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NEGRO.
I. A LEI 10.639/2003.
Durante muito tempo em nosso país a educação foi sinônimo de privilégio, onde
apenas algumas pessoas pertencentes a classes abastadas tinham acesso à educação,
sendo este fato um reflexo de um sociedade escravista, onde a maior parte da população
era composta por escravos, negros “desafricanizados”, com o qual a elite aristocrata não
se preocupava, já que eram considerados como apenas mais uma propriedade. Essa
conjuntura perdurou por quase quatro séculos e a conquista definitiva da abolição da
escravatura só veio em fins do século XIX por intermédio de um longo e tortuoso
processo notabilizado por um amplo conjunto de luta e conflitos mas que ao
termino deixou no seu rasto uma dívida impagável para com os decentes dos ex-
escravos.
Nesse sentido, essa lei foi desenvolvida como uma política afirmativa, com
caráter compensatório, que buscar possibilitar a desconstrução de valores pejorativos e
preconceituosos, criados ao longo do tempo com relação as marcas deixadas pelo
sistema escravista, a lei é um instrumento para a desconstrução gradual das
desigualdades raciais, contemplando a diversidade de uma sociedade constituída por
indivíduos conscientes, com novos olhares e posturas poutadas na igualdade de direitos
e respeito as diversidades.
Foram quase 20 anos de luta no congresso para que a lei 10.639/03, pudesse ser
promulgada em 2003, fruto de vários embates do movimento negro, sendo assim, a lei é
vista como um avanço para o reconhecimento e valorização do negro na formação da
sociedade brasileira, no entanto, persiste a dificuldade de comprimento de seus
preceitos, pois a lei por si só não garante a sua efetivação. E Mesmo se passado quase
15 anos de sua aprovação os obstáculos para a implementação da lei 10.639/03, nas
escolas, ainda esbara em diversos problemas como a formação de profissionais de
ensino, a intolerância religiosa, a falta de materiais didáticos entre outros, portanto, ela
continua sendo atual, e por isso requer ainda uma maior atenção.
Nesse sentido, fazer-se necessário perceber que o Ensino de História, tem que
sair da linha da repetição, podendo ser (des) construído por alunos e professores ao
longo do processo de ensino – aprendizagem sem perder seu objetivo principal que é o
estudo do conjunto de acontecimentos e transformações da humanidade ao longo do
tempo. Contundo, é preciso também compreender que o conhecimento histórico,
produzido por historiadores em universidades é diferente do produzido por alunos e
professores, entretanto não menos importante, pois o ambiente escolar é o lugar onde
professores e alunos podem criar o seu próprio conhecimento.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS:
ROCHA, Solange; SILVA, José Antonio Navaes. Á Luz da lei 10.639/03, Avanços e
Desafios: Movimentos Sociais Negros, Legislação Educacional e Experiências
Pedagógicas. Revista da ABPN. V. 5, n. 11. Jul – Out 2013.