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Segunda, 19 de Dezembro de 2011 05h


FABÍOLA DOS SANTOS ARAÚJO: Acadêmica do curso de Direito da
Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes.

Barulho urbano: perturbação da


tranquilidade, perturbação do trabalho e do
sossego alheios e poluição sonora

» Fabíola dos Santos Araújo

1 Introdução

Música alta, barulhos de animais, gritaria, soltura de fogos de


estampido, ruídos provocados por equipamentos, buzina e alarme de veículo
automotor, obras de construção e de reforma e indústria ruidosa são exemplos
de situações que incomodam e desrespeitam o direito de todos a viverem em
um meio ambiente equilibrado.

A questão do excesso de ruídos toma proporções indevidas quando


um indivíduo, a pretexto de se divertir ou trabalhar, acaba invadindo, com seu
barulho, o modo de vida de outrem, que se vê obrigado a interromper uma
leitura, um trabalho ou mesmo um descanso.

Celso Antonio Pacheco Fiorillo (2.009, p. 221) conceitua som como


“qualquer variação de pressão (no ar, na água...) que o ouvido humano possa
captar”, e ruído, “o som ou conjunto de sons indesejáveis, desagradáveis,
perturbadores”.

O excesso de barulho é proibido em qualquer horário, do dia ou da


noite, e a ideia das 22 horas serem um limite usual é uma crença. Não existe
tal determinação em nenhuma norma legal.

Lentamente, o ruído, que possui a natureza jurídica de agente


poluente, causa “estresse, distúrbios físicos, mentais e psicológicos, insônia e
problemas auditivos” (FIORILLO, 2.009, p. 222). Outras consequências
insalubres apresentadas por quem sofre perturbações sonoras são: “aumento
da pressão arterial, paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele e
até mesmo impotência sexual” (FIORILLO, 2.009, p. 222).

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1.988 garante


o princípio da preservação do meio ambiente e expressa no art. 225 que “todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e
à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”.

O dever de preservação será por parte do Estado e da coletividade,


tendo em vista que o meio ambiente é um bem de fruição geral da
coletividade, de natureza difusa, tido como res omnium, seja, coisa de todos.
Dessa forma, cabe a todos utilizar o meio ambiente de forma racional sem
lesar o direito de cada ser humano à sadia qualidade de vida.

O direito de viver sem barulhos incômodos é tutelado pelos artigos


42 e 65 do Decreto-Lei n. 3.688, de 3 de outubro de 1.941, a Lei de
Contravenções Penais; pelo artigo 54 da lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de
1.998, a Lei dos Crimes Ambientais; e pelos artigos 228 e 229 da lei n. 9.503,
de 23 de setembro de 1.997, o Código de Trânsito Brasileiro.
2 Direito de propriedade e direito de vizinhança

A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XXII, garante o


direito de propriedade, mas tal direito não é absoluto, tendo em vista que o
inciso seguinte determina que “a propriedade atenderá a sua função social”.

Em consonância com a Constituição, o Código Civil de 2.002, no


artigo 1.228, § 1º, proclama que “o direito de propriedade deve ser exercido
em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais” e determina no
§ 2º do mesmo artigo que “são defesos os atos que não trazem ao proprietário
qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de
prejudicar outrem”.

Como leciona Carlos Roberto Gonçalves (2.010, p. 349),

O direito de propriedade, malgrado seja o mais amplo


dos direitos subjetivos concedidos ao homem no campo
patrimonial, sofre inúmeras restrições ao seu exercício,
impostas não só no interesse coletivo, senão também no
interesse individual. Dentre as últimas destacam-se as
determinadas pelas relações de vizinhança.

As regras que constituem o direito de vizinhança


destinam-se a evitar conflitos de interesses entre
proprietários de prédios contíguos. Têm sempre em mira
a necessidade de conciliar o exercício do direito de
propriedade com as relações de vizinhança, uma vez que
sempre é possível o advento de conflitos entre os
confinantes.

Tais regras configuram limitações impostas pela boa convivência


social, para se evitar atos nocivos, prejudiciais à segurança, ao sossego e à
saúde da vizinhança e tornar possível a coexistência social.

“A ilicitude não reside apenas na violação de uma norma ou do


ordenamento em geral, mas principalmente na ofensa ao direito de outrem, em
desacordo com a regra geral pela qual ninguém deve prejudicar o próximo
(neminem laedere)” (VENOSA, 2.007, p. 281).

O artigo 1.277 do Código Civil assegura que “o proprietário ou o


possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas
pela utilização de propriedade vizinha” e seu parágrafo único determina que
“proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a
localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em
zonas, e os limites ordinário de tolerância dos moradores da vizinhança”.

Para Carlos Roberto Gonçalves (2.010, p. 351), “abusivos são os


atos que, embora o causador do incômodo se mantenha nos limites de sua
propriedade, mesmo assim vem a prejudicar o vizinho, muitas vezes sob a
forma de barulho excessivo”. Esse autor considera abusivos não apenas “os
atos praticados com o propósito deliberado de prejudicar o vizinho”, como
também “aqueles em que o titular exerce o seu direito de modo irregular, em
desacordo com a sua finalidade social”.

Haverá mau uso da propriedade ainda que não exista o propósito de


prejudicar ou incomodar o vizinho.

O fato do incômodo por si só é condição real para que o direito


subjetivo de vizinhança seja apto para se por termo à perturbação.

Clayton Reis (2.002, pp. 57-58) assegura que

Quando ultrapassamos a fronteira existente entre o nosso


direito e o do próximo, violamos um dever moral
consistente na obrigação de respeitar a integridade física
e psíquica do nosso vizinho. A obrigação de não causar
prejuízo a ninguém é o retrato de uma regra primária de
convivência harmoniosa, princípio de comportamento
moral sobre o qual se assentam todas as regras de
direito.
O direito de propriedade é limitado pela proibição de causar dano ao
direito do vizinho. Se do ato abusivo resultou qualquer dano, o lesado pode
exigir reparação com base nos artigos 186, 187 e 1.278 do Código Civil.

3 Perturbação da tranquilidade e perturbação do trabalho e do sossego


alheios

Barulhos incômodos caracterizam ofensa ao direito à tranquilidade e


ao sossego e são motivos legais para que o indivíduo que está sendo
perturbado acione o Poder Judiciário para ver seu direito respeitado.

Valdir Sznick (1.991, p. 207) certifica que

O ruído provoca uma diminuição da potencialidade do


indivíduo, dispersando a sua atenção, impedindo a
concentração, e chegando a ser incômodo à própria
saúde: aos nervos, abalando-os, causando irritabilidade e
provocando, em grau mais intenso, perturbações
mentais.

“A música, tocada alta, também perturba a atenção, desviando-a, e


impedindo a concentração. Os sons, mesmo harmônicos, mas de maneira
incômoda acabam por exercer influência no psiquismo” (SZNICK, 1.991, p.
208).

Tanto a perturbação da tranquilidade (art. 65) quanto a perturbação


do trabalho e do sossego alheios (art. 42) são contravenções penais tipificadas
no Decreto-Lei n. 3.688, de 3 de outubro de 1.941.

O artigo 42 estabelece que

Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios:

I – com gritaria ou algazarra;

II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em


desacordo com as prescrições legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais
acústicos;

IV – provocando ou não procurando impedir barulho


produzido por animal de que tem guarda:

Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três)


meses, ou multa.

As condutas típicas desse artigo “consistem em causar perturbação à


tranqüilidade das pessoas mediante gritaria ou algazarra, exercício de
profissão ruidosa, abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos e
provocação de barulho por intermédio de animais” (JESUS, 2.001, p. 138).

“A proteção é à tranqüilidade que é necessária ao repouso e ao


trabalho. Ambos – repouso e trabalho – são o esteio da humanidade”
(SZNICK, 1.991, p. 202). Trabalho é “qualquer atividade laborativa legítima
que vise ou não o lucro” e sossego é “tranqüilidade, repouso, descanso”
(SZNICK, 1.991, p. 204).

O artigo 65 da Lei de Contravenções Penais objetiva proteger o


tranquilidade pessoal:

“Molestar alguém ou perturba-lhe a tranquilidade, por acinte ou por


motivo reprovável:

Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou


multa”.

Molestar é aborrecer, importunar, incomodar, irritar, ofender,


atormentar, intranqüilizar. Perturbar significa importunar, atrapalhar a
tranquilidade, causar transtorno, interromper alguma coisa. Valdir Sznick
(1.991, p. 319) diz que “molestar e perturbar são atividades que se
complementam na ofensa ao indivíduo e sua tranquilidade”, e Damásio de
Jesus (2.001, p. 216) entende que a “molestação ou perturbação pode ser
momentânea ou duradoura”.

Para configurar a perturbação da tranquilidade, é necessário o dolo


motivado e são elementos desse dolo o acinte e o motivo reprovável. Acinte é
a intenção, o propósito de perturbar, “se caracteriza pela insolência, pelo
desrespeito quando não pela grosseria e, até pela ousadia” (SZNICK, 1.991, p.
321). Motivo reprovável é o desprezível, censurável, pretexto gratuito, fútil.
Exemplo dessa contravenção é quando o infrator coloca música a fim de
atrapalhar o descanso ou o estudo de morador da residência vizinha.

Apesar da lei não expressar a quantidade de sujeito passivo das duas


infrações, a doutrina entende que “a contravenção do art. 42 perturba o
sossego de um número indeterminado de pessoas; a do art. 65, a tranqüilidade
de pessoa determinada” (JESUS, 2.001, p. 138).

Em qualquer das infrações penais, não há necessidade da medição


do nível de intensidade sonora, ou seja, prova pericial para comprovar sua
materialidade, bastando que o ofendido se sinta incomodado e acione a Polícia
Militar, que lavrará um boletim de ocorrência. De posse do boletim de
ocorrência, o ofendido fará uma representação na Polícia Civil, que remetará o
inquérito ao Juizado Especial Criminal.

4 Poluição sonora

A infração penal de poluição sonora é crime previsto no artigo 54 da


lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1.998:

Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que


resultem ou possam resultar em danos à saúde humana,
ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.


O referido artigo trata “da proteção direta à incolumidade físico-
psíquica da pessoa humana (danos à saúde humana)” (FIORILLO, 2.009, p.
530).

A poluição sonora, pela natureza do bem jurídico tutelado, atinge


pessoas certas e determinadas, como também pessoas indeterminadas. “Essa
poluição deverá resultar ou, ao menos, ter potencialidade de resultar danos á
saúde humana” (FIORILLO, 2.009, p. 235), daí a necessidade de prova
pericial técnica para aferição da quantidade de decibéis (dB).

A tutela jurídica do meio ambiente e da saúde humana é regulada


pelo Conselho Nacional do meio Ambiente – Conama, que decretou a
Resolução n. 1/90, a qual adota os padrões estabelecidos pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e pela NBR n. 10.152, cujo teor é
relativo à avaliação do ruído em áreas habitadas, objetivando o conforto da
comunidade.

LOCAIS db (A)

HOSPITAIS

Apartamentos, enfermarias, berçários, 35-45


centro cirúrgicos
Laboratórios, áreas para uso do público 40-50
serviços 45-55
ESCOLAS
Bibliotecas, sala de música, salas de 35-45
desenho
Salas de aula, laboratório 40-50
Circulação 45-55
RESIDÊNCIAS
dormitórios 35-45
RESTAURANTES
salas de estar 40-50
RESTAURANTES 40-50
ESCRITÓRIOS
salas de reunião 30-40
salas de gerência, salas de projetos e de 35-45
administração
salas de computadores 45-65
salas de mecanografia 50-60

Fonte: FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental


brasileiro. 10. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2.009, pp. 223-224.

Leis municipais podem determinar os níveis sonoros aceitáveis e os


horários a serem respeitados para que o excesso de som não coloque em risco
nem prejudique a saúde e o bem-estar público. Os níveis máximos comumente
estabelecidos nessas legislações são:

- das 7 às 19 horas (horário diurno): 70 dB;

- das 19 às 22 horas (horário noturno com atividade): 60 dB; e

- das 22 às 7 horas (horário noturno sem atividade): 50 dB.

5 Código de Trânsito Brasileiro

A poluição sonora causada por veículos automotores também pode


ser apurada e o poluidor está sujeito a infrações administrativas.

O controle de emissão de ruídos emanados por veículos é


determinado conforme as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Trânsito – Contran.
Dispõe o artigo 228 que

Usar no veículo equipamento com som em volume ou


frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN:

Infração – grave;

Penalidade – multa

Medida administrativa – retenção do veículo para


regularização.

O referido artigo é regulado pela resolução CONTRAN n. 204, de


20 de outubro de 2.006, que regulamenta o volume e a frequência dos sons
produzidos por equipamentos utilizados em veículos e estabelece metodologia
para medição a ser adotada pelas autoridades de trânsito e seus agentes.

O artigo 229 do mencionado Código protege o sossego público ao


determinar que

Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou


que produza sons e ruído que perturbem o sossego
público, em desacordo com normas fixadas pelo
CONTRAN:

Infração – média;

Penalidade – multa e apreensão do veículo;

Medida administrativa – remoção do veículo.

A resolução CONTRAN n. 37, de 21 de maio de 1.998, regula o


supracitado artigo e fixa normas de utilização de alarmes sonoros e outros
acessórios de segurança contra furto ou roubo para os veículos automotores.

A utilização do carro como se fosse uma “usina de som” ou uma


“boate itinerante” pode configurar desrespeito à paz pública ou á tranquilidade
pessoal e, dependendo da intensidade do ruído, ser tipificado como poluição
sonora.
6 Ação do ofendido

É direito do ofendido recorrer ao Poder Judiciário para ter sua


tranquilidade assegurada e que as leis sejam efetivamente aplicadas. Ademais,
o lesado não deve temer represálias por parte do perturbador, que pode ser
indiciado pro crime de ameaça e injúria, além de ser processado por danos
morais.

Diante do barulho provocado pelo vizinho, o ofendido pode acionar


a Polícia Militar que lavrará o boletim de ocorrência relatando a infração. Há
de se lembrar que não há necessidade de medição por decibelímetro no caso
das contravenções de perturbação da tranquilidade e de perturbação do
trabalho e do sossego alheios, salvo no crime de poluição sonora, que exige a
materialidade do ato.

Quem sofre com o barulho incômodo pode fazer uma representação


em uma unidade da Polícia Civil, cujo delegado instaurará a ação penal e
encaminhará o termo para o Juizado Especial Criminal da comarca.

Outro caminho para solucionar o ilícito é fazer denúncia da infração


na Secretaria Municipal do Meio Ambiente ou uma representação no
Ministério Público. Na Promotoria, o ofendido fornecerá os dados do infrator
e fará uma representação por declaração ou por escrito, podendo esta ser
anônima. Assim, haverá a abertura de um inquérito civil ou de uma ação civil
pública.

As atividades humanas devem ser efetuadas dentro das normas de


convivência pacífica, baseadas no respeito ao próximo e no dever de não
prejudicar ninguém e na obediência às leis, para que todos possam usufruir de
melhor qualidade de vida.

Referências Bibliográficas
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro.
10. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2.009.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 5: direito


das coisas. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2.010.

JESUS, Damásio E. de. Lei das contravenções penais anotada. 8. ed. rev. e
atual. São Paulo: Saraiva, 2.001.

REIS, Clayton. “O verdadeiro sentido da indenização dos danos morais” in


LEITE, Eduardo de Oliveira (coord.). Grandes temas da atualidade – Dano
Moral. Rio de Janeiro: Forense, 2.002.

SZNICK, Valdir. Contravenções penais. 3. ed. São Paulo: Livraria e editora


universitária de Direito Ltda., 1.991.

VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: responsabilidade civil. 7. ed. São


Paulo: Atlas, 2.007.

Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),


este texto cientifico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte
forma: ARAÚJO, Fabíola dos Santos. Barulho urbano: perturbação da tranquilidade,
perturbação do trabalho e do sossego alheios e poluição sonora. Conteudo Juridico,
Brasilia-DF: 19 dez. 2011. Disponivel em:
<http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.35383&seo=1>. Acesso em: 04
set. 2012.
http://www.modelodepeticoes.com.br/modelo/peticao/modelo_de_pe
ticao_inicial_indenizacao_dano_moral_disparo_de_alarme_anti_furto_bc
342.php

Modelo de petição:
Indenização - Dano moral - Disparo de Alarme Anti-furto BC342
Sinopse da peça: Trata-se de modelo de AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO por Danos Morais , com abrigo no art.
186 do Código Civil, tendo como de importe fático a
circunstância de a Autora da ação, em face de
desdobramento acontecidos em decorrência de disparo de
alarme anti-furto, ter sido afetada em sua honra e imagem.

Enfocou-se, que a relação em ensejo, entre as partes


litigantes, deveria ser tratada como de consumo,
emergindo um desenvolvimento processual sob a égide da
legislação consumerista(CDC, art. 2º c/c art. 3º).

Visualizar peça Evidenciou-se, outrossim, que os requisitos à


responsabilidade civil foram configurados, importanto,
mais, que tratava-se de responsabilidade civil objetiva da
sociedade empresária Ré.

De pronto destacou-se na peça exordial em estudo que a hipótese não era de execício
regular de um direito, mas, em verdade, por conta dos desdobramentos ocorridos pelo
indevido soamento do sistema de alarme contra furtos, houvera, sim, abuso de direito,
em decorrência do excesso no exercídio daquele direito, o que é indenizável.(CC, art.
187 e art. 188).

Ventilou-se, mais, acerca do dever de indenizar da Promovida na ação, demonstando


que era de ser examinada sob o enfoque da responsabilidade civil objetiva, sobretudo
em face da doutrina do risco criado.(CDC, art. 14 c/c CC, art. 927, parágrafo único).

Várias normas, notas doutrinárias e jurisprudência foram insertas na presente peça


processual.

Indexadores: modelo ação de indenização petição inicial código civil cc cpc cdc 186
953 942 932 187 188 6 12 14 25 relação consumo indenização dano moral
responsabilidade civil culpa alarme anti furto anti-furto shopping estabelecimento
comercial requisitos pressupostos teoria do risco atividade instituição financeira
empresa segurança exercício regular direito excesso abuso direito nexo causal conduta
lesiva travamento porta giratória cf

Número de páginas: 30

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