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Semiologia II

Métodos de imagem – Sistema Nervoso

Medula, coluna e neuroeixo

1. Radiografia
 Ampla disponibilidade, pequeno custo e fácil realização.
 Uso de radiação ionizante
 Áreas hipotransparentes (brancas) e hipertransparentes (pretas)
Do mais escuro para mais branco: gás, gordura, líquido e cálcio.
 Baixa acurácia
 Incidências utilizadas: AP: mandíbula se sobrepõe às vértebras superiores.
Perfil

Necessidade de realizar uma incidência transoral

Incidência AP à esquerda e em perfil á direita. AP mostrando sobreposição


da mandíbula sobre as
vértebras cervicais

 Incidências adicionais: transoral e oblíqua. Essa última possibilita a visualização dos


forames por onde passam as raízes nervosas.

1- Dente. Processo odontóide


2- Processo espinhoso
3- Arco anterior do atlas
4- Processo transverso atlas
5- Processo transverso axis

Obs: Axis: segunda vértebra, atlas: primeira


vértebra

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Incidência oblíqua

2. Tomografia
 Técnica que utiliza radiação ionizante
 Áreas hiperdensas (brancas, como o cálcio) e hipodensas (escuras, como a gordura)
 Na tomografia, não ocorre sobreposição, que é um dos principais problemas do Rx.
 Método de escolha para estudar a parte óssea.

Seta: Tumor

3. Ressonância Magnética
 Não utiliza radiação ionizante
 Áreas hiperintensas (brancas) e áreas hipointensas (escuras).
 A RM pode obter imagens em qualquer plano (ex: axial, coronal, sagital e oblíquo).
 Maior diferenciação dos tecidos.
 Método de escolha para estudo da medula espinhal.

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 O uso de contraste normalmente fica restrito a doenças inflamatórias ou tumorais.
 Boa visualização dos discos intervertebrais, uma vez que a RM diferencia porcentagens de
gordura diferentes.
Disco intervertebral: parte central – Núcleo pulposo: mais líquido
Parte periférica – Ânulo fibroso: menos líquido

Em T2:
Pt. central – Núcleo pulposo: mais líquido - Branco
Pt.periférica – Ânulo fibroso: menos líquido - Preto

 Na doença discal, a primeira alteração visível é a perda de líquido pelos discos.

 Trauma: pode ser avaliado por meio do alinhamento dos corpos vertebrais. Se houver
desalinhamento houve um possível trauma. Quando ocorre deslocamento pode ser que a
causa seja um hematoma, decorrente de um trauma.

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Desalinhamento por hematoma

Trauma evidenciado na TC

 Hérnia de disco

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 Osteoporose: aspecto
angulado, as vértebras
perdem altura, diminuindo o
seu volume. Não há
protrusão, diferentemente de
uma metástase, onde ocorre
uma protrusão para dentro do
canal vertebral, uma vez que
o tumor ocupa o local do
osso e comprime as
estruturas adjacentes.

 Lesão neoplásica medular: é uma lesão expansiva da medula.

 Espondilodiscite: é a inflamação do tecido ósseo da vértebra, que se estende aos discos e


corpos vertebrais adjacentes.

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Sistema Nervoso Central

1. Tomografia computadorizada
 Janela encefálica: privilegia encéfalo na TC, vê o encéfalo com mais detalhes.
 Janela Óssea: privilegia, focaliza e prioriza a estrutura óssea. É bastante útil para ver
fraturas e doenças ósseas.
Observação: Tonteira do tipo vertigem, perda auditiva: janela óssea pode ajudar a
encontrar tumor no vestíbulo.
 Substância branca: rica em mielina e tendo muito lipídeo (hipoatenuante): fica escura
 Substância cinzenta: pobre em mielina, pouco lipídeos (hiperatenuante): fica clara

Isquemia: fica hipodenso, está faltando sangue


Hemorragia: fica hiperdenso, há grande quantidade de sangue

 Como saber se é TC?


- Osso: é hiperdenso: Branco 
- Substância branca (escuro, hipodensa) e substância cinzenta (clara, hiperdensa)
- Líquido cefalorraquidiano (LCR) é escuro, hipodenso
 O uso de contraste iodado serve para ver os vasos cranianos e observar se não houve
ruptura da barreira hematoencefálica. Em caso de inflamação há uma diminuição da força
da barreira hematoencefálica, e dessa forma, o iodo é capaz de passar por ela.
 Na imagem com contraste: vasos, foice do cérebro (septo vertical mediano em forma de
foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios; é visível
porque tem plexo venoso) e plexo coróide é hiperdenso - Claro
 Na TC sem contraste, áreas claras quase sempre indicam calcificações ou sangramento
agudo. O sangue dentro dos vasos normalmente não é pego pela TC, mas em
sangramento agudo/hemorragia sim.

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Fratura de crânio com afundamento

Hematoma subdural agudo fronto-parietal Hematoma intracerebral

Infarto recente no hemisfério Direito

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AVC Hemorrágico: Hemorragia no parênquima

AVC isquêmico

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TC de crânio normal

2. Ressonância Magnética
 Áreas hiperintensas (brancas) e áreas hipointensas (escuras).
 Realizada nas ponderações T1, T2 e flair.

T1 T2 Flair
Pouco sinal de osso Pouco sinal de osso ___

Substância cinzenta: escura Substância cinzenta: branca Substância cinzenta: branca


Substância branca: branca Substância branca: escura Substância branca: escura
LCR: escuro LCR: claro LCR: escuro
Hiposinal Hipersinal Hiposinal
___ ___
É Mais anatômica

T2 Flair T1

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T1 e T2

 Ressonância não tem janela óssea ou encefálica.


 A nível caudal é possível ver o cerebelo e bulbo, que não são bem vistos na TC por causa
do osso occipital, podendo esconder lesões

Tumor cerebelar - Astrocitoma pilocítico de cerebelo

Alzheimer: ocorre atrofia cortical

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CORTES AXIAIS mostram, no T1 sem contraste, aumento de volume e heterogeneidade
do putamen E, com áreas de hipersinal (correspondentes a sangramento). No T1 com
contraste há impregnação da mesma área nos núcleos da base. O hipersinal também é
bem observado no T2 e no FLAIR (nestes, indicando maior hidratação do tecido).

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