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Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciência Humanas

Departamento de História

Tópicos especiais de história Oficinas de estudos afro-brasileiros e indígenas

Profa. Soraia Sales Dornelles

Discente: Vanessa Kécia Cantanhêde Gomes / Período: 2018.2

Projeto Pedagógico

Tema: Consciência Negra – Uma Cultura Afro-brasileiro.

Participantes: Alunos do 7o ano do Ensino Fundamental II.

Duração do Projeto: 2 dias.

Justificativa:

Em virtude das atividades acadêmicas do estágio obrigatório do curso de licenciatura de


História foi solicitado uma intervenção com os alunos das escolas que os estagiários
estivessem em exercício.

Por estudarmos a lei 10.639 de 2003 que torna obrigatório o ensino de História Afro-
brasileiro e africano obrigatório, consideramos relevante estudamos sobre a cultura de um
dos povos que contribuiu culturalmente para formação do povo brasileiro. Nos foi
disponibilizado devido o calendário escolar, a semana do dia vinte de novembro quando
iriam ocorrer as apresentações dos trabalhos.

Escolhemos como temas para serem estudados por equipe: Música, Religião (Umbanda
e Candomblé), Culinária e Turbante. Para que alunos possam ter a possibilidade de
conhecerem e pesquisarem elementos da cultura brasileira de influência africana, para
desmitificar informações que são reproduzidas de maneira corriqueira e conscientizar os
alunos sobre este tema que é de suma importância para o bem-estar do convívio social e
para se respeitar as diferenças individual.

Objetivo Geral:
Realizar um apanhado geral dos assuntos relacionados cultura afro-brasileiro,
como música, religião, culinária e turbante. Elementos tão presentes nosso dia-a-dia mais
que não sabemos a origem.

Objetivos Específicos:
- Identificar elementos da cultura africana no Brasil.
-Compreender a importância de conhecer sobre a História dos nossos ancestrais.
-Conscientizar e promover compartilhamento de informações.
- Diferenciar religiões que tiveram influência africana.
-Estimular a criatividade.
Metodologia:
-Conversar com os alunos passando as informações de como ocorrerá o projeto.
-Apresentar os temas que serão estudados e dividindo por equipe.
- Auxiliar os alunos na montagem das equipes.
- Sortear os temas.
-Definir o dia das apresentações.
- Instruir no final de cada aula dos conteúdos do bimestre sobre o andamento das
pesquisas e tirar dúvidas.
-Estimular o uso de vídeos, músicas, ensino do uso do turbante e sua história e receitas.
Obs: As salas trabalhadas tinham 33 alunos, cada grupo deveria ter em média 6 alunos.
Os temas foram sorteados para evitar tumultos e para que todos os temas fossem
trabalhados. Devido o tempo que foi disponibilizado pela supervisora técnica tivemos que
optar por sorteio dos apresentadores, sendo assim todos os componentes das equipes
deveriam estudar sobre o tema de seu grupo e no dia da apresentação dois de cada tema
iriam expor o pesquisado em conjunto. E após de todas as apresentações todos poderiam
contribuir um pouco.

Recurso:
- Pesquisa
Avaliação:
Apresentação dos sorteados, apresentação e logo após uma avaliação do entendimento
dos alunos por meio de uma conversa sobre o que entenderam sobre os assuntos que
estudaram e das apresentações que assistiram para avaliar a compreensão dos alunos
sobre o projeto.

Resultado e Análise do Projeto:

Trabalhei com duas turmas do 7o ano do ensino fundamental II na faixa etária de 12 a 13


anos, na escola C.E Júlio de Mesquita Filho localizada no bairro do Cohab Anil 1. Durante
meu estágio curricular II. As aulas de apresentação do projeto foram realizadas no dia
25/10/2018 na turma 7A e dia 30/10/2018 na 7B. O projeto conseguiu despertar interesses
das turmas, mais em alguns alunos do que outros. É notável a dificuldade deles em
pesquisarem aquilo que está fora do livro, durante o final das aulas corriqueiras os alunos
buscavam tirar dúvidas sobre os temas e como poderiam realizar a pesquisa. Como forma
de facilitar a dinâmica das apresentações e da aprendizagem foi sugerido que usassem
vídeos, cartazes, oficina de turbante, receita e na religião foi sugerido assistir
documentário de acesso gratuito no YouTube.

As apresentações foram realizadas no dia 21/11 nas duas turmas em seus respectivos
horários.

7B: Todas as equipes apresentaram, no entanto, alguns alunos não participaram das
pesquisas nos trabalhos em grupo na elaboração do conteúdo que seria exposto. De
maneira geral as exposições das temáticas foram regulares, porque a professora de
História informou que trabalhos coletivos e com apresentações não são muitos realizados,
devido à dificuldade disciplinar deles com conversar paralelas ou falta de atenção mais
apesar dessas informações foi possível fazer um trabalho diferente do que eles estão
acostumados, percebemos que muitos gostaram e refletiram um pouco do real sentido do
projeto que era conhecer umas das culturas desvaloriza por muitos da sociedade.

7A: Uma turma complicada de se trabalhar por muitos dos alunos brincarem demais até
quando conversa e chama atenção. Mas foi surpreendente nas apresentações esforçaram
mais, no entanto apenas uma equipe não apresentou que era sobre Umbanda expliquei o
que seria a temática e seguimos com o restante das equipes que fizeram um trabalho legal.
Explicaram o que foi proposto, se divertiram, levaram comidas e compartilharam um
momento de aprender e descontrair. Entenderam mais sobre uma das culturas que
originou o que somos hoje e assim esclarecer preconceitos que tinham sobre o
desconhecido.
Portanto podemos concluir que o projeto foi 60% um sucesso porque apesar de alguns
contratempos e uma porcentagem de alunos que não participaram, os alunos interagiram
com uma atividade que não é um questionário, se divertiram, conheceram elementos
culturais da formação da nossa sociedade que antes não tiveram curiosidade ou não foram
estimulados a saberem e refletir um pouco sobre não desvalorizar o desconhecido só
porque não conhecer mais, estuda-lo para se esclarecer daquilo que não saber. E foi ótimo
ver uma turma que sempre dava trabalho na hora das aulas fazer um trabalho legal e me
divertir junto com eles e ensinar um pouco para eles e plantar uma semente da curiosidade
história e quem sabe multiplicar, traz a sensação de dever cumprido

Bibliografia:

LEI Nº 12.519, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2011.<


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12519.htm>
BRASIL, Lei n. 11.645, de 10 de mar. de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de
ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
Brasília, DF, março 2008. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2008/lei/l11645.html.
-Ernandes, Marly Ângela Martins. A influência da culinária africana no
Brasil.<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes
_pde/2013/2013_fafipa_hist_pdp_marly_angela_martins_ernandes.pdf

-Prandi, Reginaldo. O CANDOMBLÉ E O TEMPO Concepções de tempo, saber e


autoridade da África para as religiões afro-brasileiras.REVISTA BRASILEIRA DE
CIÊNCIAS SOCIAIS - VOL. 16 Nº. 47<.
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v16n47/7719.pdf.>

SOUZA, Fabíola Amaral Tomé de. “A umbanda brasileira e a desconstrução de uma


memória coletiva africana”. Revista de História UEG, v.3, n.1, pp. 143-162, jan/jun.2014.
-Tremura, Welson. A Influência Africana na Música Brasileira: Samba.
<https://welsontremura.com/images/downloads/PT%20African_Influence_in_Brazilian
_Music.pdf>
-Rohde, Bruno Faria. Umbanda, uma Religião que não Nasceu: Breves Considerações
sobre uma Tendência Dominante na Interpretação do Universo Umbandista.Revista de
Estudos da Religião março / 2009 / pp. 77-96.
Fotos

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