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O Texto Jornalístico - Classificação de Jornais PDF
O Texto Jornalístico - Classificação de Jornais PDF
- Especializados (estes jornais são direccionados para áreas muito específicas e podem
ter uma abordagem cultural, técnica ou desportiva).
- Informativos (estes jornais têm como objectivo informar o público acerca de notícias
de interesse geral).
- Formativos (estes jornais pretendem transmitir notícias de carácter científico).
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A Primeira página
A primeira página de um jornal deve ser:
• original e apelativa.
• insere a notícia vedeta, aquela que é o rosto do jornal. A escolha desta notícia depende da
orientação política, ideológica ou comercial do jornal.
• são apresentados os temas de maior destaque do jornal, através de títulos, excertos de notícias ou
breves sumários dos assuntos mais importantes, acompanhados da indicação da página onde a
respectiva notícia é desenvolvida.
• Relativamente aos títulos da primeira página, a sua função é a de captar a atenção do leitor e
informar acerca do conteúdo das notícias. Deste modo, para além de informativos, devem ser
atraentes e originais.
• Em termos gráficos, os títulos têm um impacto visual muito importante na página, devido ao corpo
e tipo de letra usado.
• Há ainda a considerar o impacto gráfico que as fotos têm na primeira página, já que contribuem
para definir a fisionomia do jornal. Estas apresentam-se em cores e tamanhos diversificados e
ilustram as notícias a desenvolver.
• Por fim, é de salientar a importância do cabeçalho onde constam informações relativas à
periodicidade do jornal, ao ano de fundação, ao número de edição, ao preço, à tiragem e direcção do
jornal.
Trabalho de recolha:
Recolhe de jornais:
. Uma notícia que te revolte;
. Uma notícia que destaques pela sua importância;
. Uma notícia que seja engraçada;
Cola as notícias recolhidas numa folha A4 branca e inclui a sua origem
( por exemplo: in, Diário de Notícias, 23/09/2011)
A entrevista:
- género jornalístico que tanto pode privilegiar a informação como a opinião
- depende das características do entrevistado e do objectivo da entrevista.
- A entrevista utiliza o código oral e sequência pergunta/resposta.
O estilo e os géneros
jornalísticos
Estrutura:
Título - pode, ainda, ter antetítulo e/ou subtítulo (facultativos);
«Sophia relembrada com o coração» é o título de uma conferência que Alberto Vaz da Silva
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proferirá terça-feira no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, para assinalar os três anos da
morte da poetisa.
«Conheci-a por volta dos anos 50», disse à Lusa Vaz da Silva, antecipando que a sua
conferência para evocar Sophia será «muito intimista» e baseada em memórias pessoais.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto a 6 de Novembro de 1919 e passou a
infância nesta cidade e em Lisboa.
Os anos da juventude da poetisa, os tempos da resistência ao salazarismo e a sua paixão pela
Grécia serão alguns aspectos abordados na conferência do Centro Nacional de Cultura, onde
Alberto Vaz da Silva vai falar de uma viagem que fez com a escritora, com a mulher (Helena
Vaz da Silva) e outros amigos à Sicília, em 1990. O investigador promete também fazer uma
espécie de balanço «sobre o lugar gigantesco que a poesia de Sophia tem na cultura
portuguesa». Sophia de Mello Breyner Andresen morreu em Lisboa a 2 de Julho de 2004.
• Uma reportagem é uma notícia mais aprofundada, que pode conter opiniões de
terceiros.
• Normalmente, a sugestão para fazer uma reportagem parte de uma notícia cujo assunto pode ser
explorado, de acordo com as características do jornal.
• Por vezes, possui o carácter de denúncia de algo que importa corrigir: o mau estado de um hospital,
de uma escola, situações de marginalidade social ou de delinquência, de agressão ao meio ambiente,
etc.
Estilo da Reportagem
• Objectividade, mas incluindo a subjectividade de outras opiniões;
• exprime por vezes comentários pessoais (podendo ser, por isso, assinada — subjectividade);
• detém-se essencialmente no como? e no porquê?;
• integra testemunhos de personagens ligadas ao assunto.
• Usa uma linguagem:
- clara, viva, redigida em estilo directo;
- predominância da função informativa, o que não exclui as funções emotiva e poética;
- o discurso de 3ª pessoa com possíveis marcas do discurso de 1ª pessoa;
- linguagem corrente, mas por vezes com alguma preocupação estilística.
Comemorou-se ontem o Dia Mundial do Não Fumador
Deixar de Fumar Compensa
Foram ontem apresentados os resultados preliminares dos resultados da campanha "Quit and Win 98", lançada pelo Instituto Nacional de Cardiologia
Preventiva (INCP) para incentivar os fumadores a largarem o vício. Um ano depois, 28 por cento dos participantes continuam sem fumar.
Os resultados do INCP, apresentados por ocasião do Dia Mundial do Não Fumador (ver mais noticiário nas páginas 24 e 25) mostram os efeitos - de
duas horas até dez anos - de deixar de fumar. Logo duas horas após o último cigarro, a nicotina começa a deixar o corpo. É aqui que começam os
sintomas de abstinência. Quatro horas mais tarde e frequência cardíaca e pressão arterial começam a diminuir, apesar de poderem levar cerca de seis
semanas a atingir os níveis normais.
Doze horas após a última baforada, o monóxido de carbono começa a sair do sistema e os pulmões começam a funcionar melhor, fazendo com que as
faltas de ar se tornem menos frequentes e agudas.
Dois dias mais tarde, o ex-fumador começará a sentir melhor o gosto e o cheiro das coisas, e entre duas a 12 semanas, andará e correrá mais
facilmente, já que houve uma melhora na circulação sanguínea. De três a nove meses as melhoras no sistema respiratório são ainda maiores: a
capacidade pulmonar aumenta cerca de 10 por cento.
Os grandes riscos como o de ataque cardíaco ou cancro do pulmão diminuem mesmo depois de anos de abstinência. Cinco anos depois de se deixar de
fumar, o risco de ataque cardíaco é duas vezes menor do que num fumador, e em dez desce mesmo para níveis idênticos aos de uma pessoa que nunca
fumou. Nesta altura, o risco de cancro do pulmão diminui, passando a ser metade do de um fumador.
Os substitutos da nicotina em Portugal
Os substitutos de nicotina, em forma de pensos e pastilhas, são de venda livre em Portugal. No entanto, um parecer da Comissão Técnica de
Medicamentos (CTM) do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) aconselha a que estes comecem a ser dispensados apenas com
receita médica.
É que a nicotina é uma droga que tem "grande responsabilidade na génese de sérias doenças cardiovasculares e participação nalgumas respiratórias",
diz o parecer. Além disso, numa dose de 30 a 60 miligramas "produz a morte em alguns minutos, por paragem respiratória".
"Só porque induzem habituação, todas as substâncias medicamentosas consideradas droga são objecto não só de uma receita médica, mas de uma
receita médica especial", lembra o documento. Por isso a nicotina "é o protótipo de fármaco que deverá ser utilizada exclusivamente com prescrição
médica e como parte integrante de programas de desintoxicação estruturados", conclui o parecer. O Infarmed só deverá tomar uma decisão depois de
uma discussão mais alargada, que deverá incluir também a Direcção-Geral da Saúde.
No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma posição oposta à do parecer da comissão técnica do Infarmed. No seu relatório para
1999, a OMS propõe uma acção global concertada de luta contra o tabaco que incluía, entre outras medidas, o "melhor acesso a substitutos como os
pensos de nicotina".
O Infarmed afirma que mesmo com a prescrição obrigatória a acessibilidade não fica diminuída, até porque assim poderia eventualmente abrir-se a
porta à comparticipação dos substitutos. No entanto, para isso, tinha de ser feita a relação custo/benefício destes medicamentos.
Curiosamente, a OMS tinha proposto recentemente que o tabaco, esse sim, é que devia ser vendido nas farmácias e só com receita médica - os
argumentos eram sensivelmente os mesmos que são agora invocados para a obrigatoriamente de receita dos substitutos: o tabaco provoca habituação
e pode causar até a morte.
De qualquer maneira, os substitutos de nicotina estão contra indicados em pessoas que tenham tido acidentes cardiovasculares, arritmias cardíacas ou
anginas de peito, úlceras pépticas, insuficiência renal ou hepática, diabetes e mulheres grávidas.
Maria João Guimarães (O Público 18/11/99)
O texto de opinião / crónica
O texto de opinião é uma exposição que exprime os pontos de vista pessoais de alguém sobre
determinado assunto.
Apesar de não possuir uma estrutura rígida e fixa, podemos considerar alguns momentos chave no
desenvolvimento de um texto de opinião:
Estrutura:
Título - Muitas vezes antecipa a opinião do autor ou o assunto que está a ser considerado.
Introdução - Identificação do assunto/tema, algumas vezes sob a forma de pergunta.
Mostra-se a actualidade/ pertinência de pensar sobre o assunto.
Desenvolvimento:
- Análise do tema
- Apresentação de informação pertinente sobre o assunto: factos, dados, informações…
- Tomada de posição: o autor apresenta os seus pontos de vista e afirma claramente a sua
opinião. Tomar posição é não ser neutro face a uma realidade, mas estar a favor ou
contra alguma coisa.
- Argumentação: conjunto de razões apresentadas pelo autor para sustentar a sua
posição pessoal e atingir o seu objectivo.
- contra-argumentação: conjunto de razões que rebatem opiniões contrárias.
Conclusão - No fim do seu trabalho, o autor resume a sua argumentação e demonstra de
que forma esta justifica a sua tomada de posição. Não deve acrescentar ideias novas.
Linguagem e Estilo
• A opinião tem na polissemia um poderoso aliado, pois procura sempre apresentar uma visão
crítica, tentando induzir o receptor e levá-lo a compartilhar das suas posições.
A tão negligenciada literatura de casa de banho acaba de obter o significativo patrocínio do Estado. O recente panfleto que a Direcção-Geral de
Saúde espalhou por todas as casas de banho públicas do País é, antes de tudo, inquietante - como toda a boa literatura deve ser. Intitulado "Como
lavar as mãos?", o texto começa por ser magistral no modo como manipula a arrogância do leitor para, em primeiro lugar, provocar o riso. Um riso
que depressa se torna amargo: em poucos segundos, o mesmo leitor que intimamente escarneceu da intenção de quem se propunha ensinar-lhe
insignificâncias é tomado pelo assombro de verificar que nunca, em toda a vida, teve as mãos verdadeiramente lavadas. O panfleto apresenta um
plano de lavagem das mãos em 12 (doze) passos, incluindo manobras de esterilização com as quais o cidadão médio jamais terá sonhado. Não haja
dúvidas: estamos perante um compêndio da higiene manual e digital, uma bíblia da desinfecção do carpo e metacarpo. Este detalhado e rigoroso
guia não deixa nem uma falangeta por purificar. Mas - e isto é que é terrível -, ao mesmo tempo que o faz, esfrega-nos na cara a nossa imundície
passada e presente.
Ao primeiro passo da boa lavagem de mãos é atribuído, misteriosamente, o número zero: "Molhe as mãos com água." Trata-se, é claro, de um
momento propedêutico em relação à lavagem propriamente dita, mas não deixa de ser surpreendente que a Direcção-Geral de Saúde não lhe
reconheça dignidade suficiente para lhe atribuir um número natural. O passo número um vem então a ser o seguinte: "Aplique sabão para cobrir
todas as superfícies das mãos." É aqui que começa a vergonha. Quem sempre ensaboou não deixará de sentir a humilhação de nunca ter aplicado
sabão. A instrução encontra na linguística um cruel elemento diferenciador do grau de asseio: quem sabe lavar-se aplica sabão; os porcos ensaboam-
se. Porcos esses que, como é óbvio, olham pela primeira vez para as mãos como extremidades dotadas de uma pluralidade de superfícies.
No passo número dois ("Esfregue as palmas das mãos, uma na outra", recomendação acompanhada de um desenho em que duas mãos se esfregam
em movimentos circulares contrários ao movimento dos ponteiros do relógio), quem sempre esfregou no sentido inverso, como é o meu caso, sente
que desperdiçou uma vida inteira de higiene pessoal. Os passos seguintes fazem o mesmo, embora em menor grau: em terceiro lugar há que
"esfregar a palma da mão direita no dorso da esquerda, com os dedos entrelaçados, e vice-versa"; o quarto passo apela a que se esfregue "palma
com palma com os dedos entrelaçados"; e o quinto passo aconselha uma fricção da "parte de trás dos dedos nas palmas opostas com os dedos
entrelaçados". Bem ou mal, com os dedos mais ou menos entrelaçados, estes passos descrevem esfregas que estão ao alcance da imaginação de
qualquer pessoa. A partir daqui, o caso piora de novo. O passo seis determina que se "esfregue o polegar esquerdo em sentido rotativo, entrelaçado
na palma direita e vice-versa", em movimentos semelhantes aos que se fazem quando se acelera numa motorizada, e o passo sete recomenda que
se "esfregue rotativamente para trás e para a frente os dedos da mão direita na palma da mão esquerda e vice-versa". O cuidado posto nestes
preceitos amesquinha quem até aqui se limitava a esfregar as mãos uma na outra, descurando, por exemplo, o papel que os dedos devem
desempenhar, e logo rotativamente, na higiene.
Enxaguar as mãos é o passo oito. Secar as mãos com toalhete descartável, o passo nove. Mas o passo dez volta a revelar que o processo é complexo:
"Utilize o toalhete para fechar a torneira, se esta for de comando manual." A torneira deve, por isso, continuar a correr durante todo o passo nove,
provavelmente para prevenir eventuais emergências de enxaguamento, sendo fechada apenas no passo dez. O décimo primeiro passo é o mais
interessante: "Agora as suas mãos estão limpas e seguras." A contemplação da limpeza e segurança das mãos constitui, portanto, um passo
autónomo neste processo de lavagem manual. No fim da lavagem, falta apenas, com as mãos impecavelmente limpas (e seguras), sair da casa de
banho abrindo a porta em que toda a gente mexeu. E, creio, voltar atrás para repetir o processo.
A crítica espelha de forma muito clara a opinião do seu autor, este pode utilizar as
seguintes fórmulas para expressar a sua opinião:
- Creio que...
- Na minha opinião...
- No meu ponto de vista...
- Na minha perspectiva...
- Considero que...
- Diria que...
Linguagem e estilo
-Utilização de frases predominantemente declarativas e exclamativas.
- Selecção de um título sugestivo.
- Uso de figuras de estilo que estejam de acordo com as intenções da crítica (hipérbole,
metáfora, comparação, ironia, etc.).
- Linguagem e estilo muito próximos do texto de opinião. Pode, no entanto, ser menos
extenso.