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Educação à Distância
Curso: Letras
SÃO PAULO
2013
CLAUDIA MIYUKI KATO DANTAS
SÃO PAULO
2013
BANCA EXAMINADORA:
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________________________________
SÃO PAULO
2013
SUMÁRIO
RESUMO 05
ABSTRACT 06
INTRODUÇÃO 07
CONSIDERAÇÕES FINAIS 70
ANEXOS 74
BIBLIOGRAFIA 76
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RESUMO
ABSTRACT
The use of technology is no longer restricted to the work and leisure: now
becomes important for education, necessary for the teaching / learning of foreign
languages. Therefore, it is important to understand it and study it thoroughly directing it
to the area: trace an overview and detailed reality in Brazilian schools and compare
them with the theories and proposals, detect failures or lack of application , needs and
strategies to make the technology go into the process of teaching / learning effectively
eliminating precepts of use surface and improving the job skills of communication and
proposals in the classroom.
INTRODUÇÃO
1 A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO
Na era primitiva, momento em que ainda não existiam escolas, o homem tinha
como principal objetivo de educação a sobrevivência, adaptando-se sob ao ambiente
social e físico. Seu processo de aprendizagem ocorria através da observação e
imitação. Ao passo em que as sociedades se tornam mais complexas com o
desenvolvimento da agricultura e divisão do trabalho, o homem estabelece papéis
sociais e o processo de aprendizagem é direcionado a ele. Por tal segmentação,
surgem aos poucos espaços específicos para ensino e aprendizagem.
Com o surgimento da escrita e o desenvolvimento das sociedades, no Oriente,
surgem as escolas, locais restritos a poucos seguindo determinações sociais. Às
classes populares, restava-lhes a educação informal, onde os jovens aprendiam com
seus pais os ofícios que exerceriam. A educação formal nessa época foi variada: no
Egito, por exemplo, ensinava-se matemática, astronomia, ler, escrever, música. Já os
hebreus baseavam-se nos livros sagrados.
Na considerada “berço da civilização”, Grécia, surgiu dois modelos
educacionais distintos: o de Esparta. Enquanto Esparta treinava jovens para a vida
militar pouco valorizando a leitura e a escrita, Atenas buscava o desenvolvimento do
homem como indivíduo: a escrita foi difundida entre todos os cidadãos livres,
desenvolvendo assim as áreas de filosofia, oratória e letras. Os jovens atenienses
recebiam educação através de gramática, música e educação física.
A partir do século V a.C., o modelo de educação ateniense deixa de ser
suficiente. A necessidade de ter uma educação voltada para a formação do homem e
cidadão. A esse modelo de formação se atribui o nome de “Paidéia”. Nessa mesma
época inicia o período helenístico, delineando uma cultura mais científica. Os campos
de estudos se ampliam com o desenvolvimento das áreas de letras, filosofia,
astronomia, geometria, matemática, zoologia e botânica. Os paidagogos, escravos
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2 A EDUCAÇÃO NO BRASIL
Nos anos 20, surge a Escola Nova e junto dela a discussão sobre o novo foco
do ensino: o aluno. São propostas reformas dos currículos e adoção de nova
metodologia para que desta forma se adeque ao objetivo de ter o conhecimento mais
próximo à realidade do aluno. Em 1932, o Manifesto da Escola Nova é assinada e
nela se defendem as ideias de gratuidade, laicidade, acesso público e promoção de
mudanças nos âmbitos pedagógicos e práticos da educação.
Nos anos 40 são criadas as escolas profissionalizantes com a finalidade de
suprir a necessidade de formação de mão de obra causada pela industrialização do
país.
Os anos 50 e 60 voltam sua atenção para a alfabetização de adultos, com o
objetivo de tornar o povo brasileiro mais participativo nas ações sociais e políticas. Um
dos precursores da época foi Paulo Freire.
A ditadura militar repreende as ideias de ampliação das escolas públicas e
educação, bem como outros movimentos sociais. Surgem o vestibular, medida
adotada para restringir o número baixo de vagas nas universidades, e a ampliação da
obrigatoriedade escolar para 8 anos (sendo que antes seria apenas 4 anos). Esta
última medida levou à busca de mais professores e, em decorrência disso, a
diminuição dos salários. Nas escolas, as disciplinas que exigiam reflexão, como
História e Geografia, são substituídas no currículo por Estudos Sociais e Educação
Moral e Cívica. Com o fim do regime ditatorial nos anos 80, foram retomados
conceitos de formação de um indivíduo com papel participativo e reflexivo na
sociedade. Muito vêm sido discutido na área de educação, principalmente no que se
concerne às práticas pedagógicas e ao papel entre professor e aluno.
3 O PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM
A primeira vez que o idioma de Cervantes foi ensinado no Brasil remonta aos
tempos de educação jesuíta pela presença destes no grupo. Após esse curto período,
somente entre os anos de 1888 a 1930, com a chegada dos espanhóis, ouviu-se falar
novamente no idioma que, no entanto, não teve espaço na educação brasileira
deixando o maior legado na cultura. Nessa época, as línguas estrangeiras ensinadas
no sistema educacional eram o inglês, o francês e o alemão. Em 1919, o tradicional
Colégio Pedro II introduz o espanhol como disciplina optativa. O professor Antenor
Nascentes é o primeiro a ocupar a cátedra de língua espanhola e é autor de diversos
livros. Foi nessa época que escolas bilíngues foram criadas pelos estrangeiros no sul
do país com apoio do governo e os modelos de educação americanos de caráter
religioso (protestante) se instalaram.
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desprezo. Muitos dos professores que se encontram na sala de aula não têm domínio
avançado da língua, pouca especialização. A realidade da educação vai de contra o
contexto atual. Isso decorre das próprias leis educativas, que preveem poucas horas
dedicadas às línguas estrangeiras e continua delegando a função de ensiná-las de
fato aos centros de idiomas.
Seguindo essa linha de raciocínio, a tecnologia está relacionada a algo recente, porém
ela é tão antiga quanto a história do homem porque desde a era primitiva, as
necessidades e o trabalho humano passaram por progressos com o objetivo de tornar
a vida do homem mais prática em todos os âmbitos. Nesse progresso, estão
presentes desde elementos primitivos como as armas utilizadas na caça e o fogo até
os que pertencem à era digital. A escola é um ambiente que contribui na formação da
criança como cidadão, a tecnologia torna-se importante porque é uma ferramenta
fortemente presente na sociedade em que se insere. Logo, elas sofreram grande
progresso ao longo do tempo, pois sua evolução ocorre à medida que as sociedades
de desenvolvem.
Portanto, a tecnologia não abrange apenas as ferramentas da era digital. É
necessário frisar que o livro, o papel, a lousa e o giz foram produtos da vontade do
homem em facilitar o processo de ensino/aprendizagem dentro do contexto
educacional de cada época. No entanto, o foco deste trabalho são justamente aqueles
que caracterizam a era digital.
Os primórdios dos estudos da tecnologia na área educacional,
especificamente no ensino de língua estrangeira, encontram-se na invenção da
imprensa, de Gutemberg em 1442. Tal tecnologia trouxe a reprodução dos livros e
assim surgem os de gramática. Em 1578, o cardeal Bellarmine publica o primeiro livro
de gramática hebraica, possibilitando o auto estudo.
Em 1658, surge o primeiro livro ilustrado no ensino de latim para as crianças.
Foi uma inovação por adotar metodologia de memorização de léxicos através de
figuras.
No início do século XX, a educação adota a tecnologia da imagem e som da
época. A invenção de Thomas Edson, o fonógrafo, permitiu que se reproduzissem e
se gravassem sons. Entre os anos de 1902 e 1903, foi gravado o primeiro material
didático gravado. Ele consistia em livros de conversação e recursos de áudio
(cilindros).
Na década de 30, os estúdios Walt Disney produziram os primeiros desenhos
animados destinados ao ensino de língua estrangeira. Posteriormente, em 1943, o
estúdio produziria os primeiros filmes com atores, intitulados The March of Times.
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Nos anos 40, surgiram as fitas magnéticas. Junto com elas, foram introduzidos
os gravadores em sala de aula. Surgiu a Tecnologia Educacional, campo de
investigação nascido pela necessidade de treinamento altamente qualificado aos
soldados americanos participantes da Segunda Guerra Mundial. Foram utilizados pela
primeira vez, os métodos áudio-linguais cuja ferramenta principal era o gravador.
Alguns laboratórios gravaram material didático em fitas magnéticas.
Diferenciar o termo Língua Materna dos demais parece bastante fácil, visto
que sua definição encontra-se na própria palavra, mas muitas pessoas confundem os
termos Segunda Língua e Língua Estrangeira. Por esse motivo, faz-se importante
reforçar seus conceitos, pois nem sempre elas são óbvias.
Segundo a definição encontrada no site Wikipedia (2013), “língua materna
(também língua-mãe ou língua nativa) é a primeira língua que uma criança aprende.
Em certos casos, quando a criança é educada por pais (ou outras pessoas) que falem
línguas diferentes, é possível adquirir o domínio de duas línguas simultaneamente,
cada uma delas podendo ser considerada língua materna, configura-se então uma
situação de bilinguismo.” Portanto, a concepção acerca de língua materna não é tão
simples como parece, pois vai além do que está explicito. Para Spinassé (2006), “a
aquisição da Primeira Língua, ou da Língua Materna, é uma parte integrante da
formação do conhecimento de mundo do indivíduo, pois junto à competência
linguística se adquirem também os valores pessoais e sociais. A Língua Materna
caracteriza, geralmente, a origem e é usada, na maioria das vezes, no dia-a-dia.”. A
autora quebra o paradigma imposto na definição da língua materna e explica o
processo de formação do bilinguismo:
língua dominante, f) fortemente identificada com a língua da mãe e do pai, e, por isso,
d) provida de um valor afetivo próprio.”.
Quanto aos conceitos de segunda língua e língua estrangeira, de acordo com
Spinassé (2006), convergem em relação ao processo de aquisição, pois significa que
o aprendiz já tem interiorizado as habilidades linguísticas e são divergentes em nas
funções linguísticas desempenhadas na cultura do falante.
língua materna em comum.”. Esse é um dos motivos pelos quais muitas escolas de
idioma escolhem os professores de espanhol nativos. A proximidade com os demais
países sul-americanos hipanófonos proporcionou ao país demanda de profissionais
que atendam essas necessidades. Vilarinho (2013) explica que o fato de ser nativo
não anula a necessidade de ter conhecimentos de didática e ressalta que muitos deles
sabem falar, porém não têm conhecimento pedagógico.
A relação entre os idiomas e o indivíduo que o adquirem não é imutável, pelo
contrário, podem transitar entre os diferentes conceitos de acordo com o seu histórico
social, principalmente se pensado nas primeiras fases da vida, a infância e a
adolescência.
Nos dias atuais, muitas escolas optaram pelo ensino seguindo o método
comunicativo. Em relação às outras metodologias, ela é a mais trabalhosa ao
professor, pois não há um formato certo para sua aplicação ou ordem certa a se
seguir em um material didático. O importante é que o aluno se sinta seguro para
expressar-se de forma a entender-se e ser entendido nas situações propostas,
alcançando assim o objetivo de estabelecer comunicação efetiva entre dois indivíduos.
Portanto, o professor deve saber analisar as atividades e direcioná-las para que o
aluno não se sinta constrangido em realiza-las. Nesse momento, torna-se conveniente
o termo facilitador: o professor precisa ter sensibilidade para entender quais são os
meios que farão o aluno atingir seus objetivos, fundamentando-se na necessidade de
ele se sentir estimulado e seguro.
Pelo fato da língua inglesa ter sido pioneira no mercado de ensino de línguas
estrangeiras no país, a quantidade de livros disponíveis ao ensino de língua
espanhola ainda é bastante restrito.
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aula (entre uma ou duas aulas semanais de 50 minutos), ter um número maior de
alunos e o nível de interesse reduzido (uma vez que, apesar da Lei sugerir que o
espanhol seja opcional, é obrigatório a todos os alunos de Fundamental I, II e Médio)
em relação aos cursos livres, onde o número de alunos de espanhol alcança em
média sete alunos e, em geral, todos têm bastante interesse em aprender o idioma.
Os materiais disponíveis, em geral, obedecem a uma regra geral: a abertura
da unidade didática contextualizada. Antes, uma abertura que era dada em situações
comunicativas ou através de memorização de vocabulário ou ainda em tópicos
gramaticais, mudou com a chegada da metodologia comunicativa. O input utilizado é
uma situação bastante cotidiana e a partir dela são trabalhados o vocabulário, a
gramática funcional e a comunicação. Em geral, são bastante adequadas ao seu
público e finalidade, pois há tempo suficiente para firme consolidação do conteúdo em
escolas de idioma e atendem às necessidades das escolas regulares. Porém, é
importante escolher o material que atenda às divisões de módulo, principalmente no
caso das escolas regulares. De acordo com análise feita sobre o material Ventana al
Español (editora Santillana), o livro é adequado para escolas de adotam divisão por
trimestres, pois apesar de conter oito unidades didáticas, duas delas são dedicadas a
uma revisão do livro, portanto, são apenas seis unidades didáticas com conteúdo a
ser utilizado efetivamente. No caso das escolas de idioma, é difícil determinar um
parâmetro, pois elas oferecem diferentes planos de aprendizagem: um módulo por
semestre ou ano, aulas particulares, aulas em grupo onde cada aluno segue a seu
ritmo. Em geral, o aluno adapta seu tempo ao livro, de acordo com sua disponibilidade
e plano escolhido, acrescida da vasta quantidade de escolas que ofertam diversas
metodologias. O CCAA, por exemplo, trabalha nos níveis iniciais e intermediários com
o método audiolingual, através de repetição de grupos de palavra e estruturação de
frases enquanto a Wizard opta pelo método da tradução, contrapondo-se a outros
muitos cursos que utilizam o método comunicativo com o mínimo de interferência da
língua materna. Cabe ao aluno escolher com qual metodologia e material se adaptará.
suas mentes criativas, materiais próprios para seus alunos para se adequar às novas
metodologias.
Considerada uma revolução nos anos 50, passou por diversas transformações
que começaram nos primórdios em que foram criados programas educativos para que
pudessem veicular em tempo real aos alunos, fato esse que desestimulou o uso em
sala por não haver seleção de programas em horários compatíveis. Com a chegada
do vídeo cassete, a situação mudou e o professor passou a selecionar o material para
adequá-lo em sala.
Algumas décadas depois, entre o final e o início do século XXI, se substituiu
os vídeos cassetes por aparelhos DVDs. Dispositivo estimulante para o ensino de
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língua estrangeira, pois abriu portas para que os filmes entrassem nos planos de aula
com a opção de seleção de áudio e legenda em um mesmo CD. Atualmente, ele
segue com a mesma função e adquiriu outra: monitor de computador. Os alunos
conseguem visualizar os acessos do professor desde o computador facilitando a
reprodução de vídeos.
O telefone celular teve sua explosão nos anos 90. Era um aparelho que
apresentava apenas a função de fazer e receber chamadas. Com o passar dos anos,
a telefonia móvel se desenvolveu ao passo que o computador. Hoje, é possível
considerá-lo um computador portátil, pois com ele é possível realizar todas as funções
básicas de um computador em conjunto com as facilidades que oferece a internet.
Sua particularidade está no envio de mensagens curtas, o famoso torpedo ou SMS
que, dependendo do grau de maturidade e aceitação do grupo pode gerar uma
divertida atividade: trocar os números entre os alunos e pedir que enviem torpedos
sem revelar identidade, apenas se descrevendo. É uma forma mais arriscada, mas
que pode funcionar em turmas madura e em que os alunos não se sintam
constrangidos em investir financeiramente (deve-se lembrar de que o aluno gastará
crédito pela atividade).
colegas sem o consentimento destes. Isso pode tornar-se um problema legal, pois é o
uso indevido da imagem. O interessante é sempre propor aos alunos, antes das
postagens dos vídeos que seria avisar a todos e não fazê-las se houver oposição de
algum integrante que aparece nas imagens ou restringir a disponibilização de vídeos
na internet ao grupo.
O YouTube pode ser considerado hoje rentável. Muitos professores passaram
a gravar vídeos educativos para seus alunos e para a comunidade em geral e pelo
alto número de acessos, receberam a proposta do próprio site de torná-los rentáveis.
Além do YouTube, há um site similar chamado TeacherTube, com conteúdo
destinado somente à educação. Ele pode ser interessante para diversas áreas,
inclusive para escolas de ensino bilíngue, pois as disciplinas são tratadas em ambos
os idiomas. Para o ensino de idiomas em geral, é bom, porém limitado. A questão
presente na troca de culturas, conhecer programas de TV e rádio ou pessoas em
situações cotidianas de maneira natural estão no YouTube, nem sempre com essa
finalidade o vídeo foi disponibilizado, mas o professor de língua estrangeira deve
encontrar em mostras da vida cotidiana em outros países poderosas ferramentas de
ensino. Além do contato cultural, o aluno trabalha em geral compreensão auditiva. No
entanto, é necessário mudar: em uma recente pesquisa realizada entre professores de
língua estrangeira por Dantas (2013), muitos professores responderam que trabalham
exercícios de preenchimento de lacunas com música no YouTube. Para isso, bastaria
um CD e um rádio. O professor deve ir além, pensar em atividades lúdicas que
envolvam o processo de ensino/aprendizagem e uso efetivo dessas ferramentas. Por
que não pensar uma gravação de um telejornal ou um trecho de novela mexicana?
Motiva e envolve os alunos não apenas na língua estrangeira, mas como um grupo e
a aproxima a relação aluno/professor.
O esboço mais próximo do que temos como redes sociais surgi em meados
dos anos 90, com os sites GeoCities, Classmates e The Globe que tinham o intuito de
permitir aos usuários publicarem experiências, reencontrar amigos, trocar ideias. Por
volta dos ano 2000, surgiram sites como o Orkut, foi o primeiro popular no país e, em
ao mesmo tempo, o Twitter e o Facebook. Esses sites permitem a formação de grupo,
troca de mensagens privadas e publicações pessoais dos usuários. Hoje é bastante
difundido na sociedade, principalmente entre os adolescentes, que têm necessidade
de expressar suas ideias, angústias e alegrias publicamente. Aproveitando-se dessa
situação, é possível criar grupos de estudos e de trocas de conteúdo, estreitar relação
entre alunos e professores. Criar dinâmicas e pesquisas em conjunto, onde todos
podem contribuir com a busca de sites a partir de um tema proposto. Nos dias atuais,
é importante que o professor entenda que seu papel não é mais de transmitir
conhecimento, mas de facilitar a chegada do aluno a ele. Portanto, é estimulante e
interessante para o aluno sentir que é parte ativa e contribuinte da construção do
conhecimento. Se feito uma proposta que seja interessante ao aluno e ele sinta que é
importante passa-la adiante, sua pesquisa será mais enriquecedora. Por exemplo:
uma pesquisa a respeito de músicas e cantores hispanófonos. Os alunos poderão
através de um grupo em rede social compartilhar as pesquisas de seus respectivos
gostos musicais. Inclusive, para o professor é importante, pois provavelmente surgirá
um grupo ou cantor novo ou desconhecido, os alunos compartilharão vocabulário
adquirido, e a partir da sensibilidade do educador, entender e respeitar o gosto do
aluno.
A rede social, portanto, utilizada corretamente, pode ser a fórmula que faltava
às aulas. A questão de ter alunos em sua rede de amizade têm trazido discussões
polêmicas entre professores. Alguns criam perfis voltados para seus alunos, outros
partilham sua vida pessoal com eles. Tudo depende do bom senso de cada um: trocas
de mensagens e o teor destas, envolvimento na vida pessoal por parte de ambos,
abrir problemas pessoais e profissionais em público.
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4.4.3 Blog
4.4.7 Podcasts
5 INTERCULTURALISMO
1 PESQUISA DE CAMPO
que permitem que o professor siga o livro da maneira que seja mais conveniente para
o processo de aprendizagem e que agrade aos alunos sob a condição de respeitar a
política e planejamento da escola e o calendário do curso.
Entre os que adotam a cada quinze dias, encontram-se 28% dos professores
de aulas particulares, 22% dos professores de Ensino Fundamental e Médio, 17% de
escolas de idiomas e 14% de universidades.
Os que utilizam uma vez ao mês são 28% dos atuantes em aulas particulares,
23% em escolas de idiomas, 22% em Ensino Fundamental e Médio e 19% em
universidades.
Já entre os que adotam apenas uma vez por bimestre, semestre ou ano estão:
15% dos de escolas de idiomas, 11% dos de Ensino Fundamental e Médio, 4% de
universidade e apenas 3% de aulas particulares.
Aqueles que não utilizam as novas tecnologias se distribuem em campos de
atuação da seguinte forma: 14% dos professores de Ensino Fundamental e Médio,
10% de aulas particulares, 7% de universidade e 5% de escolas de idiomas.
Os professores de Ensino Fundamental e Médio se distribuem em todas as
frequências, pois tropeçam em algumas dificuldades, como a pouca valorização das
aulas, uma vez que o aluno é “obrigado” a assistir aula, principalmente nas escolas
particulares (ainda que a “lei do espanhol” determine que a oferta de aulas seja
optativa por parte do próprio aluno, a baixa carga horária), a grande quantidade de
alunos por sala, as burocracias da escola, como terminar o livro inteiro no ano, aulas
perdidas por eventos que não estão necessariamente relacionados à disciplina e
outras mais que abordaremos mais adiante, relacionados à estrutura e motivação
proporcionada pela escola.
dificuldade na adoção das NTIC’s: 47% dos professores de escolas de idioma, 44% de
aulas particulares, 23% de graduação e 21% de escolas de ensino fundamental.
O resultado reflete uma realidade das escolas de idiomas: as cargas horárias
por módulo (de três a quatro meses) variam entre 36 a 45 horas de aulas, distribuídas
conforme planejamento e metodologia da escola. Esse tipo de instituição é
caracterizado como curso livre e de aprendizado mais profundo da língua. Devido à
grande oferta e concorrência no mercado, exige professores bem mais capacitados
por ter como meta fazer com que o aluno aprenda realmente aspectos não só formais
da língua, mas culturais, consiga comunicar-se adequadamente (além de cativar o
aluno por conta da grande concorrência no mercado), isto é, certificados de
proficiência em língua estrangeira, vivência no exterior, fluência na língua são bem
mais importantes que a formação acadêmica do professor. Além disso, as escolas de
idioma prezam por aulas nada convencionais, divertidas, criativas e estimulantes para
cativar ao aluno e não perdê-lo para a concorrência. Essa pressão é sentida
principalmente pelo professor, que é avaliado todo momento por sua atuação em sala
de aula, satisfação do aluno, resultados finais de provas e renovação de matrículas.
Por isso, o professor precisa diversificar o máximo que puder suas aulas, deixá-las
dinâmicas, inusitadas e ao mesmo tempo em que todas elas precisam ser pertinentes
aos assuntos abordados em sala. Isso exige bastante administração do tempo, para
que não se perca em seus planejamentos, que em geral são pré-estabelecidos pelas
próprias instituições, e harmonize todas as necessidades da escola e dos alunos.
A realidade apontada nas escolas de idiomas não é a mesma vista nos cursos
ministrados em escolas regulares de Ensino Fundamental, Médio ou Superior. O
professor também está ciente que em grande parte das situações, encontrarão alunos
que resistem por serem obrigados a assistir aquela disciplina. O professor não deixa
de cativar os alunos, principalmente na rede de escolas particulares, mas precisa lidar
com esses alunos de forma que não atrapalhem e os faça interessar-se pela
disciplina, algo que nem sempre é possível.
Os professores particulares passam pelos mesmos problemas apresentados
nas escolas de idiomas: as aulas são livres e ajustadas conforme a necessidade dos
alunos, porém os alunos têm metas e tempo determinados para aprender o idioma.
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Portanto, não é pelo fato de ter uma aula bastante livre que o professor está à vontade
para seguir o ritmo que seja conveniente para ambos: os alunos têm prazo de viagem
se o objetivo é turismo, trabalho ou mudança de país; mestrados ou doutorados; etc.
Muitos precisam equilibrar o tempo, o ritmo do aluno e o processo de aprendizagem
deste juntamente com aulas diversificadas, diferenciadas para dinamizá-las.
Os professores de aulas de Ensino Fundamental, Médio e Superior
apresentaram menores taxas, talvez por ter como principal problema a falta ou
escassez de recursos.
Apenas 3% dos professores de Ensino Fundamental, Médio e Superior
apontam que o maior problema é o estímulo à desordem em sala. É necessário frisar
que apresentar uma aula diferenciada instiga os alunos. O professor também precisa
estimulá-los a falar, pensar e expor suas ideias. Os professores precisam repensar o
conceito de disciplina em sala.
Outra questão levantada pela pesquisa foi o estímulo por parte das escolas:
70% dos professores são incentivados pelas escolas enquanto os 30% restantes não
têm incentivo algum. Esse fator pode ser associado à grande quantidade de
professores que apontaram a falta ou escassez de recursos como principal empecilho
encontrado no uso das novas tecnologias em sala. As proporções apresentadas são
as seguintes: 71% dos professores de escolas de idiomas se sentem incentivados
enquanto os 29% restantes não, 60% das escolas de Ensino Fundamental e Médio se
sentem incentivados e 40% não, e 63% das universidades se sentem incentivados
enquanto os 37% não. Os professores de escolas de idiomas são constantemente
motivados a dar aulas diferenciadas, dinâmicas e de bom conteúdo, portanto são
promovidos cursos para retomar conceitos da metodologia da escola, compartilhar
novas dinâmicas e jogos e reforçar a questão da forte concorrência.
80% dos professores responderam a compreensão auditiva como uma delas: 85% dos
professores de aulas particulares, 82% de escolas de idiomas, 67% de universidades
e 53% de escolas de Ensino Fundamental e Médio. É a competência mais trabalhada
em sala de aula, uma vez que as ferramentas disponibilizadas massivamente
abrangem imagem e áudio. Mattar (2009) defende a valorização do recurso, pois
“Vídeos têm sido cada vez mais utilizados como recurso pedagógico. O uso de vídeos
em educação respeita as ideias de múltiplos estilos de aprendizagem e de múltiplas
inteligências: muitos alunos aprendem melhor quando submetidos a estímulos visuais
e sonoros, em comparação com uma educação tradicional, baseada principalmente
em textos.”.
Reforçando essa ideia do estímulo visual e sonoro, a pesquisa apontou que a
compreensão leitora é trabalhada por apenas 48% dos professores: 53% dos de
escolas de idiomas, 45% dos de universidade, 42% dos de Ensino Fundamental e
Médio, e 28% dos professores particulares. Esta é um pouco menos trabalhada, pois
se trata de uma habilidade vista como monótona e pouco trabalhada com tecnologia.
As habilidades de produção oral e escrita juntas totalizam porcentagem menor
que a compreensão auditiva: 74% distribuídos em proporção quase igual (37% em
produção oral e 33% em produção escrita). Essas habilidades são menos trabalhadas
em sala com as NTIC’s, pois os professores ainda temem a produção livre de
conversação e redação, uma vez que exige tempo, pesquisa e bons conhecimentos
por parte do próprio professor em conduzir as atividades e corrigir os erros. Os
professores que mais trabalham a habilidade de produção escrita juntos às NTIC’s são
os de ensino regular, 33% dos de Ensino Fundamental e Médio e 37% dos de Ensino
Superior enquanto 24% dos de escolas de idiomas e 23% dos de aulas particulares
privilegiam essa destreza.
A produção oral é bastante bem trabalhada, principalmente nas escolas de
idiomas e aulas particulares, em que o intuito é a comunicação, especialmente
fundamentada na conversação: 44% dos de aulas particulares e 35% dos de escolas
de idiomas enquanto 30% dos de graduação e 25% dos de Ensino Fundamental e
Médio trabalham a competência oral.
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todos os campos de sua vida. Não seria diferente com a educação, pois arrancá-lo
das tecnologias seria privá-lo do mundo que os cerca e a proposta da escola, como
levantado anteriormente, é o contrário: inseri-lo na sociedade. O aluno não tem o
mesmo perfil daquele de 30 anos atrás. Ele é rápido, consegue lidar com muitas
informações e tecnologias ao mesmo tempo, busca de forma instantânea o que
precisa sem recorrer aos livros da biblioteca, participa na construção de seu
conhecimento tornando-se investigador. O professor, seguindo o perfil da escola nova,
é facilitador: instiga, estimula e orienta o aluno a chegar às suas conclusões.
Por isso, não seria novidade que o principal objetivo das tecnologias aulas de
língua estrangeira seria trabalhar a motivação do aluno. Comprovando os motivos
pelos quais muitos professores visualizam como problema a administração entre
tempo e conteúdo, são os que mais buscam estimulá-los em sala de aula (68%), pois
o perfil de aluno que se encontra nesse tipo de instituição, principalmente daqueles
que aprendem espanhol, naquele que quer ser estimulados de maneira diferente do
convencional, pois se são adolescentes, estão acostumados com a visão das aulas
em escola regular e se são adultos, com a rotina de trabalho. Muitos remetem essas
escolas a um local de aprendizagem divertida e descontraída. Por isso, algumas
escolas não seguem regularmente o livro e outras não permitem ao professor que
trabalhe muito tempo da aula com a produção escrita. Em geral, a própria disposição
das cadeiras em “meia lua” das salas facilita ao professor propor dinâmicas em que os
alunos caminhem pela sala, a comunicação entre eles, e o acompanhamento
individual do próprio professor em relação aos alunos.
Talvez, mais que todos os perfis apresentados, o professor de aulas
particulares precisa buscar em suas aulas estimular o aluno, pois se trata em grande
parte dos casos, estimular um único aluno. O professor precisa conhecer o máximo
possível das características do processo de aprendizagem do seu aluno (se gosta de
música, quais estilos? Qual o objetivo das aulas? Se precisa do idioma para negócios,
qual a área em que atua? Se gosta de leitura, quais as literaturas lhes são
interessantes?). Além disso, o professor precisa trazer material interessante e
diversificar atividades e técnicas. O aluno que adota aulas particulares, em geral,
prefere aprender a seu ritmo e disponibilidade, além de visar exclusividade na atenção
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outras propostas. Apenas 17% dos professores utilizam as NTIC’s como input para
esse tipo de atividade. De acordo com Leal (2009), “apropriar-se de materiais
audiovisuais disponibilizados pelas novas tecnologias de comunicação e informação
(TICs) tem se mostrado uma valiosa estratégia no desenvolvimento de atividades de
compreensão auditiva mais significativas nas aulas de Espanhol como Língua
Estrangeira (E/LE), especialmente por permitir que o aluno supra a carência da
vivência de situações comunicativas numa instância de interação presencial, nas
quais receberia um input linguístico auditivo real do idioma estrangeiro que aprende.”.
certos costumes, orientar o estudante ao melhor uso da língua. Por esse motivo o uso
dos recursos informatizados, nos processos de ensino e aprendizagem, apresenta
grandes possibilidades de fonte atualizada de informações culturais, além de fornecer
insumos variados que venham a facilitar a aquisição da língua.”. Acrescido da
liberdade de acesso às diversas páginas disponíveis na rede, nota-se que mais da
metade dos professores de universidades (52%) utilizam como uma das principais
propostas de atividade com as novas tecnologias. É necessário que os alunos tenham
maturidade de utilizar o tempo de aula para pesquisa efetiva sem que desviem seus
olhares para assuntos alheios disponíveis na internet. Essa proposta proporciona
maior discussão e envolvimento por parte dos alunos quando bem executada.
Já em relação aos sites educacionais, muitas escolas de idiomas oferecem
plataformas de ensino à distância e permitem aos professores utilizá-las em suas
aulas. É o caso do Instituto Cervantes, que possui uma plataforma de aprendizagem à
distância. O professor que ministra aulas presenciais na instituição pode utilizá-la para
propor atividades, não só relacionadas aos aspectos formais, mas também às
comunicativas e culturais. Em geral, o professor que busca esse tipo de apoio
tecnológico, se não há uma plataforma específica, precisa buscar sites dinâmicos e
esquecer um pouco das atividades limitadas ao preenchimento de lacunas, pois nem
sempre este critério representa aprendizagem significativa.
Um grupo bastante restrito apontou outras ferramentas, como o Facebook
(4%), Blog (3%) e Wiki (1%). Isso indica o tamanho da limitação do professor aos sites
de busca, educacionais, internacionais e de compartilhamento de vídeo. As redes
sociais permitem ao aluno uma troca positiva de produção escrita e compreensão
leitora, assim como a criação do blog e wiki. O próprio site YouTube poderia ser
melhor trabalhado se fossem feitas propostas de produção oral com produção e
compartilhamento de vídeos.
Em vista dos resultados apresentados, uma questão pode ser levantada: os
professores apontam que têm problemas principalmente relacionados à escassa ou
falta total de novas tecnologias na escola e alguns ainda indicam que a própria
instituição de ensino não os estimula a utilizá-los, porém não existiria resistência por
parte do próprio professor em ampliar seus conhecimentos em tecnologia e derrubar
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
ANEXO I – PESQUISA
Em relação ao interesse, qual o retorno obtido dos alunos com a adoção das
novas tecnologias em sala?
( ) Aumentou. ( ) Manteve-se igual. ( ) Diminuiu.
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