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Folha de S.Paulo - Serra barra aumento para o Judiciário - 24/12/1995 http://wwwl .folha.uol.com.br/fsp/1995/12/24/brasil/10.

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São Pauto, domingo, 24 de dezembro de 1995 HM.HADES.PAl U) blclSÍl


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Serra barra aumento para o Judiciário


LÚCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, José Serra, barrou a tramitação de um


projeto de lei que daria um aumento médio de 50% para servidores do
Judiciário. A aprovação do projeto abriria um rombo de R$ l bilhão
no Orçamento da União.
Se fosse aprovado em dezembro, o projeto provocaria um aumento
nas despesas de cerca de R$ 70 milhões devido ao pagamento do 13°
salário já com o reajuste. Foi retirado da pauta de votações até o
próximo ano.
O projeto tramitava em regime de urgência na Comissão de Trabalho
da Câmara, no início de novembro. Seria votado em plenário no dia 8,
com apoio dos líderes do PMDB, PFL e PSDB.
O presidente da Comissão do Trabalho, Wigberto Tartuce (PPB), foi
informado pelo deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) de que o
ministro José Serra havia pedido a rejeição do projeto. Não haveria
recursos orçamentários disponíveis para cobrir os salários do
Judiciário em 1996.
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), disse a Tartuce que o projeto
resultaria em um aumento salarial de 50%. "Não. O aumento é de
59%", respondeu o presidente da Comissão do Trabalho.
Tartuce foi ao Ministério da Fazenda e foi informado do tamanho do
rombo que isso provocaria nas contas. "Isso implode o Orçamento da
União, porque os servidores do Executivo vão querer isonomia", disse
o secretário-executivo da Fazenda, Pedro Parente.
Cerca de um mês após a suspensão da tramitação do projeto, o TST
(Tribunal Superior do Trabalho) aprovou a concessão de 25% de
aumento para os servidores do Banco do Brasil. Serra foi ao tribunal e
afirmou que o aumento não era compatível com a situação financeira
do banco.
Tartuce teme que a decisão do TST seja uma retaliação à decisão de
Serra de barrar o aumento do Judiciário. O deputado afirma que a
Justiça está com os salários defasados e precisa de uma recomposição
nos seus vencimentos.
O projeto que tramita na Câmara cria a carreira dos servidores do
Judiciário. A maior parte do aumento é consequência da criação de
uma gratificação batizada pela sigla APJ (Adicional de Padrão
Legislativo), com índice de 110% sobre o vencimento básico.
Trata-se de uma cópia do PL (Padrão Legislativo), já existente na

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Câmara dos Deputados.


O projeto também eleva os salários mais baixos do Judiciário.
Estabelece que o menor vencimento deve ser no máximo cinco vezes
inferior ao maior.

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