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~ophia de Mello Breyner Andre sen

OBRA POÉTIC A

NO TEMPO DIVIDIDO
4, 1 ED1~ :\ O, RE\' 1ST.-\

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CAMIN O
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A memória longínqua de uma pátria

Eterna mas perdida e não sabemos
Se é passado ou futuro onde a perdemos
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EURYDICE

Este 0 o traço que traço cn1 redor do teu corpo

[an1ado e perdido
Para que cercada sejas n1inha

Este 0 o canto do an1or c1n que te falo

Para que escutando sejas ,ninha

Fstc 0 o poen1a - engano do teu rosto

No qual cu busco a abolição da n1orte

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No Tempo Dividido

POEMA DE AMOR
DE ANTÓNIO E DE CLEÓPATRA

Pelas tuas mãos medi o inundo

E na balança pura dos teus 01nbros
Pesei o ouro do Sol e a palidez da Lua .

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.\,>/) . (((J , 11it,•l/o Un'. l'l1<'1' :111</,',,,,.('II

Eurydic<.: perdida que no chcír<>

L nas vozes do rnar pr(Jcura <Jrrheu :
Ausência que rovoa terra e C(;U
E cobre de siléncio o mundo íntcin,.

Assim bebi manhãs de.: ne v<JcÍr()

L deixei de estar vi Vé1 e c.k: ~er cu
Em procura d1..: um rostc, que: era r, meu
O meu rosto secreto<.: vcrdac.k: Ír<J.

Porém nem na~ maré~ nl:m na miragem

Eu te encontrei . Lrguía-",e ~<>m<:n t(;
O rosto liso e.: ruro da r aíi..,agem .

L de vagar tornei-me tran ~pan.:ntc:

Como morta nai..,cida a tua imaucm
E no mundo pc:rdida {;1., tc-rilmcn ~-