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ESCOLA SECUNDÁRIA COM 2º E 3º CICLOS ANSELMO DE ANDRADE

Curso de Educação e Formação de Adultos (nível secundário) – Turma A


FICHA DE TRABALHO Nº1
Área: Cultura, Língua e Comunicação

Núcleo Gerador: Saberes Fundamentais


Domínio de Referência 1: O elemento
Critérios de Evidência:
- Actuar tendo em conta que os percursos individuais são afectados por condições sociais e que as
trajectórias se (re)constroem a partir da vivência de diversos contextos e da reconfiguração da posse
de diferentes recursos.
- Actuar face aos textos, identificando os seus elementos constituintes organizativos e garantindo a
correcta utilização do uso da língua portuguesa e/ou língua estrangeira.
- Actuar face aos modelos de comunicação pública, identificando as diferentes intenções do emissor e
os efeitos produzidos no receptor.

“Caminante, son tus huellas


el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.”1

É com estas palavras que Antonio Machado, poeta espanhol representante da


Geração de 98, nos relembra do facto de, enquanto humanos, sermos seres inacabados, em
constante progresso, em constante mutação. Independentemente da idade ou da história
de vida que nos cabe assumir, sabemos que aquilo que somos hoje mais não é do que uma
sombra do que fomos anteriormente, do que imaginámos ser no “amanhã”. É, como diz o
poeta, à medida que vamos saboreando a imprevisibilidade da existência que nos vamos (re)
construindo. Para além da nossa permanente e tão característica insatisfação, esta nossa
constante (re) construção leva a marca do mundo em que crescemos e decidimos
permanecer, dos outros que moldam, nos obrigam a olhar para dentro de nós e nos impelem
a mudar, das crenças sabiamente transmitidas pelo senso comum, dos valores que nos
transmitiram e decidimos ou não aceitar. Muito, grande parte, do que somos tem o cunho
dos outros que, como nós, se (re) conhecem quando dirigem o seu olhar ao que nos rodeia.

1 “Caminhante, são teus rastos/ o caminho, e nada mais; / caminhante, não há caminho, / faz-se caminho ao
andar. / Ao andar
Faz-se o caminho, / e ao olhar-se para trás/ vê-se a senda que jamais/ se há-de voltar a pisar. / Caminhante, não há
caminho, /
somente sulcos no mar.” in; Machado, Antonio. Poesías completas. 14ª ed. Madri – Espasa - Calpe 1973. p. 158
"Proverbios y
cantares".
Por isso, diz o também poeta John Donne: “Nenhum homem é uma ilha, sozinho em
si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo”.

1. Depois da leitura atenta do poema e do texto acima transcritos, comente a frase que
se segue, reflectindo sobre o modo como as escolhas que fazemos, as relações que
estabelecemos, as situações que vivenciamos e a teia social e cultural a que pertencemos,
configuram a pessoa que somos.

“Eu sou eu e a minha circunstância e se não a salvo, não salvo a mim mesmo”.

Ortega y Gasset

"Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.
(Mahatma Ghandi, 1869-1948, pacifista indiano)
Neste momento vivemos numa sociedade muito consumista, muito competitiva, a qual
nos obriga a sermos bons naquilo que fazemos, a qual de certa maneira que nos induz a
tentar atingir a perfeição, o que implica avaliar bem a nossas escolhas/decições que
tomamos, como as aplicamos, pois são essas mesmas escolhas que vão em muitos casos
decidir o nosso futuro, as quais bem tomadas nos permitem atingir certos patamares que
jamais julgamos ser possiveis atingir.
Essa mesma sociedade encontra-se de certo modo “corrompida”, visto que ser BOM é
importante mas não é tudo, ter um certo estatudo social, conhecer o dono da empresa
“x” , tornou-se em parte muito senão mais importante, visto que tem permitido a muita
gente conseguir a tal promosão, a qual vamos acreditar que até se tentou esforçar para
conseguir.
Como tal vivemos todos em uma grande peça de teatro a qual todos os protagonistas
tem de desempenhar o seu papel, pois a realidade em que vivemos depende muitas
vezes de outras pessoas, e não apenas de nôs.
“A realidade nada mais é do que a intuição coletiva.” Lily Tomlin
II

Equipa da Judiciária e funcionário das Finanças


Buscas judiciais na empresa que fabrica portátil
Magalhães
17.06.2009 - 12h47
Por PÚBLICO
A firma JP Sá Couto, que produz o computador
Magalhães, foi alvo de buscas por parte das autoridades judiciais
por suspeitas de fraude fiscal, avançou a SIC Notícias, que obteve
também uma confirmação da presença das autoridades da parte do
administrador da empresa, João Paulo Sá Couto.

Aquela estação de televisão explica que, nas instalações da empresa, em Matosinhos, esteve uma
equipa da Polícia Judiciária composta por três agentes, e ainda um funcionário das Finanças, que,
segundo disse a empresa à Lusa, deixaram o local por volta do meio-dia.

A empresa disse entretanto em comunicado que a PJ e as Finanças terão ido à empresa para recolher
elementos contabilísticos de 2001, 2002 e 2003.
João Paulo Sá Couto, que é arguido no processo, adiantou que esses elementos já
tinham sido recolhidos há uns anos, mas que a falta de validade jurídica, leva a que voltem
agora a ser reunidos, disse também que não cometeu “qualquer crime” está de “consciência
tranquila” e aguarda “serenamente” o julgamento

1. O texto anterior foi alterado na sua estrutura, organização e pontuação.


Reordene-o e pontue-o de forma a garantir a sua coerência.

Feito

III
Mundo reaje ao discurso de Obama
Hezbollah: Discurso de Obama não contém nenhuma mudança
O movimento xiita Hezbollah afirmou esta quinta que o discurso pronunciado no
Cairo pelo presidente norte-americano, Barack Obama, "não tem nenhuma mudança real" em
relação à política dos Estados Unidos para a região.
"O que ouvimos foi um discurso que não tem nenhuma mudança real em relação à
posição política regional norte-americana", disse Hassan Fadlallah, deputado do Hezbollah.
"O mundo árabe-islâmico não precisa de receber lições, precisa é de actos
concretos, a começar por uma mudança radical em relação à causa palestiniana",
acrescentou.
Para este deputado do partido xiita libanês, "o problema dos árabes e dos
muçulmanos reside no apoio de Washington às agressões israelitas na região, em particular
contra os povos libanês e palestiniano".
No discurso, o presidente dos Estados Unidos defendeu um "novo começo entre os
muçulmanos e os Estados Unidos", considerando que o "ciclo de desconfiança e de discórdia
deve acabar".
"Enquanto as nossas relações forem definidas pelas nossas diferenças, daremos
poder àqueles que semeiam o ódio em vez da paz, àqueles que promovem o conflito em vez
da cooperação", declarou Obama na Universidade do Cairo.
O Hezbollah é considerado por Washington como uma organização terrorista.
Egipto: Discurso de Obama é "histórico"
O ministério dos negócios estrangeiros do Egipto considerou esta quinta-feira
"histórico" o discurso que o presidente norte-americano, Barack Obama, proferiu na
Universidade do Cairo.
Numa declaração oficial, o porta-voz do ministério, Hosan Zaki, sublinhou que
Obama insistiu na necessidade de um Estado israelita e de um Estado palestiniano,
defendeu que cessem os colonatos israelitas e pediu o fim dos actos de violência
palestinianos.
"Vimos no discurso de Obama uma grande abertura em relação aos muçulmanos",
disse o porta-voz.
Organização da Conferência Islâmica: discurso de Obama terá "implicações positivas"
O secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica (OCI), o turco
Ekmeleddin Ihsanoglu, disse que o discurso do presidente norte-americano Barack Obama
no Cairo terá "implicações positivas".
"Naturalmente, este discurso terá implicações positivas no mundo muçulmano",
declarou Ihsanoglu, interrogado a partir do Cairo pela cadeia de televisão turca NTV.
Adiantou que os países muçulmanos vão agora olhar como é que Washington dará
seguimento a "esta declaração de boa vontade".
Segundo Ihsanoglu, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton,
assegurou-lhe numa breve conversa que teve com ele depois do discurso de Obama, que os
Estados Unidos estavam "prontos a cooperar" com a OCI.
"Concordámos em ter um contacto directo proximamente", precisou.
Com sede em Jiddah, na Arábia Saudita, a OCI agrupa 57 membros e representa
1,3 mil milhões de muçulmanos.
No discurso hoje, pronunciado na Universidade do Cairo, Barack Obama propôs aos
muçulmanos o virar de página "de um ciclo de desconfiança e de discórdia" com a América e
defendeu uma solução negociada para o conflito israelo-palestiniano.
Vaticano diz que discurso de Obama é "um novo início"
O Vaticano considerou que o discurso proferido pelo Presidente norte-americano
Barack Obama, no Cairo, é "um novo início nas relações com o mundo muçulmano", segundo
uma nota divulgada no diário católico L'Osservatore Romano.
Segundo o vespertino da Santa Sé, Obama foi o primeiro presidente dos Estados
Unidos a ir "mais além que as fórmulas políticas" e evocou "interesses comuns concretos em
nome da mesma humanidade e das comuns aspirações do homem".
Essas aspirações, adiantou o jornal, são "viver em paz e em segurança, receber uma
educação comum, trabalhar com dignidade, amar a família, a comunidade e a Deus".
No mesmo jornal, o director do gabinete de imprensa da Santa Sé e da Rádio
Vaticano, o jesuíta Federico Lombardi, também enalteceu as palavras de Obama e afirmou,
em declarações à comunicação social italiana, que a política externa dos Estados Unidos
coincide em muitos pontos com a do Vaticano.
Lombardi disse ainda que Obama colocou em primeiro plano o processo de paz no
Médio Oriente.
2009-06-04 19:20
JN, 2009-06-04

1. Explicite o que, na sua opinião, seria a intenção de Obama ao preconizar um novo


começo para as relações entre o Ocidente e o mundo Islâmico.
Pelo que pude ler e pesquisar, visto que não tive o prazer de conhecer o Senhor presidente Obama, nem
tão pouco pedir a sua opinião sobre este mesmo assunto, só me resta a informação que a imprensa passa
que a grande razão é que tanto os EUA e o Mundo Islâmico possam ambos enfrentar a violência do
extremismo por todo o mundo e avançar na busca pela paz no Oriente Médio
"Venho aqui para buscar um novo começo entre os Estados Unidos e os
muçulmanos em todo o mundo; um começo baseado em interesses e respeito
mútuos; um começo baseado na verdade de que os Estados Unidos e o Islã
não são únicos; e de que não precisam competir entre si”
Discurso do presidente americano é ‘ponto alto’ de visita ao Oriente Médio

2. Na sua opinião, quais os motivos que levam o mesmo discurso a provocar reacções
tão diferentes?

O facto de muitas pessoas terem racções diferentes é porque como o proprio proverbio
diz, “não se pode agradar a gregos e troianos”, ma recentemente tambem se veio a
descobrir que , muitas pessoas questionam a religião do Presidente dos EUA, pelo que
os mais críticos já acusam Obama de ser muçulmano, em vez de católico como afirma
ser.

Os formadores
António Lopes e Jorge Carvalho

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