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O que é Câncer de mama?

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de


alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir
descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto
mamário quanto dos glóbulos mamários.
Prevenção
Não há formas exatas na prevenção do câncer de Mama por isso é de extrema importância
qualquer alteração ser diagnosticada o mais cedo possível. Para isto recomenda-se que as
mulheres conheçam seu corpo desde que apresentem o crescimento das mamas na adolescência
fazendo o autoexame das mamas agora chamado de auto-cuidado, que deve ser feito pelo
menos uma vez ao mês.

Após os 40 anos, a mamografia começa a ser um exame importante para a detecção da doença
e recomenda-se que seja feito pelo menos uma vez por ano a partir daí. Todas as mulheres
deveriam procurar um mastologista para acompanhamento e exame anual.

Fatores de risco

Inúmeros fatores podem contribuir para aumentar o risco de um câncer de Mama, entre eles estão:

Histórico familiar: Histórico de câncer de mama e ovário em parentes de até terceiro grau são considerados
fatores de risco.

Idade: As mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas. Isso porque a exposição ao
hormônio estrógeno está no auge com a chegada dessa idade.

Menstruação precoce: No início do período menstrual o corpo da mulher passa a produzir


quantidades maiores do hormônio estrógeno, que em quantidades alteradas facilita a
proliferação desordenada de células mamárias, resultando em um tumor. Quanto mais intensa e
duradoura é a ação do hormônio nas células mamárias, maior é a probabilidade de um tumor.
Se a primeira menstruação ocorre por volta dos 9 ou 10 anos de idade, é porque os ovários
intensificaram a produção do hormônio cedo e, assim, o organismo ficará exposto ao estrógeno
por mais tempo no decorrer da vida.

Menopausa tardia: enquanto a menstruação não cessa, os ovários continuam a produzir o


estrógeno, deixando as glândulas mamárias mais expostas ao crescimento celular desordenado.
Reposição hormonal: a reposição hormonal é usada para diminuir os sintomas da menopausa. Mas
essa reposição - principalmente de esteroides, como estrógeno e progesterona - pode aumentar
as chances. Na menopausa, os tecidos ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os
níveis desse hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo ovário. Como
alternativa à reposição hormonal, é indicada a prática de exercícios físicos e uma dieta
balanceada.

Colesterol alto: O colesterol é a gordura que serve de matéria prima para a fabricação do
estrógeno. Dessa forma, mulheres que altos níveis de colesterol tendem a produzir esse
hormônio em maior quantidade, aumentando o risco de câncer de mama.

Obesidade: O excesso de peso é um fator de risco para o câncer de mama principalmente após a
menopausa. Isso porque a partir dessa idade o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova
fábrica de hormônios. Sob a ação de enzimas, a gordura armazenada nas mamas, por exemplo,
é convertida em estrógeno. O alerta é mais sério para aquelas que apresentam um índice de
massa corporal (IMC) igual ou superior a 30.

Sintomas
Sintomas do câncer de mama variam conforme o tamanho e estágio do tumor. A maioria dos
tumores da mama, quando iniciais, não apresenta sintomas, quando já perceptíveis ao toque do
dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ - o que já é uma lesão muito grande. Por isso é
importante fazer os exames preventivos (como a mamografia) na idade adequada, antes do
aparecimento deste e de qualquer outro sintoma do câncer de mama.
Diagnóstico
Além da mamografia, ressonância magnética, ecografia e outros exames de imagem que podem
ser feitos para identificar uma alteração suspeita de câncer de mama, caso ocorra alteração é
necessário fazer uma biópsia do tecido coletado da mama. Nesse material da biópsia é que a
equipe médica identifica se as células são tumorosas ou não.

Tratamentos:
Os tratamentos para o câncer de mama resumem-se em clínicos e cirúrgicos. Os cirúrgicos
envolvem os tratamentos conservadores, aqueles que preservam a mama como as
tumorectomias, quadrantectomias e os radicais - conhecidos como mastectomias. Em alguns
casos o câncer pode “metastatizar” para a axila, portanto a avaliação axilar pode ser feita
através do linfonodo axilar ou dissecção axilar quando a sentinela possui células neoplásicas.
Hoje em dia, há uma modalidade conhecida como oncoplásticas, ou seja, tratamentos
conservadores que usam técnicas de cirurgia plástica para o tratamento do câncer de mama.

Com isso obtém-se um tratamento oncologicamente eficaz e permite-se um efeito estético


satisfatório para a paciente, mesmo porque este tratamento permite igualar cirurgicamente a
mama contralateral. Nos casos das mastectomias é importante salientar que todas as mulheres
têm o direito da reconstrução mamária.

O tratamento clínico envolve vários tipos de medicamentos chamados quimioterápicos e

hormonioterápicos, cada qual com sua função e efeito colateral,

Além disso, existe a radioterapia que deve ser empregada na sequência do tratamento cirúrgico,

conservador ou em casos específicos de câncer avançado.

Famosas na luta contra o Câncer de Mama

Joana Fomm - A atriz foi diagnosticada em 2007, precisou

fazer dupla mastectomia e ficou cinco anos afastada da TV.

Ela tinha dois tumores em um seio e três no outro, mas hoje está

curada da doença.
Patrícia Pillar - Em 2002, a atriz revelou que estava com tipo

raro de câncer de mama, chamado doença de Paget. No caso de

Patrícia, a doença se instalou no mamilo e ela suspeitou que os

sintomas eram de uma simples dermatite, mas eram de câncer.

A atriz precisou ser operada e também fez quimioterapia.

Elba Ramalho - Ela descobriu um nódulo no seio em 2010.

Foi operada para retirá-lo e depois continuou o tratamento por

meio de radioterapia.

Números do Câncer de Mama no Brasil


O Câncer de Mama é um dos tipos de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no
Brasil, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também
acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

Os casos são relativamente raros antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce
progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua
incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Foi feito a estimativa para o ano de 2018 de 59.700 novos casos (INCA)
Apesar de ainda existir uma alta taxa de letalidade, quando diagnosticado precocemente é uma
doença tratável com alto índice de sucesso.

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