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Nesse trabalho serão apresentados os conceito básicos sobre modulação digital. A modulação
é uma técnica utilizada para transmitir informação através de uma portadora com
características favoráveis para a propagação do sinal no canal de comunicação.
No trabalho serão descritos as principais modulações digitais existentes, são elas: modulações
por chaveamento de amplitude (ASK), utilizado atualmente em meios com baixa quantidade de
ruído; modulação por chaveamento de frequência (FSK), utilizado inicialmente em sistemas de
fax-modem; modulação por deslocamento de fase (PSK) e por quadratura e amplitude (QAM)
utilizado na comunicação de modens.
1 INTRODUÇÃO
Digital Digital Analógica ASK, FSK, PSK Pulso Analógica Digital PAM, PWM, PPM Fonte:
Autoria própria
A modulação digital utiliza uma portadora analógica que tem uma ou mais características
alteradas de acordo com uma informação digital, sendo chamada também de modulação
chaveada.
2 MODULAÇÃO ASK
O sinal BASK pode ser definido de acordo com a equação 2.1, podendo ser representado por
uma função com frequência frequência fundamental fixa correspondente ao sinal da portadora
e com variação de amplitude correspondente ao sinal de infomação do sistema em funçào do
tempo.
O sinal BASK pode ser obtido pelo produto de uma portadora cossenoidal e uma onda
quadrada. Na figura 2 é apresentado o espectro de frequência do sinal BASK, a banda mínima
de transmissão é definida como Bmín.
FIGURA 2 – ESPECTRO DE FREQUÊNCIA DA MODULAÇÃO BASK
A quantidade de informação transportada pela modulação chaveada pode ser aumentada pelas
técnicas da teoria da informação. Um método simples para aumentar a capacidade de
transmissão de um canal é o aumento da variedade de uma fonte de informação. A variedade
de um fonte é descrita na equação 2.4.
Para o sistema um sistema BASK, a variedade corresponde a uma unidade, ou seja, existe um
bit de variedade, podendo assumir um dos dois valores da fonte de informação. A modulação
multi-nível ASK (MASK) tem variedade maior que uma unidade, apresentando maior
quantidade de níveis discretos de amplitude, na figura 4 é apresentado um sistema dibit de um
sinal modulado MASK.
FIGURA 4 – SINAL MODULADO MASK - DIBIT
3 MODULAÇÃO FSK
O demodulador FSK (Figura 6) é formado por um divisor de sinais cujas saídas são aplicadas a
filtros passa-faixa centrados em F1 e F0 e posteriormente seguidos de demoduladores ASK.
Os sinais de baixa freqüência são somados com a polaridade adequada a fim de obter como
resultado um sinal BK.
FIGURA 6 – RESPRESENTAÇÃO DO DEMODULADOR FSK
O formato de modulação FSK é o que ocupa a maior largura de faixa de todos, pois os
espectros centrados em F0 e F1 não podem ser superpostos a fim de que a informação seja
preservada. A modulação FSK foi originalmente desenvolvida para enviar texto através de
dispositivos de radio teleimpressor. O deslocamento da portadora entre a marca e o espaço foi
usado para gerar caracteres no código Baudot. No receptor, os sinais Baudot foram utilizados
para produzir texto impresso para impressoras e posteriormente telas de vídeo.
Com o desenvolvimento tecnológico, a modulação FSK foi utilizada para transmitir mensagens
no código ASCII utilizados por computadores e permitiu o uso de caracteres caixa baixa e alta
e símbolos especiais. A introdução de microprocessadores tornou possível usar o FSK para
enviar mensagens com capacidade de verificação e correção automática de erros. Isto é feito
através da inclusão de códigos de verificação de erro nas mensagens, permitindo que a
estação receptora possa requisitar a retransmissão se uma mensagem ou os códigos de
verificação de erro estiverem em conflito (ou se o código não for recebido ). Entre os modos
mais comuns tais como o FSK estão a tele impressão amadora através do radio (AMTOR) e a
correção adiantada de erro (FEC). A modulação FSK é o modo mais rápido de se enviar texto
pelo radio, e os modos de correção de erro oferecem alta acuracidade e confiabilidade. O
espaço de freqüência ocupado depende da quantidade de deslocamentos, mas um sinal típico
de FSK ocupa menos que 1.5 kHz de espaço. A grande desvantagem do FSK é a necessidade
de um equipamento de recepção mais elaborado.
A modulação BFSK atribui freqüências diferentes para a portadora em função do bit que é
transmitido.
O sinal multi nível FSK (MFSK) pode ser produzido pela seleção de vários geradores, no
receptor podem-se usar filtros sintonizados para cada freqüência. O resultado desta filtragem
equivale a um sinal OOK e pode ser demodulado com um detector de envoltória. Segundo a
freqüência presente em cada instante, apenas a porta correspondente, de 1 a n, terá sinal
presente. As outras portas terão apenas ruído. O regenerador tem condição de reproduzir
qualquer dos estados originais e o decisor, analisando as tensões presentes nas portas, tem
condição de reconhecer qual estado deverá ser produzido pelo regenerador. O conjunto de
filtros funcionam como um dispositivo de resposta sensível à freqüência, podendo ser
discriminando no sistema FM convencional. Na figura 8 é apresentado um sinal modulado
MFSK.
de 4FSK
Se forem utilizadas quatro freqüências de transmissão distintas (conforme apresentado na
figura 8) cada uma delas correspondendo a 2 bits, a modulação é chamada
A modulação GFSK é utilizada nos sistemas Bluetooth, uma vez que provê uma melhor
eficiência espectral em relação à modulação FSK.
4 MODULAÇÃO PSK
Neste processo, ocorre a alteração discreta da fase da portadora conforme o sinal digital a ser
modulado. Portanto, pode-se por exemplo manter a fase da portadora em 0° quando ocorrer
um bit 1 e alterar a fase da portadora quando ocorrer um bit 0. Como nos casos da modulações
anteriores, também tem-se o BPSK e MPSK. Em particular para o BPSK, define-se o PRK
(phase reversal keying) como um PSK com 2 fases a 180º.
Símbolo
∆Φ A x
DPSK-4 e 8, respectivamente. Y
Y 90º
0º 90º
Modem V27 bis 2400 bps (1200 baud)
(b) (c)
Outra maneira de analisar a modulaçào PSK é através dos diagrmas fasoriais. Os diagramas
fasoriais para o PRK estão ilustrados na figura 12. Observa-se que a diminuição da potência de
transmissão do PSK implica no aumento da probabilidade de erro pois os círculos de indecisão
estarão mais próximos. Observa-se que a diminuição da potência de transmissão do PSK
implica no aumento da probabilidade de erro pois os círculos de indecisão estarão mais
próximos.
A banda do sinal BPSK é idêntico ao BASK quando o sinal modulante é bipolar. Dessa forma,
pode-se afirmar que a banda para a transmissão do BPSK é a mesma do
BASK, ou seja, B = 2f; como f = 1/σ, para os sinais binários, VS = 1/σ e B = 2f = 2(1/2σ)
= VS, ou seja, B = VS. Assim, a banda necessária em Hz é igual (em módulo) à velocidade de
transmissão de dados em bits por segundo.
(Parte 1
Assim como no caso do BASK ideal, o PRK ideal também ocuparia uma banda de
freqüências infinita. Também como naquele caso, a banda PRK pode ser limitada (filtragem)
antes ou depois da modulação.
Pode-se definir um sinal QPSK como sendo a composição de dois PRK's em quadratura de
fase: PRK1 variando de 0º a 180º e PRK2 variando de 90º a 270º. Se τ for a duração dos
pulsos elementares do sinal quaternário, os dois PRK's necessitam da mesma banda B em
torno da freqüência da portadora, ou seja, B = 2f’= 2 (1/2τ) = 1/τ = VM Logo, o QPSK precisará
da mesma banda B = 1/τ centrada em torno da portadorea, pois é a soma dos dois PRK. Como
o QPSK é um sinal quaternário oriundo de uma codificação dibit, tem-se que o tempo de bit
corresponde a equação 4.1.
A Modulação Diferencial por Chaveamento de Fase (Silva, 1978) é uma variante da PSK, onde
a cada bit não se associa uma fase da portadora, mas, sim, uma mudança ou não desta
mesma fase, ou seja, para cada bit 0, efetua-se uma inversão de 180º na fase da portadora e,
no bit 1, não se altera a fase. As alterações de fase são realizadas tomando-se como
referência a última alteração produzida. Para isso, a codificação dos estados da modulação é
feita pela diferença de fase entre pulsos sucessivos. Entre as vantagens do sistema diferencial
está a dispensa, na geração local (na recepção), de uma portadora para demodular os dados
(o que se faz necessário no PSK convencional onde a portadora local deve ter coerência de
freqüência e fase com a portadora de transmissão – esses sistema são chamados de
coerentes). Além disso, o fato da modulação ser diferencial faz com que haja sincronismo na
linha de comunicação quando da ocorrência, por exemplo, de longas seqüências de bits 1.
A figura 13 ilustra uma forma de se obter o DPSK (parte a). Nesse caso, a cada momento a
entrada de sinal (binário) é comparada com a anterior, que é armazenada com um retardo igual
à duração de um pulso. Cada vez que a entrada de sinal é igual à anterior armazenada, é
produzida a saída zero no codificador; cada vez que forem diferentes, é produzida a saída um.
Na recepção (parte b), o circuito opera com um retardo de um pulso. Cada trecho da portadora
no intervalo correspondente a um pulso é comparado em fase com o trecho anterior, que é a
referência de fase para a demodulação. Embora o sistema DPSK elimine a geração local da
portadora na recepção, implica no uso de uma codificação diferencial, mais sofisticada que o
normal. Na figura 14 é apresentado um exemplo da modulação PSK de 8 estados (PSK-8).
FIGURA 14 – EXEMPLO DA MODULAÇÃO PSK-8
5 MODULAÇÃO QAM
A recomendação de transmissão V.29 definiu que o bit mais significativo do código representa
a amplitude do sinal e os três bits representam a fase do sinal, ou seja, para definir o valor do
bit que representa a amplitude deve verificar o valor correspondente a fase do sinal. Na tabela
2 é apresentado um esquema de representação do padrão V.29
0 3.0 V
0 1.41 V
6 CONCLUSÃO
A segunda técnica analisada foi a modulação FSK, apresentando como principal característica
um elevada imunidade a ruídos, contudo a modulação FSK possui baixa capacidade de
transmissão e a utilização de técnicas com múltiplas frequências (MFSK) ocupa uma elevada
largura de banda e aumenta a quantidade de filtros dos equipamentos.. A terceira técnica
analisada foi a modulação por deslocamento de fase, sendo muito utilizada na transmissão de
modens, essa modulação tornou-se a mais viável economicamente. Com a necessidade do
aumento da capacidade de transmissão, foi desenvolvido uma combinação das técnicas ASK e
PSK que foi adotado como padrão de transmissão para alguns modens.
25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[01] SCHWARTZ, Mischa. Information transmission, Modulation and Noise., 1979 McGraw-Hill
Inc.
[02] SILVA, Gilberto Vianna Ferreira da; BARRADAS, Ovídio Cesar Machado.
Telecomunicações: Sistemas de Radiovisibilidade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, Embratel, 1978.
[03] MODEM UP22BIS - Manual de Operação e Instalação Modem UP22bis. Parks Informática.
Versão 04. Montoro, F. A. MODEM. SP: Érica, 1995.
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