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Informativo n. 0508
Período: 5 a 14 de novembro de 2012.
Corte Especial
Ministério Público
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do
caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante
do Ministério Público, que opinará, dentro do prazo
improrrogável de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério
Público, os autos serão conclusos ao juiz, para a
decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida
em 30 (trinta) dias.
Informativo nº 0578
Período: 3 a 16 de março de 2016.
Corte Especial
DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.
EFEITOS FINANCEIROS DA CONCESSÃO DE ORDEM
MANDAMENTAL CONTRA ATO DE REDUÇÃO DE
VANTAGEM DE SERVIDOR PÚBLICO.
Em mandado de segurança impetrado contra redução
do valor de vantagem integrante de proventos ou de
remuneração de servidor público, os efeitos financeiros
da concessão da ordem retroagem à data do ato
impugnado. Não se desconhece a orientação das
Súmulas n. 269 e 271 do STF, à luz das quais caberia à
parte impetrante, após o trânsito em julgado da
sentença mandamental concessiva, ajuizar nova
demanda de natureza condenatória para reivindicar os
valores vencidos em data anterior à impetração do
mandado de segurança. Essa exigência, contudo, não
apresenta nenhuma utilidade prática e atenta contra os
princípios da justiça, da efetividade processual, da
celeridade e da razoável duração do processo. Ademais,
essa imposição estimula demandas desnecessárias e
que movimentam a máquina judiciária, de modo a
consumir tempo e recursos de forma completamente
inútil, e enseja inclusive a fixação de honorários
sucumbenciais, em ação que já se sabe destinada à
procedência. Corroborando esse entendimento, o STJ
firmou a orientação de que, nas hipóteses em que o
servidor público deixa de auferir seus vencimentos ou
parte deles em razão de ato ilegal ou abusivo do Poder
Público, os efeitos financeiros da concessão de ordem
mandamental devem retroagir à data do ato
impugnado, violador do direito líquido e certo do
impetrante. Isso porque os efeitos patrimoniais são
mera consequência da anulação do ato impugnado que
reduz o valor de vantagem nos proventos ou
remuneração do impetrante (MS 12.397-DF, Terceira
Seção, DJe 16/6/2008). Precedentes citados: EDcl no
REsp 1.236.588-SP, Segunda Turma, DJe 10/5/2011; e
AgRg no REsp 1.090.572-DF, Quinta Turma, DJe
1º/6/2009. EREsp 1.164.514-AM, Rel. Min. Napoleão
Nunes Maia Filho, julgado em 16/12/2015, DJe
25/2/2016.
7. Petição inicial do MS e requisição de documentos
7.1. requisitos
Art. 6o A petição inicial, que deverá preencher os
requisitos estabelecidos pela lei processual, será
apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que
instruírem a primeira reproduzidos na segunda e
indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica
que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual
exerce atribuições.
§ 1o No caso em que o documento necessário à prova
do alegado se ache em repartição ou estabelecimento
público ou em poder de autoridade que se recuse a
fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará,
preliminarmente, por ofício, a exibição desse
documento em original ou em cópia autêntica e
marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10
(dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento
para juntá-las à segunda via da petição.
a) Requisitos do art. 319 e 320 do CPC.
b) A autenticação dos documentos poderá ser feita
com fincas no art. 425, IV
c) Deve ser apresentada em duas vias- a melhor
interpretação é a de que devem ser apresentadas em
tantas vias quanto forem as autoridades coatoras
d) NOVIDADE- Além da autoridade coatora deverá
indicar a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha
vinculada ou da qual exerce atribuições.
7.2. Requisição de documentos
Art. 6º. § 1o No caso em que o documento necessário
à prova do alegado se ache em repartição ou
estabelecimento público ou em poder de autoridade
que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro,
o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição
desse documento em original ou em cópia autêntica e
marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10
(dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento
para juntá-las à segunda via da petição.
a) É desnecessário, portanto, impetrar novo MS para
essa finalidade
b) Não há necessidade de se vale do incidente de
exibição de documentos previsto nos arts. 396 a 404 do
NCPC.
LIMINAR
§ 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder
ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento,
observado o disposto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de
1973 - Código de Processo Civil.
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por
objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de
mercadorias e bens provenientes do exterior, a
reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a
concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou
pagamento de qualquer natureza.
§ 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou
cassada, persistirão até a prolação da sentença.
§ 4o Deferida a medida liminar, o processo terá
prioridade para julgamento.
§ 5o As vedações relacionadas com a concessão de
liminares previstas neste artigo se estendem à tutela
antecipada a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei no
5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.
NATUREZA JURÍDICA.
Hely Lopes Meirelles Maria Fátima Vaquero Ramalho
Leyser e Francisco Antônio de Oliveira Há quem
entende tratar-se de medida cautelar-
ZAVASCKl, Teori Albino. e Fredie Didier Júnior - Tutela
antecipada
Cassio Scarpinella Bueno - Posicionamento
intermediário, concluindo que a natureza jurídica irá
depender do conteúdo da liminar e do mandamus. "Se a
liminar tiver em mira apenas assegurar a plena eficácia
do pedido de mérito, será cautelar. Se, inversamente, o
pedido de liminar coincidir com o pedido de mérito, sua
natureza será antecipatória" tutela antecipada,p. ex.,
para impedir o protesto de um título objeto de demanda
declaratória de inexistência.
Liminar no tribunal -
Art. 16. Nos casos de competência originária dos
tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo
assegurada a defesa oral na sessão do julgamento.
Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou
denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão
competente do tribunal que integre.
A SÚMULA 622 DO STF foi superada, conforme a melhor
doutrina. (Cássio Scarpinella Bueno): “ Não cabe agravo
regimental contra decisão do relator que concede ou
indefere liminar em mandado de segurança”.
SÚMULA N. 460-STJ.
É incabível o mandado de segurança para convalidar a
compensação tributária realizada pelo contribuinte. Rel.
Min. Eliana Calmon, em 25/8/2010.
Revogação e cassação da liminar
Reexame necessário
Art. 14. § 1o Concedida a segurança, a sentença estará
sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição
A) Não se aplicam as exceções contidas no art. 496,
§3º NCPC
B) Fica sujeita ao reexame necessário independente
do valor da causa ou da fundamentação se afinar-se ou
não com a jurisprudência sumulada ou não do STF ou
de Tribunal Superior
Legitimidade recursal da autoridade coatora.
§ 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer
a) A doutrina e a jurisprudência caminhava no sentido
de reconhecer a legitimidade para recorrer como
terceiro interessado. (996 do CPC)
b) Seguindo o entendimento da melhor doutrina,
considerando a existência de um litisconsórcio passivo
necessário agora poderá recorrer na condição de parte.
c) A legitimidade para recorrer é ampla, não se
restringindo a apelação.
Efeitos da apelação
§ 3o A sentença que conceder o mandado de segurança
pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em
que for vedada a concessão da medida liminar.
A) Tem apenas efeito devolutivo o recurso de apelação
interposto contra sentença concessiva.
B) B) Na hipótese de denegação da segurança aplica-se
integralmente a regra do art. 1.012, caput, do NCPC.
Desistência do mandado de segurança