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Lição 11 - Dizimando e ofertando

Texto Áureo: "Trazei todos os dízimos á casa do tesouro, para que haja mantimento
na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as
janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida".(Ml 3.10)

Há igrejas que não falam sobre contribuição financeira, no entanto há outras que dão ênfase
demasiada a questão. Estes dois extremos mostram uma realidade triste na Igreja do
Senhor Jesus - A Igreja parece que ainda não aprendeu a lhe dar com dízimos e ofertas.
Talvez por se tratar de um assunto tão espiritual que denote santidade, generosidade,
envolvimento, temor e equilíbrio. Como povo de Deus, precisamos através da Bíblia observar
os pormenores desta prática tão importante que tem feito o evangelho avançar e alcançar
vidas preciosas. E ao alcançar o entendimento equilibrado sobre esta prática bíblica e
proveitosa, abriremos nossos olhos para ver que Deus realmente é o nosso supridor.
"E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus,
cada uma de vossas necessidades". (Fp 4.19)

LIÇÕES DE VIDA

A Idéia Inicial
Quando Deus criou o homem e o colocou no paraíso, dando uma ordem para ele não comer
do fruto da árvore do conhecimento (Gn 2.16,17), ele já tinha em mente ensinar ao homem
sobre santidade e obediência. Apesar de Deus criar o homem e o colocar como administrador
do jardim, a árvore do conhecimento significava que Deus separara para ele algo que ele não
abria mão. Veja bem, o Deus criador quis compartilhar com o homem todo o jardim, menos
uma árvore que era separada exclusivamente para o Senhor. A idéia inicial do dízimo reside
no fato de que ele é um ato de obediência e santidade ao Senhor. O fato do homem não ter
permissão para tocar naquilo que era santo nos mostra essa realidade espiritual.

A primeira Oferta
Falar sobre dízimos e ofertas é falar sobre um ato de fé, culto e gratidão ao Deus
criador e supridor de todas as coisas. A primeira citação Bíblica a respeito de oferta está
em (Gn 4), ali encontramos Abel oferecendo ao Senhor das primícias do seu rebanho e Caim
oferecendo daquilo que lhe restava do fruto da terra.
Com certeza a intenção de Abel era demonstrar sua fé e gratidão ao Senhor, prestando a ele
um culto como forma de sacrifício aprazível a Deus por tudo o que ele tinha feito. Por isso ele
oferece ao Senhor das primícias. Atitude que não vemos em Caim, e por isso Deus
desprezou a sua oferta.

O primeiro Dízimo
A primeira citação Bíblica sobre o dízimo está em (Gn 14.18-20). Aqui encontramos Abrão
dando o dízimo de tudo ao sacerdote Melquisedeque. Ao que parece neste tempo não estava
regulada a lei do dízimo e, no entanto Abrão num ato de fé, culto e gratidão a Deus assim
observou esta prática. Na realidade os povos pagãos sempre tiveram o costume de oferecer
aos seus deuses sacrifícios que evidenciassem a sua fé e gratidão. Eles faziam isso
acreditando estar prestando um culto que agradasse as suas divindades. Foi neste contexto
que Abrão resolveu dar o dízimo, princípio este estabelecido por Deus desde o Jardim do
Éden. Segundo o texto de (Hb 7.1-10) o sacerdote no qual Abrão entregou o dizimo é um
tipo de Cristo, ou seja, representa Cristo. Portanto o ato de dizimarmos no altar ao
sacerdote, reflete a segurança que temos de estarmos devolvendo ao Senhor aquilo que
pertence ao Senhor. E o sacerdote é aquele que figura entre nós e o nosso Deus.

As 3 Formas Bíblicas de Contribuição Financeira

A Bíblia registra a existência de formas básicas de participação financeira do povo


de Deus:

1º) O Dízimo
Não é lei mosaica, como alguns pretendem afirmar. É muito anterior à ela. Abraão, que a
Bíblia diz que era ‘‘muito rico, possuia gado, prata e ouro'' (Gn 13.2), já era dizimista 4
séculos antes da Lei ser instituida no Sinai (Gn 14.18-20: ‘‘... E de tudo lhe deu Abraão o
dízimo''). Para que vejam que este costume era comum antes da lei, seu neto, Jacó, após ter
uma visão, disse: "...e de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo" (Gn
28.22). Portanto, no período ‘‘pré - Lei'' o dízimo era praticado, sendo que o advento da Lei o
mencionou, aprovou e inseriu como norma para o povo de Deus. Veremos a seguir alguns
ensinamentos sobre o Dízimo no Antigo e no Novo Testamento:
 O dízimo deveria ser santo ao Senhor (Lv 27.30)
 No tempo dos Reis um dízimo adicional era cobrado com fins seculares (1Sm 8.15-
17)
 O Dízimo tinha e tem a finalidade de manutenção da obra do Senhor (Ml 3.10)
 Não entregar o dízimo era a mesma coisa que roubar á Deus (Ml 3.8)
 Quem roubava a Deus nos dízimos era amaldiçoado (Ml 3.9)
 Existem promessas seguras para aqueles que são fiéis a Deus nos Dízimos e nas
ofertas (Ml 3.11,12)
 No tempo do Novo Testamento o povo de Deus dava o dízimo (Hb 7.8)
 Jesus repreendeu a motivação no coração dos fariseus em dar o dízimo (Mt 23.23)

2º) Ofertas Alçadas


Outra forma de contribuição financeira são as ofertas ‘‘alçadas'', direcionadas a fins
específicos, como as que Moisés pediu no deserto para construção do Tabernáculo, por
exemplo. Seriam o que em nossa cultura chamamos de ‘‘Campanha''. Este é um tipo de
oferta que tem um limite estabelecido, ao contrário das ofertas voluntárias e dos dízimos.
Foi o que aconteceu quando da campanha para a construção do Tabernáculo. Moisés
conduziu o povo a contribuir com um propósito definido, e o povo trouxe muito mais do que
se necessitava. Então Moisés deu ordem para que cessassem de ofertar naquele momento
(Ex 36.6,7).
3º) Ofertas Voluntárias
Por fim, a outra forma de participação financeira são as ofertas dadas por espontaneidade,
por vontade própria, por liberdade. No Novo Testamento temos vários exemplos deste tipo
de oferta (1 Co 16.1,2/2Co 8.1-5/2 Co 9.7). Essa voluntariedade é a conseqüência natural de
um cristão que ama a obra de Deus e quer vê-la crescer. Infelizmente somos tentados a não
participar das ofertas, talvez crendo que já fizemos o que tínhamos que fazer quando
entregamos o nosso dízimo. Contudo, a contribuição caracteriza entregar parte daquilo que
‘‘é nosso por direito''. O dízimo ‘‘não é nosso por direito'', mas os 90% o são, e Deus há de
nos abençoar. Aliás, os 90% que retemos são 100% para nós.

Além das 3 formas bíblicas de contribuir, há 3 maneiras de participar:

a. Com o coração aberto e a motivação correta


b. Com o coração fechado e a motivação errada
c. Como fruto de um dom espiritual. Para muitos pode parecer estranho,
principalmente para aqueles que herdaram uma tradição que define sendo nove
os dons espirituais, limitando - se à listagem de 1ª aos Coríntios 12. Em
Romanos 12, lemos que ‘‘... tendo, porém diferentes dons segundo a graça que
nos foi dada ...o que contribui, com liberalidade ...'' (Rm 12. 8).

Um Princípio Espiritual - A sementeira e a colheita

O Ap. Paulo afirmou: "E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também
ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará" (2Co 9.6).

Sabemos perfeitamente que a finalidade principal dos dízimos e das ofertas é agradar a Deus
com a nossa obediência, consagração, santidade, generosidade e gratidão. Porém não
podemos limitar essas virtudes a dízimos e ofertas, na realidade devemos agradar ao Senhor
com o dízimo e a oferta da nossa vida. Segundo este princípio ensinado por Paulo só colhe
quem semeia, portanto se semearmos pouco colheremos pouco. Se semearmos muito,
colheremos muito.

Precisamos entender que a benção de Deus para nossas vidas depende da semente que
plantamos e da quantidade da semente que plantamos, e isso em todos os aspectos, não
somente no que diz respeito a dízimos e ofertas. Semeie sempre, semeie certo e com a
motivação certa e veremos Deus realizar grandes milagres, pois nossa colheita será grande.

Reflexões para Vida


"E a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e de tudo quanto me
concederes, certamente eu te darei o dízimo". (Gn 28.22)
VEJA O QUE VOCÊ APRENDEU!
 A idéia inicial do dízimo era de que ele é um ato de obediência e santidade ao
Senhor.
 Devemos sempre trazer ao Senhor daquilo que for das primícias de nossa renda,
para que ele possa se agradar de nossa oferta
 Dízimos e ofertas denota uma atitude de fé, culto e gratidão.
 A Bíblia registra três formas básicas de contribuição financeira: o dízimo, as ofertas
alçadas e as ofertas voluntárias. A bíblia também diz que existe a contribuição como
dom espiritual.
 O crente deve praticar o princípio da sementeira e da colheita para ter uma vida
abençoada por Deus.

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