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Para Platão o espaço era conduzido a manifestar-se nas reacções entre volumes. Ao
descrevermos os aspectos espaciais, estudamos uma série de relações, tais como: entre o
interior e o exterior; o perto e o longo; o separado e o unido; o contínuo e o descontínuo.
Elementos espaciais pertencentes à geometria que foram definidos por Platão como a
“ciência do espaço” e, mais tarde, acrescidos de novas teorias sobre os conceitos de
lugares expostos por Aristóteles.
Platão achava que os elementos da Natureza eram corpos configurados como sólidos ou
corpos regulares:
"Em primeiro lugar está claro que fogo, terra, água e ar são corpos e todos os corpos
são sólidos " (Platão, Timeu,).
Euclides define no seu livro “Os elementos”, o corpo regular como uma figura que seja
limitada por superfícies iguais, equilaterais e equiangulares. Os poliedros regulares têm a
propriedade de em cada um dos seus vértices encontrar-se o mesmo número de faces, que
têm de ser polígonos regulares, o que prova que só poderá haver cinco sólidos com essas
qualidades.
Como na formação do Universo se tratava de unir "sólidos" e como para conseguir isso era
necessário uma progressão geométrica de 4 termos, o Demiurgo "(...) pôs a água e o ar
entre o fogo e a terra e fê-los proporcionais um ao outro, na medida do possível, de tal
modo, que, assim como o fogo está para o ar, o ar esta para a água, e assim como o ar
está para a água, a água está para a terra, e foi assim que ele ligou e compôs um céu
visível e tangível. Foi desta maneira e a partir destes elementos, que são quatro, que
se formou o corpo do mundo".(Platão, Timeu,).
Estes cinco corpos regulares são as únicas formas corpóreas derivadas da geometria do
triângulo que se podem inscrever numa esfera, servindo a Platão como “Arquétipo Perfeito
do Universo”.