Você está na página 1de 3

Vantagem comparativa explica por que o comércio entre dois países, regiões ou

pessoas pode ser benéfico, mesmo quando um deles é mais produtivo na fabricação
de todos os bens. O que importa aqui não é o custo absoluto de produção, mas a
razão de produtividade que cada país possui. O conceito é muito importante para a
teoria do comércio internacional moderno.
Na vantagem absoluta, cada país se concentra em um nicho baseado nestas
vantagens, beneficiando-se com a especialização em setores nos quais é mais
eficiente, e comercializando os seus produtos com outros países.
Pela teoria das vantagens comparativas, mesmo que um país não possua
vantagem absoluta, ele pode especializar-se nos setores em que apresenta vantagem
comparativa.

Teorema H–O um pais exportará o produto que usa de forma intensiva o seu fator
relativamente abundante.
Teorema de Heckscher-ohlin-Samuelson: em sua dimensão externa, o teorema
afirma que, que sob certas condições, será suficiente o livre comércio de bens finais
para equalização dos preços dos fatores internacionalmente;
Teorema de Stolper-Samuelson: um crescimento no preço relativo de uma
mercadoria aumenta o retorno real do fator usado intensivamente na sua produção e
reduz o retorno da outra mercadoria.
Teorema de Rybczynski: se o preço de um produto for fixo, um aumento na dotação
de um fator acarreta um crescimento mais que proporcional na produção da
mercadoria que usa o fator relativamente de forma intensiva e uma queda absoluta da
produção da outra mercadoria.

Iniciou negociações comerciais sob um conjunto provisório de normas: Acordo


Geral sobre Tarifas e
Comércio – Gatt (General A greement on Tariffs and Trade). A OIC acabou por
não existir, pela
enorme pressão política sofrida, sobretudo, nos EUA. Assim, o Gatt seguiu
governando o comércio
internacional pelos próximos 48 anos.

Em 1995, foi criada a OMC, seguindo as normas do Gatt até os dias de hoje.

O maior mecanismo para que os trabalhos da OMC em prol do livre comércio


não sofram retrocessos
são as tarifas ‘vinculadas’: pelas qu ais o país concorda que não elevará no
futuro. Hoje em di a, a
maioria das tarifas em PD’s e PED’s (75%) são desta natureza. A vincula ção tem sido
bastantes eficaz e
foram muito poucos ‘retrocessos’ nos últimos 50 anos.

Além de vincular tarifas, o sistema Gatt-OMC geralmente tenta evitar


intervenções não tarifárias no
comércio. Subsídios à exportação s ão proibidos (brecha: agrícola à p edido
dos EUA). P ara Cota s de
Importação, o sistema também se esforça em eliminá-las ou convertê-las em tarifas.

A alavanca para levar este processo adiante, são as conhecidas rodadas co


merciais, em que um grande
grupo de países se reúne para negociar m conjunto de reduções de tarifas e outras
medidas, c/ o objetivo
de liberalizar o comércio. Oito rodadas ocorreram desde 1947, e a últim a dela
– a Rodada Uruguai,
concluída em 1994 – fundou a OMC. Em 2001, uma reunião em Doha, de u
início a Rodada de numero
nove, entretanto não se chegou até hoje à uma decisão nesta rodada e ela se arrasta
no tempo.

Primeiras rodadas tiveram a característica de serem negociações bilaterais


‘paralelas’, em que
negociava-se dois a dois mas c/ muitos outros - em paralelo – ao mesmo tempo.

O sexto acordo, em 1967, conhecido como a Rodada Kenned y, foi respo


nsável por uma redução de
50% nas tarifas dos pri ncipais países industriali zados, exceto em setore s
específicos. A Rodada de
Tóquio (1979) deu prosseguimento ao processo iniciado na Rodada K ennedy,
além de um esforço para
controlar a proliferação de barreiras não tarifária s. Fin almente em 1994, a
(oitava) rodada, do Uruguai
foi concluída após sérias dificuldades políticas, c/ o acordo sendo selado na
cidade de Marrakesh, no
Marrocos, quatro anos depois do previsto para conclusão.

Maior diferença entre Gatt e OMC é que o primeiro aplicava normas somente
ao comércio de bens; o
de serviços – isto é, coisas intangíveis como seguros, consultoria e bancos –
não estavam sujeitos a
nenhum conjunto de normas previamente acordadas.

A OMC também inst ituiu um trâmite muito mais formal que o s antigos
tribunais internacionais, para
julgar queixas contra violações de normas do sis tema comercial. Grupos de
especialistas são
selecionados para acompanhar os processos, normalmente chegando a uma
conclusão em menos de
uma ano; e mesmo com possíveis recursos, n ão passa de 15 meses. Quais
são os poderes de atuação da
OMC se configurada uma violação? Ela pode conceder ao país q ue protocolou
a queixa o direito de
retaliação.

Casos de julgamentos da OMC:


Tarifas discriminatórias contra a Gasolina importa da da Venezuela nos EUA.
Julgou a favor da
Venezuela e contra o que ambientalistas queriam, mas demonstrou seguir suas
normas;
Tarifa de proteção sobre produtos de aço importados: esta era vista como
essencial p/ eleição de
2004 nos EUA. Europa, Japão, Chi na e Coréia do Sul apresentaram queix a
contra à OMC, que
julgou a favor d estes. EUA abandonaram a tarifa s ob argumento que ela já t inha
tido seu efeito, mas
muitos acreditam ter sido por uma ameaça d a União Européia em elev ar
tarifas sobre exportações
americanas – autorizada pela OMC.

Você também pode gostar