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19/11/2018 OneNote Online

Aula 1 ‑ Conceito de Contratos 
segunda‑feira, 20 de agosto de 2018  20:34 

Conceito de Contratos 
Não há de fato uma definição legal, nem mesmo no Código Civil. A definição é uma construção doutrinária e, portanto, varia bastante. Abaixo segue a definição de Tartuce
(para a professora é o mais sintético e que ainda assim, possui todos os requisitos mínimos para identificação do conceito de contrato): 
 
É um negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa à criação, modificação ou extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial (TARTUCE). 
 
É um ato jurídico em sentido amplo em que há o elemento norteador da vontade humana que pretende um objetivo de cunho patrimonial (ato jurídico). A chave para
entender contrato, é entender negócio jurídico, pois contrato é uma das espécies de negócios jurídico. Sendo assim negócio jurídico não é sinônimo de contrato. Há
negócio jurídico com vontade unilateral como, por exemplo: testamento. Contrato por sua vez, é preciso no mínimo duas pessoas expressando a sua vontade, pois não
existe autocontrato. O que quer dizer que ele é no mínimo bilateral. 
 
Sempre que as pessoas tiverem a necessidade de criar, modificar ou extinguir direitos. Um exemplo é compra e venda, doação, permuta etc.  
 
Todo o contrato que tem relevância é aquele que tem um conteúdo patrimonial, que não precisa ser necessariamente ter um cunho financeiro (monetário), mas que
tenha um cunho patrimonial, ainda que não seja possível mensurar com exatidão.  
 
Para existir o contrato, seu objeto ou conteúdo deve ser lícito, não podendo contrariar o ordenamento jurídico, a boa‑fé, a sua função social e econômica e os bons
costumes. É vedado o contrato consigo mesmo. Art. 117 do CC: 
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.  
Parágrafo único. Para esse efeito, tem‑ se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido substabelecidos ← autocontrato. 
 
Autocontrato 
Vejamos a seguinte situação: “João outorga procuração a Maria, para que ela realize a venda de seu imóvel pela quantia mínima de R$250.000,00. Ocorre que
Maria, interessada pelo imóvel, decide adquiri‑lo pelo valor estipulado por João”. De acordo com o disposto legal tal negócio, somente seria admitido, caso o
alienante, no caso João, houvesse estipulado um preço certo e todas as condições da venda na procuração. 
 
Mandato em Causa própria 
Art. 653. Opera‑se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.←
regula o mandato. 
 
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário
dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.← com cláusula em causa própria. 
 

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Na verdade, é alienação disfarçada de mandato. É, portanto, negócio jurídico com aparência de procuração, porque em verdade o mandatário passa a agir em seu
nome, e não em representação ao mandante. Na procuração em causa própria o vínculo entre mandante e mandatário não constitui uma relação típica de mandato,
pela qual alguém recebe de outrem poderes para em seu nome praticar atos ou administrar interesses (art. 653, CC). 
 
A encerrar a presente seção inaugural do capítulo, deve ficar claro que o instituto contrato não se confunde com o instrumento contrato. Existem institutos que são
instrumentalizados por contratos, mas não assumem a feição do instituto. Podem ser citados, para ilustrar, o penhor e a hipoteca, que não são contratos como
institutos, mas direitos reais (art. 1.225, VIII e IX, do CC)  
 
• Teoria do Negócio Jurídico 
○ Conceito 
Ato jurídico (fato+ direito + vontade+ licitude) em que haverá a composição das partes com uma finalidade específica. 
 
○ Teoria do fato jurídico 
Fato jurídico: é qualquer acontecimento com reflexo jurídico. Nascer, por exemplo.   
 
Ato Jurídico: 
• Stricto sensu: vontade sem criatividade. Exemplo: Adoção. Não há como mudar os termos do processo. Não há espaço de modificação. 
• Negócio Jurídico: vontade com criatividade. Exemplo: Compra e venda. É possível alterar formas de pagamento por exemplo. Ainda que não haja
previsão legal. Por isso, se diz que o Contrato é um negócio jurídico, pois há muito espaço para modificação. Aqui é sobre direito disponível. Direito
patrimonial.  
 
○ Classificação dos Negócios Jurídicos: 
• Manifestação das vontades: unilateral, bilateral ou plurilateral.  
• A manifestação de vontade deve ser convergente. Pode ser que em alguns pontos, ela seja divergente, mas as partes vão poder ajustar. No
contrato plurilateral, por exemplo, o condomínio: Na maior parte das vezes as vontades são divergentes, mas no final é possível chegar a um
acordo.  
• Vantagem patrimoniais para os envolvidos: onerosos ou gratuitos. São onerosos quando a vantagem patrimonial afeta a todas as partes. Se só uma das
partes tiver vantagem patrimonial é um negócio jurídico gratuito. Um exemplo é de Negócio Jurídico gratuito é a doação.  
 
• Efeitos: inter vivos ou causa mortis. Doação de órgãos após a morte, por exemplo.  
 
• Solenidade: formais ou solenes e informais ou não solenes.  
• Formais: há previsão expressa no código civil ou lei esparsa. Não sendo seguida essa forma prevista, não há efeito. Exemplo é contrato de compra
e venda de imóvel. É preciso registro no cartório de imóveis.  
• Informais: é a regra no direito brasileiro. Não há previsão expressa.  
 

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• Autonomia: principais ou acessórios. Negócio jurídico principal é o objeto da manifestação de vontade. O Acessório tem por objetivo garantir a execução
do negócio jurídico principal. Exemplo seria um contrato de fiação. Se o principal é nulo ou inexistente, também é o contrato acessório.  
 
• Condições pessoais dos negociantes: impessoais (não interessa as qualidades pessoais das partes) ou personalíssimo (intuito personae ‑ é importante a
qualidade de uma das partes. Um trabalho de um arquiteto famoso, por exemplo) 
 
○ Efeitos 
Podem ser constitutivos ou declarativos 
 
○ Momento de aperfeiçoamento 
Consensuais (no momento em que se declara a vontade) ou reais (no momento em que há a solenidade prevista pela lei). No caso do momento real, por
exemplo, se alguém vender um imóvel para 3 pessoas ao mesmo tempo, é dono quem primeiro registra. Os demais terão que ajuizar ação de perdas e danos.  
 
○ Elementos estruturais do negócio jurídico 
Escada Ponteana 

    EFICÁCIA 

  VALIDADE    

EXISTÊNCIA     

Onde estão os elementos mínimos, os Os substantivos recebem os adjetivos. Requisitos Estão as consequências do negócio jurídico, seus efeitos


pressupostos de existência. Sem eles, o de validade (art 104) → Partes capazes, vontade práticos no caso concreto. Elementos acidentais
negócio não existe. Substantivos (partes, livre (sem vícios), objeto lícito, possível ou (condição, termo e encargo). 
vontade, objeto e forma) sem adjetivos. determinado ou determinável, e forma prescrita ou • Condição: elemento acidental do NJ que subordina sua eficácia
Se não tiver partes, vontade, objeto e não defesa em lei. Temos aqui os requisitos da a evento futuro e incerto. Ex. Dou‑lhe uma renda enquanto
forma, ele não existe.  validade. Não há dúvida, o código civil adotou o você estudar. (conjunção Se ou Enquanto ‑> palavras‑chave) 
plano da validade. Se tenho um vício de validade, • Termo: elemento acidental do NJ que subordina sua eficácia a
evento futuro e certo. (conjunção. Quando ‑> palavras‑chave).
ou problema estrutural, ou funcional, o negócio
Ex. Dou‑lhe um carro quando você passar no vestibular. 
jurídico será nulo (166 e 167) ou anulável (171). 
• Encargo ou modo: ônus introduzido em ato de liberalidade. Ex.
Dou‑lhe um terreno, desde que você construa um asilo. 

Apenas a Doutrina  trabalha com o    
critério de existência. Não há previsão no
ordenamento jurídico. Não há por
exemplo como entrar  com ação
alegando que é inexistente e sim que é
inválido.  
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NULIDADE  ANULABILIDADE 

Absolutamente incapaz  Relativamente incapaz 

Objeto ilícito, impossível, indeterminado  Objeto pode ser lícito 

Motivo das duas partes é ilícito  Vícios de consentimento (erro, dolo, coação e estado de necessidade) +  fraude
(simulação e reserva mental ‑ blefe)  contra credores 

Interferência do MP. Age como custus legis.  Sem interferência do MP 

Efeitos erga omnes e ex tunc. 3º de boa fé deve respeitar.   Efeitos inter partes e ex nunc. 3º de boa fé tem seus direitos resguardados.  

Declaração de ofício. É matéria de ordem pública.   Só há declaração a pedido do interessado. O juiz não pode fazer de ofício.  
O juiz deve dar prazo para as partes se manifestar. Após isso pode
declarar de ofício.   

Não há prazo.   Prazo decadencial 4 anos. Após isso o negócio é perfeito.  

 
Previsão no Código Civil 
 
“Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I – celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II – for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III – o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV – não revestir a forma prescrita em lei; 
V – for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; 
VI – tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII – a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir‑lhe a prática, sem cominar sanção.” 
 
“Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir. 
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido
supri‑las, ainda que a requerimento das partes.” 
 
“Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.” 
 
“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 

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I – por incapacidade relativa do agente; 
II – por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.” 
 
“Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a
alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade. 
Art. 178. É de 4 (quatro) anos o prazo de decadência para pleitear‑se a anulação do negócio jurídico, contado: 
I – no caso de coação, do dia em que ela cessar; 
II – no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; 
III – no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.” 
 
○ Natureza jurídica 
• Corrente voluntarista (subjetiva): Ação da vontade que se dirige a constituir, modificar ou extinguir uma relação jurídica (o que vale é a vontade!). Ë a
teoria adotada no Brasil. Vide art. 112 do CC: 
“Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.” 
 
• Corrente objetivista: o contrato é um meio concedido pelo ordenamento para atingir efeitos jurídicos, um poder privado de autocriar um ordenamento
jurídico próprio (o que vale é a declaração!). O que vale é o que está escrito na folha, pouco importa a vontade das partes.  
 
 
 
 
 

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Aula 2 ‑ Princípios do Direito Contratual 
quarta‑feira, 22 de agosto de 2018  20:58 

1. Conceito de Norma (Princípio e Regra) 
Princípio é norma para o direito brasileiro. Se é norma é aplicável. É cogente. É contudo, mais aberto. Tem uma textura aberta. Mais abstrato que as regras, que
possuem um grau menor de abstração e generalidade que os princípios. Um mesmo princípio orienta diversas condutas de maneira diferente. Regras estão na
lógica do tudo ou nada. Regra tributária sobre IPTU, por exemplo, prescreve que quem é proprietário de imóvel urbano deve pagar o imposto. Não há margem para
interpretação. Sendo proprietário tem de pagar. No caso dos princípios, é preciso realizar uma ponderação. Não são tudo ou nada, pois eles convivem entre si.  
 
2. Princípios 
Com ideia do constitucionalismo do direito civil fica de lado a patrimonialização passa a ter mais ênfase o principio da dignidade da pessoa humana. Os grandes
princípios do Direito Civil são: 
○ Sociedade: os institutos de direito civil devem ser realizados com base na função social desempenhada; Ou seja, não servem apenas para as partes. Valem
também para a sociedade. Função social aplicada a todos os institutos do direito civil. 
○ Eticidade: além da boa fé subjetiva (ausência de má fé) vinda do código Civil de 1816, surge a boa fé objetiva (cooperação. Vai além da existência de má fé).
Por isso eticidade, pois vem da necessidade de manter a ética nas relações.  
○ Operabilidade: principio instrumental do direito civil, o que significa que deve ser utilizado da maneira mais compreensível para as pessoas.  
 
Quanto maior efetividade for dada aos princípios da Sociedade, Eticidade e Operabilidade maior a efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana. 
 
a) Princípio da autonomia da vontade ou consensualismo e dirigismo contratual 
○ Liberdade de contratar 
Faculdade de realizar um contrato e de escolher a pessoa com a qual contratar. O princípio que incide com mais força é o do Autonomia da vontade, pois há
maior liberdade de contratação ‑ quanto ao seu conteúdo ‑ (o que vai contratar, como e com quem vai contratar). Ninguém é obrigado a contratar.  
 
Qual o problema de no Brasil se afirmar que não somos obrigados a contratar? serviços essenciais. Existem alguns serviços que estão fora da liberdade
de contratar que o mundo nos obriga a contratar.  
 
Ler Fernando Noronha. Utiliza a expressão autonomia privada ao invés de autonomia da vontade. 
 
○ Liberdade contratual: 
Ocorre quanto ao conteúdo do contrato; 
Consensualismo: encontro de vontades livres que levam ao consentimento mútuo; 
 
E o contrato de adesão? 

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Qual o problema relativo ao conteúdo? Há contratos de de adesão em que não se tem liberdade quanto ao seu conteúdo. 
 
Dirigismo contratual é a interferência estatal na autonomia da vontade. O Estado cria normas de ordem pública que cuja observação é obrigatória nas
contratações para evitar abuso de direito.  
Exemplos: inversão do ônus da prova, responsabilidade civil objetiva, desconsideração da pessoa jurídica, teoria da imprevisão 
 
b) Princípio da força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda) 
Quem celebra o contrato está preso ao contrato nos moldes em que ele foi celebrado.  
 
Orlando Gomes: “é a pedra angular da segurança do comércio jurídico”. 
 
Orlando Gomes era extremamente positivista, mas com o tempo houve a relativização do princípio da força obrigatória com pós‑positivismo. Ele continua a existir
mas é lido hoje em dia de outra maneira. Um exemplo disso são a Teoria da Imprevisão e Onerosidade excessiva.  
 
c) Princípio da relatividade subjetiva dos efeitos dos contratos 
A regra geral é a oponibilidade inter partes. Há contudo exceções: 
○ Estipulação em favor de terceiro:  
○ Contrato com pessoa a declarar: realiza se um contrato, que não é para mim e sim para um terceiro. Só se declara quem é o terceiro depois da celebração do
contrato.  
 
A contratos com efeitos erga omnes. O efeito diz se que é negativo pois implica que terceiro não se intrometam no contrato celebrado entre as partes.  
 
d) Função social do contrato 
Há dois níveis da função social do contrato. A saber: 
○ Intrínseco: lealdade negocial, boa‑fé objetiva entre as partes, dignidade da pessoa humana; 
○ Extrínseco: em face da coletividade. Contrato não é só um instrumento de circulação de riquezas, mas sim de desenvolvimento social (sustentável,
racionalizado e equilibrado) 
 
Incidência de regras: consumidor, trabalho, ambiental etc. 
 
Dispositivos do Código Civil 
“Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.” 
 
Art. 156. Configura‑se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar‑se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa. 
 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta. 
 
e) Princípio da Equivalência Material (Paulo Lôbo) 
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Criado por Paulo Lôbo. Equilíbrio real de direitos e deveres no contrato antes, durante e após sua execução. Ou seja, tem que tentar manter um equilíbrio entre as
partes antes, durante e ao após o final do contrato.  
 
Exemplo: Vulnerabilidade e onerosidade excessiva; 
 
f) Boa‑fé objetiva 
Boa‑fé objetiva (vai além de simples ausência de má fé, pois implica um dever positivo no contrato: um dever de sigilo, lealdade, confiança etc.). É diferente de 
boa‑fé subjetiva (existência ou não de má fé).  
 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa‑fé. <— não so na conclusão ou no
contrato e sim em todas as fases do contrato.  
 
Deveres anexos ou de proteção dos contratos: lealdade, confiança, assistência, informação, confidencialidade, sigilo etc... 
 
Funções da boa‑fé 
• Função interpretativa ou de colmatação: 
É dispositivo indicado para intérprete do direito. Basicamente o juiz. Por disso colmatação: suporte para integração de lacunas. O juiz usa a boa fé
objetiva para preencher lacunas jurídicas. Ou seja, se o contrato é omisso e não há dispositivo no código sobre o tema, o juiz preenche a lacuna.  
 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa‑fé e os usos do lugar de sua celebração. 
 
• Função criadora de deveres jurídicos anexos ou de proteção 
Lealdade e confiança recíprocas, assistência (cooperação), informação, sigilo ou confidencialidade. Comum na área de Tecnologia da Informação.  
 
Enunciado 24 – Em virtude do princípio da boa‑fé, positivado no 422, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independente de culpa. 
 
• Função delimitadora do exercício dos direitos subjetivos 
Limita‑se os direitos das partes, buscando não existir o abuso de direito de uma delas. Visa evitar o abuso de direito.  
 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê‑lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa‑
fé ou pelos bons costumes. <— Fonte da Obrigação é lei, negócio jurídico e ato ilícito. 
 
Desdobramentos da boa‑fé objetiva 
• Venire contra factum proprium 
É a vedação de comportamento contraditório.  
 
Exemplos: 
 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas. 
 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credo relativamente ao previsto no contrato. 
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Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a 174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de
que contra ele dispusesse o devedor. 
 
• Supressio e Surrectio 
É a perda de um direito pela falta de seu exercício por razoável lapso temporal. A supressão sempre surge com a surrecio pois um perde o direito e
outra pessoa ganha o direito que o outro perdeu.  
 
Exemplo:  uso da área comum por condômino e, novamente, o art. 330 do CC/02. Se o condomínio não agir pode perder o direito de cobrar algo. Aí
reside a afirmação de silêncio ensurdecedor. Pois é preciso de um certo tempo.  
 
• Tu quoque 
Comportamento que, rompendo o valor de confiança, surpreende a outra parte da relação negocial, colocando‑a em injusta desvantagem. 
 
Exemplo: 
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir‑se de uma obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela
outra parte, ou se, no ato de obrigar‑se, declarou‑se maior. 
 
Exemplo: exceptio non adimplenti contractus. Uma parte não cumpre com sua parte e exige que a outra cumpra. Exceção (defesa) de contrato não
cumprido. 
 
• Exceptio doli 
Sancionar condutas em que o exercício do direito tenha sido realizado com o intuito, não de preservar legítimos interesses, mas, sim, de prejudicar a
parte contrária.  
 
Exemplo: 
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar
ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição. 
 
Exemplo: Cláusula condicional na compra e venda (pagando advogado para manter os invasores no imóvel). 
 
• Cláusula de Stoppel 
Comportamento contraditório em plano internacional. É o mesmo que o Venire Contra factum proprium, mas no Direito Internacional. 
 
g) Adimplemento Substancial 
Consequências do inadimplemento 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir‑lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização
por perdas e danos. 
 
Surgiu para tentar proteger o bom pagador.  
 
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Só se fala em adimplemento substancial em contratos comutativos (Certos), muito embora já haja julgados do TJDFT afirmando ser possível a Teoria do
Adimplemento Substancial para assegurados que tenham pagando quase todo o valor do contrato. Seguro de carro por 1 ano. Dividiu o valor em 12 parcelas.
Pagou 11 e no 12º mês o carro foi roubado. É possível. Contudo, no caso de um seguro de vida, em que a pessoa paga enquanto estiver viva, não há como
mensurar o valor que seria pago. É muito incerto. A ália do negócio é a incerteza.  
 
Mitigação da resolução pelo adimplemento substancial 
 
Direito Inglês do séc. XVIII ("substancial performance”). 
  
Requisitos exigidos pelo STJ: 
i. A existência de expectativas legítimas geradas pelo comportamento das partes;  
ii. O pagamento faltante há de ser ínfimo em se considerando o total do negócio;  
iii. Deve ser possível a conservação da eficácia do negócio sem prejuízo ao direito do credor de pleitear a quantia devida pelos meios ordinários. (STJ. 4ª
Turma. REsp 1581505/SC, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 18/08/2016.) 
 
Adimplemento substancial e alienação fiduciária 
 
Conceito de alienação fiduciária (propriedade resolúvel): Alienação fiduciária é um termo presente em contratos de empréstimo, legalizando a operação. Essa
expressão significa que o bem continua com o proprietário, mas é transferido à instituição financeira até a quitação total do débito. Isso é uma forma de
garantir o pagamento das prestações. Propriedade resolúvel quer dizer que é do credor enquanto o o contrato não se resolve. Ou seja, enquanto o devedor
não cumpre a obrigação. 
 
Inaplicabilidade, segundo o STJ 
Para o STJ não é a aplicada a Teoria do Adimplemento Substancial. Segundo os ministros, a decisão se deu para manter a forma de crédito para a aquisição de
veículos. Evitar encarecer o crédito. Fazer com que os bancos parassem de oferecer crédito ou o encarecessem.  
 
DL911/69 ‑ Art. 3º O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2º, ou o inadimplemento, requerer
contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário. <—
Não é que o bem fica com o credor. A apreensão do bem se dá liminarmente e o juiz dá um prazo para a que a pessoa purgue (pague) a dívida (toda+atualização
monetária+multas previstas no contrato+custas processuais+honorários de sucumbência). Por isso, faz sentido que a Teoria não se aplique, pois ela dá chance para que a
pessoa pague a dívida.  
 
A professora defende que esse entendimento é inconstitucional, pois fere direitos constitucionais como Direitos de personalidade, princípio da
dignidade da pessoa humana, ordem econômica. Ainda para a professora, foi uma decisão consequencialista.  
 
h. Preservação dos contratos 
Esse princípio diz respeito à continuidade de um contrato em cujas cláusulas se verificam certas invalidades. O juiz deve ao máximo preservar o contrato.
Pode por exemplo anular cláusula, reestruturar uma cláusula etc.  
 
O art. 51, § 2º do CDC estabelece que 

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“a nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a
qualquer das partes”. 

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Aula 3 ‑ Classificação dos Contratos 
segunda‑feira, 27 de agosto de 2018  16:13 

Modalidades de contratos 
• Contrato administrativo; 
• Contrato empresarial; 
• Contrato consumerista; 
• Contrato civil. 
 
Classificação de contratos 
É possível ter um negócio jurídico partindo de uma só vontade, mas é impossível ter um contrato (acordo de vontade com uma única vontade). Por isso é importante não se
confundir com as classificações de negócio jurídico com as de contratos.   
 
I. Quanto aos direitos e deveres das partes envolvidas 
○ Unilateral: não há contraprestação. Só uma das partes possuirá dever em face do outro. Contrato é sempre negócio jurídico bilateral ou plurilateral, no entanto
pode ser classificado como unilateral, bilateral ou plurilateral. Unilateral é o contrato em que apenas um dos contratantes assume deveres em face do outro.
Exemplo: doação simples. Há duas vontades (a do doador e donatário),  mas do concurso de vontades surgem deveres apenas para o doador; o donatário
apenas auferirá vantagens. Também são exemplos de contratos unilaterais o mútuo (empréstimo de bem fungível para consumo) e o comodato (empréstimo
de bem infungível para uso). Percebe‑se que nos contratos unilaterais, apesar da presença de duas vontades, apenas uma delas será devedora, não havendo
contraprestação.  
Exemplo: Doação pura, comodato, mútuo 
○ Bilateral: há contraprestação. Os contratantes possuem deveres e direitos simultânea e reciprocamente; 
Exemplo: Contrato sinalagmático 
○ Plurilateral:  há contraprestação entre mais de  duas pessoas que integram o contrato.  
Exemplo: Consórcio. 
 
II. Quanto ao sacrifício patrimonial das partes 
○ Oneroso: traz vantagem para ambos os contratantes (ambos sofrem sacrifícios patrimoniais) 
○ Gratuito/Benéfico: traz vantagem para apenas um dos contratantes  (só um sofre sacrifício patrimonial).  
 
Regra Geral: contrato oneroso é bilateral e gratuito é unilateral. 
Exceções: doação com encargo e mútuo feneratício (Tartuce: unilateral imperfeito) 
Contrato de mútuo é contrato para empréstimo de dinheiro. Mútuo feneratício é o mútuo que cobra juros em cima do valor emprestado.   
Contratos civis (entre uma pessoa e outra) só se pode cobrar 2% se o entendimento for o de que não se aplica a Lei da Usura. Entendendo‑se que a
Lei da Usura se aplica, a taxa e de 6% o semestre. Há julgados falando em aplicar a Selic.  
 
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III. Quanto ao momento do aperfeiçoamento (plano da validade) do contrato 
○ Reais: se aperfeiçoa com a entrega da coisa (tradição) de um contratante para outro (comodato, mútuo, depósito). Antes da entrega da coisa têm‑se apenas
promessa de contratar; 
○ Consensuais: manifestação da vontade das partes. Diferente de contrato real, o contrato já vale a partir da sua assinatura, ou seja, a partir da declaracao de
vontades.  
 
IV. Quanto aos riscos que envolvem os contratos: 
○ Comutativo: prestações conhecidas e esperadas 
○ Aleatório: prestação de uma das partes não é com exatidão no momento de celebração, irá depender da álea do negócio. Álea significa incerteza.  
a. Aleatório pela própria natureza. 
Exemplo: Seguro 
b. Aleatório pelo elemento acidental (coisa ou objeto incerto): 
c. Aleatório emptio spei: venda da esperança.  
Exemplo: tainhas  
d. Aleatório emptio rei speratae. 
Exemplo: venda de esperança com coisa esperada (um montante mínimo)   
 
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber
integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. 
 
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a
todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. 
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido. 
 
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto
que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.  
 
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a
consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa. 
 
V. Quanto a negociação das partes: 
○ Paritários: as partes são colocadas em pé de igualdade. Negociam juntas as condições do contrato.  
○ Adesão: diferentemente dos contratos paritários, aqui uma das partes está numa posição inferior à outra na negociação das condições do contrato. Há maior
rigidez. Exemplo: Luz, telefone, seguro etc.  
a. Uniformidade: mesmo conteúdo contratual; 
b. Predeterminação unilateral; 
c. Rigidez; 
d. Posição de vantagem: superioridade material à não necessariamente econômica. 
 
Cuidado com “contrato‑tipo” aqueles contratos antigos, por formulário impresso, mas que as partes negociam bilateralmente seu conteúdo. Posição do
TARTUCE: constituem contratos de adesão. 
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VI. Quanto a presença de solenidades ou formalidades 
○ Solenes: formalidades e contratos constitutivos de direitos reais. Hipoteca art. 1483.  
○ Não solenes: Art.107 Código Civil e liberdade de formas. Fiança art. 819. 
Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. 
 
Art. 819. A fiança dar‑se‑á por escrito, e não admite interpretação extensiva. 
 
VII. Quanto a personalidade 
○ Pessoais: personalíssimos – intuitu personae (habilidade, experiência, idoneidade, técnica da pessoa). Não são transmitidos por atos inter vivos ou mortis
causae.  
Exemplo: fiança; 
○ Impessoais: compra e venda, por exemplo.  
 
VIII. Quanto ao momento do cumprimento 
○ Instantâneo ou execução imediata: O objeto do contrato se realiza imediatamente, de uma vez e por prestação única ocorrendo na extinção da obrigação. É a
regra geral. Exemplo: compra e venda com pagamento à vista. 
○ Execução diferida: a obrigado de uma das partes não se dá de uma só vez, mas obedece a um termo (condição). Faz algo se ocorrer um fato.  
○ Execução continuada ou trato sucessivo: Art. 478  
“Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em
virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da
citação.” 
 
IX. Quanto à definitividade do negócio 
○ Contrato preliminar ou pré‑contrato (pactum de contrahendo): a fase de preliminar pode vincular uma das partes. Gera efeitos. 
○ Contrato definitivo: É o contrato que será firmado entre as fases com base no contrato preliminar. 
 
X. Quanto à definitividade do negócio 

Contrato típico: Possui previsão em lei. Está no código civil; 

Contrato atípico: sem precisão em lei; 
Exemplo: contrato de publicidade, hospedagem, mediação.  
 
XI. Quanto à independência contratual 
○ Contrato principal e independente: Tem vida própria e existe por si só; 
○ Contrato acessório: Sua existência depende de outro contrato. Fiança num contrato de locação, por exemplo. Locação é o contrato principal, e fiança é o
contrato acessório. 

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Aula 4 ‑ Formação dos contratos 
quarta‑feira, 3 de outubro de 2018  20:58 

Fases 
I. Fase de negociação preliminar ou de pontuação  
Tratativas anteriores, carta de intenção futura  
Não vincula as partes, pois há um debate prévio 
 
Responsabilidade Civil 
○ MHD – não há qualquer responsabilidade 
○ Tartuce, Pablo Stolze, Cristiano Chaves de Farias – Há responsabilização baseada na boa‑fé objetiva, mas não gera direito subjetivo à contratação (art. 422) 
 
Enunciados: 25 e 170 do CJF/STJ: aplicação da boa‑fé objetiva em todas as fases do negócio jurídico sob pena de abuso de direito 
 
II. Fase de proposta, policitação ou oblação 
Oferta formalizada 
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. 
 
Caráter receptício 
○ Mantida no caso de oferta ao público, pois o oblato é determinável (429) 
○ Oferta vincula se trouxer os elementos essenciais ao contrato 
○ Revogação da oferta: deve estar ressalvada na oferta e pela mesma via de divulgação 
 
Partes da proposta 
○ Policitante, proponente, solicitante 
○ oolicitado, oblato, solicitado 
  
Características da manifestação da vontade 
Proposta: séria, clara, precisa e definitiva 
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. 
 
Aceitação: pura e simples 
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. 
 
Obrigatoriedade da proposta 

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Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: 
I ‑ se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera‑se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação
semelhante; 
II ‑ se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; 
III ‑ se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; 
IV ‑ se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente. 
 
Silêncio eloquente:  
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar‑se‑á concluído o contrato, não chegando a tempo
a recusa. 
Art. 433. Considera‑se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. 
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam‑se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: 
I ‑ no caso do artigo antecedente; 
II ‑ se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; 
III ‑ se ela não chegar no prazo convencionado. 
 
(teoria da informação na subteoria da recepção) 
  
Contrato eletrônico: (AUSENTES, no caso de e‑mail) 
 
Enunciado 173 do CJF/STJ – teoria da recepção: “a formação dos contratos realizados entre pessoas ausentes, por meio eletrônico, completa‑se com a recepção da
aceitação pelo proponente” 
 
PL 281/12 – teoria da confirmação do recebimento (duplo clique) 
 
Art. 435. Reputar‑se‑á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
 
Art. 9º (LINDB) ‑  Para qualificar e reger as obrigações, aplicar‑se‑á a lei do país em que se constituírem. 
§ 2o  A obrigação resultante do contrato reputa‑se constituída no lugar em que residir o proponente. 
 
III. Fase de contrato preliminar  
Pré‑contrato ou pactum contrahendo) 
 
Fase dispensável 
 
Forma: não precisa adotar a mesma forma do contrato definitivo. 
 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. 
Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes
terá o direito de exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive. 
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente. 
 
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Exemplo: Compromisso de compra e venda de imóvel: 
○ Com registro – direito real – obrigação de dar 
○ Sem registro – direito obrigacional  
 
i. Tutela específica da obrigação de fazer 
ii. Juiz confere caráter definitivo  
 
IV. Fase de contrato definitivo ou de conclusão do contrato 
 
Não foi abordada pela professora em sala.   
  
  
  

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Aula 5 ‑ Revisão dos Contratos por atos supervenientes 
quarta‑feira, 3 de outubro de 2018  15:56 

Revisão dos Contratos por fatos supervenientes 
 
Princípio: Preservação dos contratos 
 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi‑lo, a pedido da
parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. 
 
Controvérsias 
Enunciado 176 do CJF: “Em atenção ao princípio da conservação dos negócios jurídicos, o art. 478 do Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos
contratos e não à resolução contratual.” X Tartuce 
 
Teoria da imprevisão X teoria da onerosidade excessiva  
Tartuce: revisão contratual por fato superveniente diante de uma imprevisibilidade somada a uma onerosidade excessiva 
  
Teoria da imprevisão 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi‑lo, a pedido da
parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
 
Origem francesa e no direito administrativo 
 
Cláusula rebus sic standibus: “os contratos que têm trato sucessivo ou a termo ficam subordinados, a todo tempo, ao mesmo estado de subsistência das coisas”  
 
Não é imprevisão: mudança de moeda; inflação; variação cambial; maxidesvalorização; crise econômica; aumento do déficit público; majoração de alíquotas.  
  
Teoria da onerosidade excessiva  
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. 
 
Origem italiana 
 

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Lesão objetiva ou lesão enorme 
  
 Vigência de um contrato bilateral (sinalagmático), oneroso, comutativo, de execução diferida ou sucessiva 
 
Exceções: contrato aleatório – é possível se não for sobre a álea (Exemplo: contrato de plano de saúde – STJ e Enunciado 440 CJF/STJ) 
 
Súmula 286 do STJ: “A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos
anteriores.” 
  
 
Alteração radical das condições econômicas objetivas no momento da execução, em confronto com o ambiente objetivo no da celebração 
Onerosidade excessiva para um dos contratantes e benefício exagerado para o outro 
Imprevisibilidade daquela modificação 
  
Ação de Revisão 
Se umas das partes não quiser revisar o contrato, a outra parte pode propor uma ação revisional do contrato. Pode se propor a revisão ou a resolução (desconstitutivas)
do contrato. É preciso legitimidade (Contratantes) e interesse de agir (Necessidade da propositura da ação). A mora não é requisito, ou seja, o atraso na prestação não é
requisito para propor a ação. Do mesmo jeito, se a parte estiver pagando em dia e propor ação de revisão ela não pode em decorrência disso parar de pagar como vinha
fazendo. Isso não é bom pois a mora acarreta varias consequências para o contrato: incidência de juros, cláusulas penais etc.  
 
Mora 
Não é necessária para a propositura da ação 
Súmula 380 STJ: “A simples propositura da ação de revisão de contrato não inibe a caracterização da mora do autor.’ 
Súmula 382 STJ: “A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade.” 
MAS: STJ está admitindo que a cobrança de valores abusivos por entidades bancárias descaracteriza o inadimplemento relativo do devedor (encargos +
parcelas indevidas) 
 
Após o recebimento da contestação, não havendo fato novo, o juiz pode dar a sentença. Não será preciso audiência de instrução de julgamento nem
oitiva de testemunha, pois já se tem todas informações necessárias.  
  
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo‑se o réu a modificar equitativamente as condições do contrato. 
 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá‑la, a fim de evitar
a onerosidade excessiva. 
  
Vícios Redibitórios 
Há dois tipos de vícios que podem atingir o objeto de um contrato: 
I. Vícios de fato (redibitórios): é um problema gerado na coisa, no objeto do contrato. Exemplo: compra‑se uma cadeira e ela estava perfeita, mas depois se descobriu
um defeito no produto. Também se a aplica ao Direito do Consumidor, o que muda é o prazo, que no Direito do Consumidor é maior. No Direito civil as partes estão

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em pé de igualdade. O juiz terá que analisar o conjunto probatório e averiguar se existe vício ou não. No direito do consumidor se houver dúvida quanto ao vício
fica‑se do lado do consumidor. 
II. Vícios de direito (evicção): é um problema gerado no direito, normalmente de quem detém a posse ou a propriedade do bem. Exemplo: compra‑se uma cadeira
perfeita, mas descobriu‑se que a propriedade da cadeira era de outra pessoa. 
  
Quem compra um cachorro, achando que é pastor alemão e quando cresce, na verdade é outra raça. Não é vício redibitório e sim ERRO. 
 
Art. 441.  A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuam o valor. 
 
Resp. 738071/SC  è agente financeiro de obra é parte legítima para responder por vício redibitório em empreendimento de natureza popular, destinado a mutuários de
baixa renda. 
  
“Vícios Ocultos na coisa no Tempo da Transmissão” 
Requisitos: 
• Defeito oculto (imperceptível ao exame cuidadoso no ato, mas não técnico ‑ não requer exame por especialista) 
• Defeito ao tempo do contrato: tem que ser ao tempo de celebração do contrato. Então se a pessoa compra um apartamento começa a apresentar problema dois
meses depois, quem vendeu não tem culpa.  
• Defeito grave: para resolver o contrato, o juiz terá que avaliar a extensão do dano causado pelo vício oculto. Se a pessoa comprou um apartamento e tinha um
defeito, mas que não afeta a moradia não faz sentido o juiz resolver o contrato e sim revisar.  
• Não é necessária a má‑fé: mas havendo má‑fé além de ter que restituir tudo o que a pessoa já pagou mais despesas, ela terá que pagar Perdas e danos (até o que
deixou de ganhar). É preciso de prova.  
  
Presume‑se: 
• que o negócio não seria realizado, 
• o negócio, se realizado, o seria em outros termos. 
  
 
Diferença com erro: aqui há uma falsa percepção da realidade (dolo se for induzido) e é de natureza subjetiva (Plano da validade) 
Exemplo: quem compra uma imitação pensando ser verdadeira incide em ERRO. Quem compra um quadro com fungos que deterioram a pintura está na presença de um
Vicio Redibitório (eficácia)  
 
Ação edilícia 
É espécie do qual há duas espécies: 
• desfazimento do negócio (resolução do contrato) é a ação redibitória. Para pleitear perdas e danos deverá comprovar a má‑fé do alienante (443 do CC:Art. 443. Se o
alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão‑somente restituirá o valor recebido, mais as
despesas do contrato) 
• abatimento no preço é ação “quanti minoris” ou estimatória. 
Cuidado: princípio da preservação dos contratos. 
 
 
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Prescrição e Decadência das ações edilícias 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. 
 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se
já estava na posse, o prazo conta‑se da alienação, reduzido à metade. 
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar‑se‑á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se
tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.<— o problema aqui é definir sobre quem tem que ter ciência no trecho: ”o prazo contar‑se‑á do momento em que dele tiver
ciência”. Do dia em que o comprador teve ciência ou no dia em que o vendedor notificou. Majoritariamente o entendimento é para o adquirente. Se for construtora, é 5 anos o prazo
(contrato de empreitada no Código Civil). .  
§ 2o Tratando‑se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando‑se o disposto no
parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. 
 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu
descobrimento, sob pena de decadência. 
  
 
  

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Aula 6 ‑ Evicção 
quarta‑feira, 17 de outubro de 2018  21:01 

O que é evicção? 
Modalidade de responsabilidades civil na qual o alienante paga ao adquirente, pois na realidade fática o alienante não era proprietário do bem quando alienou a coisa. É
como se fosse um vício no direito (de posse ‑ e não da posse).  Esta no código civil nos artigos 447 a 457. 
 
Responsabilidade civil é sobre uma conduta qualquer que gera um dano a alguém que tenha um nexo de causalidade entre o dano e a conduta.  
 
A evicção ocorre quando o adquirente de um bem perde a propriedade, a posse ou o uso em razão de uma decisão judicial ou de um ato administrativo, que reconheça tal
direito à terceiro, por uma situação preexistente (anterior) à compra. 
 
Terá então o adquirente o direito de recobrar de quem lhe transferiu esse domínio, ou que pagou pela coisa. 
Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
 
Pode haver uma cláusula geral contra evicção? Exemplo: “Em caso de Evicção o alienante não se responsabiliza...”? Não. Seria contra o art. 449 do CC. A regra que
afasta a evicção tem que ser uma regra especifica, dizendo qual é a possibilidade de perda do imóvel.  
“Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da
evicção, ou, dele informado, não o assumiu.” 
 
 
Natureza jurídica 
Tem natureza de direito real e não obrigacional. Logo, a evicção não resolve o contrato.  
 
Responsabilidade do alienante 
• Restituição do preço pago pelo adquirente; 
• Responsabilidade civil ampla: além do equivalente, o alienante irá indenizar os frutos que deixou de ganhar, benfeitorias que seriam feitas, os usos que seriam feitos
do imóvel etc.; 
 
Benfeitorias voluptuárias não dão direito a indenização, pois apenas servem para embelezar o imóvel. Aquelas que sejam úteis ao uso do imóvel são indenizáveis.  
 
Hipóteses de evicção 
 
• Usucapião 
Um exemplo é alguém que cumpre todos os requisitos para usucapir um imóvel do qual ocupa de forma mansa e pacífica. O proprietário original vende a um
comprador a propriedade, pois tem documentos que registram que a propriedade é sua. Aparente o negócio todo é certo, mas o comprador verifica depois da

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compra que existe alguém ocupando o imóvel e pior, já tem alguém na possa do imóvel que ele pagou. O comprador está protegido pela evicção. É evicto. Assim o
alienante (proprietário original) deve pagar ao comprador (no mínimo) o valor pago.  O alienante não necessariamente deve estar de má‑fé. A perda deve ser judicial
(declaratória).  
 
• Compromisso de compra e venda 
Vende‑se para vários.  
 
• Avulsão 
Avulsão é quando ocorre o aumento da propriedade ribeirinha por acréscimo das margens dos rios. Vender um terreno sem dizer ao comprador que pode ocorrer
avulsão na propriedade pode tornar o comprador evicto. A responsabilidade de existir, mesmo que a coisa se deteriore.  
 
Um outro exemplo dado pela professora, é se a pessoa comprar um imóvel que depois se descobre algo radioativo no solo que impossibilita o uso do mesmo. O
comprador tem direito à evicção.  
 
• Aluvião 
Aluvião é quando uma parte da propriedade se desprende por força da natureza. Pode ocorrer por erosão, por exemplo. 
 
Evicção parcial 
• Considerável: art. 455 capaz de prejudicar a substância e função social da coisa (afeta a utilidade para o evicto)= desfazimento e restituição do desfalque.  
• Não considerável: cabe somente direito à indenização. Art. 455. 
“Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não
for considerável, caberá somente direito a indenização.” 
 
Observação: prazo de prescrição de 3 anos (art 206, p. 3, V CC) 
Art. 206. Prescreve: 
“§ 3º Em 3 (três) anos: 
V – a pretensão de reparação civil;” 
 
Evicção expropriatória 
Se o imóvel vai a leilão, ou seja, a pessoa sequer queria vender o imóvel. Se a pessoa acaba vendendo para outra pessoa sem falar que o imóvel ia a leilão, dá direito à
Evicção.  
“Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.” 
 
Evicção invertida 
Ocorre quando o alienante transfere a propriedade “a non domino” ao adquirente, quando na verdade esta era de uma pessoa que, posteriormente, vem a falecer
deixando aquele mesmo adquirente como herdeiro. Ele terá direito à indenização em face do alienante “a non domino”, por causa do desequilíbrio contratual congênito do
primeiro contrato.  Decorre do direito italiano, trata‑se de situação em que o adquirente não  obteve o direito eficazmente, mas acaba por adquirir o direito por outro
título, mas sem a cooperação do devedor.  
 

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Em resumo, ocorre evicção no primeiro ato e propriedade causa mortis no segundo. A compra de B, mas o proprietário é C, que poderia reivindicar. C morre e A é o único
herdeiro, ficando com a propriedade 
 

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Aula 7 ‑ Extinção dos contratos 
quarta‑feira, 24 de outubro de 2018  18:07 

Disciplina no Código Civil 
São poucos os artigos que disciplinam a extinção dos contratos. Óbvio que pode ser preciso Combiná‑lo com outro artigo do código. 
 
 
Da Extinção do Contrato 
 
Seção I 
Do Distrato 
Art. 472. O distrato faz‑se pela mesma forma exigida para o contrato. 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito
depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. 
 
Seção II 
Da Cláusula Resolutiva 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir‑lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por
perdas e danos. 
Seção III 
Da Exceção de Contrato não Cumprido 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela
qual se obrigou, pode a outra recusar‑se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê‑la. 
 
Seção IV 
Da Resolução por Onerosidade Excessiva 
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em
virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo‑se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá‑la, a fim de
evitar a onerosidade excessiva. 
 
Formas de extinção 
I. Extinção normal dos contratos 

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○ Cumprimento da obrigação: Acabam as obrigações decorrentes. Seu objeto é cumprido. O contratante A cumpre com todas as obrigações previstas no
contrato e quando o contratante B cumpre todas as obrigações previstas no contrato.  
○ Termo final: Quando obrigações e direitos estabelecidos entre as partes se relaizam de maneira perfeita tem‑se um contrato cumprido. Exemplo: contrato
de doação ‑ Parte A doa algo à parte B. Aqui o contrato está cumprido (ou adimplido). O judiciário não toma conhecimento desse negócio, a não ser por
provação das partes. No caso do Termo, é um evento que põe fim ao contrato. Termo é o prazo que estabelece quando o contrato chega ao fim. Um
contrato renovado não tem mais termo, por exemplo.  
  
Boa‑fé objetiva e responsabilidade civil pós‑contratual ou post pactum fictum: É importante lembrar, como já visto, que a boa‑fé objetiva permeia todas as
fases do contrato. Pré, durante e pós contratual. Logo, a extinção do contrato não extingue todas as obrigações dele decorrentes. A garantia por exemplo
perdura, mesmo após a extinção do contrato (compra e venda); Um contrato já cumprido pode ainda gerar direitos e obrigações. 
 
II. Extinção por fatos anteriores à celebração 
 
○ Invalidade contratual 
O contratos podem terminar por um fato anterior a sua celebração. Isso pode ocorrer de duas formas. O contrato pode ser nulo (pode ser feito de oficio
pelo juiz, desde que de a oportunidade para as partes se manifestar) ou anualável.  
• Contrato nulo: A sentença será declaratória; 
• Contrato anulável: A sentença será constitutiva ou desconsitututiva; 
 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I ‑ celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II ‑ for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III ‑ o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV ‑ não revestir a forma prescrita em lei; 
V ‑ for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; 
VI ‑ tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII ‑ a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir‑lhe a prática, sem cominar sanção. 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I ‑ aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; 
II ‑ contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
III ‑ os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós‑datados. 
§ 2o Ressalvam‑se os direitos de terceiros de boa‑fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: 
I ‑ por incapacidade relativa do agente; 
II ‑ por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. 
 
A Ação chama‑se  anulatória ou ação de nulidade de negócio jurídico. A sentença será declaratória ou constitutiva. Segundo o CNJ, essas ações
costumam demorar 9 anos para finalizar no DF. Enquanto não há sentença declaratória ou constitutiva o contrato continua produzindo efeitos.  
 
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Caso alguém que tenha que pagar por prestação de serviços constituada e quer anular o contrato. Ele deve entrar com Ação de Nulidade e Ação de
consignação em pagamento (para pagar em juízo) e não deixar de pagar as prestação. Pois ela entra em mora. Se perde terá que pagar tudo
retroativo e com correções. Isso ocorre pois  o negócio jurídico, presume se verdadeiro até a declaração de nulidade.  
 
○ Cláusula de arrependimento 
Essa cláusula não existe em todos os contratos. Isso quer dizer que é preciso que haja previsão contratual para se extinguir contrato por cláusula de
arrependimeto.  
 
Direito unilateral potestativo: É possível que um contrato estabeleça cláusula de arrependimento para apenas umas das partes.  
 
Diferente do art. 49 do CDC:  Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto
ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a
domicílio. 
  
Não é possível desistir de Contatos bancários, contudo o STJ fixou jurisprudência de que pode se desisti de contratos bancários que não são
realizados na agência bancária. 
 
○ Cláusula resolutiva expressa 
Inovacao do Código Civil de 2002, a cláusula resolutiva expressa se refere a uma condição (evento futuro e incerto). Pode se dar inclusive num contrato
preliminar, o que faz com que a obrigação não precise ser cumprida no contrato, caso a condição venha a ser cumprida. 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial. <— A condição deve estar bem redigida para que não gere
dúvidas.  Algumas vezes a cláusula resolutiva por ser mal redigida resolve apenas parte de um contrato. 
 
Importante anotar que o fato de haver uma cláusula resolutiva num contrato, não o transforma de comutativo para aleatório, pois num contrato aleatório a
alea é o objeto do contrato e não sua resolução. 
 
Pacto comissório contratual 
Existia desde o código civil de 16. Em esfera contratual do pacto comissório dizia que uma das partes poderia ficar com a garantia referente a um objeto de
um contrato em que a outra parte estaria inadimplente. Exemplo: Uma pessoa hipoteca a casa e por dever algumas parcelas o banco ficaria com o bem. O
certo seria devolver o restante referente ao restante da dívida.  
Art. 1163 do CC/16 ‑ Ajustado que se desfaça a venda, não se pagando o preço até certo dia, poderá o vendedor, não pago, desfazer o contrato, ou pedir o preço” 
  
Pacto comissário real – 1428 do CC/02 
Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.<— Após o CC de 2002, o Pacto comissório contratual passou a não ter mais
previsão legal. O que há agora é em relação a direito real. 
 
III. Extinção por fatos posteriores à celebração 
Rescisão contratual 
○ Resolução 
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Descumprimento contratual 
○ Resilição 
Vontade bilateral ou unilateral, quando admissível por lei, de forma expressa ou implícita, pelo reconhecimento do um direito potestativo. Ela pode ser: 
   
• Resilição bilateral ou distrato (472 do CC/02) 
mesma forma do contrato – nulidade absoluta – salvo pactuação distinta 
Doutrina (resilição tácita) X Jurisprudência (forma da resilição) 
  
• Resilição unilateral 
Casos excepcionais 9Art. 473): 
Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral
só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. 
 
Denúncia vazia – Lei de locações 
Revogação e renúncia: quebra de confiança – Mandato, comodato, depósito, doação  
 
Exoneração por ato unilateral (art. 835) 
Art. 835. O fiador poderá exonerar‑se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da
fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor. 
 
Ação de rescisão de contrato 
Plano de validade 
 
IV. Extinção por morte 
• Intuito persoane 
  
  
Resolução 
I. Inexecução Voluntária 
Impossibilidade da prestação por culpa e dolo do devedor, podendo ocorrer tanto na obrigação de dar como nas de fazer e não fazer 
Duas possibilidades: resolução do contrato + PD ou cumprimento forçado + PD 
PD =  prova da culpa (responsabilidade subjetiva) 
Adimplemento substancial 
  
II. Inexecução Involuntária 
Fato alheio à vontade dos contratantes: caso fortuito ou força maior; 
Resolução sem perdas e danos. 
 
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19/11/2018 OneNote Online

Lembrete de obrigações: Possibilidades de responsabilização em PD em casos fortuitos/força maior: 
• Devedor em mora e perdimento da coisa (Art. 399 do CC/02) 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes
ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
 
• Cláusula de assunção convencional (art. 393) 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
  
III. Resolução por onerosidade excessiva 
  
IV. Cláusula Resolutiva Tácita 
Decorre da lei e necessita de interpelação judicial 
Exemplos: exceptio non adimpleti contractus 

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