de meras
sugestões; elas não são especificamente ensinadas nas Escrituras.
Entretanto, o conhecimento meteorológico e geológico à nossa
disposição, juntamente com as diversas declarações bíblicas a
respeito dos fenômenos antediluvianos, mostram notável har
monia com a teoria aqui esboçada, ou com alguma variação
da mesma.
75
Essa teoria esclarece e torna mais vívida a linguagem pi
toresca do livro de Gênesis, o qual diz que "...as comportas
(literalmente, portões do dilúvio) dos céus se abriram..." Ao
mesmo tempo, "...todas as fontes do grande abismo... se
romperam, implicando num enorme levante das "..águas
debaixo do firmamento".
77
Se o par original tivesse vivido, digamos, há 500.000 anos
passados, o que é consideravelmente menos que as estimativas
evolucionárias médias, o intervalo médio para duplicar a popu
lação seria de 16.667 anos, o que é absurdo. Mas, se por outro
lado, todas as pessoas descendem de Noé e de sua esposa, os
quais, segundo alguns cronologistas bíblicos, devem ter vivido
cerca de 4.500 anos passados, então o intervalo médio de dupli
cação seria de 150 anos, o que é inteiramente razoável.
Uma outra fase do relato bíblico acerca do dilúvio tem sido
posta em dúvida. Dizem alguns ser impossível que a arca de
Noé pudesse ter sustentado dois membros de todas as espécies
animais do mundo. Entretanto, devemo-nos lembrar ser neces
sário que Noé separasse apenas dois membros de cada "espécie"
(com sete de cada dos animais limpos para fins de sacrifício).
Conforme foi mencionado anteriormente, o termo “espécie" pro
vavelmente é muito mais elástico que nosso conceito moderno
acerca das "espécies", e é certo que não havia um número ori
ginal excessivo de "espécies". (Adão foi capaz de dar nomes a
todas elas em menos de um dia, conforme Gênesis 2:20). So
mente os animais terrestres foram introduzidos na arca, como é
natural, e existem comparativamente poucas espécies de animais
terrestres que são grandes. A maioria dos mamíferos, pássaros
e répteis poderiam ter sido colocados em gaiolas e arrumados
em fileiras. As dimensões da arca são dadas em termos do cô
vado, que provavelmente naquele tempo tinha cerca de 60 cen
tímetros de comprimento. Nesse caso, pode-se calcular ràpida
mente que a arca tinha a capacidade de cerca de 1.200.000 me
tros cúbicos, o que é facilmente equivalente ao de mil de nossos
modernos vagões de gado das estradas de ferro. Suas dimen
sões eram ideais tanto para propósitos de guarda de comestí
veis como para de estabilidade nas águas agitadas e turbulentas
do dilúvio. A distribuição geográfica dos animais possivelmen
te era bem diferente antes do dilúvio, mas, de qualquer manei
ra, Noé não teve de encontrar e trazer os animais até à arca;
pois a Bíblia afirma ter Deus feito com que os animais viessem
até ele, possivelmente pela intuição da aproximação da catás
trofe. Desse modo, nada existe de impossível ou não-razoável
acerca do relato bíblico a respeito da arca e seus habitantes.
78
A questão da antiguidade da terra deve ser considerada de
modo breve, antes de concluirmos este capítulo. O texto literal
do registro bíblico apresenta uma idade de apenas diversos mi
lhares de ano para a terra. Por outro lado, os geológos geral
mente calculam que a terra tem diversos bilhões de anos de ida
de. Essa questão de datas geológicas é em extremo importan
te, tanto para a estimativa da idade da terra como para fixação
dos rmes acumulativos absolutos das diversas formações geo
lógicas. Entretanto, trata-se de um assunto por demais compli
cado e detalhado, que não pode ser adequadamente tratado aqui,
em têrmos breves.
79
babilidade o mar já continha grande quantidade de sal para co
meçar, e que também os rios eram anteriormente muito maiores
que no momento, e que portanto a proporção da erosão era
muito mais rápida do que na atualidade, essa estimativa parece
ser por demais exagerada. Não obstante, foi posta de lado pelos
geólogos evolucionistas como por demais pequena.
O único método que tem parecido satisfatório para os evo
lucionistas é o método da medição da rádio-atividade. É um
fato conhecido que os metais de alto peso atômico, tais como o
tório e o urânio, estão sendo constantemente transformados em
rádio, e eventualmente, em um isótopo de chumbo. Acredita-se
que a proporção dessa decomposição é constante. Conseqüente
mente, quando se encontram rochas que contêm urânio, tório ou
rádio, e chumbo, as quantidades relativas desses dois metais nas
rochas são consideradas como índices de sua antiguidade. En
tretanto, não existe meio digno de confiança para calcular quan
to urânio ou tório talvez tenha se escapado do exemplar. Isso é
uma ocorrência comum e, de fato, a maioria dos depósitos de
minerais rádio-ativos têm sido de fato rejeitada para efeito de
determinação da antiguidade, por causa da crença de que isso
teve lugar. Também não existe qualquer meio de saber quanto
chumbo radiogênico talvez tenha estado originalmente depositado
junto com o urânio, ou quanto mais tarde foi introduzido, de
alguma maneira e proveniente de alguma outra fonte.
De fato, é completamente contrário ao teor inteiro da geo
logia histórica afirmar que um depósito de metal rádio-ativo po
deria ter permanecido livre de ser afetado por todos os efeitos
dos movimentos telúricos, atividade ígnea, fluxo de águas sub
terrâneas, ações químicas, etc., e isso pelo espaço de centenas
de milhões de anos ou mais ainda, e ser descoberto perto da su
perfície nestes dias presentes. Porém, se tal depósito foi afetado
por qualquer agência durante esses períodos de inimaginavel
mente longo tempo, então tal depósito manifestamente é indigno
de confiança para servir de meio de medida. As quantidades ori
ginais exatas de metal precisam ser conhecidas, como também a
quantidade exata de material produzido pela desintegração rá
dio-ativa durante todo o tempo, a fim de que o cálculo da anti
guidade do espécime tenha qualquer valor. Deve ser algo bem
80
evidente, todavia, não somente ser impossível saber que nunca
houve quaisquer fatores perturbadores, mas na realidade parece
perfeitamente certo que devem ter havido muitos desses fatores.
Além disso, também deveria ser óbvio que jamais pode ser
demonstrado com certeza que a proporção da desintegração nun
ca se alterou durante todos esses tremendos períodos de tempo.
Por certo, se a proporção se tem alterado, então, a não ser que
se conheça exatamente como a alteração se tem operado, é com
pletamente impossível fazer qualquer espécie de determinação vá
lida da antiguidade. Entretanto, sabe-se que a proporção da de
sintegração não pode se fazer variar nem por grandes extremos
de temperatura ou de pressão, nem por muitas outras influên
cias que têm sido produzidas em laboratório. Não obstante, isso
não prova que alguma outra influência ainda não experimentada
não possa alterar tal proporção. Ninguém sabe até agora qual
a causa exata da desintegração ou porque alguns materiais têm
níveis de desintegração muito maiores que outros. Ora, a
verdade é que as proporções da desintegração de alguns dos
estágios da desintegração do próprio urânio são infinitamente
mais rápidas que as de outros estágios na mesma cadeia. Por
conseguinte, é óbvio que até o momento ninguém pode saber
quais influências poderiam porventura afetar essa proporção ou
poderiam tê-la afetado no passado.
Em realidade, sabe-se agora que algumas desintegrações po
dem ser grandemente intensificadas, e essa é a base da bomba
atômica. Além disso, existem agora evidências consideráveis que
a proporção natural de desintegração pode ser afetada pela ra
diação cósmica, e possivelmente por ainda outras influências que
não tenham sido reproduzidas em laboratórios.
Em vista dessas e de muitas outras dificuldades que podem
ser enumeradas no tocante ao método da rádio-atividade, não é
surpreendente que os resultados obtidos por esse método se
jam tão erráticos. É algo bem comum a obtenção de resultados
inteiramente divergentes de diferentes exemplos encontrados na
mesma localidade. Dentre todas as centenas de determinações
da antiguidade que têm sido levadas a efeito por esse método,
ainda existem menos de uma dúzia, vindos de todas as partes do
mundo, que são considerados dignos de confiança e capazes de
81
se adaptarem satisfatoriamente na escala geológica de tempo acei
ta. A maioria dessas determinações tem sido rejeitada por um
motivo ou por outro, mui freqüentemente apenas à base que a
determinação da antiguidade rádio-ativa contradiz a classifica
ção de tempo já levada a efeito à base dos conteúdos fósseis.
Considerando-se tudo quanto está envolvido nesse método
de calcular o tempo geológico, não menos que no caso dos mé
todos anteriores, muita coisa tem sido vastamente exagerada, so
bre a qual tem sido edificada uma super-estrutura de interpreta
ções geológicas, astronômicas e filosóficas que a tem preponde
rantemente sobrecarregado.
Desse modo, em realidade não existe ainda qualquer pro
va científica apresentada, afirmando que a terra é muito antiga,
como também uma geologia verdadeiramente objetiva não sofre
ria coisa alguma adotando a hipótese do dilúvio em lugar do
chamado arcabouço uniformitário.
Há certo número de cronômetros muito mais dignos de con
fiança e, conforme poderíamos esperar, que dão estimativas mui
to mais curtas do que ordinariamente são citadas. Alguns des
ses cronômetros são a quantidade de hélio na atmosfera, a quan
tidade de material meteórico que tem caído sobre a terra, e a
quantidade de água juvenil que tem sido produzida pelos vul
cões e pelas fontes quentes, todos os quais indicam que a terra
é extremamente jovem em comparação com as estimativas dos
evolucionistas.
82
promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram,
todas as cousas permanecem como desde o princípio da criação.
Porque deliberadamente esquecem que, de longo tempo, houve
céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água
pela palavra de Deus, pelas quais veio a perecer o mundo da
quele tempo, afogado em água".
A moderna doutrina de uniformidade biológica e geológica
é claramente indicada nessa profecia. Note-se que essa doutri
na haveria de ensinar não apenas que "todas as cousas permane
cem como desde o fim da criação", mas sim "desde o princípio
da criação", o que salienta a suposição que a própria criação de
ve ser atribuída a leis e processos naturais, qué continuam em
operação. Essa própria idéia, por certo, é a base da teoria da
evolução. Note-se, igualmente, que a aparente base científica
desse princípio uniformitário basear-se-ia numa negação volun
tária de dois grandes fatos históricos a Criação e o Dilúvio.
-
83
CAPÍTULO IV
A BÍBLIA E A HISTÓRIA
85
registros bíblicos. De fato, a região até hoje se chama Birsnim
roud, pelos árabes. Essa grande estrutura tinha a altura de cer
ca de 230 metros, dos quais ainda restam algumas dezenas de
metros. Se essa torre não é realmente a original torre de Ba
bel, provavelmente pelo menos foi uma reprodução da mesma,
o que de fato pode ser o caso de muitos dos antigos zigurates
da Mesopotâmia.
Tem sido difícil encontrar evidência arqueológica direta que
diga respeito aos primeiros patriarcas de Israel, antes do tempo
de Josué. Isso, naturalmente, pode ser explicado pelo fato que
Israel ainda não era uma nação; e seria uma coincidência ex
tremamente afortunada se fossem encontradas relíquias pessoais
de indivíduos tais como Abraão, Isaque, Jacó, José ou Moisés.
Por outro lado, existe um grande acúmulo de evidência colate
ral que ilumina os relatos bíblicos, e que comprova que as des
crições dos países, povos, e condições gerais de vida durante
aqueles tempos, conforme apresentados na Bíblia, são perfeita
mente exatos e devem ter sido escritos ou por testemunhas ocula
res dignas de confiança ou escritos sob a inspiração do Espírito
Santo. Por exemplo, a cidade natal de Abraão é dada como Ur
dos Caldeus. A localização e a própria existência desse lugar
eram anteriormente incertas; em anos recentes, todavia, tudo
tem sido descoberto e amplamente explorado. Os críticos ante
riormente negavam que o Pentateuco pudesse ter sido escrito
por Moisés, por di z erem eles que a arte da escrita era desconhe
cida durante o tempo da vida do patriarca. Entretanto, desco
bertas feitas em Ur e em outros lugares, têm provado além de
qualquer dúvida que a escrita era arte já muito bem desenvol
vida pelo menos durante muitas centenas de anos antes do pró
prio tempo de Abraão. Além disso, é interessante notar aqui que
as "teorias de gabinete" da alta crítica, acerca da evolução gra
dual da cultura, da ciência, da religião, etc., estão sendo gra
dualmente demolidas em cada nova descoberta arqueológica. Ex
plorações recentes, em grande número dessas antigas cidades
tem revelado, por muitas e muitas vezes, que as civilizações des
cobertas e verificadas como mais antigas são justamente as su
periores, e que houve uma degeneração constante das artes e
ciências, com a passagem do tempo. Tem mesmo sido demons
86
trado que a religião do homem era originalmente monoteísta, e
posteriormente essa se degenerou em politeísmo, e não vice-ver
sa, conforme os críticos afirmavam anteriormente.
A destruição de Sodoma e Gomorra, pela chuva de fogo e
enxofre caída do céu, soa muito parecido com uma erupção vul
cânica, suposição essa que é amplamente confirmada em um
exame da região anteriormente ocupada por essas cidades, nas
margens do mar Morto. As grandes quantidades de enxofre e
betume, bem como as rochas vulcânicas e os gases sulfúricos ge
rados no solo, apontam para algum horrendo holocausto do pas
sado. Até o próprio caso sucedido com a esposa de Ló se torna
mais claro à luz desses fatos. É provável que ela se tenha de
morado para trás ( o sentido provável de "olhou para trás") e
foi envolvida pela catástrofe. Há enormes camadas de sal nessa
região, e é possível que ela tenha sido sepultada por uma massa
de sal lançada para o ar. A palavra traduzida como "sal"_não
denota necessariamente o cloreto de sódio, mas pode significar
qualquer composto químico cristalino. É concebível que ela te
nha sido sepultada pela lava e que mais tarde, através dos anos
e pelas forças ordinárias da natureza, tenha se tornado. petrifica
da ou fossilizada, assim sendo realmente transformada em "sal".
Esse mesmo fenômeno reconhecidamente sucedeu a um gran
de número de indivíduos na destruição vulcânica da cidade
romana de Pompéia. Acresce que as explorações arqueológicas
no local provam em definido ser a região habitada durante o
tempo de Abraão, ainda que imediatamente após ficou por cóm
pleto estéril a habitantes, assim permanecendo pelo espaço de
cerca de dois mil anos.
88
anos, a alta crítica costumava usar a lenda dos hititas como um
de seus mais severos golpes contra a inspiração das Escrituras.
A erudição arqueológica, entretanto, há muito tempo revelou
que esse povo constituía uma das mais poderosas e influentes
nações da antiguidade, uma vez mais demonstrando, dessa ma
neira, a fraqueza da posição da crítica e a veracidade do relato
bíblico. A mesma coisa pode ser dita a respeito de Edom e dos
edomitas, os quais são mencionados muitos e muitas vezes na
Bíblia, mas que foram completamente esquecidos pela história
secular até o século XIX, quando foram encontradas referências
a eles nos monumentos egípcios e assírios. Finalmente, os res
tos esplendidamente preservados de sua capital, Petra, “a cidade
rocha", foram encontrados. Assim, os críticos que haviam man
tido ser os edomitas seres lendários, foram novamente derro
tados.
89
confirmam os relatos bíblicos. O fato de Senaqueribe ter sido
incapaz de conquistar Jerusalém, do rei Ezequias, a despeito da
aparente invencibilidade de seu poderoso exército, está implícito
em um dos cilindros assírios, desenterrado no sítio da antiga
capital assíria, Nínive. O tanque e o conduto de Ezequias, cons
truídos durante esse tempo, provavelmente em antecipação do
cerco efetuado pelo exército assírio, foi encontrado ainda
intacto, no subsolo de Jerusalém.
Essas são apenas algumas dentre um grande número de
descobertas que foram feitas no século passado e que confir
mam a exatidão e a autenticidade dos relatos do Antigo Testa
mento. Desejando um estudo mais detalhado acerca desse as
sunto, o leitor deve ler um dos mais recentes livros conservado
res a respeito da arqueologia, como os de Free, Unger, Wight,
e outros.
90
das palavras, frases, etc., existentes nos primeiros cinco livros
da Bíblia, os críticos têm chegado à conclusão que esses livros
foram escritos por diversos escritores, provavelmente em
período pouco antes ou pouco depois do exílio babilônico, e
não por Moisés. Essa afirmação é feita a despeito do fato que
muitos dos escritores do Novo Testamento, e até mesmo Jesus
Cristo, se referiram a esses escritos como pertencentes a Moi
sés. Cristo e Seus apóstolos estavam muito mais próximos do
tempo em que foram escritos os livros disputados, e conheciam
nos muito melhor do que os críticos modernos. Negar a autoria
mosáica do Pentateuco é negar a deidade de Cristo. Pois, se
realmente Cristo é, conforme asseverou ser, o Filho de Deus,
certamente não ter-se-ia referido tão freqüentemente aos escri
tos de Moisés como tais, se Moisés não fosse efetivamente o
seu autor.
91
sendo persas ou como neo-babilônicas. Por outro lado, há certo
número de formas hebraicas arcaicas que de maneira alguma es
tavam em uso no tempo no qual os críticos ensinam ter sido o
Pentateuco escrito. É ocasionalmente afirmado que certas por
ções desses livros contêm palavras aramaicas ou neo-hebraicas.
No entanto, tem sido demonstrado que a grande maioria dessas
palavras em realidade se compõe de raízes comuns a todos os
idiomas semíticos.
93
Grécia e a Babilônia mesmo antes do tempo de Nabucodonosor,
e é fato que se tornou conhecido ser pelo menos uma das três
palavras em questão (e todas as três são nomes de instrumentos
musicais gregos) o nome de um instrumento que estava em
uso mais ou menos comum já desde muitos anos antes do
tempo de Daniel. Essa "prova" não somente foi um tiro pela
culatra, mas a existência de oito palavras sumerianas, no livro
de Daniel, deveriam parecer prova definitiva que o tempo
da escrita do livro não foi posterior ao reinado de Nabucodo
nosor, pois tal linguagem nunca foi usada após isso, e até mesmo
na sua época já era linguagem quase morta. O próprio idioma
hebraico não foi mais usado depois do cativeiro; portanto, o
fato que uma grande parte do livro foi escrita em hebraico,
deixa implícito ter sido o mesmo escrito antes ou durante
o cativeiro.
94
às suas supostas inexatidões históricas. De conformidade com
Daniel, Balsazar era rei da Babilônia no tempo da conquista
persa, sob a liderança de Ciro, e foi morto na noite em que
se banqueteava quando o exército persa, sob o comando de
Dario, o medo, capturou a cidade de Babilônia. A história
secular, contudo, ensina que Nabonido era o rei da Babilônia
nesse tempo e, além disso, que ele não foi morto, mas sim,
levado cativo pelos persas. Por certo, os críticos se aproveitaram
ao máximo desse aparente erro óbvio, sustentando que Balsazar
era uma pessoa não-existente, inventada por algum escritor de
tempos posteriores, não familiarizado com a história. Porém,
por meio de grande abundância de evidência arqueológica que
tem sido acumulada com a passagem dos anos, ficou estabe
lecido, além de qualquer dúvida, que Balsazar realmente existiu,
embora todos os historiadores, menos Daniel, pareçam ter es
quecido tudo a seu respeito. Conforme se sabe agora, Belsazar
era filho de Nabonido, e era uma espécie de regente sobre
a Babilônia, governando em lugar de seu pai, o qual estava
longe da cidade no tempo da conquista persa. Em outras pa
lavras, tanto Nabonido como Belsazar eram reis da Babilônia,
em sentido bem real, naquela ocasião. A arqueologia também
tem revelado que Belsazar foi efetivamente morto em seu pa
lácio, pelos persas, naquela noite desastrosa.
O livro de Isaías também contém muitas profecias mara
vilhosas que foram cumpridas posteriormente. Por conseguinte,
tal livro tem sido comumente dividido pelos críticos em pelo
menos duas divisões, as quais são atribuídas a diferentes autores
que teriam vivido em períodos diferentes da história, a despeito
da abundância do testemunho externo e da evidência contra
tal noção. Jesus citou de ambas as duas principais divisões do
livro de Isaías, e atribuiu tais citações a um só autor, Isaías.
A descoberta feita em 1948, de uma cópia bem antiga do
livro de Isaías, tem recebido larga publicidade na imprensa
popular. Esse manuscrito tem sido datado como pertencente
a não menos que 100 A.C., o que o torna o mais antigo, por
muitos séculos, que quaisquer outros manuscritos existentes do
Antigo Testamento. Em vista disso, é muito significativo que
tal manuscrito em todos os particulares importantes seja idêntico
95
ao texto aceito do livro de Isaías, o que apresenta um notável
testemunho quanto ao cuidado e à exatidão com que os escribas
hebreus copiavam e transmitiam as Escrituras. A maioria das
poucas diferenças existentes são apenas troca de letras, e não
há discrepância dotada de qualquer significação. Não há a me
nor indicação que os escribas reputavam o livro como dividido
em duas partes principais e composto por autores diferentes.
Desde essa primeira descoberta, muitos outros manuscritos
têm sido encontrados em cavernas ao redor do mar Morto,
provavelmente ali depositados pela seita pre-Cristã conhecida
como os essênios. Esses manuscritos contêm quase o Antigo
Testamento inteiro, e são todos essencialmente idênticos ao
texto aceito, a despeito do fato que as mais antigas cópias do
Antigo Testamento prèviamente disponíveis, são datadas de
cerca de 900 a 1.000 anos mais tarde que esses "Rolos do
mar Morto".
Gostaríamos de ocupar diversos capítulos com outros de
talhes de como o Antigo Testamento tem sido e está sendo
vindicado da maneira mais maravilhosa possível pelos achados
da arqueologia. Porém, consideremos em poucas linhas algumas
das descobertas da moderna pesquisa arqueológica e da crítica
textual, que diz respeito à historicidade e autenticidade do Novo
Testamento.
99
Cristo ressurrecto. Sua grande vida e obras provam a auten
ticidade de sua conversão. Ele afirma, em sua primeira carta
aos Coríntios, que em certa ocasião mais de 500 pessoas de
uma vez viram o Senhor ressurrecto, muitas das quais conti
nuavam vivas quando ele escreveu esta epístola.
Bem pouca dúvida pode haver que Jesus realmente foi
crucificado, e, estava morto quando foi depositado no túmulo.
O soldado romano lanceou-Lhe o lado para certificar-se que
Ele realmente estava morto, e viu sair sangue misturado com
água, evidência de que houvera hemorragia na cavidade do
coração. Jesus foi posto em um sepulcro, envolvido da cabeça
aos pés com faixas de pano, e uma guarda romana foi ali co
locada para vigiar o sepulcro selado. É inconcebível que Cristo
pudesse meramente ter caído numa espécie de estado de coma,
tendo-se recuperado de modo suficiente para remover as faixas
de pano e sair do sepulcro. Não obstante, também é fato his
tórico que o sepulcro apareceu vazio no primeiro dia da semana,
bem cedo, após a Sua crucificação. Os fariseus e os saduceus
certamente teriam apresentado o corpo de Jesus, se pudessem
tê-lo feito, a fim de estancar o rápido crescimento da fé cristã.
E esse rápido crescimento (houve mais de 5.000 convertidos
em um só dia, em Jerusalém, no dia de Pentecoste) só pode
ser explicado pelo fato de essa gente crer que o sepulcro de
Cristo ficara vazio e, igualmente, que muitos O tinham visto
desde Sua ressurreição.
101
que têm meditado honestamente acerca da questão, têm reco
nhecido ser a influência de Cristo e de Seus seguidores sobre
o mundo enobrecedora e edificadora e ter ultrapassado em
muito a influência de todos os outros mestres e filósofos jun
tamente.
103
as minhas palavras não passarão" (Mateus 24:35). Que rei
vindicação irracional, presunçosa, ultrajante, se saída da boca
de um homem qualquer! Mas agora, no século XX, mais que
alguns poucos estão temendo a iminente destruição da terra
em guerra atômica. Sinais bíblicos da aproximação do fim da
era se tornam cada vez mais numerosos. Contudo, as pala
vras de Jesus são mais largamente distribuídas e cridas por
mais pessoas do que nunca antes. Mais livros têm sido escri
tos acerca d'Ele e de Suas palavras que acerca de qualquer
outro homem.
Através dos séculos os homens têm-nO aclamado como o
104
CAPÍTULO V
PROFECIAS CUMPRIDAS
E EVIDENCIAS INTERNAS
105
truirão os muros de Tiro, e deitarão abaixo as suas torres; e
eu varrerei o seu pó, e farei dela penha descalvada. No meio
do mar virá a ser enxugadouro de redes...", parecia ter fica
do sem cumprimento. A história nos revela que a maior par
te do povo de Tiro escapou com seus objetos de valor para a
ilha que ficava a um quilômetro da praia, onde construíram
uma nova Tiro, a qual por quase 250 anos continuou a ser ain
da grande e poderosa. Finalmente, porém, Alexandre o Gran
de terminou o que Nabucodonosor dera início. Em sua cam
panha de conquistas pelo Oriente, o povo de Tiro se recusou
a render-se a ele, e aparentemente ele não tinha meios de atin
gir a cidade, na ilha, a fim de capturá-la. Entretanto, ele tra
çou um plano engenhoso, edificando um caminho até à ilha.
Os macedônios então literalmente lançaram "... tuas pedras,
as tuas madeiras e o teu pó...” no meio das águas (ver. 12),
a fim de construir o caminho para a ilha. (Note-se a alteração
do "ele", Nabucodonosor, no ver. 11, para o "eles", no ver.
12, o que indica diferentes conquistadores). Dessa maneira o
caminho para a ilha foi feito com os remanescentes da cidade
antiga, e a nova cidade foi capturada e saqueada. O ver. 21
diz: "Farei de ti um grande espanto, e já não serás; quando
te buscarem, jamais serás achada, diz o Senhor Deus". A ci
dade continental de Tiro, contra a qual foi dirigida a profecia,
nunca mais foi reconstruída. Nem ao menos existem ruínas
ou elevações para marcar seu local, e sua localização aproxima
da pode ser calculada apenas pelos escritos dos historiadores
antigos. O caminho construído e a ilha formam agora uma pe
nínsula desolada, que é usada apenas por pescadores, com o
propósito de servir como "enxugadouro de redes".
A cidade irmã de Tiro, Sidom, teve a seguinte profecia
feita contra ela: "Eis-me contra ti, ó Sidom... Pois enviarei
contra ela a peste, e o sangue nas suas ruas, e os traspassados
cairão no meio dela, pela espada contra ela por todos os la
dos..." (Ezequiel 28: 22, 23). Contra Sidom não foi predito
que ela seria extinta, e até hoje ela é uma cidade com cerca de
20.000 habitantes. Não obstante, tem tido uma das mais san
grentas histórias de qualquer cidade. Foi quase inteiramente
destruída pelos persas, foi a cena de muitas batalhas ferozes no
106
tempo das Cruzadas, e durante a guerra entre os drusos e os
turcos, e mais tarde, entre os turcos e os franceses. Em 1840,
Sidom foi novamente cena de derramamento de sangue, quando
foi bombardeada pelas esquadras navais de três nações.
Duas cidades irmãs, próximas e revestidas de igual im
portância, se tornaram assim temas de duas importantíssimas
profecias. Cada uma dessas profecias foi cumprida à risca.
Isso seria impossível se não fosse dirigido por Deus, pois Ele
é o único que pode dizer: "...desde o princípio anuncio o que
há de acontecer, e desde a antiguidade as cousas que ainda não
sucederam..." (Isaías 46:10).
Muitas outras cidades têm sido destacadas das demais pelos
profetas. Não poderíamos começar aqui a discutir acerca do
cumprimento detalhado de todas essas predições. Entretanto,
algumas das cidades e as profecias correspondentes são alistadas
abaixo para exame do leitor:
Tebas, Egito (a "Nô" das Escrituras) Ezequiel
-
30:14-16
30:13
Ascalom, Filístia Zacarias 9:5
107
posição aparentemente inexpugnável entre as rochas das mon
tanhas. Era uma cidade muito grande e rica, sendo o ponto
final de uma das grandes rotas comerciais do Oriente; e até
hoje os seus edifícios e palácios arruinados, excavados na rocha
sólida, são extremamente impressionantes e magníficos. Porém,
em Ezequiel 35:3-9; Jeremias 49:16-18, e outros lugares, há
predições a propósito da derrubada final de Edom. Edom se
ria transformada em completa ruína; seu comércio cessaria, e
todos os seus habitantes desapareceriam. Por muitos séculos
depois de escritas, essas profecias permaneceram nas Escritu
ras sem cumprimento. Até mesmo por 600, anos depois de
Cristo, Edom e Petra permaneciam grandes e prósperas. Mas
de algum modo, em algum tempo, houve uma transformação.
Aparentemente ninguém sabe contar a história. Agora a terra
inteira de Edom, até à cidade de Maan, está toda desolada,
sem praticamente nenhum habitante humano e com bem pou
ca vida animal. É interessante que somente Maan, uma cida
de no oriente de Edom, a qual nas Escrituras é chamada de
Temã, escapou à desolação. Mas é isso precisamente que foi
predito em Ezequiel 25:13: "...desde Temã até Dedã cairão
à espada".
108
A nação do Egito, por outro lado, não foi condenada à ex
tinção, como no caso da Babilônia, de Edom, da Filístia e
de outras nações. O Egito foi um dos maiores poderes do
mundo antigo, mas, em passagem após passagem das Escritu
ras, ela é ameaçada com um declínio gradual e permanente,
mas não com extinção. Diz Ezequiel 29:15; "Tornar-se-á o
mais humilde dos reinos, e nunca mais se exaltará sobre as na
ções; porque os diminuirei, para que não dominem sobre as
nações". Até hoje essa profecia permanece veraz. O reino, as
sim chamado, continua existindo; o povo do Egito de hoje em
dia é descendência direta daqueles que certa vez constituiram um
dos maiores povos do mundo. Não obstante, efetivamente é um
dos mais vis reinos, e nunca mais se exaltou sobre as nações. Há
outro grande número de predições referentes ao Egito, concer
nentes a tais detalhes miscelâneos como suas indústrias, os tece
lões, a pesca, o papiro, os rios e canais, seus governantes, sua
exploração por parte de estrangeiros, a desolação do país, etc.
Todas essas coisas têm sido cumpridas, uma por uma, da ma
neira mais maravilhosa possível.
Não temos espaço suficiente para discutir mais dessas
predições aqui, mas gostaríamos de mencionar tais países como
Moabe, Amom, Caldéia, Assíria, Etiópia, e outros que são
temas de profecias bíblicas, todas as quais têm sido cumpridas.
Devemos considerar em poucas linhas o povo judaico, en
tretanto; sua história inteira foi predita na Bíblia mediante um
grande número de profecias, a maioria das quais já foi cum
prida. Em Deuteronômio 28, até mesmo antes dos israelitas
terem entrado na Terra Prometida, Moisés predisse sua futura
felicidade na terra, seus sofrimentos e punições devido à deso
bediência e, finalmente, sua grande dispersão mundial. No ca
pítulo 30, Moisés promete a volta final dos israelitas, uma
profecia que parecia impossível alguns trinta anos atrás, mas
agora está sendo maravilhosamente cumprida. Sua dispersão
foi profetizada por muitos outros profetas, inclusive o próprio
Cristo, bem como a terrível perseguição a que seriam sujei
tos em todas as nações. Porém, foi igualmente revelado que
eles não seriam destruidos nem assimilados, mas antes, que a
sua identidade nacional seria retida. Hoje em dia os próprios
109
judeus são um dos testemunhos mais notáveis à veracidade da
Palavra de Deus.
110
em nosso presente sistema de cronologia (Jesus em realidade
nasceu cerca de 5 A. C.)e o emprego possível de um ano pro
fético de 360 dias, em lugar do verdadeiro ano solar, é óbvio
que esse período culmina cerca do tempo do ministério público
de Cristo. De fato, Sir Robert Anderson e outros têm demons
trado que, com certas suposições razoáveis, seu cumprimento
ocorreu no próprio dia em que Cristo, pela primeira vez, acei
tou e encorajou Seu reconhecimento como Rei de Israel, o dia
de Sua chamada “entrada triunfal" em Jerusalém, uma sema
na antes de Sua rejeição e crucificação. Mais tarde, a chorar
pela Sua rejeição por parte de Seu povo, disse Ele: "Ah! Se
conheceras por ti mesma ainda hoje o que é devido à paz! Mas
isto está agora oculto aos teus olhos" (Lucas 19:42).
A profecia também predisse que, após a Sua vinda, Ele
seria "morto" e "já não estará" Em outras palavras, seria
rejeitado como Rei de Israel, e isso, por certo, foi exatamente
o que aconteceu. Certas outras porções dessa grande profecia
aparentemente ainda não foram cumpridas, mas estão aguar
dando o retorno de Cristo e o pleno estabelecimento de Seu
reino para sua materialização e desenvolvimentos completos.
Há muitas outras profecias relacionadas à vida de Cristo,
possivelmente não tão notáveis como esta, mas igualmente tão
miraculosas. Seu nascimento virginal foi predito em Isaías 7:
14. O lugar de Seu nascimento, Belém da Judéia, foi dado em
Miquéias 5:2. Zacarias 9:9, 10 descreve Sua entrada pública
em Jerusalém, montado num jumentinho. Muitos detalhes acer
ca de Seus ministérios de ensino e de cura são apresentados
em várias profecias. A traição de que foi vítima é descrita, in
cluindo até mesmo o preço de trinta moedas de prata, em Za
carias 11:12, 13. Os detalhes da crucificação são retratados do
modo mais gráfico possível no Salmo 22, escrito por Davi nu
ma época quando os ofensores eram mortos por apedrejamento,
quando a crucificação era desconhecida, pois se tratava de um
método distintamente romano de punição. O propósito de Sua
morte, bem como diversos dos detalhes de Seu julgamento, so
frimento sobre a cruz, e sepultamento são preditos em Isaías
53. O fato que Ele morreu, não por causa de Si mesmo nem
por causa de qualquer coisa que tivesse praticado, e, sim, como
111
substituto pelos nossos pecados, é mui vividamente descrito ali.
Até mesmo a Sua ressurreição é indicada em diversas passa
gens do Antigo Testamento, o que também foi predito diversas
vezes pelo próprio Jesus.
Existem mais de 300 profecias no Antigo Testamento as
quais foram cumpridas por Cristo na ocasião de Sua primeira
vinda. Na tentativa de determinar a significação científica des
ses cumprimentos proféticos, certo matemático do Estado da
Califórnia, nos Estados Unidos da América, o professor Peter
Stoner, fez interessante experiência com uma de suas classes.
A cada membro da classe foi dada uma profecia messiânica
particular para ser estudada, com o propósito de determinar a
probabilidade estatística com que aquele evento especial poderia
ter sido predito sem o concurso da inspiração sobrenatural. Por
exemplo, a profecia de Miquéias 5:2 diz que o Messias nasce
ria em Belém. Não havia mais motivo para essa aldeia ser esco
lhida do que qualquer outra aldeia em Judá. Por conseguinte,
sua probabilidade de cumprimento por acaso é conseguida com a
divisão pelo número de aldeias em Israel, existentes naquele
tempo. Dessa maneira, as probabilidades de cumprimento fo
ram determinadas para cada uma das 48 profecias messiânicas.
Ora, as leis da probabilidade matemática mostram que a
probabilidade das diversas ocorrências por acaso, independen
tes uma das outras, serem realizadas simultaneamente, é igual
ao produto das probabilidades de todas as ocorrências indivi
duais. Assim, a probabilidade de tôdas essas 48 profecias se te
rem cumprido simultaneamente em um indivíduo, o Messias e
Salvador prometido, foi calculada como o produto de todas as
probabilidades separadas. E o professor Stoner descobriu que
a probabilidade resultante era probabilidade entre um número
que se escreve com o algarismo um seguido por 181 zeros.
Para percebermos a significação desse número tremendo,
poderemos imaginar uma enorme bola composta de eléctrons sò
lidamente amontoados. Os eléctrons são as menores entidades
que conhecemos; seriam necessários 2 ½ milhões de bilhões de
les para fazer uma linha com uma polegada de comprimento.
A maior coisa que conhecemos à respeito é nosso universo fí
sico, com cerca de quatro bilhões de anos-luz de diâmetro (um
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ano-luz é a distância que a luz viaja durante um ano, à veloci
dade de mais de 300.000 quilômetros por segundo). Entre
tanto, nossa bola de eléctrons compacta deveria ter um diâme
tro de cerca de 500 quadrilhões de vêzes maior que o diâmetro
de nosso universo.
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mero de juntas missionárias se concentram particularmente pa
ra atingir as tribos e as áreas que até o presente ainda não fo
ram evangelizadas. As invenções modernas, tais como o rádio
e o avião estão contribuindo significativamente para a evange
lização do mundo, o que parece estar bem dentro da possibili
dade de realizar-se no decurso desta geração. Fazendo tudo
quanto está dentro de nossa capacidade pessoal para ajudar na
causa das missões mundiais, parece que realmente podemos
apressar o cumprimento dessa profecia, e assim apressar a
... vinda do dia de Deus...' (II Pedro 3:12).
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