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Como será que podemos definir o que é ser amigo.

Mas, amigo, na verdadeira acepção da palavra, ou seja aquele que


poderemos considerar como alguém que nos dedica um sentimento
de carinho que extrapola qualquer outro sentimento.
Bem, certamente um amigo de verdade não será capaz de solucionar
todos os problemas que tivermos, não poderá eliminar todas nossas
dúvidas ou incertezas. Mas certamente será capaz de nos ouvir em
nossos desabafos, ajudando-nos a pelo menos pensar em soluções,
se as houverem. E a amizade só será completa, se houver
reciprocidade de nossa parte quando a situação for inversa.
Um amigo não poderá mudar nosso passado, consertando nossos
erros, nem acabar com nossos sofrimentos e dores, mas será capaz
nos ajudar entender onde foi que erramos, para que mesmos
enganos não sejam reprisados. E isso é muito importante, pois nem
sempre somos capazes de descobrir porque algo não deu certo. Um
amigo o fará, basta que saibamos escuta-lo, e que saibamos
corresponder quando for nossa vez de ouvir.
Certamente não será amigo de verdade se nada falar para nos
apontar um caminho errado que estamos trilhando. Embora possa
nos desagradar, saberá indicar o que nos poderá acontecer de mal,
se insistirmos nesse rumo. E deveremos saber discernir sobre seus
caminhos também.
Reciprocidade sempre é exigível para a sobrevivência de uma
amizade.
Nem sempre ele poderá evitar um tropeço nosso, mas poderá nos
amparar quando nos ver caindo, amenizando o impacto da queda.
Poderá nos estender a mão para nos ajudar depois, ao invés de
simplesmente balançar a cabeça, como que dizendo: “eu te avisei...”
Nem sempre sabemos ouvir a voz da razão, e preferimos seguir
nosso impulso. E quando for a nossa vez, é lícito que ele espere a
mesma atitude de nossa parte.
Um amigo pode não ser o responsável direto nossos êxitos, por nossa
felicidade, mas saberá dela compartilhar, regozijando-se com nossa
alegria, da mesma maneira que iremos participar de suas vitórias, de
sua felicidade.
Não poderá, certamente, tomar decisões por nós. Contudo, poderá
emitir sua opinião, poderá nos orientar em nossas dúvidas. Da
mesma maneira deveremos proceder, quando a situação for inversa.
Com base na reciprocidade de nossa amizade, estaremos seguros de
poder contar sempre com seu apoio e encorajamento, como
certamente ele contará com nossa sustentação, se preciso for.
Com base na sinceridade do sentimento, mesmo que não possamos
determinar nossos limites, de uma maneira total e completa,
poderemos sempre dar-nos espaço mutuamente, possibilitando um
crescimento. Permitindo nossa individualidade. Assim se vive com
amizade, numa sociedade. Sem tolher movimentos. Sem interferir
diretamente. Mas dando sinais de erros ou acertos.
Certamente por mais forte e sincera que seja uma amizade, certas
dores não poderão ser evitadas. Nosso coração sempre estará sujeito
a certos golpes inevitáveis. Simplesmente um amigo leal poderá,
quando muito, nos ajudar a recolher os fragmentos, colocando-os no
lugar.
E assim deveremos agir, se for o seu coração que estiver
despedaçado. E se for o caso, choraremos juntos. Sempre é melhor
contar com um ombro amigo nessa situação.
E essa amizade poderá ser encontrada em um pai, em um filho, em
um irmão, num conjugue, ou mesmo em quem, embora não seja da
familia, será ainda melhor do que se o fosse, por ser uma amizade
sincera.
Amizade apenas exige sinceridade e reciprocidade e, claro, seriedade.
Não interessa muito saber quem e o que somos, basta que possamos
nos abraçar, em nome de nossa amizade, e saber que poderemos
sempre contar com essa amizade como um bálsamo que nos ajudará
a aliviar certas dores, mas que também poderá festejar conosco
nossa alegria.

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