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Classificação e adaptações das fibras musculares: uma revisão

Classification and adaptations of muscle fibers: a review

Viviane Balisardo Minamoto

Fisioterapeuta; Profa. do R ESUMO: Este artigo de revisão tem o objetivo de contribuir para o
Curso de Mestrado em esclarecimento de questões referentes aos diversos tipos de fibras musculares
Fisioterapia da
Universidade Metodista que compõem o músculo esquelético. Especificamente, são abordados
de Piracicaba (Unimep) aspectos como o uso de diferentes terminologias para a classificação dos
tipos de fibras, fatores determinantes do fenótipo das mesmas, a alteração
ou interconversão de um tipo de fibra para outro e a inter-relação entre
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA interconversão do tipo de fibra e alteração da função muscular. São também
Viviane Balisardo abordadas implicações da alteração dos tipos de fibras para a fisioterapia.
Minamoto DESCRITORES: Sistema musculosquelético; Fibras musculares/classificação
Rodovia do Açúcar,
Km 156 Taquaral
13400-911 Piracicaba ABSTRACT: This review aims to contribute to the understanding of issues related
SP to the various fiber types that make up the skeletal muscle. Specifically, it
e-mail: focusses on aspects like the use of different terminology for muscle fiber
vbminamo@unimep.br
classification, determinant factors to muscle fiber phenotypes, transition or
conversion from one type to another and the inter-relation between muscle
fiber change and muscle function alteration. Also commented are
ACEITO PARA PUBLICAÇÃO
implications of fiber type changes to the physical therapy practice.
dez. 2004 KEY WORDS: Musculoskeletal system; Muscle fibers/classification

50 FISIOTERAPIA E PESQUISA
PESQUISA 2005;
2005; 12(3):
12(3) 50-5
Minamoto Classificação e plasticidade das fibras musculares

INTRODUÇÃO cumentados sobre a classificação


das fibras musculares foi produzi-
glicolítico e oxidativo) e SO (slow-
oxidative – fibras de contração
A complexidade do tecido mus- do em 1873, quando foi utilizada lenta e metabolismo oxidativo)10.
cular pode ser observada na diver- a coloração do músculo1: as fibras Embora exista uma boa correla-
sidade dos tipos de fibras que com- foram classificadas como brancas ção entre as fibras do tipo I e as
põem os músculos esqueléticos. ou vermelhas. A coloração verme- fibras SO, a correlação existente
As fibras musculares, classificadas lha do músculo está ligada à alta entre as fibras do tipo IIA e FOG e
por vários métodos, são unidades concentração de enzimas de me- tipo IIB e FG são mais variadas3,11.
dinâmicas que respondem à alte- tabolismo aeróbio, de mioglobina,
A identificação das diferentes
ração de demanda funcional, o e com a densidade de vascula-
isoformas da cadeia pesada da
que acarreta, por sua vez, algu- rização2,3.
miosina (myosin heavy chain,
ma alteração da performance do
Posteriormente, outros métodos MHC) pela análise imunohistoquí-
indivíduo.
foram utilizados para a identifi- mica, utilizando anticorpos
Persiste atualmente certa con- cação das fibras musculares (para antiomiosina, também permite
fusão em relação aos tipos de fi- uma revisão, ver Pette & Staron4). uma outra classificação das fi-
bras, como as várias terminologias Pela análise da reação para a bras12,13. A MHC é a porção da
utilizadas para sua classificação enzima succinato dehidrogenase cabeça da molécula de miosina
e sua grande diversidade, os fato- (SDH)5 as fibras foram classifica- que determina a velocidade da
res determinantes do fenótipo da das como oxidativas ou glicolíti- reação das pontes cruzadas da
fibra muscular, a alteração do tipo cas, de acordo com o metabolis- miosina com os filamentos de
de fibra em resposta a estímulos mo apresentado. A atividade da actina e, conseqüentemente, a
específicos e a alteração funcio- SDH indica o metabolismo velocidade de contração muscu-
nal das fibras decorrente desses aeróbio, uma vez que esta se encon- lar14. As diferentes fibras classifi-
estímulos. Este artigo visa escla- tra na mitocôndria, tendo um impor- cadas segundo a atividade ATPási-
recer resumidamente esses itens, tante papel no ciclo de Krebs6. ca da miosina correspondem às
com base na revisão de 73 artigos diferentes isoformas da MHC.
O limiar de fadiga apresenta-
e livros publicados no período de
do pela fibra muscular também foi O Quadro 1 sintetiza os diferen-
1990 a 2003, indexados na base
objeto de estudo. Em 1968 foi uti- tes métodos utilizados para a clas-
de dados MEDLINE e recuperados
lizado um método de depleção de sificação das fibras musculares,
por meio das palavras-chave
glicogênio em determinada uni- com as respectivas terminologias.
muscle fiber type e transition
dade motora e foi demonstrado
muscle fiber, complementada pela É importante ressaltar que as
que as fibras podem ser altamente
consulta a estudos citados nas fibras musculares só poderão ser
fatigáveis, ou apresentar modera-
obras localizadas. classificadas de acordo com o
da ou grande resistência à fadiga7.
método utilizado para tal classifi-
Uma outra maneira de agrupar cação. Por exemplo: através do
TIPOS DE FIBRAS os tipos de fibras é pelo método método de coloração, podemos
histoquímico, que permite classi-
MUSCULARES ficá-las nos tipos I ou II, com seus
classificar as fibras somente como
vermelhas ou brancas, e não
As diferentes terminologias usa- diversos subtipos (IIA, IIB, IIX). Essa como de contração lenta ou rápi-
das para a classificação das fibras classificação depende das diferen- da, mesmo sabendo-se que exis-
musculares são o resultado da tes intensidades de coloração das te, em algumas espécies, especial-
grande variedade de procedimen- fibras, devido a suas diferenças mente em pássaros3 , uma alta
tos existentes para sua classifica- próprias na sensitividade ao pH. correlação entre fibras vermelhas
ção. A terminologia adotada de- De um modo geral, as fibras do e velocidade lenta de contração,
verá depender do método empre- tipo I apresentam grande ativida- de um lado, e fibras brancas e
gado para sua análise. A utiliza- de quando colocadas em meio velocidade rápida de contração,
ção criteriosa da terminologia uti- ácido, sendo que as fibras do tipo II de outro.
lizada é importante, uma vez que são ativadas quando colocadas
nem sempre há correlação entre em meio básico8,9.
as classificações das fibras mus-
Diversidade dos tipos de
Pelo método bioquímico, inves- fibras musculares
culares por diferentes técnicas. tigou-se a distribuição das enzimas
Ou seja, fibras musculares que são oxidativas e glicolíticas em fibras Observando o Quadro, pode-se
agrupadas em uma mesma cate- dos tipos I e II, que foram então pensar que existem somente dois
goria por determinada técnica classificadas em: FG (fast glicolitic tipos de fibras musculares: ver-
podem ser colocadas em outra ca- – fibras de contração rápida e melhas ou brancas, de contração
tegoria quando utilizado um ou- metabolismo glicolítico); FOG lenta ou rápida e oxidativas ou
tro procedimento de classificação. (fast-oxidative glicolitic – fibras de glicolíticas. Na verdade, quando
Um dos primeiros relatos do- contração rápida e metabolismo utilizado o método imunohistoquí-

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Quadro 1 Terminologia utilizada para a classificação dos diferentes com que suas fibras sejam ativa-
tipos de fibras musculares das durante 90% do tempo, en-
quanto os músculos fásicos ou rá-
Métodos de Terminologia da pidos são ativados somente duran-
classificação das fibras classificação das fibras te 5%27.
Coloração Vermelha Branca Desse modo, os músculos pos-
Bioquímico SO FG/ FOG turais ou tônicos, responsáveis
pela manutenção do corpo contra
Histoquímico Tipo I Tipo II a gravidade, apresentam um pre-
Fisiológico Contração lenta Contração rápida domínio de fibras de contração
lenta, e os músculos fásicos, res-
Metabolismo Oxidativo Glicolítico ponsáveis pela produção de força
Alta resistência Baixa/moderada muscular, são compostos, predo-
Limiar de fadiga
à fadiga resistência à fadiga minantemente, por fibras de con-
tração rápida.
Imunohistoquímico MHCI MHCII
Verifica-se maior predisposição
mico para a classificação dos ti- fibra muscular compondo um de- de as fibras lentas se apresen-
pos de fibras, observa-se uma di- terminado músculo. Os músculos tarem encurtadas. Isso ocorre por
versidade muito grande da MHC, são compostos por diferentes tipos esses músculos tônicos estarem
o que faz com que os músculos de fibras, mas com predomínio de quase sempre em estado de con-
de vertebrados sejam compostos um tipo específico. tração, portanto em posição de
por diferentes populações de fibras encurtamento, o que provoca,
musculares15. além da perda do número de
DETERMINAÇÃO sarcômeros em série, encurtamen-
Trabalho recente16 mostra que, to da fibra muscular, maior proli-
de modo geral, existem as fibras DO FENÓTIPO DAS feração de tecido conjuntivo (para
“puras” e as “híbridas”. As primei-
ras são classificadas como as dos
FIBRAS uma revisão ver Salvini28).

tipos I, IIA, IIB e IIX ou IID. Esta MUSCULARES A diminuição do número de


sarcômeros em série e a prolife-
última foi recentemente identifi-
cada e denominada tipo IIX17 ou O que faz com que um mús- ração do tecido conjuntivo acar-
IID18 devido à sua abundante pre- culo apresente predominantemen- reta maior rigidez muscular, o que
sença no músculo diafragma de te um ou outro tipo de fibra mus- torna o músculo mais resistente a
ratos. cular? O que determina o fenótipo uma força de alongamento. Este
muscular é a demanda funcional é um dos motivos que justificam
Já as fibras híbridas, cuja parti- à qual o músculo é submetido. o fato de diferentes músculos res-
cularidade é a presença de duas ponderem de forma diferenciada
Sabe-se que todas as fibras
MHC, são fibras mistas, ou seja, a um mesmo protocolo de alon-
musculares teriam um fenótipo de
fibras dos tipos IIBD, IIAD, IC, IIC. gamento uma vez que, conforme
fibra rápida, a não ser que as mes-
A presença dessas fibras no mús- a demanda funcional, os compo-
mas sejam submetidas a condi-
culo sugere a transformação de um nentes, número de sarcômeros em
ções de alongamento ou tensão
tipo de fibra para outro19, mas a série e quantidade de tecido con-
isométrica15. Esses dados podem
grande porcentagem delas em ma- juntivo, que interferem na força
ser confirmados por estudos onde
míferos sedentários normais, como de resistência imposta pelo mús-
o músculo sóleo (predominan-
ratos20, humanos21 e cavalos22, le- culo frente a um estímulo de alon-
temente lento)23, quando imobili-
vanta a dúvida de se essas fibras gamento, diferem entre os vários
zado em posição de encurtamen-
representam mesmo uma transi- músculos.
to24 ou exposto à condição de
ção de um tipo histoquímico para
hipogravidade25, apresentou ca- É importante ressaltar que não
outro, ou se são fibras estáveis
racterística de músculo rápido, somente os músculos tônicos, por
com composição de diferentes
com a expressão de genes de apresentarem constante atividade
MHC22.
miosina rápida. De modo con- muscular, são susceptíveis aos
Essa grande diversidade nos ti- trário, o músculo tibial anterior encurtamentos. Os músculos fási-
pos de fibras forma um mosaico (músculo predominantemente rá- cos ou dinâmicos também podem
na anatomia dos músculos esque- pido)23 apresentou expressão de apresentar-se encurtados, pois o
léticos. Assim, não existe um miosina lenta após eletroestimu- que determina o encurtamento
músculo composto exclusivamen- lação e alongamento26. Assim, o muscular é a posição predominan-
te de fibras dos tipos I ou II (com músculo sóleo apresenta predo- te na qual o mesmo permanece.
seus vários subtipos), isto é, não mínio de fibras de contração len- Desse modo, deve-se dar maior
existe somente um único tipo de ta, pois sua demanda funcional faz ênfase ao alongamento de mús-

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Minamoto Classificação e plasticidade das fibras musculares

culos posturais ou de músculos que de fibras lentas para fibras rá- de um determinado tipo de fi-
permanecem em posição predo- pidas29. bra19,32. Independente do meca-
minante de encurtamento, devi- nismo envolvido, o número de
Esses resultados mostram que
do à diminuição de sarcômeros fibras lentas nessa população
músculos submetidos ao desu-
em série e à proliferação de teci- aumentará, resultando não so-
so tendem a apresentar maior
do conjuntivo observadas nesses mente em músculos mais len-
incidência de fibras rápidas19,29.
músculos. tos, mas também em diminui-
De modo contrário, atividades ção de sua função, evidencia-
de sobrecarga ou aumento da da pela deficiência de contro-
ALTERAÇÕES DOS atividade neuromuscular predis- le motor (devido ao aumento do
põe mudança das fibras no sen-
TIPOS DE FIBRAS tido rápida para lenta, como
número de fibras por UM) e
pela diminuição da capacida-
MUSCULARES pode ser observado em mode- de de produção de força.
los de eletroestimulação crôni-
A porcentagem das fibras mus- Isso reforça a necessidade de
ca, hipertrofia compensatória
culares que compõem um mús- realização de exercícios de for-
ou alongamento19,29.
culo é a mesma durante toda a ça em indivíduos idosos, pois a
vida do indivíduo? O tecido mus- 2 Envelhecimento sarcopenia33, associada com a
cular esquelético tem a capaci- maior incidência de fibras len-
O envelhecimento é, em geral,
dade de adaptar-se frente aos es- tas31 nessa população, é a res-
acompanhado por uma pronun-
tímulos recebidos, e essa adapta- ponsável pelo declínio das fun-
ciada diminuição da atividade
ção também é observada em re- ções musculares durante o en-
física, o que causa uma mudan-
lação aos tipos de fibras muscula- velhecimento.
ça no tipo de fibra no sentido
res. Assim, um músculo pode tor- rápida para lenta. Esse resulta- 3 Exercícios
nar-se mais lento ou mais rápido do pode parecer contraditório,
Os exercícios podem ser divi-
conforme sua demanda funcional, uma vez que, conforme expos-
didos entre os que aumentam a
ou seja, o fenótipo da fibra mus- to, a diminuição da atividade
resistência à fadiga, aumentam
cular pode ser alterado conforme neuromuscular promove uma
a velocidade e aqueles que au-
o estímulo recebido. transição do tipo de fibra no
mentam a força muscular.
sentido oposto29. Entretanto, al-
A alteração na incidência dos
guns fatores devem ser consi- É bem documentado na litera-
tipos de fibras musculares que
derados nessa situação, uma tura que o treinamento que exi-
compõem um determinado mús-
vez que o envelhecimento leva ge uma alta demanda metabó-
culo pode ocorrer, por exemplo,
não somente à redução da ati- lica aumentará a capacidade
devido à alteração na MHC, que
vidade contrátil, mas também oxidativa de todos os tipos de
altera o tipo histoquímico da fi-
à perda seletiva e remode- fibras do músculo34, havendo
bra muscular, ou também devido
lamento de unidades motoras uma transformação de fibras no
a atrofia de determinada popula-
(UM)19. Assim, o maior número sentido rápida para lenta29. É
ção de unidade motora (para re-
de fibras lentas ocorre devido importante ressaltar que essas
visão ver19,29,30).
à atrofia das UM de fibras rápi- alterações de fibras de rápida
Vários fatores podem ser respon- das, uma vez que atividades de para lenta ocorrem, preferencial-
sáveis pela alteração dos tipos de força muscular não são muito mente, dentro da população de
fibras. Entre eles, podemos citar: praticadas por essa população31. fibras rápidas: mudanças de fi-
Outro mecanismo relacionado a bras do tipo IIB para tipo IIA.
1 Alteração da demanda
esse aumento do número de Entretanto, a intensidade au-
funcional
fibras lentas no idoso é a di- mentada de treinamento pode
A alteração na porcentagem minuição do número de mo- promover mudanças além da
dos tipos de fibras pode ser ob- toneurônios alfa, o que também população de fibras rápidas, isto
servada em músculos antigra- reduz o número de UM. Essas é, promove a transição de fi-
vitacionais de ratos que, após fibras “órfãs”, principalmente bras tipo II para I19,32.
permaneceram por algum tem- do tipo II, receberão brotamen-
A maioria dos relatos da litera-
po em condições de hipogra- tos colaterais, preferencialmen-
tura mostra que a alteração de
vidade, tornaram-se rápidos de- te de motoneurônios do tipo
fibras no sentido rápida para
vido à ausência dos estímulos I30, aumentando portanto a in-
lenta ocorre não somente na
posturais25. cidência de fibras lentas.
atividade de resistência, mas
Os músculos de indivíduos com É questionado se as alterações também nas atividades de ve-
lesão medular ou que estão sub- observadas no envelhecimento locidade ou força35-37. Entretan-
metidos a qualquer tipo de imo- são decorrentes de conversões to, resultados contraditórios,
bilização também irão sofrer entre os tipos de fibras ou refle- mostrando uma alteração de
uma transformação no sentido tem apenas a perda particular fibras no sentido oposto tanto

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após treino de velocidade ou for- mento e insulina também estão meio de exercícios físicos, pode
ça, também são documentados19 . relacionados com as alterações afetar os tipos de fibras muscula-
observadas na incidência dos ti- res, podendo trazer uma contribui-
4 Hormônios ção para a melhora da performan-
pos de fibras19,32.
Vários hormônios estão re- ce muscular29.
lacionados com a mudança nos
tipos de fibras, sendo relato co-
IMPLICAÇÕES Conhecendo as respostas de
adaptações musculares, o fisio-
mum a influência dos hor- CLÍNICAS terapeuta pode ter melhor condi-
mônios da tireóide nessas con- ção para propor intervenções
versões. De modo geral, situa- A plasticidade muscular, obser- fisioterapêuticas, como os exercí-
ção de hipotiroidismo causa vada nas propriedades contráteis, cios de resistência e de força, que
transformação de fibras no sen- metabólicas e morfológicas das podem alterar a incidência dos
tido rápida-lenta38,39, enquanto fibras em resposta a um determi- tipos de fibras musculares ou seu
hipertiroidismo leva a transição nado estímulo, permite ao indi- tamanho. Além disso, o conheci-
no sentido oposto39. víduo adaptar-se a diferentes de- mento dessas adaptações é impor-
mandas funcionais19, o que altera tante para direcionar um progra-
Outros hormônios, como testos- o tamanho ou a composição dos ma de reabilitação com ênfase
terona, catecolaminas, glico- tipos de fibras. Desse modo, a in- nos comprometimentos morfo-
corticóide, hormônio do cresci- tervenção fisioterapêutica, por lógico e fisiológico do músculo.

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