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sumário

1
autodefesa psíquica e energética , 13
influência energética vs. obsessão | espírito ou ener-
gia? | feitiçaria e espiritismo? | feitiçaria vs. ciência
| ritual, simbolismo e feitiçaria | absorvendo e pre-
cavendo-se contra energias prejudiciais

2
mente enferma , 41
vampirismo e personalidades vampiras | evitando
o roubo energético | destino dos feiticeiros após a
morte | ambientes infestados | parasitas energéti-
cos e criações mentais enfermiças: formação, efei-
tos, detecção e terapêutica | “ai, senti um peso no
ambiente!” | limpeza eficaz | o papel da Lua ao lidar
com a natureza

iv
3
ervas , mandingas e patuás , 95
ervas: propriedades físicas e astrais | requisitos para
bem utilizá-las | banhos e defumações | ervas podem
afastar maus espíritos? | quem está apto a manipu-
lar ervas? | tradição vs. modernidade | os elementais
naturais e as plantas | seca ou verde? | sensação nos
vegetais | ervas e medicina

4
o mundo astral e seus habitantes , 135
característica e aplicação das criações mentais en-
fermiças no mundo astral | espíritos errantes, per-
turbados e desordeiros | os que aproveitam a situa-
ção de desencarnados para obter vantagem sobre
encarnados | atitude ao lidar com magos negros e
especialistas das sombras | prática mediúnica em
cemitérios | frequentadores de lugares de diversão
| religiosos e suas convicções

5
magia e ciência ; magos e médiuns , 181
ligação entre alvos mentais e feiticeiro | magos vs.
benfeitores | abordagem dos magos e doutrinação |
origem dos magos no passado | fases da magia ao lon-

v
go da história: magia mental, simbólica e fetichista |
magia e feitiçaria | “fizeram feitiço contra mim!” |
magia mental e elemental | “meu Deus! tropecei no
feitiço!” | feiticeiros após a morte | médiuns são ex-
magos? | antigoécia espírita vs. umbandista | quem
deve lidar com goécia? | o simbolismo na magia: uso
de amuletos, ervas e outros elementos | endereços
vibratórios e condensadores energéticos | o feitiço e
a mente do feiticeiro | ação e efeitos do feitiço sobre
o alvo mental | alvo mental religioso ou espírita

6
antigoécia e desobsessão , 269
antigoécia em reuniões de desobsessão? | antigoé-
cia e ectoplasmia | Deus permite o mal? | antigoé-
cia por meio do magnetismo | ervas e magnetismo
| apometria e magia | apometria e antigoécia | apo-
metria em consultórios | apometria desfaz enfeiti-
çamento? | reforma íntima cura magia negra? | pas-
ses resolvem feitiçaria?

7
antimagia e antigoécia , 307
feitiçaria e autodiagnóstico | capacidade dos magos
| campo mental aberto ao efeito da feitiçaria | pais-

vi
velhos e antigoécia | todo pai-velho é esclarecido? |
o porquê dos nomes das falanges de pretos-velhos |
ação do feitiço mental sobre o alvo | “estou enfeiti-
çado” | o estudo da magia contraria o ensinamento
espírita? | magia, feitiçaria e O livro dos espíritos | a
demanda | prática umbandista acarreta prejuízo so-
bre o psiquismo? | fascinados pelo fenômeno me-
diúnico: alvo para manipuladores, mistificadores e
charlatães | manipulação mental e emocional | pon-
to riscado e espiritismo?

8
condensadores energéticos , 359
que pode ser usado como condensador energético?
| ebós, despachos e as formas de culto no século xxi |
efeito de despachos e oferendas sobre o alvo mental
| espíritos atraídos por despachos na encruzilhada |
consequências que enfrentará quem é instrumento
para o prejuízo do próximo | “trago a pessoa amada”
| responsabilidades do feiticeiro e do mandante |
mais antigoécia | mais sobre reuniões de desobses-
são para enfrentar feitiçarias e magias | reuniões e
O livro dos médiuns | preparo de médiuns e dirigen-
tes | lidando com condensadores energéticos du-
rante a antigoécia

vii

Passando eles pela manhã, viram que
a figueira tinha secado desde as raízes. Pedro
lembrou-se e disse a Jesus: Mestre, olha, a figueira
que amaldiçoaste secou. Ao que Jesus respondeu:
Tende fé em Deus. Em verdade vos digo que se al-
guém disser a este monte: Ergue-te e lança-te ao
mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se
fará o que diz, lhe será feito.


M a r c o s 11: 2 0- 2 3
Capítulo
1
Autodefesa
psíquica
e energética
1 Diante das diversas manifestações e
da extensa fenomenologia atribuída ao processo
obsessivo, poderia explicar-nos as diferenças entre
a obsessão propriamente dita e os processos de in-
fluência energética?

A o b s e s s ã o , conforme classificada pelo pes-


quisador e codificador do espiritismo, Allan
Kardec, representa uma ação do espírito sobre
o encarnado, dotada de planejamento e, sobre-
tudo, vontade de prejudicar ou dominar o in-
divíduo.1 Em sua variação, a obsessão também

1
“Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau
exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferen-

10
pode ser realizada pelo encarnado sobre o de-
sencarnado ou entre dois habitantes da mes-
ma dimensão. Necessariamente há, no proces-
so obsessivo, uma ação consciente, voluntária e
movida pela vontade do agente.
Assim como os espíritos se envolvem e vi-
vem em meio à criação e aos seres humanos, tudo
que há no mundo está imerso em um uma espé-
cie de éter, e os homens do planeta Terra vibram
e transitam num ambiente onde convivem tipos
diferentes de energia, que podemos classificar
como físicas, extrafísicas e conscienciais. Essas
últimas, principalmente, podem ser, conforme o
caso, positivas e agradáveis, negativas e danosas
ou mesmo indiferentes para nós. O organismo
espiritual possui meios de absorver, processar e
exteriorizar todas essas formas de energia.2

tes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis


sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das
faculdades mentais” (kardec. A gênese, os milagres e as predições se-
gundo o espiritismo. 1ª ed. esp. Rio de Janeiro: feb, 2005, p. 387-
388, cap. 14, item 45).
2
Com esta brevíssima introdução a respeito de energias ou fluidos —
terminologia empregada por Allan Kardec, própria da época em que

11
magos negros

Eis por que nem tudo o que meus filhos


sentem tem como causa o processo obsessivo
propriamente dito. Diversos sintomas e pato-
logias podem originar-se de outros fatores, de
natureza energética ou emocional, conforme o
caso. No cotidiano de meus filhos, poderão ab-
sorver determinados fluidos, que muitas vezes
são erroneamente atribuídos à influência de
espíritos. De acordo com a espécie de fluido, o
equilíbrio do ser humano pode ser severamen-
te comprometido. Uma vez assimilado, o fluido
malsão pode ocasionar dor, desânimo, mal-es-
tar, ansiedade, irritabilidade, depressão, entre
outros estados.
Também é preciso considerar que muitas
pessoas têm uma faculdade especial de absorver
energias do ambiente e daqueles que as circun-

escrevia, no século xix —, o espírito Pai João sinaliza que o es-


tudo dos fluidos não é somente essencial à compreensão dos
temas tratados nesta obra, como também constitui o ali-
cerce sobre o qual desenvolve os conhecimentos analisa-
dos ao longo de todo o texto. Ainda que as mais diversas cor-
rentes místicas e espiritualistas não tenham reservas ao se
apropriar do termo energia — o que lhes confere certo descrédito,

12
AUTODEFESA PSÍQUICA E ENERGÉTICA

dam. Nesse caso, absorvem conteúdos energé-


ticos ou mesmo emocionais acumulados no en-
torno e nas próprias pessoas com que se rela-
cionam, e, ao fazê-lo, em maior ou menor grau,
costumam sentir inúmeros problemas. Sem o
conhecimento das leis que regem fluidos e ener-
gias, creditam sua procedência a espíritos, feiti-
ços e malefícios.
Existem ainda as pessoas que geram em si
mesmas essas energias prejudiciais de caráter
mental e emocional, sem que as absorvam de
outros. Elas próprias irradiam vibrações den-
sas, pesadas e contagiosas, influenciando tudo
a seu redor.
[…]

aos olhos de estudiosos mais céticos — e, de outro lado, a física


tenha refutado a teoria clássica dos fluidos e do éter, demons-
trando a incapacidade dessa teoria para explicar fenômenos
inerentes à matéria, é preciso observar que o espiritismo — e
antes dele, o mesmerismo — se vale de tais termos apenas como
analogia, utilizando-se de vocábulos bastante difundidos para
formular um conceito próprio do que sejam fluidos. Trata-se
de toda uma disciplina, que, embora alvo de críticas levia-
nas baseadas tão somente na coincidência terminológica […].

13

Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica
como que envolto e impregnado de um fluido
pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares
e os repele. É daquele fluido que importa
desembaraçá-lo.


Allan Kardec3

3
kardec. A gênese… Op. cit. p. 388, cap. 14, item 46.
Capítulo
6
Antigoécia
e desobsessão
83 A a nt i g o é c ia , isto é, o
processo de reversão da magia negra ou
da feitiçaria, pode ser feito nas reuniões de desob-
sessão convencionais? São essas reuniões eficazes
contra esse tipo de malefício?

P e r f e i t a m e n t e ! Basta que o grupo mediúnico


esteja unido, seja dedicado ao estudo, conte com
assistência espiritual superior e tenha conheci-
mento do assunto. Reunindo essas condições,
é absolutamente possível que faça trabalhos de
antigoécia.
Ocorre que vemos grupos com extrema boa
vontade, empenhados em trabalhar com esse
objetivo, mas cujos dirigentes ou trabalhadores
ainda conservam um preconceito bastante ar-
raigado. Para a equipe desmanchar feitiços ou
magias, muito provavelmente será necessária a
presença de um pai-velho ou outro espírito es-
pecialista, como um índio guerreiro, um pajé ou
xamã. Caso encontre resistência nos membros
do agrupamento mediúnico, o trabalho pode
ser prejudicado, uma vez que tais práticas não
são familiares a todos os espíritos, mesmo entre
os chamados mentores, cujas experiências pes-
soais que os capacitariam a enfrentá-las com
frequência são escassas ou inexistem.4
Deve-se, pois, cultivar a abertura mental a
fim de obter o respaldo de entidades especiali-
zadas nas ações de antigoécia; do contrário, os
médiuns sozinhos ou com seus mentores — que,

4
Para quem vê os espíritos como santos ou potências divinas,
afirmar que seu conhecimento tem limite soa quase como heresia
ou blasfêmia. Bem diferente é a posição do espiritismo, que os vê
como homens comuns, tão somente desprovidos de corpo físico.
Kardec reiterou esse ponto diversas vezes, com eloquência: “Um
dos primeiros resultados que colhi das minhas observações foi
que os Espíritos, nada mais sendo do que as almas dos homens,
não possuíam nem a plena sabedoria, nem a ciência integral; que
magos negros

em grande parte das vezes, nunca vivenciaram


situações do gênero — não poderão desmante-
lar semelhantes trabalhos, além de se exporem
a sérios riscos. Para enfrentar feiticeiros encar-
nados ou desencarnados, não basta doutrinação
nem mesmo o diálogo convencional; tampou-
co adianta entoar cânticos e acender velas sem
mais amplos significados; de nada vale o teatro
de determinados médiuns perante suas plateias
crédulas. É preciso ir muito além. É imperativo
estudar a fundo o tema feitiçaria e magia negra,
e não apenas submeter-se a iniciações em cur-
sinhos de final de semana, que mais servem para
incrementar os dígitos das contas bancárias de
quem os ministra do que para dar condições de
afrontar a realidade de tais situações. […]

o saber de que dispunham se circunscrevia ao grau, que haviam


alcançado, de adiantamento, e que a opinião deles só tinha o valor
de uma opinião pessoal. (…) Conduzi-me, pois, com os Espíritos,
como houvera feito com homens. Para mim, eles foram, do menor
ao maior, meios de me informar e não reveladores predestinados”
(“A minha primeira iniciação no Espiritismo”. In: kardec. Obras
póstumas. Op. cit. p. 328-329).

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