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Direito Tributário ICMS/SP

Resolução de Questões FCC


Prof. George Firmino – Aula 00

AULA 00 – Aula Demonstrativa

Sumário Página
Apresentação 01
Informações sobre o curso 03-05
Apresentação das questões 06-19
Gabarito 19
Questões comentadas 20-83

Apresentação

Olá, colega concurseiro(a)!


É com enorme satisfação que inicio este curso voltado para o
concurso de Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP.
Foi dada a largada! Já saiu a autorização para a realização do
concurso. São 885 vagas e você tem que garantir uma delas!!!!
O cargo de AFR/SP apresenta inúmeros atrativos e, por isso, os
candidatos têm apresentado um nível altíssimo de preparação na
briga por uma vaga.
Por esta razão, estudar para este concurso não pode se limitar
ao material teórico. O nível de preparação dos candidatos não
permite mais que você seja aprovado em um certame como este
apenas livrando a nota de corte. É necessário fazer a diferença
naquelas matérias-chave.
Mas para fazer essa diferença é fundamental conhecer bem a
banca examinadora. As bancas possuem formas distintas de cobrar a
matéria. Algumas se limitam ao conteúdo da lei, outras vão além e
exigem que o candidato conheça as decisões dos tribunais superiores
em relação a determinado tema (jurisprudência do STF e STJ).
Nessa linha, o nosso objetivo aqui é conhecer a forma como a
Fundação Carlos Chagas, a famosa FCC, costuma exigir a matéria de

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Direito Tributário. E não há maneira melhor de conhecê-la do que


pela resolução de questões de concursos anteriores.
Resolveremos aqui centenas de questões, de tal forma que você
chegará à prova com bastante segurança.
Antes de iniciar os comentários sobre o nosso curso, gostaria de
fazer uma breve apresentação pessoal.
Atualmente exerço o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal
do Brasil. Atuei inicialmente como parecerista em processos de
restituição e compensação tributária, bem como na orientação aos
contribuintes em questões que envolviam a interpretação da
legislação tributária. Após 2 anos como parecerista, passei a exercer
minhas atividades na malha fiscal e na fiscalização do Imposto de
Renda Pessoa Física, onde acumulo a Chefia da Equipe de Fiscalização
(pessoa física e jurídica).
Porém, antes de tomar posse no meu atual cargo, passei por
uma verdadeira jornada como concurseiro. Iniciei minha experiência
em concursos no ano de 2000, quando fui aprovado na Caixa
Econômica Federal, onde trabalhei por 8 anos.
Ainda trabalhando na CEF, iniciei meus estudos rumo ao sonho
de ser AFRF, período em que participei de alguns concursos. Nesse
intervalo, obtive aprovação nos seguintes certames:

Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil 2009, classificado na


68ª posição e obtendo a 5ª maior nota nacional na prova
discursiva;

Agente Fiscal de Rendas da SEFAZ/SP (ICMS/SP) 2009;

Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRF) 2009;

Auditor Fiscal de Ipojuca/PE 2009;

Auditor Fiscal de Abreu e Lima/PE 2008 (1º lugar);

Gestor da Secretaria de Administração/PE 2009;

Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda 2009.

Espero dividir com você, amigo concurseiro, a experiência


adquirida ao longo da minha preparação, pois sei exatamente o que
se passa “do outro lado”: as expectativas, as dificuldades, os sonhos.

Bom, feitas as apresentações iniciais, vamos à proposta do


nosso curso.

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Informações sobre o curso

1. Divisão das aulas


Nosso curso será ministrado ao longo de 10 aulas, incluindo
esta aula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo:

AULA Assunto Data


Aula 00 Tributos: definição e espécies. 26/10/2012
Sistema Tributário Nacional. Princípios
Gerais. Limitações ao poder de tributar.
Aula 01 02/11/2012
Competência tributária. Capacidade
tributária.
Impostos da União, dos Estados, do DF e
Aula 02 dos Municípios. Repartição das receitas 09/11/2012
tributárias.
Legislação tributária: vigência, aplicação,
interpretação e integração. Métodos de
Aula 03 16/11/2012
interpretação (sistemática, teleológica e
outras). Convênios estaduais – CONFAZ.
Obrigação tributária: principal e acessória.
Aula 04 Fato gerador. Incidência e não incidência. 23/11/2012
Isenção. Imunidade. Domicílio Tributário.
Sujeito ativo. Sujeito passivo: contribuinte
e responsável. Responsabilidade solidária,
Aula 05 30/11/2012
responsabilidade de terceiros e
responsabilidade por infrações.
Sujeição ativa e passiva. Responsabilidade
Aula 06 07/12/2012
tributária.
Crédito tributário: lançamento – efeitos e
Aula 07 14/12/2012
modalidades.
Suspensão da exigibilidade do crédito
Aula 08 tributário. Extinção do crédito tributário. 21/12/2012
Exclusão do crédito tributário.
Administração tributária – fiscalização,
regulamentação, competência, limites,
Aula 09 28/12/2012
procedimentos. Dívida ativa – certidão
negativa.

Conforme exposto, resolveremos as questões separando-as por


assunto. Com isso, abordaremos cada tópico do conteúdo
programático, analisando como a FCC costuma exigi-lo.
Hoje em dia, foi criado o que se costuma chamar de
“jurisprudência da banca”. Ou seja, cada banca tem uma forma
peculiar de abordar um assunto e firmar seu posicionamento sobre

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determinado tema. Por isso, considero de grande importância estudar


as questões de cada assunto separadamente, a fim de facilitar o
entendimento e permitir o conhecimento mais aprofundado da banca.

2. Método de resolução das questões


Sugiro que durante o nosso curso você adote a seguinte
metodologia: as questões serão apresentadas em sequência, sem
gabarito ou comentários, por isso, recomendo que você imprima a
lista com as questões e as resolva, procedendo, posteriormente, à
correção e revisão através dos comentários.

3. Abordagem
Não obstante se tratar de um curso voltado para resolução de
questões da FCC, ao abordar determinados temas, apresentarei
algumas questões de outras bancas, notadamente da ESAF, CESPE e
FGV. Isso servirá para ilustrar algum posicionamento que, mesmo
não tendo sido adotado pela FCC, se mostre como uma tendência das
bancas e, assim, poderá ser objeto de questões futuras da própria
Fundação Carlos Chagas.
As questões foram ordenadas da forma mais didática possível,
o que torna possível o estudo de modo sequenciado. Você perceberá
que nas questões que introduzem determinado assunto, os
comentários serão mais prolongados, a fim de abordar da
maneira mais completa o tema. Isso ajuda aqueles que costumam
estudar a matéria através de questões, mas também permite uma
revisão completa para aqueles que utilizam as questões para firmar o
conhecimento.

4. Legislação aplicável
Como base do nosso estudo, utilizaremos frequentemente a
Constituição Federal e o Código Tributário Nacional (CTN – Lei 5.172,
de 25 de outubro de 1966). Por isso, é recomendado que você os
tenha sempre que for acompanhar as aulas, de preferência
impressos, pois podem ser feitas anotações e destaques para
consultas posteriores. Você pode acessá-los e imprimi-los nos
seguintes links:
Constituição Federal de 1988
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituiçao.htm
Código Tributário Nacional
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm

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5. Suporte
Por fim, prezado aluno, informo que nosso estudo não se limita
à apresentação das aulas ao longo do curso. É mais do que natural
que você tenha dúvidas, mas elas não podem permanecer até o dia
da prova, não é mesmo? Então, estarei sempre à disposição para
responder aos seus questionamentos através do fórum de cada aula.
Todos têm dúvidas. Errar é comum, quando se está tentando
aprender. O que não pode acontecer é você guardar sua dúvida ao
invés de expor a sua dificuldade.
Conte comigo!
Nada será mais gratificante para mim do que receber um e-mail
trazendo a notícia da sua aprovação.

Concluídas as nossas considerações iniciais, passemos ao que


interessa!

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LISTA DE QUESTÕES
Aula 00: Conceito e classificação dos tributos

Questão 01 – (FCC) São Paulo - Inspetor Fiscal/98

O Direito Tributário tem por objeto do seu conhecimento o capítulo:


a) das receitas derivadas
b) das receitas originárias
c) Dos empréstimos públicos
d) Da previsão orçamentária
e) Dos créditos públicos

Questão 02 – (FCC) Auditor Fiscal Tributário Municipal – SP/2007

Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser conceituada


como tributo, é preciso que, além de ser cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não sanção
de ato ilícito e esteja instituída em lei.
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de
ato ilícito e esteja instituída em lei.
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção de
ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

Questão 03 – (FCC) Procurador do Estado PGE-SE/2005

Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código


Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ato ilícito.
b) está submetido à reserva legal.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza.
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Questão 04 – (FCC) Procurador Recife-PE/2003

Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário


Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ilícito.
b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza.
d) está submetido à reserva legal.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

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Questão 05 – (FCC) Subprocurador TCE-SE/2002

Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código Tributário


Nacional, é correto afirmar que o
a) fato jurídico legalmente definido, com conteúdo econômico, para a exigência de
tributo, pode ser qualificado como sanção de ato ilícito.
b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
c) tributo pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) tributo está submetido à reserva legal.
e) tributo é toda prestação pecuniária facultativa.

Questão 06 – (FCC) Auditor TCE-AL/2008

Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3º do Código Tributário


Nacional, é correto afirmar:
a) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de exigência de
imposto de importação em razão de crime de contrabando.
b) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto sobre
propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa plenamente
vinculada quem realiza o lançamento tributário.
c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por exemplo, parte
da produção de uma indústria para pagamento de imposto sobre produto
industrializado.
d) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê
exceções.
e) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas hipóteses de
tributos com lançamento por homologação.

Questão 07 – (FCC) Procurador - Teresina/2010

A partir do conceito legal de tributo, é possível afirmar que a multa NÃO é


espécie de tributo porque o tributo
a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste desta
obrigatoriedade.
b) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa pode
ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
c) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato
ilícito.
d) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não é
compulsória, dependendo de condenação administrativa.
e) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa, que
só pode ser objeto de anistia.

Questão 08 – (FCC) SEFAZ-DF/2001

As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque:
a) não são passíveis de inscrição como dívida ativa.
b) obedecem ao princípio da legalidade.
c) constituem sanções por atos ilícitos.
d) observam o princípio da anterioridade.
e) são aplicadas pelos agentes da fiscalização.

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Questão 09 – (FCC) Procurador – Prefeitura de Santos/2002

Considere:
I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição ou ao
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos, de acordo com
determinada linha política de ação, a exemplo de uma tributação maior sobre bens
supérfluos e menor para bens necessários.
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de serem sujeito
ativo desses tributos - que arrecadam em benefício de suas próprias finalidades -
pessoas diversas da União, Estados e Municípios.
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como
a) contribuições e extrafiscais.
b) parafiscais e especiais.
c) extrafiscais e parafiscais.
d) especiais e extraordinários.
e) fiscais e empréstimos compulsórios.

Questão 10 – (ESAF) ATRF/2009

“A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras,


fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria
no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro
entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com
base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do
Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito
nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos
desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida
vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo
tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter essa mesma
alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe “A”, ou seja,
com menor consumo de energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma
alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site
www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009).
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto
sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem,
aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a
notícia mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas produtos
de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da capacidade
tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas categorias de
geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um produto
impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla tributação da
mesma base econômica.
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria e,
consequentemente, dos consumidores.

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Questão 11 – (FCC) Auditor de Contas Públicas – TCE PB/2006

São tributos vinculados:


a) a taxa, o imposto e a contribuição de melhoria.
b) a taxa e os impostos diretos.
c) os impostos diretos e os indiretos.
d) a contribuição de melhoria e os impostos indiretos.
e) a taxa e a contribuição de melhoria.

Questão 12 – (FCC) Procurador TCE – CE/2006

São características comuns aos impostos, taxas e contribuições de


melhoria:
a) todos têm competência comum.
b) todos são vinculados a uma prévia atividade estatal.
c) todos têm sempre relação com serviço público.
d) todos são compulsórios.
e) todos se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal, sem exceção.

Questão 13 – (FGV) Fiscal de Rendas – RJ/2007

O art. 5º do Código Tributário Nacional determina que os tributos se


dividem em:
a) impostos, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos
compulsórios.
b) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria.
c) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições de melhoria e empréstimos
compulsórios.
d) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos compulsórios.
e) impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Questão 14 – (FCC) Auditor Fiscal - SEFAZ – RO/2010

Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo considera-


se, em regra,
a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes.
b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos.
c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária.
e) a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Questão 15 – (FCC) Procurador do Estado – SE/2005

A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da arrecadação
c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características formais
adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação

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Questão 16 – (FCC) Auditor de Contas Públicas TCE – PB/2006

À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da


arrecadação do tributo é:
a) irrelevante em qualquer hipótese
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório
d) relevante, em se tratando de imposto
e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa

Questão 17 – (CESPE) Analista - SEBRAE/2010

Julgue a assertiva.
Para se distinguir um imposto de uma taxa ou de uma contribuição, é fundamental
examinar o fato gerador do tributo, bem como a destinação legal do produto da sua
arrecadação.

Questão 18 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010

Existem inúmeras classificações para os tributos. Duas podem ser citadas como
muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e não vinculado. A
outra considera o tributo quanto à destinação específica do produto da arrecadação.
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do produto
da arrecadação
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.

Questão 19 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009

O princípio da capacidade contributiva:


a) aplica-se somente às contribuições
b) não se aplica às penalidades tributárias
c) aplica-se somente aos impostos
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais

Questão 20 – (ESAF) AFRF/2009

Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto:


a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado;
este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das pessoas que dela se
aproveitam
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode consistir
no exercício regular do poder de polícia
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode consistir
na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de serviço público
específico, divisível ou não
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e não
com as taxas
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular quando
desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável, com
observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como
discricionária, sem abuso ou desvio de poder

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Questão 21 – (FCC) Analista de Regulação - CE/2006

Segundo o Código Tributário Nacional, a taxa pode ter como fato gerador
a) a prestação de serviço público divisível ou indivisível, prestado efetivamente ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
b) o exercício regular do poder de polícia, desde que específico e divisível, prestado
efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
c) a realização de obra pública, como por exemplo, pavimentação asfáltica, desde
que gere valorização imobiliária ao proprietário do imóvel adjacente à obra.
d) a prestação de serviço público indivisível, ainda que só colocado à disposição do
contribuinte.
e) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Questão 22 - FCC – Procurador do Estado – PGE/PE (2004) – adaptada

I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a implantação ou


a melhoria do serviço estatal de segurança pública.
II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para definir
corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato gerador,
como também a base de cálculo de um determinado tributo.
III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto que
possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação estatal
específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser considerada
causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço público estatal.
IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do serviço de
coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele resolva levar o lixo
diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor cobrado é muito elevado.
a) todos itens estão corretos
b) estão corretos apenas os itens I e III
c) estão corretos apenas os itens II e IV
d) estão corretos apenas os itens II e III
e) estão corretos os itens II, III e IV

Questão 23 – (FCC) – Analista de Controle Externo – TCE GO/2009

Os tributos classificam-se em vinculados e não-vinculados. É exemplo de


tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de remunerar serviço
público:
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) a contribuição social.
e) o empréstimo compulsório.

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Questão 24 – (ESAF) Procurador – DF/2007

O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais que


estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal. Com base no
conteúdo das disposições acima referidas, assinale, entre as opções abaixo
apresentadas, a que está correta.
a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores
mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser conferido, pelo
ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à Comissão de Valores
Mobiliários.
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser sempre
remunerado mediante taxa.
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não podem ser
sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza, deve ser
retribuída, genericamente, por impostos.
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de seu
produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a órgão
público.
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem que
tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial rural.

Questão 25 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010

Segundo Geraldo Ataliba, "Não há possibilidade jurídica de confusão entre taxa e


preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do legislador em converter uma na
outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas reciprocamente repelentes e
excludentes".
Partindo deste pressuposto, é traço distintivo entre taxa e preço público o
fato da taxa
a) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado pelo Poder
Público sem exclusividade.
b) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
c) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada de
natureza não tributária.
d) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço remunerar
serviço público delegado a particular.
e) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público indivisível.

Questão 26 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AP/2009

Será remunerada por taxa a prestação


a) efetiva ou compulsória do serviço de coleta de lixo domiciliar.
b) efetiva do serviço de calçamento de logradouros.
c) compulsória do serviço de iluminação pública.
d) compulsória do serviço de limpeza das vias e logradouros públicos.
e) efetiva de uso de bem público.

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Questão 27 – (FCC) Procurador – SP/2008

Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material da


hipótese de incidência é ter piscina em imóvel localizado dentro do
Município. A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros quadrados
da piscina e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado de piscina. O
contribuinte é o proprietário do imóvel que possui piscina. Esta taxa
a) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da fiscalização que
o Poder Público tem que realizar na construção de piscinas.
b) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da prestação
efetiva do serviço de água tratada fornecida para manter a piscina.
c) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie.
d) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de polícia ou
de prestação de serviço público, sendo fato gerador de imposto.
e) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da União e
não do Município.

Questão 28 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 2ª/2007

No que diz respeito às taxas é certo que,


a) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço público, de
que decorra valorização imobiliária.
b) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica.
c) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e ser
calculadas em função do capital das empresas.
d) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do Poder
de Polícia.
e) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso de
investimento público urgente e de relevante interesse estatal.

Questão 29 – (FCC) Defensor Público – SP/2006

Considere as afirmações:
I. O tributo encontra fundamento de validade na competência tributária da pessoa
política, não havendo necessidade, para que ele seja instituído e cobrado, de que o
Poder Público desenvolva, em relação ao contribuinte, qualquer atividade
específica.
II. A Constituição Federal estabelece que, nos serviços públicos específicos e
divisíveis, a cobrança da taxa deve ser baseada na utilização, efetiva ou potencial
dos serviços pelo contribuinte.
III. A Constituição Federal traz expressa no seu texto a previsão de contribuição,
que por certo tem natureza tributária, obedece ao regime jurídico tributário e
possui uma única modalidade que é a contribuição social.
SOMENTE está correto o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.

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Questão 30 – (FCC) Analista de Regulação – CE/2006

Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa


a) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder
Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de serviço
público.
b) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como receita
derivada.
c) a taxa e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de direito
privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço público.
d) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço público
decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo Poder Público.
e) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do preço
público, que se submete ao princípio da legalidade.

Questão 31 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SP/2006

Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente,


dispõe:
a) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.
b) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o custeio
do serviço de iluminação pública.
c) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a propriedade e a
taxas pela prestação de serviços referentes a tal propriedade sub-rogam-se na
pessoa dos respectivos adquirentes.
d) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do poder de
polícia ou o exercício regular do serviço público específico e indivisível.
e) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos uns dos
outros.

Questão 32 – (FCC) Juiz Substituto – TJPE/2011

A importância paga pelos usuários de nossas rodovias a título de pedágio


qualifica-se como
a) preço público.
b) tributo.
c) taxa de serviço público.
d) contribuição de melhoria.
e) preço compulsório.

Questão 33 – (FCC) TJ AP/2011

O tributo que tem por fato gerador o exercício regular do poder de polícia,
como, por exemplo, a fiscalização dos serviços notariais e registrais, é
denominado
a) imposto.
b) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) emolumento.
e) contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica.

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Questão 34 – (FCC) Procurador Judicial - Recife/2008

NÃO se inclui entre as características do tributo contribuição de melhoria:


a) ter competência comum para instituição.
b) ser vinculada a uma atividade estatal.
c) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização imobiliária.
d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua
arrecadação.
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes à obra.

Questão 35 – (FCC) Auditor – TCE AL/2007

Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é


o fato de que as taxas
a) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram serviços
públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à disposição do
usuário.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as
contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente postos à
disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é
facultativo.
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da realização de obras
públicas.

Questão 36 – (FCC) Procurador do Estado – PGE SE/2005

Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria


é o fato de que as taxas
a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as
contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente valorização
imobiliária.
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos à
disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é
facultativo.
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm
como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

Questão 37 – (ESAF) AFTE – PA/2002

Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-jurídico é


o não enriquecimento injusto.
a) imposto
b) taxa
c) empréstimo compulsório
d) contribuição social
e) contribuição de melhoria

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Questão 38 – (FCC) Auditor – TCE SP/2008

Os empréstimos compulsórios
a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal.
b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de enxugamento da
moeda em circulação na economia, desde que sejam restituídos no prazo de dois
anos.
c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias decorrentes
de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência.
d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada
a lei que os houver instituído em casos de despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública ou guerra externa.
e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária, observando-se o
princípio da anterioridade.

Questão 39 – (FCC) Auditor de Tributos Estaduais– RO/2010

Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar que


a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma atividade
estatal.
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra pública.
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser
instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
e) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de competência
exclusiva dos Estados e Distrito Federal.

Questão 40 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas– SEFAZ SP/2009

Os Empréstimos Compulsórios
a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não sendo necessária,
nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a observância ao
princípio da anterioridade.
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observando-se a competência material de cada um desses entes
políticos.
d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas de
sua criação.
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua instituição,
a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório desvinculada da
despesa que fundamentou sua instituição.

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Questão 41 – (ESAF) Advogado – IRB/2006


A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja, aptidão
para criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre essa
afirmativa, podemos dizer que
a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser cobrada
pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se beneficiado, ou, no
caso de omissão deste, pela União.
b) as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de polícia ou
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ou postos à disposição do contribuinte.
c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será
preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de cálculo
diversa das taxas.
e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos contribuintes.

Questão 42 – (FCC) Juiz Federal – TRF 5ª/2001


As contribuições sociais, em nosso sistema tributário,
a) não têm natureza tributária.
b) somente podem ser instituídas pela União.
c) podem ser instituídas pelos Estados e Municípios, para custeio do sistema de
previdência de seus servidores.
d) previdenciárias aumentadas num exercício, só podem ser cobradas no primeiro
dia do exercício seguinte.
e) não precisam observar os princípios da legalidade e da anterioridade.

Questão 43 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2006


Sobre as contribuições relacionadas na Constituição Federal, é correto
afirmar que
a) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão
sobre as receitas decorrentes de exportação.
b) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio
econômico serão destinados, exclusivamente, para ações e serviços públicos de
saúde e para a manutenção e desenvolvimento do ensino.
c) a União tem competência privativa para instituir contribuição previdenciária dos
servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cuja alíquota não será
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
d) às contribuições sociais aplicam-se os princípios constitucionais da anterioridade
(ano-calendário) e da anterioridade nonagesimal (noventena), cumulativamente.
e) todas as contribuições relacionadas na Constituição Federal são denominadas
"contribuições parafiscais", porque ocorre o fenômeno denominado
"parafiscalidade".

Questão 44 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2009


A respeito das contribuições sobre o domínio econômico, é correto afirmar
que
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo atingir o
particular de modo específico e divisível.
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza excepcional.
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores serão
restituídos.

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Questão 45 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008

A contribuição confederativa sindical não tem caráter compulsório para os


trabalhadores não-filiados ao sindicato e não deve obediência ao princípio
constitucional tributário da legalidade.

Questão 46 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008

Por terem natureza tributária, as contribuições devidas à OAB devem ser cobradas
dos advogados inadimplentes mediante ação de execução fiscal.

Questão 47 – (FCC) Procurador – Salvador/2006

Na forma das respectivas leis, poderão instituir contribuição para o custeio


do serviço de iluminação pública:
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no
artigo 150, I e III, da Constituição Federal.
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, "b" e "c", da
Constituição Federal.
c) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no artigo 150, I e III, da
Constituição Federal.
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I e III, da
Constituição Federal.
e) a União e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, III, "b", da
Constituição Federal.

Questão 48 – (FCC) Procurador – TCE PR/2005

A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, recém introduzida em


nosso sistema tributário,
a) tem natureza extrafiscal.
b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou
Distrito Federal.
c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios.
d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos.
e) equipara-se às taxas.

Questão 49 – (FCC) Procurador – PGE MA/2003

Em nosso sistema tributário, as contribuições interventivas no domínio


econômico
a) podem ser instituídas pela União, Estados ou Municípios.
b) poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados.
c) poderão incidir sobre operações que destinem petróleo ao exterior.
d) não observam o princípio da legalidade.
e) não observam o princípio da anterioridade.

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Questão 50 – (FCC) Procurador – Recife/2003

A respeito das obrigações abaixo, é correto afirmar que


a) a contribuição de melhoria pode ser validamente instituída no caso de obra
pública de relevante interesse local, podendo, inclusive, ser cobrada antes mesmo
da realização da referida obra.
b) as tarifas estão submetidas ao regime jurídico tributário.
c) as taxas são tributos não vinculados, pois tem como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição.
d) o fato gerador dos impostos deve estar vinculado a uma atividade estatal
específica.
e) os Municípios podem instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação.

GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
A C B D D D C C C E E D E D E
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E A B C E E B C D A D D D A
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
C A B D E C E D C A B C A C C
46 47 48 49 50
E D B B E

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QUESTÕES COMENTADAS
Aula 00: Conceito e classificação dos tributos

Questão 01 – (FCC) São Paulo - Inspetor Fiscal/98

O Direito Tributário tem por objeto do seu conhecimento o capítulo:


a) das receitas derivadas
b) das receitas originárias
c) Dos empréstimos públicos
d) Da previsão orçamentária
e) Dos créditos públicos

Comentários
Para responder a esta questão, vamos relembrar algo que
aprendemos no estudo do Direito Administrativo: os regimes jurídicos
da Administração Pública.
O Estado existe para o atendimento do interesse público (interesse
primário). No entanto, como garantir o atingimento desse objetivo
quando os interesses particulares divergem do interesse público?
É justamente para conferir à Administração a garantia de atuar em
prol do interesse coletivo que o ordenamento jurídico lhe atribui uma
série de prerrogativas (privilégios). Trata-se do regime jurídico-
administrativo, regido pelas normas de Direito Público, onde o
Estado ocupa posição de superioridade em relação ao
particular.
Podemos entender melhor com o seguinte exemplo: em uma das
principais avenidas do Recife há a necessidade da construção de um
viaduto no local onde existem vários imóveis. Os moradores e
empresários locais têm o direito à propriedade, mas em decorrência
do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, o
Estado reveste-se de poderes que tornam possível o atendimento do
fim comum, qual seja: a construção do viaduto. Para isso, pode
desapropriar tais imóveis a fim de promover a construção e atender
ao interesse de toda a coletividade.
Por outro lado, o Estado também pratica atos em que não se reveste
de tais poderes, pois não atua em nome do interesse público, mas no
interesse da própria Administração (interesses secundários). Imagine
que a Prefeitura de Teresina pretenda alugar um imóvel para o
funcionamento de um de seus órgãos. Nesse caso, a Prefeitura não
atua em posição de superioridade em relação ao proprietário do
imóvel, eis que o ato não visa ao atendimento do interesse público

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primário. Trata-se, portanto, de um ato regulado pelas normas de


Direito Privado, caracterizado pela isonomia entre as partes.
Observamos, então, que nas relações jurídicas entre o Estado e os
particulares, tanto no regime de Direito Público como no Direito
Privado, a Administração pode obter receitas decorrentes dessas
relações. Temos como exemplo o aluguel de um prédio público, a
imposição de tributos, a aplicação de uma multa, etc.
Em decorrência disso, surgiu uma conhecida classificação das receitas
públicas em RECEITAS ORIGINÁRIAS e RECEITAS DERIVADAS.
As RECEITAS ORIGINÁRIAS têm origem nas relações de
Direito Privado, onde o Estado obtém valores oriundos da
exploração do seu patrimônio. É o caso de um aluguel de um prédio
público.
Já as RECEITAS DERIVADAS, derivam do poder de império do
Estado, ou seja, das relações de Direito Público, onde a
Administração atua em posição de superioridade. É o caso dos
tributos, das multas, etc.

- Relações de Direito Privado


RECEITAS - Exploração do próprio patrimônio
ORIGINÁRIAS - Isonomia entre as partes
- Ex: rendimento de aplicações

- Relações de Direito Público


RECEITAS - Poder de império do Estado
DERIVADAS - Desigualdade entre as partes
- Ex: tributos

Como vimos, há duas formas do Estado custear as suas despesas,


sendo a arrecadação tributária (classificada como receita derivada) a
fonte de receita mais expressiva.
Dessa maneira, o objeto de estudo do Direito Tributário será aquela
receita na qual estão classificados os tributos. Logo, devemos marcar
como resposta as receitas derivadas.
Gabarito: A.

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Questão 02 – (FCC) Auditor Fiscal Tributário Municipal – SP/2007

Para que uma prestação pecuniária compulsória possa ser


conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha
como objeto
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e
esteja instituída em lei.
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua
sanção de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

Comentários
A definição de tributo está expressa no Código Tributário Nacional.
Daí, verificamos que a definição de tributo é legal, ou seja, é
expressa em lei. Então vamos à nossa primeira consulta ao CTN.
Em seu art. 3º, o CTN assim define tributo:
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”

Observamos na definição legal de tributo um conjunto de termos que


precisam ser analisados individualmente para que possamos entender
o seu conceito.
Dessa forma, vamos separar as expressões e estudá-las de modo
particular. Então, assim ficará o nosso art. 3º do CTN:
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária /
compulsória,/ em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir,/ que não constitua sanção de ato ilícito,/
instituída em lei / e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.”

prestação pecuniária
A expressão “prestação pecuniária” significa que o tributo é algo pago
em dinheiro. Basta imaginarmos o que pagamos como contribuintes.
Alguma vez você já pagou o ICMS das suas compras no
supermercado com parte das mercadorias? Imagine só no momento

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do pagamento o operador do caixa, ao registrar 1kg de feijão, lhe


informar que 170 gramas ficarão retidos para pagar o ICMS...
Seria inviável não é mesmo? Por isso, a própria definição de tributo
prevê sua quitação em dinheiro.

compulsória
Temos aqui que a imposição do tributo não resulta da vontade do
contribuinte, mas, como visto, do poder de império do Estado.
A Administração Pública precisa arrecadar para custear suas despesas
e, para isso, institui os tributos, obrigando aqueles previstos em lei
(os contribuintes) ao pagamento.
Você já foi questionado alguma vez se queria pagar o imposto de
renda? Ou já chegou alguma correspondência da sua Prefeitura lhe
pedindo, por favor, que ajude com alguma doação para o IPTU?
Não, meu amigo! Isso porque o Estado não precisa pedir, por favor,
para você contribuir, pois uma vez instituído o tributo, que pela
própria definição legal é uma prestação compulsória e independente
da vontade do contribuinte, este tem o dever de pagar.

em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir


O início desta expressão apresenta certa repetição. Vimos na primeira
parte da definição que tributo é uma prestação pecuniária, portanto,
em moeda.
Com o advento da Lei Complementar 104/2001, uma controvérsia foi
levantada. Ocorre que esta LC acrescentou o inciso XI ao art. 156 do
CTN, permitindo a dação em pagamentos em bens imóveis como
forma de extinção do crédito tributário (veremos esse assunto em
mais detalhes quando abordarmos o tema crédito tributário). A
grande discussão girou em torno do conflito entre esta nova forma de
quitação do tributo (através de bens imóveis) e a previsão do art. 3º
do CTN de que o tributo é pago em moeda. No entanto, a segunda
parte da expressão permite o uso de algo que possa ter seu valor
expresso em moeda, desde que previstos no próprio CTN, como
veremos mais adiante, sendo, portanto válida.
Essa segunda parte da expressão (“cujo valor nela se possa
exprimir”) revela algo interessante.
Você pode se questionar: “Mas há algo hoje que não possa ser
expresso em moeda?”. Faz sentido o seu questionamento.
Realmente, a grande maioria das coisas pode ter seu valor expresso
em moeda, mas não foi esse o sentido que o CTN quis dar ao
conceito de tributo. Caso contrário, teríamos o pagamento de tributos

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das mais variadas formas, através da entrega de bens ou prestação


de serviços, o que não é possível.
A interpretação deste item aponta para possibilidade de se adotar
indexadores para quantificar os tributos. Vamos analisar o que
ocorreu em nosso país há algum tempo e já fixaremos o
entendimento.
No final da década de 80 até meados da década de 90, a inflação
atingia níveis altíssimos. Assim, C$500,00 um dia já não valiam a
mesma coisa no dia seguinte. Imagine agora um tributo lançado em
um determinado dia com vencimento para 15 dias. O valor do tributo,
na data do pagamento, seria apenas uma sombra do que realmente
era devido na data do lançamento. Com isso, o governo teria uma
grande perda na arrecadação, o que geraria um verdadeiro rombo
nos cofres públicos. A fim de amenizar os efeitos dos altos índices
inflacionários, foram criados alguns indexadores. A UFIR, por
exemplo, que foi criada pela Lei 8.383/91, com o seguinte enunciado:
“Art. 1º. Fica instituída a Unidade Fiscal de Referência-UFIR,
como medida de valor e parâmetro de atualização monetária
de tributos e de valores expressos em cruzeiros na legislação
tributária federal, bem como os relativos a multas e
penalidades de qualquer natureza.”
Assim, o tributo era calculado em UFIR e pago convertendo o valor
para a moeda. Como a UFIR era atualizada diariamente ou
mensalmente, dependendo do período, o valor do tributo não sofria
com o impacto inflacionário.
Depreende-se daí, o sentido da expressão “cujo valor nela se possa
exprimir”, a saber: a utilização de índices ou indexadores a fim de
quantificar o tributo, já que sua conversão em moeda é instantânea,
sendo necessária uma simples operação aritmética.

que não constitua sanção de ato ilícito


Na ocorrência de alguma infração à legislação, há diversas hipóteses
de o Estado penalizar o infrator, tais como multas, perdimento de
bens, entre outras.
Essa expressão do art. 3º é de fundamental importância para
entender que tributo e multa não se confundem. São dois
institutos distintos.
O tributo (como veremos mais adiante com a devida profundidade)
surge com a ocorrência de uma situação prevista em lei (fato
gerador) e não por ter o contribuinte cometido alguma infração.
Tributo não é punição.

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Veremos também, mais adiante, que ocorre a tributação dos


rendimentos mesmo que estes sejam oriundos de atividades ilícitas,
como o tráfico de drogas, por exemplo. Isto porque não se está
punindo o infrator com o tributo. A punição pela atividade ilícita virá
na esfera correspondente (penal). O tributo surge pela ocorrência do
fato gerador (obter rendimentos). Esse tema será bem detalhado
mais à frente. Por ora, guardem que o tributo não é punição.
Ao contrário, as multas (inclusive as tributárias) surgem em virtude
do descumprimento da legislação, o que as caracteriza como sanção
(punição) ao ato ilícito (descumprimento da lei).
A fim de ilustrar a diferenciação entre tributo e multa, trago um
trecho de decisão do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE
94.001/SP. Eis o voto do relator, Ministro Moreira Alves:
“O art. 3º do CTN não admite que se tenha como tributo
prestação pecuniária compulsória que constitua sanção de
ato ilícito. O que implica dizer que não é permitido, em nosso
sistema tributário, que se utilize de um tributo com a
finalidade extrafiscal de se penalizar a ilicitude. Tributo não é
multa, nem pode ser usado como se o fosse. Se o município
quer agravar a punição de quem constrói irregularmente,
cometendo ilícito administrativo, que crie ou agrave multas
com essa finalidade. O que não pode – por ser contrário ao
art. 3º do CTN, e, conseqüentemente, por não se incluir no
poder de tributar que a Constituição Federal lhe confere – é
criar adicional de tributo para fazer as vezes de sanção
pecuniária de ato ilícito.”

instituída em lei
O art. 5º, II, da Constituição Federal determina que ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
lei. É o conhecido princípio da legalidade.
Verificamos anteriormente que o tributo é uma prestação compulsória
e, portanto, obriga o contribuinte ao pagamento. Dessa forma, em
obediência à CF/88, há que se observar a sua previsão em lei. É
necessária, portanto, uma lei para instituir o tributo. Tal previsão
pode ser estabelecida em lei ordinária ou lei complementar, a
depender do tributo, ou, ainda, ato normativo com força de lei, que é
o caso das medidas provisórias, conforme disposição no art. 62, da
CF, caput e §2º. Dessa forma, é vedada a instituição de tributos por
atos infralegais, aqueles que se encontram hierarquicamente abaixo
das leis, como é caso dos decretos.

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cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada


De acordo com o que estudamos no Direito Administrativo, os atos
administrativos podem ser classificados em vinculados e
discricionários, de acordo com a margem que a lei confere ao
servidor para decidir certos elementos.
A cobrança do tributo é vinculada, conforme determinação do CTN.
Ou seja, não resta qualquer margem de decisão para a autoridade
que irá efetuar o lançamento do tributo. Todos os aspectos do tributo
(fato gerador, alíquota, base de cálculo, contribuintes) são definidos
na legislação e cabe à autoridade que efetuará o lançamento
obedecer à lei.
Não pode o servidor, na atividade de cobrança do tributo, decidir qual
o valor vai cobrar e de quem vai cobrar. Ele está estritamente
vinculado à determinação legal.
Analisadas as partes que compõem o conceito de tributo, vamos
resumir de forma gráfica:

prestação pecuniária que não constitua


sanção de ato ilícito

compulsória
TRIBUTO instituída em lei

em moeda ou cujo
valor nela se possa cobrança plenamente
exprimir vinculada

Cabe aqui uma observação importante. Para ser considerada


tributo, a prestação deve cumprir TODAS as exigências do CTN
em seu art. 3º: 1) pecuniária; 2) compulsória; 3) em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir; 4) que não constitua sanção de ato
ilícito; 5) instituída em lei; e 6) cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Por esta razão, apenas a alternativa C está correta, eis que as demais
não atendem a todos os requisitos previstos no art. 3º do CTN.
Gabarito: C.

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Questão 03 – (FCC) Procurador do Estado PGE-SE/2005

Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do


Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ato ilícito.
b) está submetido à reserva legal.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Comentários
Alternativa A – Errada. A obrigação tributária surge com a
ocorrência do fato gerador e não para punir o contribuinte. Essa é
exatamente uma das características do tributo: ele não é punição
por ato ilícito.
Alternativa B – Correta. Na definição do CTN, o tributo é uma
prestação instituída em lei. É importante observar que lei, aqui,
corresponde a ato normativo com força de lei (lei ordinária,
complementar ou medida provisória em alguns casos). Não é possível
em nosso ordenamento jurídico a exigência de um tributo que não
esteja previsto em lei, mas em um ato infralegal, como um decreto,
por exemplo.
Alternativa C – Errada. Como vimos na questão anterior, o tributo
não pode ser pago em serviços, eis que representa prestação paga
em moeda ou, excepcionalmente, em algo que possa ter seu valor
expresso e que esteja previsto no CTN. Atualmente, a única
possibilidade é a dação em pagamento em bens imóveis.
Alternativa D – Errada. A cobrança do tributo é vinculada, conforme
determinação do CTN. Ou seja, não resta qualquer margem de
decisão para a autoridade que irá efetuar o lançamento do tributo.
Todos os aspectos do tributo (fato gerador, alíquota, base de cálculo,
contribuintes) são definidos na legislação e cabe à autoridade que
efetuará o lançamento obedecer à lei. Não pode o servidor, na
atividade de cobrança do tributo, decidir qual o valor vai cobrar e de
quem vai cobrar. Ele está estritamente vinculado à determinação
legal.
Alternativa E – Errada. O CTN define tributo como prestação
compulsória. Ou seja, independente da vontade do contribuinte.
Ninguém paga tributo porque quer, mas pela imposição legal.
Gabarito: B.

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Resolução de Questões FCC
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Questão 04 – (FCC) Procurador Recife-PE/2003

Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código


Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo
a) pode constituir sanção de ilícito.
b) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.
c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer
natureza.
d) está submetido à reserva legal.
e) é toda prestação pecuniária facultativa.

Comentários
Você percebeu que esta questão é praticamente idêntica à anterior?
Já podemos observar que a FCC costuma repetir questões. Daí a
importância de resolvê-las de forma exaustiva, de modo a ganhar
pontos de maneira mais rápida nas provas.
Valem aqui os mesmo comentários efetuados na questão anterior.
Alternativa A – Errada. Tributo não é punição por ato ilícito,
dada a vedação expressa no art. 3º do CTN.
Alternativa B – Errada. A cobrança do tributo é realizada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada, e não discricionária.
Alternativa C – Errada. O tributo não pode ser pago em serviços, eis
que representa prestação pecuniária, paga em moeda ou,
excepcionalmente, em algo que nela possa ter seu valor expresso e
que esteja previsto no CTN.
Alternativa D – Correta. Afirmar que o tributo se submete à reserva
legal significa dizer que o tributo necessita de lei para ser instituído.
Essa definição se enquadra nos requisitos do art. 3º do CTN, que
acabamos de estudar.
Alternativa E – Errada. O tributo é prestação obrigatória. Independe
da vontade do contribuinte. Logo, não é facultativa.
Gabarito: D.

Questão 05 – (FCC) Subprocurador TCE-SE/2002

Sobre o conceito de tributo, definido no artigo 3º do Código


Tributário Nacional, é correto afirmar que o
a) fato jurídico legalmente definido, com conteúdo econômico, para a
exigência de tributo, pode ser qualificado como sanção de ato ilícito.
b) tributo deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente
discricionária.

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c) tributo pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de


qualquer natureza.
d) tributo está submetido à reserva legal.
e) tributo é toda prestação pecuniária facultativa.

Comentários
Mais uma vez a FCC adota a mesma questão. Observe que foi
aplicada em 2002, 2003 e 2005. De vez em quando aparecem
questões que já foram cobradas em outros concursos. Logo, o
candidato que resolveu mais questões sairá na frente.
A FCC utiliza muito essa expressão: “tributo está submetido à
reserva legal”. Guarde-a para a prova.
Na verdade, seria mais correto dizer que a instituição de tributos está
sujeita à reserva legal, eis que nem todos os aspectos relativos aos
tributos dependem de lei em sentido estrito.
Veremos ao longo do curso que algumas disposições podem ser
veiculadas em ato infralegal. Como exemplo, temos o
estabelecimento do prazo para recolhimento do tributo, que pode ser
definido via ato infralegal.
Gabarito: D.

Questão 06 – (FCC) Auditor TCE-AL/2008

Sobre o conceito legal de tributo, descrito no art. 3º do Código


Tributário Nacional, é correto afirmar:
a) Pode ser considerado sanção por ato ilícito, como na hipótese de
exigência de imposto de importação em razão de crime de contrabando.
b) Na hipótese de lançamento por homologação, como é o caso do imposto
sobre propriedade territorial urbana, não é a autoridade administrativa
plenamente vinculada quem realiza o lançamento tributário.
c) Admite como forma de pagamento a entrega de coisa, como, por
exemplo, parte da produção de uma indústria para pagamento de imposto
sobre produto industrializado.
d) Via de regra é instituído mediante lei, mas a Constituição Federal prevê
exceções.
e) É prestação pecuniária voluntária prestada pelo contribuinte, nas
hipóteses de tributos com lançamento por homologação.

Comentários
Alternativa A – Errada. Tributo não é sanção por ato ilícito. Essa
afirmação decorre do próprio conceito definido no art. 3º do CTN.
Pode ocorrer a tributação mesmo quando o contribuinte praticar
atividade criminosa. A punição pela prática da infração virá na esfera

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correspondente (penal). O fato gerador da obrigação tributária não é


o mesmo fato da conduta criminal.
Por exemplo, auferir rendimentos oriundos do contrabando não se
confunde com contrabandear. O contrabando é atividade criminosa,
mas os rendimentos obtidos com esta prática estão sujeitos à
incidência do imposto de renda, já que auferir renda não é atividade
ilícita.
No exemplo dado na alternativa, não haverá incidência do imposto de
importação como forma de punir o criminoso, mas sim aplicada a
pena de perdimento das mercadorias, além da responsabilização pela
prática do crime na esfera penal. Tal entendimento tem sede legal e
está previsto no art. 118 do CTN.
Alternativa B – Errada. Esse assunto será estudado mais à frente,
quando tratarmos do lançamento. A alternativa apresenta dois erros:
primeiro que o IPTU é tributo sujeito a lançamento de ofício e não por
homologação; em segundo lugar, nos termos do art. 142 do CTN, o
lançamento é ato privativo da autoridade administrativa.
Alternativa C – Errada. O art. 3º do CTN dispõe que o tributo é
prestação em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir. Ocorre que
a grande maioria das coisas pode ter seu valor expresso em moeda.
A interpretação deste item não aponta para a possibilidade de se
pagar os tributos com mercadorias ou serviços, mas a de adotar
indexadores para quantificá-los. Usamos exatamente este exemplo
na questão 02, que seria inviável pagar o ICMS com parte das
mercadorias.
Alternativa D – Correta. Na verdade, apesar de considerada correta
pela FCC, esta alternativa comporta uma ressalva. Ela trata do
princípio da legalidade, que veremos na próxima aula. Versa o
princípio que os entes tributantes não podem exigir ou majorar
tributos sem lei que os estabeleça.
Todo e qualquer tributo requer a edição de lei para a sua instituição.
Excepcionalmente, podem ser instituídos por medida provisória.
Há que se observar que, apesar de ser ato expedido pelo Poder
Executivo, a medida provisória tem força de lei. Sendo assim, a
instituição de tributos requer a edição de ato com força de lei, vale
dizer, capaz de inovar no ordenamento jurídico.
O motivo que levou a FCC a considerar correta, ao chamar a medida
provisória de exceção, foi justamente a participação do Poder
Legislativo na sua elaboração. Assim, considerou lei como ato
elaborado pelo Legislativo.
Alternativa E – Errada. Independente da modalidade de lançamento
a que se sujeita o tributo, o CTN o define como prestação

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compulsória. A modalidade de lançamento, seja ela qual for, não tem


o condão de afastar as exigências do art. 3º do CTN.
Gabarito: D.

Questão 07 – (FCC) Procurador - Teresina/2010

A partir do conceito legal de tributo, é possível afirmar que a multa


NÃO é espécie de tributo porque o tributo
a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste
desta obrigatoriedade.
b) é cobrado mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a
multa pode ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
c) não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de
ato ilícito.
d) é prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa
não é compulsória, dependendo de condenação administrativa.
e) pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da
multa, que só pode ser objeto de anistia.

Comentários
O elemento diferenciador entre tributo e multa é a sanção por ato
ilícito, nos termos do art. 3º do CTN. A multa é exatamente aquilo o
que o tributo está proibido de ser: sanção por ato ilícito.
No entanto, os dois institutos se assemelham em outro aspecto
previsto no mesmo art. 3º do CTN: prestação pecuniária.
Alternativa A – Errada. A Constituição Federal determina que
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude lei. Nessa linha, qualquer imposição deve ser veiculada
mediante ato capaz de inovar no ordenamento, vale dizer, capaz de
criar direitos e obrigações. Dessa forma, tanto tributo quanto multa
exigem a edição de lei.
Alternativa B – Errada. A cobrança, seja ela do tributo ou da multa,
representa atividade vinculada. Não pode a autoridade fiscal alterar o
valor devido com base nas normas legais por conveniência e
oportunidade.
Alternativa C – Correta. Esse é o elemento diferenciador entre
tributo e multa: a sanção por ato ilícito. O tributo não pode ter essa
característica. Por outro lado, a multa surge exatamente para se
revestir desse elemento.
Alternativa D – Errada. Ambos os institutos são prestação
obrigatória. A assertiva tenta levar o candidato ao erro pela noção de
que geralmente se recorre das multas, como por exemplo, as multas
de trânsito, o que levaria a uma decisão administrativa sobre a

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validade ou não da penalidade. Ocorre que o tributo também pode


ser questionado. Veremos mais adiante que há situação em que o
contribuinte pode apresentar impugnação, seja de tributo ou de
multa.
Alternativa E – Errada. Deixaremos para entrar nos detalhes desses
institutos (compensação, anistia e remissão) no momento oportuno.
Neste momento, cabe lembrar que o elemento que diferencia tributo
e multa é a sanção por ato ilícito.
Gabarito: C.

Questão 08 – (FCC) SEFAZ-DF/2001

As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões,


porque:
a) não são passíveis de inscrição como dívida ativa.
b) obedecem ao princípio da legalidade.
c) constituem sanções por atos ilícitos.
d) observam o princípio da anterioridade.
e) são aplicadas pelos agentes da fiscalização.

Comentários
Como acabamos de ver, tributo se diferencia da multa no que diz
respeito à sanção por ato ilícito, enquanto o tributo não pode
apresentar essa característica, a multa existe justamente por
apresentá-la. No que diz respeito ao aspecto pecuniário, tributo e
multa constituem obrigação tributária principal, eis que esta
corresponde a pagamento.
Assim, temos o seguinte esquema:

NÃO É SANÇÃO É SANÇÃO POR


POR ATO ILÍCITO ATO ILÍCITO

ELEMENTO DIFERENCIADOR
(art. 3º do CTN)

TRIBUTO MULTA

SEMELHANÇA
(art. 113, § 1º do CTN)

OBRIGAÇÃO
Gabarito: C. TRIBUTÁRIA PRINCIPAL

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Questão 09 – (FCC) Procurador – Prefeitura de Santos/2002

Considere:
I. Tributos que resultam de uma imposição estatal visando à restrição ou ao
desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos, de
acordo com determinada linha política de ação, a exemplo de uma
tributação maior sobre bens supérfluos e menor para bens necessários.
II. Tributos que decorrem da atribuição, pela lei, da capacidade de serem
sujeito ativo desses tributos - que arrecadam em benefício de suas próprias
finalidades - pessoas diversas da União, Estados e Municípios.
Esses tributos são conhecidos, respectivamente, como
a) contribuições e extrafiscais.
b) parafiscais e especiais.
c) extrafiscais e parafiscais.
d) especiais e extraordinários.
e) fiscais e empréstimos compulsórios.

Comentários
Apesar de o CTN apresentar uma classificação para os impostos, a
separação dos tributos de maneira geral em função de alguns
aspectos tem origem na doutrina, tanto do próprio Direito Tributário
como de outros ramos do Direito, como o Direito Financeiro, por
exemplo, que estuda, dentre outros temas, as receitas públicas.
Essa questão requer o conhecimento específico da classificação
doutrinária dos tributos em função do objetivo da sua instituição.
Quanto a esse aspecto, os tributos podem ser fiscais, extrafiscais ou
parafiscais.
FISCAIS: os tributos são considerados fiscais quando seu principal
objetivo é arrecadar, ou seja, gerar renda para que o Estado possa
abastecer os cofres públicos a fim de cobrir seus gastos. Como
exemplos podemos destacar o ICMS e o Imposto de Renda.
EXTRAFISCAIS: podem ser classificados nesta categoria os tributos
cuja finalidade principal não é arrecadar, mas regular algum setor
econômico ou social, ou, ainda, estimular certo comportamento entre
os consumidores. É o caso do Imposto de Importação que, muitas
vezes, serve para proteger a indústria nacional.
Ressaltamos que o caráter fiscal ou extrafiscal de um determinado
tributo define sua finalidade principal, mas não caracteriza a sua
plenitude. É o que ensina Paulo de Barros Carvalho:
“Não existe, porém, entidade tributária que se possa dizer
pura, no sentido de realizar tão só a fiscalidade, ou,
unicamente, a extrafiscalidade. Os dois objetivos convivem
harmônicos, na mesma figura impositiva, sendo lícito apenas
verificar que um predomina sobre o outro.” (CARVALHO, Paulo

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de Barros. Curso de Direito Tributário. 21ª edição. Saraiva, 2009,


p.256)

PARAFISCAIS: ocorre a parafiscalidade quando o ente que detém a


competência para instituir determinado tributo delega a outra
entidade a capacidade para fiscalizar e cobrar, além de destinar a
esta entidade os recursos arrecadados para o desempenho das suas
atividades institucionais. É o caso dos órgãos de fiscalização dos
conselhos de classe: CREA, CRC, CRM, etc.
Podemos verificar que o item I se refere à extrafiscalidade. Já o item
II, diz respeito à parafiscalidade.
Gabarito: C.

Questão 10 – (ESAF) ATRF/2009

“A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para


geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha
branca, que encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três
meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas
alíquotas passam a ser estabelecidas com base na eficiência energética dos
produtos, de acordo com a classificação do Programa Brasileiro de
Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-
feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando
mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale
até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI
baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter
essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada
classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe
“B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI
de 15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009).
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI –
Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções
que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é,
somente aquele que a notícia mencionada destacou.
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas
produtos de acordo com o seu grau de essencialidade.
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado.
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder
Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas
alíquotas.
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um
produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da
múltipla tributação da mesma base econômica.

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e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas


diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da
indústria e, consequentemente, dos consumidores.

Comentários
Questão onde o examinador busca verificar o conhecimento das
características inerentes ao IPI. No caso em questão, podemos
observar que as alterações ocorridas no imposto (redução das
alíquotas) não visam ao aumento da arrecadação, mas ao estímulo
do consumo de determinados bens, aqueles que consomem menos
energia elétrica.
Trata-se, portanto, do caráter extrafiscal do tributo. Nesse aspecto o
tributo é utilizado como forma de regular algum setor econômico ou
social.
Gabarito: E.

Questão 11 – (FCC) Auditor de Contas Públicas – TCE PB/2006

São tributos vinculados:


a) a taxa, o imposto e a contribuição de melhoria.
b) a taxa e os impostos diretos.
c) os impostos diretos e os indiretos.
d) a contribuição de melhoria e os impostos indiretos.
e) a taxa e a contribuição de melhoria.

Comentários
Acabamos de estudar a classificação dos tributos quanto ao objetivo.
Há diversas classificações doutrinárias para os tributos, levando em
consideração vários aspectos. Veremos cada uma na ocasião mais
adequada.
Nesta questão, especificamente, foi cobrada uma classificação que
leva em consideração o fato gerador do tributo, mais precisamente a
atuação estatal na situação que dá origem ao surgimento do tributo.
Assim, temos:
VINCULADOS: são os tributos em que o fato gerador ocorre em
função de alguma ação estatal relativa ao contribuinte. É o caso das
taxas pela prestação de algum serviço público, como taxa de coleta
de lixo, por exemplo. Note, prezado aluno, que houve uma ação do
Estado para fazer surgir o tributo, sendo, portanto, classificado como
vinculado.
Grande parcela da doutrina costuma chamar os tributos vinculados de
contraprestacionais, em virtude da contraprestação estatal que

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gera a sua cobrança. Classificam-se nesta categoria as taxas e as


contribuições de melhoria.
NÃO-VINCULADOS: são os tributos que surgem devido a alguma
ação do próprio contribuinte, independente de qualquer ação do
Estado. É o caso dos impostos. Tomemos como exemplo o imposto de
renda. Você recebe o seu suado salário já com o desconto do imposto
retido na fonte. Mas o que o Estado fez em troca para que surgisse
para você a obrigação de pagar o imposto? Absolutamente, nada!
Perceba que os impostos, tributos não-vinculados, são citados em
quatro alternativas. Podemos, então, assinalar como resposta a
alternativa E.

ATENÇÃO!!!!!!!

Não podemos confundir a classificação dos tributos em vinculados e


não-vinculados com a que define os tributos de arrecadação
vinculada e não-vinculada.
A classificação dos tributos leva em consideração à influência ou não
do Estado no fato que deu origem à cobrança do tributo.
A outra classificação define o destino da receita arrecadada. Não se
trata mais de tributo, pois o destino da arrecadação é objeto do
Direito Financeiro e não Tributário.
A classificação quanto ao destino da receita estabelece os tributos de
arrecadação vinculada e arrecadação não-vinculada.
TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO VINCULADA: são aqueles cujos
recursos arrecadados têm uma destinação específica e não podem ser
utilizados livremente pelo ente tributante. Temos como exemplo os
empréstimos compulsórios.
TRIBUTOS DE ARRECADAÇÃO NÃO-VINCULADA: são aqueles em
que o ente tributante é livre para aplicar os recursos arrecadados da
forma que melhor entender. É o caso dos impostos.

Questão 12 – (FCC) Procurador TCE – CE/2006

São características comuns aos impostos, taxas e contribuições de


melhoria:
a) todos têm competência comum.
b) todos são vinculados a uma prévia atividade estatal.
c) todos têm sempre relação com serviço público.
d) todos são compulsórios.
e) todos se submetem ao princípio da anterioridade nonagesimal, sem
exceção.

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Comentários
Nós estudamos que, para ser considerada tributo, a prestação deve
atender a todos os requisitos previstos no art. 3º do CTN.
Nessa linha, a própria Constituição Federal estabelece em seu art.
145:
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”
Da mesma forma, o CTN, em seu art. 5º, estabelece que “os tributos
são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. O Código adotou a
classificação tradicional, existente à época da sua edição.
Isso já é suficiente para respondermos a questão.
Sendo tributos, impostos, taxas e contribuição de melhoria têm em
comum as características traçadas no art. 3º do CTN. Assim, temos
por correta a alternativa D.
Porém, cabe aqui um estudo mais detalhado sobre o tema.
A definição no caput do art. 145 da CF/88 e o disposto no art. 5º do
CTN levou uma parcela da doutrina a aceitar que as espécies
tributárias são apenas três: impostos, taxas e contribuições de
melhoria. É o que se costuma chamar de teoria tripartite ou
tripartida.
Contudo, há outra corrente que defende que as espécies tributárias
não são apenas três, mas cinco. Essa parcela da doutrina argumenta
que, além das três espécies citadas no art. 145, há a previsão para a
instituição de duas outras espécies: o empréstimo compulsório e as
contribuições sociais, definidos nos art. 148 e 149 da CF,
respectivamente. Daí surge a teoria pentapartida.
A segunda corrente tornou-se dominante em nosso ordenamento
após decisões do STF defendendo a pentapartição das espécies
tributárias. Vejamos o entendimento da Corte Suprema no
julgamento do RE 146.733-9/SP, no voto condutor do Min. Moreira
Alves:
“De efeito, a par das três modalidades de tributos (os
impostos, as taxas e as contribuições de melhoria) a que se
refere o art. 145 para declarar que são competentes para
instituí-los a União, os Estados, o Distrito Federal e os

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Municípios, os artigos 148 e 149 aludem a duas outras


modalidades tributárias, para cuja instituição só a União é
competente: o empréstimo compulsório e as contribuições
sociais, inclusive as de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas.”
Assim, a segunda corrente ganhou força e tem sido a adotada
atualmente, sendo amplamente cobrada em provas de concurso
público. A FCC adota esta corrente.
No entanto, também pode ser cobrada a teoria tripartite, situação em
que, geralmente, se exige apenas o conhecimento da teoria.

Questão 13 – (FGV) Fiscal de Rendas – RJ/2007

O art. 5º do Código Tributário Nacional determina que os


tributos se dividem em:
a) impostos, contribuições sociais, contribuições de melhoria e
empréstimos compulsórios.
b) impostos, taxas, contribuições sociais e contribuições de melhoria.
c) impostos, taxas, contribuições sociais, contribuições de melhoria e
empréstimos compulsórios.
d) impostos, taxas, contribuições sociais e empréstimos
compulsórios.
e) impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Comentários
Questão que requer bastante atenção do candidato. Apesar da
aparência simples do enunciado, precisamos identificar o que se
pede.
Devemos, então, ficar atentos para visualizar se é cobrada a
literalidade da lei, entendimento doutrinário ou jurisprudência. É a
partir daí que podemos responder ao que se pede.
Nessa questão, o enunciado é bem taxativo: “O art. 5º do Código
Tributário Nacional determina”.
Observe que o enunciado pede a definição do CTN. Pedindo dessa
forma, temos que nos desprender do que diz a doutrina ou a
jurisprudência. Devemos, então, seguir à risca o que diz a lei.
Numa primeira análise, um candidato que conhece as teorias
tripartite e pentapartida e sabe que hoje predomina esta última,
poderia marcar de forma precipitada a alternativa “C”.

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No entanto, a questão pede a letra da lei e, segundo o art. 5º do


CTN, as espécies tributárias são apenas os impostos, as taxas e as
contribuições de melhoria.
Gabarito: E.

Questão 14 – (FCC) Auditor Fiscal - SEFAZ – RO/2010

Para se identificar a natureza jurídica específica de um tributo


considera-se, em regra,
a) a validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes.
b) os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos.
c) a denominação e demais características formais adotadas pela lei.
d) o fato gerador da respectiva obrigação tributária.
e) a destinação legal do produto de sua arrecadação.

Comentários
Acabamos de estudar que são cinco as espécies tributárias, de acordo
com a teoria pentapartida. Mas como identificar em que espécie se
enquadra um determinado tributo?
É verdade que a própria lei que institui o tributo já lhe dá um nome:
imposto sobre serviços de qualquer natureza, taxa de coleta de lixo,
etc. Entretanto, embora a lei dê um nome ao tributo, não podemos
garantir que o que a lei chamou de taxa, por exemplo, é realmente
uma taxa. Isso porque o CTN estabelece em seu art. 4º:
“Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas
pela lei.
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
Observamos, portanto, que, embora a lei dê um nome de taxa a um
tributo que está sendo criado, é pelo fato gerador que o
identificamos.
Fato gerador é o evento previsto na lei instituidora do tributo que,
uma vez ocorrendo no caso em concreto, gera para o contribuinte o
dever de pagar. Tomemos como exemplo uma lei que institui uma
taxa de vigilância sanitária. Na lei está previsto que o fato gerador é
a fiscalização da equipe de vigilância sanitária, após o requerimento
do contribuinte, solicitando uma vistoria, visando à emissão do alvará
de funcionamento da empresa. Acontecendo no mundo real a vistoria
no estabelecimento do contribuinte, teremos então por ocorrido o
fato gerador do tributo.

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Conforme exposto acima, o CTN define que é pelo fato gerador que
se determina a natureza jurídica do tributo, não importando o nome
que a lei lhe conferiu, nem a destinação do produto da arrecadação
deste tributo. Assim, o que a lei chamou de taxa pode ser, na
verdade, um imposto disfarçado, caso seu fato gerador seja típico de
imposto.
ATENÇÃO!!!!!!!
Essa é a regra geral, definida no art. 4º do CTN, que vale, sem
ressalvas, para os impostos, as taxas e contribuições de melhoria.
Esses tributos têm fatos geradores bem característicos, como
veremos na análise de cada um deles, mais adiante.
Não obstante, parcela da doutrina defende que as contribuições
especiais e os empréstimos compulsórios podem apresentar fatos
geradores que, muitas vezes, se assemelham aos de impostos. Por
conseguinte, ficaria difícil determiná-los apenas pela análise do fato
gerador. Por isso, a própria CF/88 elegeu a destinação legal do
produto da arrecadação destas espécies como elemento
diferenciador.
Resumindo: para os impostos, taxas e contribuições de melhoria, vale
todo o art. 4º do CTN. Já para as contribuições sociais e os
empréstimos compulsórios, deve haver uma análise, também, da
destinação da arrecadação. A partir desses preceitos, algumas bancas
evoluíram e passaram a cobrar essa interpretação em questões de
prova.
Em provas de concursos públicos, esse tema pode ser abordado de
três formas:
Exigindo a literalidade do art. 4º do CTN. Essa tem sido a
forma cobrada pela FCC na maioria das suas provas, onde a
resposta é: a natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador, não importando a denominação,
as formalidades ou o destino da arrecadação.
Em outras questões, exige-se que o candidato analise a
situação e conclua que a natureza jurídica do tributo é
determinada mediante um confronto entre o fato gerador
e a base de cálculo. Isso se deve ao fato de a base de cálculo
representar o aspecto que dimensiona o fato gerador, ou seja,
o quantifica, o representa em termos numéricos e, por isso,
deve guardar relação com este.
Numa última hipótese, pode ser cobrada a interpretação de que
para as contribuições sociais e os empréstimos
compulsórios, faz-se necessária, também, a verificação
da destinação legal da arrecadação como elemento
diferenciador.

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De volta à analise da questão, verificamos que não é mencionada


nenhuma espécie tributária. Ou seja, a FCC está cobrando a
literalidade do art. 4º do CTN.
Gabarito: D.

Questão 15 – (FCC) Procurador do Estado – SE/2005

A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da


respectiva obrigação, sendo
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais
características formais adotadas pela lei
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da
arrecadação
c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais
características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da
arrecadação
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor
arrecadado
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação

Comentários
Sempre que nos depararmos com questões que abordam esse
assunto, devemos analisar, além do enunciado, as alternativas.
O objetivo é verificar se está sendo cobrada a literalidade do art. 4º
do CTN ou interpretação diversa.
Nessa questão, observamos que o enunciado não faz menção a
nenhuma espécie de tributo, sendo transcrição do caput do art. 4º do
CTN. Ademais, nas alternativas, a banca utilizou os incisos do mesmo
artigo, fazendo certo trocadilho com as palavras.
Resultado da análise: a banca exige o conhecimento da literalidade
do art. 4º do CTN. Por isso, devemos marcar que a natureza jurídica
específica do tributo é determinada pelo fato gerador, sendo
irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal do produto da
sua arrecadação.
Gabarito: E.

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Questão 16 – (FCC) Auditor de Contas Públicas TCE – PB/2006

À luz da Constituição Federal vigente, a destinação do produto da


arrecadação do tributo é:
a) irrelevante em qualquer hipótese
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório
d) relevante, em se tratando de imposto
e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa

Comentários
Selecionei estas questões em sequência para consolidar o que
tratamos acima: quando nos depararmos com questão que aborde
esse assunto (natureza jurídica do tributo), faz-se necessária a
análise do enunciado e das alternativas.
Observe que as questões foram elaboradas pela mesma banca (FCC)
e com apenas um ano de intervalo entre elas. No entanto, apresentou
posicionamentos distintos. Logo, não podemos definir que tal banca
apresenta determinado posicionamento sobre este tema como
verdade universal. Devemos, sim, analisar o enunciado e as
alternativas. Vejamos:
Analisando o enunciado, constatamos que ele não faz referência ao
CTN, e sim à CF/88, questionando apenas sobre o destino da
arrecadação. Indo para as alternativas, podemos ver que elas citam
várias espécies de tributos, sem citar todos os elementos contidos no
art. 4º do CTN (denominação e demais características formais).
Isso leva à conclusão de que, pelo regramento constitucional, os
empréstimos compulsórios e contribuições sociais diferenciam dos
impostos e das taxas não apenas pelo fato gerador, mas pelo destino
da arrecadação.
Gabarito: C.
Vale lembrar, caro aluno, que devemos estar atentos. Não podemos
nos precipitar em questões desse assunto. As bancas têm evoluído e
adotado entendimentos diversos. Uma questão que ilustra de forma
perfeita esta interpretação que vem sendo adotada foi elaborada pelo
CESPE, no concurso para Juiz Federal- TRF/5, em 2006:
“Consoante o CTN, a natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes, para qualificá-la, tanto a denominação e demais
características formais adotadas pela lei quanto a destinação legal do
produto da arrecadação. Todavia, com o advento da Constituição de
1988, os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais
assumiram o status de espécies tributárias. Algumas dessas exações,

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todavia, têm fato gerador idêntico ao dos impostos, o que torna


inaplicável a citada regra do CTN.” ITEM CORRETO

Questão 17 – (CESPE) Analista - SEBRAE/2010

Julgue a assertiva.
Para se distinguir um imposto de uma taxa ou de uma contribuição, é
fundamental examinar o fato gerador do tributo, bem como a destinação
legal do produto da sua arrecadação.

Comentários
Questão interessantíssima do CESPE.
Vimos que as bancas têm se direcionado para o entendimento de que
os empréstimos compulsórios e contribuições sociais diferenciam dos
impostos e das taxas não apenas pelo fato gerador, mas pelo destino
da arrecadação.
No entanto, para diferenciar impostos, taxas e contribuições de
melhoria, vale a regra geral do art. 4º do CTN, ou seja, examinar o
fato gerador. O erro da assertiva está em definir que para diferenciar
impostos de taxas deve-se examinar o destino da arrecadação.

Questão 18 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010

Existem inúmeras classificações para os tributos. Duas podem ser citadas


como muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e não
vinculado. A outra considera o tributo quanto à destinação específica do
produto da arrecadação.
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do
produto da arrecadação
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.

Comentários
Reza o art. 16 do Código Tributário Nacional:
“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato
gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.”
A própria definição de imposto, expressa no CTN, coincide com o
conceito de tributo não-vinculado, que vimos na questão 10. Ou

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seja, o imposto surge não pela atuação estatal em relação ao


contribuinte, mas por uma manifestação do próprio contribuinte.
Aliás, na própria questão 10 fizemos a diferenciação entre tributo
vinculado e não-vinculado e tributo de arrecadação vinculada e não-
vinculada.
Constata-se, pela análise das várias formas de incidência dos
impostos, que em nenhum deles está presente a atividade estatal
relativa ao contribuinte. Em todas elas, o fato gerador é sempre
algo relacionado à ação ou ao patrimônio do contribuinte.
No que diz respeito ao destino da arrecadação, o imposto é tributo de
arrecadação não-vinculada, eis que o ente tributante pode aplicar o
valor arrecadado onde achar mais conveniente e oportuno, por força
do disposto no art. 167, IV, da CF/88, que veda a vinculação da
receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.
Gabarito: A.

Questão 19 – (ESAF) APOF SEFAZ– SP/2009

O princípio da capacidade contributiva:


a) aplica-se somente às contribuições
b) não se aplica às penalidades tributárias
c) aplica-se somente aos impostos
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais

Comentários
Questão bastante interessante. A ESAF exigiu muito além da
literalidade da Constituição Federal, cobrando aspectos doutrinários e
jurisprudenciais. Vejamos:
O art. 16 do CTN, ao definir imposto, está em plena consonância com
o art. 145, § 1º, da CF:
“Art. 145. §1º. Sempre que possível, os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à Administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.”
Temos aqui o famoso princípio da capacidade contributiva. Com
base nesse preceito constitucional, os impostos, sempre que possível,
devem levar em consideração o nível de manifestação da “riqueza”
que está sendo tributada, apresentando caráter pessoal. No imposto

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de renda, por exemplo, vários aspectos pessoais são levados em


consideração.
No entanto, como o próprio texto constitucional estabelece, nem
sempre isso será possível. Isso porque na ocorrência do fato gerador
de alguns impostos não será razoável levar em consideração aspectos
pessoais dos contribuintes. Vale observar, então, uma importante
classificação dos impostos em IMPOSTOS PESSOAIS e IMPOSTOS
REAIS.
Os IMPOSTOS PESSOAIS são aqueles em que, de acordo com os
preceitos constitucionais, devem ser levados em consideração os
aspectos pessoais do contribuinte, mais especificamente o
patrimônio, os rendimentos e a atividade econômica. É o caso
do imposto de renda, que considera, por exemplo, a quantidade de
dependentes, as despesas com educação e saúde, entre outros
aspectos. Dessa forma, duas pessoas que obtenham a mesma renda
(fato gerador do imposto de renda) podem ser tributadas de formas
diferentes, já que serão levados em consideração os aspectos
pessoais de cada contribuinte.
Como a própria CF/88 define, nem sempre é possível adotar critérios
pessoais na cobrança do imposto. Vamos imaginar uma colega
concurseira que se preparou tanto para aquele concurso de fiscal,
saiu o resultado e lá está o nome dela na lista. Que felicidade! Com a
nomeação e após o primeiro salário (não necessariamente), a nossa
amiga vai ao shopping comemorar e gasta, nada menos, que 80% do
seu primeiro salário com roupas, sapatos, perfumes, etc. Presente
mais do que merecido após meses de estudo. Agora imaginemos se,
no momento de pagar as compras, a vendedora iria fazer uma série
de perguntas à nossa colega, do tipo: “Você tem dependentes?”;
“Gasta quanto com plano de saúde?”; “Paga faculdade?”. Não
mesmo!!!
Concluímos então que, ao pagar o ICMS das compras, nenhum
aspecto pessoal foi levado em consideração. O ICMS pago naquele
sapato é o mesmo para um rico empresário e para um trabalhador
que juntou anos aquele valor para dar um presente à esposa.
Estamos diante de um IMPOSTO REAL, pois incide sobre bens e
não leva em consideração aspectos pessoais do contribuinte.
“Nos impostos sobre a renda e rendimentos (impostos pessoais),
deve ser aplicado o princípio da capacidade contributiva; nos
impostos sobre a produção e o consumo (impostos reais), o princípio
da seletividade, de acordo com a essencialidade de cada bem
produzido ou comercializado. Nessa linha, temos que o princípio da
capacidade contributiva e o princípio da seletividade são subprincípios
do princípio da igualdade e serão aplicados de acordo com o tipo de

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imposto.” (FERREIRA, Abel Henrique. O Princípio da Capacidade Contributiva frente aos


Tributos Vinculados e aos Impostos Reais e Indiretos. RFDT 06/71. dez/03)

No que diz respeito à aplicação do princípio às espécies tributárias,


trago à colação decisão do STF, no voto do Min. Ricardo
Lewandowski, ao julgar o RE 573.675, em março de 2009:
“A despeito do art. 145, §1º da CF, que alude à capacidade
contributiva, fazer referência apenas aos impostos, não há
negar que ele consubstancia uma limitação ao poder de
imposição fiscal que informa todo o sistema tributário. É
certo, contudo, que o princípio da capacidade contributiva
não é aplicável, em sua inteireza, a todos os tributos. [...]
Como se sabe, existe certa dificuldade em aplicá-lo, por
exemplo, às taxas, que pressupõem uma contraprestação
direta em relação ao sujeito passivo da obrigação. Na
hipótese das contribuições, todavia, o princípio em tela, como
regra, encontra guarida, como ocorre no caso das
contribuições sociais previstas no art. 195, I, b e c, devidas
pelo empregador.”
Alternativa A – O texto constitucional faz alusão aos impostos.
Logo, não há que se falar em aplicação do princípio apenas às
contribuições. Alternativa ERRADA.
Alternativa B – Entendeu a ESAF que o princípio não se aplica às
multas. As penalidades surgem pelo descumprimento de alguma
obrigação. A infração cometida não é diferenciada pelo contribuinte,
ou seja, qualquer um pode cometer infrações, revelando capacidade
contributiva ou não. Nessa linha, a banca considerou que não seria
justo graduar uma penalidade na medida da manifestação de riqueza
de cada um. Vimos, anteriormente, que tributo e multa não se
confundem. Alternativa CORRETA.
Alternativa C – Apesar de a CF/88 fazer referência apenas aos
impostos, em seu art. 145, §1º, a doutrina e a jurisprudência dos
tribunais superiores têm admitido a aplicação do princípio às demais
espécies tributárias, como decisão do STF acima exposta. Alternativa
ERRADA.
Alternativa D – Para comentar esta alternativa, permita-me trazer a
lição de José Mauricio Conti: “... o princípio da capacidade
contributiva é aplicável a todas as espécies tributárias. No tocante
aos impostos, o princípio é aplicável em toda a sua extensão e
efetividade. Já no caso dos tributos vinculados, é aplicável
restritivamente, devendo ser respeitados apenas os limites que lhe
dão os contornos inferior e superior, vedando a tributação do mínimo
vital e a imposição tributária que tenha efeitos confiscatórios”. (CONTI,
José Mauricio. Princípios da Capacidade Contributiva e da Progressividade, Dialética, 1996,
p.65). Alternativa ERRADA.

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Alternativa E - Este foi o item mais interessante da questão.


Segundo parcela da doutrina, o princípio da seletividade é
subprincípio da capacidade contributiva. Por isso considera que a
capacidade contributiva dos impostos incidentes sobre produtos e
mercadorias (impostos reais) manifesta-se na variação da alíquota
em virtude do grau de essencialidade do produto (seletividade). No
imposto sobre a renda, revela-se na aplicação de alíquotas mais
elevadas às maiores bases de cálculo (progressividade).
Faço apenas uma ressalva para a possibilidade de se adotar a
progressividade nos impostos reais. Para que isso ocorra, faz-se
necessária a previsão no próprio texto constitucional. É o caso do
IPTU, que pode ser progressivo no tempo em função da utilização do
imóvel (art. 182, § 4º, II), revelando caráter extrafiscal e, a partir da
EC 29/2000, a progressividade em função da base de cálculo (art.
156, § 1º, I). Não havendo previsão constitucional, não se aplica a
progressividade a esses impostos. Esse foi o entendimento que a
ESAF adotou para considerar o item errado. No entanto, fique atento,
pois poderia ser cobrado o fato de se adotar a seletividade nos
impostos reais, e não a progressividade. Isso pode ser cobrado em
provas futuras. Alternativa ERRADA.
Gabarito: B.

Questão 20 – (ESAF) AFRF/2009

Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto:


a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do
Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das
pessoas que dela se aproveitam
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir no exercício regular do poder de polícia
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança da taxa, pode
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste,
de serviço público específico, divisível ou não
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e
não com as taxas
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular
quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei
tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder

Comentários
As questões que versam sobre taxa, apesar de bem diretas,
costumam cobrar todas as peculiaridades desta espécie tributária.
Geralmente, em cada assertiva há uma característica diferente das

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taxas, previstas na CF/88 ou no CTN. Nesse sentido, torna-se


necessário estar afiado nos arts. 145, II da CF; e 77 a 79, do CTN.
“CF. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
(...)
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição;
(...)”
O CTN, transcrevendo o dispositivo constitucional, prevê em seu art.
77:
“Art. 77. As taxas, cobradas pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado
ao contribuinte ou posto à sua disposição.”
Em seu art. 79, nos ajuda a conceituar cada item previsto no art. 77.
Vejamos:
“Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77
consideram-se:
I – utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória,
sejam postos à sua disposição mediante atividade
administrativa em pleno funcionamento;
II – específicos, quando possam ser destacados em unidades
autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades
públicas;
III – divisíveis, quando suscetíveis de utilização,
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.”
Em seu art. 78, o CTN explica de forma bastante clara o que se
considera poder de polícia:
“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da
administração pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção
de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

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Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de


polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos
limites da lei aplicável, com observância do processo legal e,
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária,
sem abuso ou desvio de poder.”
Analisemos as alternativas.
Alternativa A – Perfeito. A taxa surge em função de uma atividade
estatal relativa ao contribuinte. Nesse sentido, revela-se como um
fato do Estado e não do contribuinte (que é o caso dos impostos).
Guarde bem essa definição, pois pode ser objeto de cobrança
em prova.
TAXAS = fato do Estado
IMPOSTOS = fato do contribuinte
Alternativa B – De acordo com o art. 145, II, da CF, a taxa tem por
fatos geradores a prestação de serviços públicos ou o exercício
regular do poder de polícia. Alternativa correta.
Alternativa C – É certo que o fato gerador da taxa é a prestação de
serviços públicos. Entretanto, há que se observar alguns requisitos. O
serviço deve ser específico E divisível. Alternativa errada.
Alternativa D – Atenção a esta assertiva. Aqui não está se dizendo
que o fato gerador dos impostos são as atividades gerais do Estado.
O que a assertiva diz é que, por ser atividade geral, não pode ser
financiada pelas taxas, já que esta se destina a custear serviços
públicos específicos e divisíveis. Para custear tais atividades, o Estado
se vale da arrecadação com os impostos, cuja receita é não-
vinculada. Alternativa correta.
Alternativa E – Literalidade do parágrafo único do art. 78 do CTN.
Alternativa correta.
Gabarito: C.

Questão 21 – (FCC) Analista de Regulação - CE/2006

Segundo o Código Tributário Nacional, a taxa pode ter como fato


gerador
a) a prestação de serviço público divisível ou indivisível, prestado
efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
b) o exercício regular do poder de polícia, desde que específico e divisível,
prestado efetivamente ao contribuinte ou posto à sua disposição.
c) a realização de obra pública, como por exemplo, pavimentação asfáltica,
desde que gere valorização imobiliária ao proprietário do imóvel adjacente à
obra.

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d) a prestação de serviço público indivisível, ainda que só colocado à


disposição do contribuinte.
e) a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Comentários
Essa questão requer bastante atenção.
Antes de analisarmos cada uma das alternativas, devemos saber
separar as duas possibilidades que ensejam a instituição das taxas:
- Prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, cuja
utilização poderá ser efetiva ou potencial.
- Exercício regular do poder de polícia.
Alternativa A – Errada. O serviço tem que ser divisível. Não há que
se falar em cobrança de taxa para serviços prestados de forma
genérica à sociedade, sem que haja possibilidade de mensuração
individual.
Alternativa B – Errada. Essa foi a grande pegadinha da questão. Os
candidatos mais desatentos tendem a marcá-la. O exercício do poder
de polícia que enseja a cobrança da taxa requer a utilização efetiva
por parte do usuário. A utilização potencial (bastando que o serviço
seja posto à disposição) é aplicável apenas para os serviços públicos
e apenas àqueles de utilização compulsória, nos termos do art. 79, I,
b, do CTN.
Alternativa C – Errada. A realização de obra pública da qual decorra
valorização imobiliária é fato gerador da contribuição de melhoria e
não de taxa.
Ademais, há que se observar outro erro na assertiva. A jurisprudência
tem se firmado no sentido de que o recapeamento de via pública não
implica valorização imobiliária, razão pela qual não dá ensejo à
cobrança de contribuição de melhoria. Vejamos:
“O fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização
imobiliária provocada pela realização de uma obra pública. O
recapeamento de via pública já asfaltada não acarreta
valorização imobiliária, impossibilitando a cobrança da
contribuição de melhoria.” (TAPR, 8ª Câm., AC 73.884-9, Juiz
Lopes Noronha, out/95).

Alternativa D – Errada. Como vimos, o serviço público deve ser


específico e divisível.
Alternativa E – Correta. Este é um dos fatos geradores da taxa,
previsto no art. 145, II, da CF/88.

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A fim de tornar mais claro o entendimento dos fatos geradores das


taxas e seus respectivos requisitos, vejamos de forma
esquematizada:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA

ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL

Quando o serviço for de


utilização compulsória e estiver
à disposição do contribuinte e
em pleno funcionamento.

Gabarito: E.

Questão 22 - FCC – Procurador do Estado – PGE/PE (2004) – adaptada

I. Um Estado recém-criado pode instituir taxa destinada a custear a


implantação ou a melhoria do serviço estatal de segurança pública.
II. Considerando a diretriz constitucional, é possível concluir que, para
definir corretamente a espécie tributária, é necessário não só analisar o fato
gerador, como também a base de cálculo de um determinado tributo.
III. É correto afirmar que os impostos são tributos não-vinculados, visto
que possuem como fato gerador uma situação que independe de atuação
estatal específica em benefício do contribuinte, razão pela qual não pode ser
considerada causa para o seu inadimplemento qualquer falha no serviço
público estatal.
IV. Desde que prevista em lei, pode ser cobrada taxa pela prestação do
serviço de coleta de lixo posto à disposição do contribuinte, ainda que ele
resolva levar o lixo diretamente ao aterro sanitário, por julgar que o valor
cobrado é muito elevado.
a) todos itens estão corretos
b) estão corretos apenas os itens I e III
c) estão corretos apenas os itens II e IV
d) estão corretos apenas os itens II e III
e) estão corretos os itens II, III e IV

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Comentários
Questão bastante interessante da FCC, onde são abordados alguns
temas que comentamos no nosso estudo das espécies tributárias.
Assertiva I – Errada. Vimos que a taxa de serviço pode ser instituída
apenas se atender a todos os requisitos previstos na CF, quais sejam:
utilização efetiva ou potencial, serviços específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte os postos à sua disposição. A atividade de
segurança pública é prestada a toda sociedade de forma geral, não se
trata de um serviço divisível, pois não é possível mensurar o quanto
cada um utilizou do serviço. Você seria capaz de quantificar o quanto
você já utilizou da segurança pública? Impossível, não é? Logo, não
sendo divisível, o serviço não pode ser remunerado mediante taxa.
Nesse sentido, o STF já decidiu que tal atividade deve ser custeada
pela arrecadação dos impostos. Note que o serviço de segurança
pública não é o fato gerador do imposto. Apenas o produto da
arrecadação dos impostos já existentes será destinado, além de
outras aplicações, para custear este serviço.
Assertiva II – Correta. Essa é uma das formas de se cobrar a
natureza jurídica específica do tributo. Chamamos a atenção para
este tipo de interpretação. Como a base de cálculo corresponde ao
aspecto dimensível do fato gerador (é ela que o quantifica), deve com
este guardar relação. Nesse caso, não estava sendo cobrada a
literalidade do art. 4º do CTN.
Assertiva III – Correta. Com efeito, o STJ já decidiu que um
contribuinte não poderia cobrar do Município a realização de
determinadas obras ou serviços, pelo simples fato de ter pago o
IPTU:
“Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota
característica sua desvinculação a qualquer atividade estatal
específica em benefício do contribuinte. Consectariamente, o
Estado não pode ser coagido à realização de serviços
públicos, como contraprestação ao pagamento de impostos,
quer em virtude da natureza desta espécie tributária, quer
em função da autonomia municipal, constitucionalmente
outorgada, no que se refere à destinação das verbas
públicas.” (STJ, 1ªT., REsp 478.958/PR, Rel. Min. Luiz Fux).
Assertiva IV – Conforme previsão nos arts. 77 e 79 do CTN, se o
serviço for de utilização compulsória, basta que ele exista e esteja à
disposição do contribuinte para ensejar a cobrança da taxa,
independentemente de o contribuinte utilizar efetivamente ou não.
Assertiva correta.
Gabarito: E.

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Questão 23 – (FCC) – Analista de Controle Externo – TCE GO/2009

Os tributos classificam-se em vinculados e não-vinculados. É


exemplo de tributo vinculado, de forma direta, com finalidade de
remunerar serviço público:
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) a contribuição social.
e) o empréstimo compulsório.

Comentários
Diferentemente dos impostos, que constituem tributos não
vinculados, as taxas requerem uma ação estatal voltada para o
contribuinte. Sendo assim, representam tributos vinculados.
As contribuições de melhoria também constituem tributos vinculados,
porém não remuneram serviços públicos, eis que decorrem de obra
pública.
Gabarito: B.

Questão 24 – (ESAF) Procurador – DF/2007

O Sistema Tributário Nacional é regido por regras e princípios gerais


que estão postos nos artigos 145 a 162 da Constituição Federal.
Com base no conteúdo das disposições acima referidas, assinale,
entre as opções abaixo apresentadas, a que está correta.
a) É inconstitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e
valores mobiliários instituída pela Lei n. 7.940, de 1989, haja vista não ser
conferido, pelo ordenamento jurídico positivado, poder de polícia à
Comissão de Valores Mobiliários.
b) O serviço de iluminação pública, pela sua natureza jurídica, deve ser
sempre remunerado mediante taxa.
c) Os serviços gerais prestados por órgãos de Segurança Pública não
podem ser sustentados por taxas. Essa atividade pública, por sua natureza,
deve ser retribuída, genericamente, por impostos.
d) É inconstitucional lei estadual que cria taxa destinando a arrecadação de
seu produto aos serviços de fiscalização da atividade notarial e de registro a
órgão público.
e) É constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de
rodagem que tem como base de cálculo a adotada para o imposto territorial
rural.

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Comentários

Esta questão exigiu do candidato, além do entendimento geral da


matéria, o conhecimento da jurisprudência do STF. Vejamos:
Alternativa A – Errada. A base de cálculo constitui o aspecto
quantitativo do tributo. Assim, juntamente com a alíquota aplicável, é
quem vai definir o valor a pagar, ou seja, mensurar o valor que será
exigido.
Por isso, a base de cálculo deve guardar relação com a situação que
constitui o fato gerador da obrigação tributária.
Sabemos que os impostos são exigidos não em função de alguma
atividade específica do Estado, mas por uma manifestação de riqueza
do contribuinte. Nessa linha, a base de cálculo deve corresponder a
essa manifestação de riqueza.
No caso das taxas, a base de cálculo deve guardar relação com o
custo que o Estado arcou para a prestação do serviço ou para o
desempenho da atividade de polícia.
Por estas razões, a Constituição Federal estabelece em seu art. 145,
§2º, que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
A alternativa versa sobre um caso específico que foi levado à
apreciação do STF: a taxa de fiscalização da CVM.
Esta taxa é cobrada das pessoas jurídicas que operam no mercado de
renda variável (bolsa de valores), pelo exercício do poder de polícia
(fiscalização da CVM).
Ocorre que a base de cálculo dessa taxa é representada por uma
tabela que determina um valor fixo de taxa para cada faixa de
patrimônio líquido das empresas. Isso suscitou o questionamento da
inconstitucionalidade da instituição por ofensa ao art. 145, §2º.
O STF, apreciando o tema, decidiu que:
“A taxa de fiscalização da CVM, instituída pela Lei nº
7.940/89, qualifica-se como espécie tributária cujo fato
gerador reside no exercício do poder de polícia legalmente
atribuído à Comissão de Valores Mobiliários. A base de
cálculo desta típica taxa de polícia não se identifica com o
patrimônio líquido das empresas, incorrendo, em
consequência, qualquer situação de ofensa à cláusula
vedatória inscrita no art. 145, §2º, da Constituição da
República. O critério adotado pelo legislador para a cobrança
dessa taxa de polícia busca realizar o princípio da capacidade
contributiva, também aplicável a essa modalidade de tributo,
notadamente quando a taxa tem, como fato gerador o

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exercício do poder de polícia.” (STF, 2ª T., ARegREx 176.382-5/CE,


Min. Celso de Mello, mai/00)

Em 2003, o Supremo Tribunal Federal sumulou este entendimento:


Súmula nº 665 – É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de
títulos e valores mobiliários instituída pela Lei 7.940/1989.
Alternativa B – Errado. Segundo o STF, o serviço de iluminação
pública não constitui serviço específico e divisível, não podendo, por
conseguinte, ser remunerado mediante taxa:
“Tributo de exação inviável, posto ter por fato gerador
serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível
de ser referido a determinado contribuinte, a ser custeado
por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais.
Recurso não conhecido, com declaração de
inconstitucionalidade dos dispositivos sob epígrafe, que
instituíram a taxa no município.” (STF, RE 233.332-RJ, Min. Ilmar
Galvão, mar/99).

Esse entendimento resultou na Súmula nº 670 do STF:


Súmula nº 670 – O serviço de iluminação pública não pode ser
remunerado mediante taxa.
É importante, porém, observar que a Emenda Constitucional nº 32/02
conferiu aos municípios a possibilidade de instituição de contribuição
específica para este fim (art. 149-A da CF/88).
Alternativa C – Correta. Por se tratar de atividade geral, os serviços
de segurança pública não podem ser financiados por taxas, já que
estas se destinam a custear serviços públicos específicos e divisíveis.
Para custear tais atividades, o Estado se vale da arrecadação com os
impostos, cuja receita é não-vinculada.
Assim decidiu o STF:
“Em face do art. 144, caput, V e parágrafo 5º, da
Constituição, sendo a segurança pública, dever do Estado e
direito de todos, exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
através, entre outras, da polícia militar, essa atividade do
Estado só pode ser sustentada pelos impostos, e não por
taxa, se for solicitada por particular para a sua segurança ou
para a de terceiros, a título preventivo, ainda quando essa
necessidade decorra de evento aberto ao público”. (ADI
1.942-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 5-5-1999, Plenário,
DJ de 22-10-1999).

Alternativa D – Item bastante específico que exige do candidato


conhecimento da interpretação do art. 236, §1º, da CF, adotada pelo
STF, no julgamento da ADI 3.151:
“É constitucional a destinação do produto da arrecadação da
taxa de fiscalização da atividade notarial e de registro a

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órgão público e ao próprio Poder Judiciário". (ADI 3.151, Rel.


Min. Ayres Britto, julgamento em 8-6-2005, Plenário, DJ de 28-4-2006.)

Alternativa E – Errado. O item vai de encontro ao enunciado da


Súmula nº 596 do STF.
Súmula nº 596 – É inconstitucional a taxa municipal de conservação de
estradas e rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto
territorial rural.
Vale perceber, contudo, que a vedação prevista no art. 145, §2º, da
Constituição, não é apenas no sentido não permitir a criação de taxas
com bases de cálculos dos impostos já existentes. Trata-se de
proibição para a adoção de qualquer base de cálculo que seja típica
de imposto, seja ele existente ou não. Dessa forma, a taxa não pode
mensurar a manifestação de riqueza do contribuinte, mas o custo do
serviço.
Gabarito: C.

Questão 25 – (FCC) Agente Legislativo (Direito) - SP/2010

Segundo Geraldo Ataliba, "Não há possibilidade jurídica de confusão entre


taxa e preço. Nem há, como muitos supõem, liberdade do legislador em
converter uma na outra e vice-versa. Juridicamente, são coisas
reciprocamente repelentes e excludentes".
Partindo deste pressuposto, é traço distintivo entre taxa e preço
público o fato da taxa
a) remunerar obra pública e o preço remunerar serviço público prestado
pelo Poder Público sem exclusividade.
b) ser fixada contratualmente e o preço ser fixado por decreto.
c) ser receita originária de natureza tributária e o preço ser receita derivada
de natureza não tributária.
d) remunerar serviço público prestado pelo Poder Público e o preço
remunerar serviço público delegado a particular.
e) remunerar poder de polícia e o preço remunerar serviço público
indivisível.

Comentários
Primeiramente, cumpre-nos diferenciar as modalidades de serviços
públicos.
Há os serviços públicos tipicamente estatais, prestados diretamente
pelo Poder Público e os serviços públicos que não são tipicamente
estatais, os quais são delegados pelo Poder Público e prestados por
concessionárias. Os primeiros são remunerados mediante taxa. Já os
últimos, devem ser remunerados por meio de tarifa ou preço público.

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Uma lição que faz uma diferenciação perfeita entre taxa e preço
público é apresentada por Leandro Paulsen:
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço
público. Aquela é tributo, sendo cobrada
compulsoriamente por força da prestação de serviço
público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer
maneira, o indivíduo não possa abrir mão. O preço público,
por sua vez, não é tributo, constituindo, sim, receita
originária decorrente da contraprestação por um bem,
utilidade ou serviço numa relação de cunho negocial em
que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando
de taxa, decorre direta e exclusivamente da lei,
enquanto, em se tratando de preço público, decorre da
vontade do contratante. Por ter suporte no poder de
tributar do Estado, submetendo os contribuintes de forma
cogente, a exigência das taxas está sujeita às
limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 150
da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade,
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro
lado, independe de lei; não sendo tributo, não está
sujeito ás limitações do poder de tributar.” (PAULSEN,
Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da
doutrina e da jurisprudência. 12ª ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 23)
(grifos acrescidos)

Podemos, então, esquematizar essas diferenças:

TAXA PREÇO PÚBLICO


- É tributo - Não é tributo
- Decorre de lei - Decorre de contrato
- É compulsório - Depende da vontade
- Sujeita às limitações - Não se sujeita às limitações
constitucionais ao poder de tributar constitucionais ao poder de tributar

Vejamos cada uma das alternativas.


Alternativa A – Errada. A taxa não remunera obra pública.
Alternativa B – Errada. A taxa decorre de lei e não de contrato.
Alternativa C – Errada. A taxa é tributo, portanto, receita derivada e
não originária, que é o caso do preço público.
Alternativa D – Correta. Essa é uma das diferenciações entre taxa e
preço público. A taxa somente pode ser instituída quando o serviço
for prestado pelo Estado.
Alternativa E – Errada. A taxa pode remunerar o custo do exercício
do poder de polícia, mas não é a única hipótese. Além disso, o preço

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público remunera serviço divisível, porém não prestado pelo Estado,


mas por particular delegado.
Gabarito: D.

Questão 26 – (FCC) Juiz Substituto – TJ AP/2009

Será remunerada por taxa a prestação


a) efetiva ou compulsória do serviço de coleta de lixo domiciliar.
b) efetiva do serviço de calçamento de logradouros.
c) compulsória do serviço de iluminação pública.
d) compulsória do serviço de limpeza das vias e logradouros públicos.
e) efetiva de uso de bem público.

Comentários
Conforme estudamos, a taxa poderá ter como fatos geradores a
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Cumpre observar que, nos termos do art. 79 do CTN, a utilização
potencial ocorre quando o serviço é de utilização compulsória e é
posto à disposição do contribuinte.
Assim, ainda que o contribuinte se recuse a utilizar este tipo de
serviço, deverá pagar a taxa correspondente, pois se considera que
houve a utilização potencial.
É o que ocorre com o serviço de coleta domiciliar de lixo. “Mas,
professor! E seu eu mesmo fizer a coleta seletiva do meu lixo e levar
diretamente para uma associação de reciclagem??? Ainda assim terei
que pagar a taxa???”
Sim, meu amigo! O serviço de coleta de lixo é de utilização
compulsória. Caso contrário, se você, que está trancado em casa só
estudando para o concurso, esqueceu do mundo, mas continua
gerando lixo, não utilizar o serviço e deixar o lixo acumular até o dia
da prova, estará convidando uma série de insetos a participar dos
seus estudos, não acha? Isso não seria agradável para os seus
vizinhos. Por isso, este serviço é de utilização compulsória.
Alternativa A – Correta.
Alternativa B – Errada. O serviço de calçamento é prestado a toda
sociedade de forma indivisível. Não há como mensurar o valor do que
foi prestado a cada pessoa isoladamente. Logo, não está sujeito à
remuneração por meio de taxa.

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Alternativa C – Errada. Segundo o STF, o serviço de iluminação


pública não constitui serviço específico e divisível, não podendo, por
conseguinte, ser remunerado mediante taxa, vide Súmula nº 670.
Alternativa D – Errada. Bastante atenção a este item. Acabamos de
ver que o serviço de coleta domiciliar de lixo, por ser de utilização
compulsória, é remunerado por taxa, mesmo não sendo utilizado pelo
contribuinte. Porém, sobre o serviço de limpeza e conservação de
vias públicas, o STF já decidiu:
“Tratando-se de taxa vinculada não somente à coleta
domiciliar de lixo, mas também, à limpeza de logradouros
públicos, que é serviço de caráter universal e indivisível, é de
se reconhecer a inviabilidade de sua cobrança.” (STF, Plenário,
EDivED 256.588, Min. Ellen Grace, mar/03).

Alternativa E – Errada. O uso de bem público não representa


prestação de serviço nem exercício do poder de polícia. Assim, não há
que se falar em instituição de taxa.
Gabarito: A.

Questão 27 – (FCC) Procurador – SP/2008

Determinado Município institui taxa de piscina cujo aspecto material


da hipótese de incidência é ter piscina em imóvel localizado dentro
do Município. A base de cálculo desta taxa é a dimensão em metros
quadrados da piscina e a alíquota é de R$ 1,00 por metro quadrado
de piscina. O contribuinte é o proprietário do imóvel que possui
piscina. Esta taxa
a) será devida, por se tratar de uma taxa de polícia, decorrente da
fiscalização que o Poder Público tem que realizar na construção de piscinas.
b) será devida, por se tratar de uma taxa de serviço, decorrente da
prestação efetiva do serviço de água tratada fornecida para manter a
piscina.
c) não será devida, por não ser admitida taxa com alíquota em espécie.
d) não será devida, porque não decorre de exercício regular de poder de
polícia ou de prestação de serviço público, sendo fato gerador de imposto.
e) não será devida, porque a competência para instituição desta taxa é da
União e não do Município.

Comentários
Vamos analisar a situação proposta.
Foi instituída uma taxa cujo fato gerador é ter piscina. Esse fato
gerador não está previsto como uma das situações que ensejam a
instituição da taxa, quais sejam, a prestação de serviços públicos e o
exercício do poder de polícia. Estamos diante, portanto, de um fato

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do contribuinte (manifestação de riqueza) e não do Estado


(contraprestação). Logo, há que ser remunerada por impostos e não
por meio de taxa.
Além disso, a sua base de cálculo é a área da piscina. Essa exação
ofende o disposto no art. 145, §2º, da Constituição Federal, eis que a
área da piscina guarda relação com o patrimônio do contribuinte, com
sua manifestação de riqueza, base de cálculo típica de imposto.
Gabarito: D.

Questão 28 – (FCC) Analista Judiciário – TRF 2ª/2007

No que diz respeito às taxas é certo que,


a) é facultativa e também leva em conta a realização de obra ou serviço
público, de que decorra valorização imobiliária.
b) seu fato gerador poderá ser uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica.
c) podem, em certos casos, ter base de cálculos idêntica a dos impostos, e
ser calculadas em função do capital das empresas.
d) tem como fato gerador, além de outros elementos, o exercício regular do
Poder de Polícia.
e) sua hipótese de incidência não é vinculada, salvo quando criada no caso
de investimento público urgente e de relevante interesse estatal.

Comentários
Alternativa A – Errada. A taxa, sendo espécie de tributo, é
compulsória e não facultativa. Além disso, não decorre de obra
pública. Este fato gerador diz respeito à contribuição de melhoria.
Alternativa B – Errada. O fato gerador da taxa é uma ação do
Estado voltada para o contribuinte. Representa, portanto, um tributo
contraprestacional. O que a alternativa apresenta é o conceito de
imposto.
Alternativa C – Errada. O art. 145, §2º, da Constituição Federal
estabelece que as taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos. A alternativa contraria ainda o disposto no parágrafo único
do art. 77 do CTN, segundo o qual, a taxa não pode ter base de
cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.
Alternativa D – Correta. As situações que podem ensejar a cobrança
da taxa são o exercício regular do poder de polícia e a utilização
efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados aos contribuintes ou postos á sua disposição, conforme art.
145, II, da CF/88.

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Alternativa E – Errada. A hipótese de incidência da taxa é


vinculada, ou seja, o fato gerador representa uma ação do Estado em
favor ou no interesse do contribuinte. Além disso, o tributo criado no
caso de investimento público urgente e de relevante interesse
nacional (e não estatal) é o empréstimo compulsório e não a taxa.
Gabarito: D.

Questão 29 – (FCC) Defensor Público – SP/2006

Considere as afirmações:
I. O tributo encontra fundamento de validade na competência tributária da
pessoa política, não havendo necessidade, para que ele seja instituído e
cobrado, de que o Poder Público desenvolva, em relação ao contribuinte,
qualquer atividade específica.
II. A Constituição Federal estabelece que, nos serviços públicos específicos
e divisíveis, a cobrança da taxa deve ser baseada na utilização, efetiva ou
potencial dos serviços pelo contribuinte.
III. A Constituição Federal traz expressa no seu texto a previsão de
contribuição, que por certo tem natureza tributária, obedece ao regime
jurídico tributário e possui uma única modalidade que é a contribuição
social.
SOMENTE está correto o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.

Comentários
Item I – Errado. A assertiva diz que todos os tributos são não-
vinculados, ou seja, que todas as espécies independem de atividade
específica do Estado. Isso não é correto, eis que esta é característica
marcante dos impostos e não de todos os tributos.
Item II – Correto. Essa é a previsão do art. 145, II, da Constituição
Federal.
Item III – Errado. Além das contribuições sociais, a Constituição
prevê a instituição de outras contribuições: de intervenção,
corporativas e de iluminação pública.
Gabarito: D.

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Questão 30 – (FCC) Analista de Regulação – CE/2006

Taxa e preço público são institutos distintos. A taxa


a) é um tributo decorrente de atividade prestada de forma direta pelo Poder
Público; enquanto o preço público ou tarifa remunera o concessionário de
serviço público.
b) é classificada como receita originária; enquanto o preço público como
receita derivada.
c) a taxa e o preço público podem ser cobrados por pessoas jurídicas de
direito privado mesmo quando estas não sejam delegadas de serviço
público.
d) remunera exercício de serviço outorgado a particular; enquanto o preço
público decorre de exercício de atividade prestada exclusivamente pelo
Poder Público.
e) não depende de lei para ser instituída ou majorada, ao contrário do
preço público, que se submete ao princípio da legalidade.

Comentários
Alternativa A – Correta. A taxa é tributo e somente pode ser exigida
quando o serviço for prestado pelo Poder Público, de forma direta. Já
o preço público remunera o serviço prestado por concessionárias.
Alternativa B – Errada. Sendo tributo, a taxa representa receita
derivada. Por outro lado, o preço público constitui receita originária,
eis que decorre de vontade do usuário.
Alternativa C – Errada. A taxa é tributo. Em decorrência, deve ser
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada e
não por pessoas jurídicas de direito privado. Além disso, os preços
públicos somente são exigidos por empresas delegadas de serviços
públicos, caso contrário, estaríamos diante de prestação comum de
serviços.
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário, conforme
comentamos na alternativa A.
Alternativa E – Errada. A taxa, por constituir espécie tributária
somente pode ser instituída por lei. O preço público, por sua vez, não
sendo tributo, não se sujeita às limitações constitucionais ao poder de
tributar.
Permitam-me trazer novamente a diferenciação entre taxa e preço
público apresentada na questão 25:
“Deve-se ter bem presente a diferença entre taxa e preço
público. Aquela é tributo, sendo cobrada
compulsoriamente por força da prestação de serviço
público de utilização compulsória ou do qual, de qualquer
maneira, o indivíduo não possa abrir mão. O preço público,
por sua vez, não é tributo, constituindo, sim, receita

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originária decorrente da contraprestação por um bem,


utilidade ou serviço numa relação de cunho negocial em
que está presente a voluntariedade (não há obrigatoriedade
do consumo). A obrigação de prestar, pois, em se tratando
de taxa, decorre direta e exclusivamente da lei,
enquanto, em se tratando de preço público, decorre da
vontade do contratante. Por ter suporte no poder de
tributar do Estado, submetendo os contribuintes de forma
cogente, a exigência das taxas está sujeita às
limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 150
da CF: legalidade, isonomia, irretroatividade, anterioridade,
vedação ao confisco). A fixação de preço público, de outro
lado, independe de lei; não sendo tributo, não está
sujeito ás limitações do poder de tributar.” (PAULSEN,
Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da
doutrina e da jurisprudência. 12ª ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 23)
(grifos acrescidos)

Gabarito: A.

Questão 31 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SP/2006

Em relação às taxas, o nosso ordenamento jurídico, expressamente,


dispõe:
a) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.
b) A União, os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir taxa para o
custeio do serviço de iluminação pública.
c) Os créditos tributários relativos a impostos incidentes sobre a
propriedade e a taxas pela prestação de serviços referentes a tal
propriedade sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes.
d) As taxas têm como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do
poder de polícia ou o exercício regular do serviço público específico e
indivisível.
e) Ao se referir à imunidade recíproca, a Constituição Federal veda à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir taxas e impostos
uns dos outros.

Comentários
Alternativa A – Errada. Há vedação expressa na Constituição
Federal, no sentido de que as taxas não poderão ter base de cálculo
própria de impostos (art. 145, §2º).
Alternativa B – Errada. O STF declarou a inconstitucionalidade da
instituição de taxas para custeio do serviço de iluminação pública.
Entendeu a Corte Suprema que este serviço não é divisível, razão
pela qual é incabível sua remuneração mediante taxa. Atualmente, o
art. 149-A da Constituição Federal permite o custeio do serviço
mediante contribuição específica.

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Alternativa C – Correta. Esse é um assunto que veremos mais à


frente, responsabilidade por sucessão. A alternativa reproduz a
literalidade do art. 130 do CTN, segundo o qual os créditos tributários
relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio
útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas
pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições
de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes,
salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Alternativa D – Errada. É exatamente o contrário. A utilização
efetiva ou potencial é referente aos serviços e o exercício regular é do
poder de polícia. A alternativa misturou os conceitos. Vejamos
novamente o esquema para guardar bem os requisitos:

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE POLÍCIA

ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
EFETIVA POTENCIAL

Quando o serviço for de


utilização compulsória e estiver
à disposição do contribuinte e
em pleno funcionamento.

Alternativa E – Errada. Este assunto veremos na nossa próxima


aula. Trata-se da imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a,
segundo o qual é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros. Verifica-se que a imunidade abrange tão somente os
impostos, não dizendo respeito às taxas.
Gabarito: C.

Questão 32 – (FCC) Juiz Substituto – TJPE/2011

A importância paga pelos usuários de nossas rodovias a título de


pedágio qualifica-se como
a) preço público.

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b) tributo.
c) taxa de serviço público.
d) contribuição de melhoria.
e) preço compulsório.

Comentários
Estudamos a pouco que uma das diferenças entre taxa e preço
público é que as taxas remuneram os serviços públicos tipicamente
estatais, prestados diretamente pelo Poder Público, enquanto que os
preços públicos remuneram os serviços públicos que não são
tipicamente estatais, os quais são delegados pelo Poder Público e
prestados por concessionárias.
Nesse sentido, no que diz respeito ao pedágio, o entendimento
dominante é que terá natureza tributária, da espécie taxa, apenas
quando explorado diretamente pelo ente tributante, pois, como visto,
o tributo é prestação cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada. Não há que se falar em natureza
tributária do pedágio quando este for cobrado por
concessionária.
Gabarito: A.

Questão 33 – (FCC) TJ AP/2011

O tributo que tem por fato gerador o exercício regular do poder de


polícia, como, por exemplo, a fiscalização dos serviços notariais e
registrais, é denominado
a) imposto.
b) taxa.
c) contribuição de melhoria.
d) emolumento.
e) contribuição de interesse de categoria profissional ou econômica.

Comentários
Conforme estudamos até aqui, a taxa é o tributo que apresenta como
um dos possíveis fatos geradores o exercício regular do poder de
polícia.
Logo, o tributo cabível seria a taxa.
Apesar de simples, a questão tenta induzir o candidato ao erro.
Vejamos. O art. 236 da Constituição federal estabelece que os
serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por
delegação do Poder Público. Define ainda que lei federal estabelecerá

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normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos


praticados pelos serviços notariais e de registro.
Isso poderia levar o candidato a pensar em preço público e
emolumentos.
Porém, a questão não pede o tributo pelos serviços notariais, mas
sim pela sua fiscalização, que é realizada mediante atividade
administrativa.
Gabarito: B.

Questão 34 – (FCC) Procurador Judicial - Recife/2008

NÃO se inclui entre as características do tributo contribuição de


melhoria:
a) ter competência comum para instituição.
b) ser vinculada a uma atividade estatal.
c) ter por fato gerador a obra pública de que decorre valorização
imobiliária.
d) ser instituída para fazer frente à obra pública a ser iniciada após sua
arrecadação.
e) ter por base de cálculo o quantum da valorização dos imóveis adjacentes
à obra.

Comentários
A Constituição Federal estabelece em seu art. 145, III, que a União,
Estados, DF e Municípios poderão instituir contribuição de melhoria,
decorrente de obras públicas.
Com validade nesse dispositivo constitucional, o CTN preceitua:
“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer
face ao custo de obras públicas de que decorra valorização
imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e
como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.”
Depreende-se do texto legal que o fato gerador da contribuição de
melhoria é a valorização do imóvel, decorrente de obra pública.
Dessa forma, não basta o Estado promover a obra próximo ao
imóvel. Para fazer jus à cobrança da contribuição, há que ocorrer a
valorização do imóvel e que esta seja decorrente da obra.
A contribuição de melhoria apresenta características de um tributo
contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao

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contribuinte, qual seja, a realização da obra. Exatamente por ser


contraprestacional, o valor da contribuição deve guardar relação com
o custo da obra.
Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo individual é
a valorização decorrente da obra e o limite global (aquele arrecadado
da totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo ente
público.
Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não
enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base
nesse princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse
com os custos da obra indiretamente, enquanto que apenas um
pequeno grupo foi beneficiado com a valorização imobiliária. Por
outro lado, ao estabelecer o limite máximo a ser cobrado, o CTN
também veda ao Estado o enriquecimento sem causa, já que não
pode arrecadar mais do que foi gasto na obra.
Alternativa A – Correta. Estudaremos competência tributária na
nossa próxima aula. A competência comum é aquela que, como o
próprio nome diz, é comum a todos os entes federados. Incluem-se
nessa competência, portanto, a instituição dos tributos que todos os
entes podem instituir. Assim, observando o art. 145 da CF/88,
podemos concluir que a competência comum é aquela relativa à
instituição de taxas e contribuições de melhoria. Trata-se de
competência comum porque a CF não determina qual taxa ou
contribuição de melhoria compete a cada ente, podendo ser instituída
por quem prestar o serviço, exercer o poder de polícia ou, ainda,
executar a obra pública.
Alternativa B – Correta. A contribuição de melhoria apresenta
características de um tributo contraprestacional, já que há uma ação
estatal relativa ao contribuinte.
Alternativa C – Correta. Este é o fato gerador da contribuição de
melhoria, previsto no art. 81 do Código Tributário Nacional.
Alternativa D – Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é
a valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Logo, o tributo
apenas poderá ser exigido se houver a valorização, o que poderá ser
verificado apenas após a conclusão da obra. Dessa forma, não pode a
obra ser iniciada após a arrecadação da contribuição.
Alternativa E - Correta. Por ser um tributo contraprestacional, o
valor da contribuição deve guardar relação com o custo da obra.
Gabarito: D.

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Questão 35 – (FCC) Auditor – TCE AL/2007

Um dos atributos que diferenciam as taxas das contribuições de


melhoria é o fato de que as taxas
a) são facultativas, enquanto que as contribuições de melhoria remuneram
serviços públicos específicos e indivisíveis, ainda que somente postos à
disposição do usuário.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as
contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e
divisíveis.
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que somente
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das
contribuições de melhoria é facultativo.
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a valorização imobiliária em decorrência da
realização de obras públicas.

Comentários
Alternativa A – Errada. A taxa representa espécie tributária e, por
isso, é compulsória e não facultativa. A contribuição de melhoria
decorre de obra pública da qual resulte valorização imobiliária e não
da prestação de serviços.
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de
melhoria são tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos
geradores representam uma atividade estatal voltada para o
contribuinte.
Alternativa C - Errada. As taxas remuneram os serviços públicos
específicos e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra
pública da qual resulte valorização imobiliária.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa
espécie tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa.
Alternativa E – Correta. Esta é elemento diferenciador mais notório
entre as taxas e contribuições de melhoria, a saber: seus fatos
geradores.
Gabarito: E.

Questão 36 – (FCC) Procurador do Estado – PGE SE/2005

Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de


melhoria é o fato de que as taxas

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a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as


contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e
divisíveis.
b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que
as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade.
c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente
valorização imobiliária.
d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas
postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das
contribuições de melhoria é facultativo.
e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria
têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária.

Comentários
Questão idêntica à anterior.
Alternativa A – Errada. As taxas remuneram os serviços públicos
específicos e divisíveis. Já a contribuição de melhoria decorre de obra
pública da qual resulte valorização imobiliária.
Alternativa B – Errada. Tanto a taxa como a contribuição de
melhoria são tributos contraprestacionais, vale dizer, seus fatos
geradores representam uma atividade estatal voltada para o
contribuinte.
Alternativa C - Correta. Este é elemento diferenciador mais notório
entre as taxas e contribuições de melhoria, a saber: seus fatos
geradores.
Alternativa D – Errada. A contribuição de melhoria representa
espécie tributária e, por isso, é compulsória e não facultativa.
Alternativa E – Errada. Não é apenas a valorização imobiliária que
constitui o fato gerador da contribuição de melhoria. A valorização
tem que decorrer de obra pública. Por exemplo, a construção de um
shopping que acabe por valorizar um grupo de imóveis em
determinada localidade não ensejará a instituição da contribuição.
Gabarito: C.

Questão 37 – (ESAF) AFTE – PA/2002

Identifique, nas opções abaixo, o tributo cujo fundamento ético-


jurídico é o não enriquecimento injusto.
a) imposto
b) taxa
c) empréstimo compulsório

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d) contribuição social
e) contribuição de melhoria

Comentários
A contribuição de melhoria apresenta características de um tributo
contraprestacional, já que há uma ação estatal relativa ao
contribuinte, qual seja, a realização da obra. Exatamente por ser
contraprestacional, o valor da contribuição deve guardar relação com
o custo da obra.
Nesse sentido, o próprio CTN estatui que o valor máximo individual é
a valorização decorrente da obra e o limite global (aquele arrecadado
da totalidade dos beneficiados) é a despesa realizada pelo ente
público.
Esses limites fundamentam a atribuição do princípio do não
enriquecimento injusto às contribuições de melhoria. Com base
nesse princípio, não seria justo que a totalidade da sociedade arcasse
com os custos da obra indiretamente, enquanto que apenas um
pequeno grupo foi beneficiado com a valorização imobiliária. Por
outro lado, ao estabelecer o limite máximo a ser cobrado, o CTN
também veda ao Estado o enriquecimento sem causa, já que não
pode arrecadar mais do que foi gasto na obra.
Gabarito: E.

Questão 38 – (FCC) Auditor – TCE SP/2008

Os empréstimos compulsórios
a) são tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelo Distrito Federal.
b) podem ser criados por lei complementar com a finalidade de
enxugamento da moeda em circulação na economia, desde que sejam
restituídos no prazo de dois anos.
c) são instituídos por Decreto, para atender a despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública ou guerra externa ou sua iminência.
d) podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os houver instituído em casos de despesas
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública ou guerra externa.
e) são tributos instituídos pela União, por meio de lei ordinária,
observando-se o princípio da anterioridade.

Comentários
As questões que versam sobre empréstimos compulsórios,
geralmente, costumam cobrar de duas formas: questionando a sua
natureza tributária ou explorando as suas características previstas no
art. 148 da Constituição Federal.

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A Constituição Federal prevê, em seu art. 148:


“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá
instituir empréstimos compulsórios:
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, observado o disposto no art.
150, III, b.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de
empréstimo compulsório será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição.”
Certa controvérsia surgiu acerca da natureza tributária dos
empréstimos compulsórios. Uma parcela da doutrina defendia que,
por se tratar de algo restituível, com fundamento no parágrafo único
do art. 15 do CTN, estaria afastada a natureza tributária dos
empréstimos compulsórios. No entanto, devemos lembrar que, para
ser considerado tributo, a prestação deve atender às exigências do
art. 3º do CTN.
Analisando as características do empréstimo compulsório,
constatamos que ele atende ao disposto no art. 3º do Código
Tributário Nacional, sendo considerado, portanto, tributo. Com o
advento da CF/88 e após decisões do STF defendendo a natureza
tributária dos empréstimos compulsórios, essa teoria doutrinária
perdeu força.
Temos que, além da competência exclusiva da União, somente pode
ser instituído mediante lei complementar. Por conseguinte,
leis ordinárias ou medidas provisórias não são instrumentos
válidos para a criação do empréstimo compulsório.
Com efeito, o próprio texto constitucional o definiu como um tributo
de arrecadação vinculada, ao estabelecer que os recursos
arrecadados deverão ser aplicados na despesa que autorizou a sua
instituição.
Alternativa A – Errada. A competência para instituição de
empréstimos compulsórios é apenas da União.
Alternativa B – Errado. A instituição do empréstimo compulsório é
para atender a despesas extraordinárias ou para investimento de
caráter urgente,e não para regular a economia ou tirar a moeda de
circulação como diz a alternativa.
Alternativa C – Errada. Uma das características do empréstimo
compulsório é a exigência de lei complementar para a sua instituição.
Nem mesmo as leis ordinárias têm poderes para veicular matéria
reservada constitucionalmente à disciplina de lei complementar.

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Alternativa D – Correta. Esse também será um tema estudado na


próxima aula. Se o empréstimo compulsório for instituído para
atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência figurará como exceção
ao princípio da anterioridade.
Alternativa E – Errada. Como vimos, apenas por meio de lei
complementar será possível a instituição de empréstimos
compulsórios.
Gabarito: D.

Questão 39 – (FCC) Auditor de Tributos Estaduais– RO/2010

Sobre as características das espécies de tributos, é correto afirmar


que
a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública.
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma
prévia atividade estatal, qual seja, obra pública.
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode
ser instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
e) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal.

Comentários
Alternativa A – Errada. Da própria definição de imposto, prevista no
art. 16 do CTN, decorre que se trata de um tributo tipicamente
contraprestacional, ou seja, independe de qualquer atividade estatal
específica.
Alternativa B – Errada. A taxa tem como possíveis fatos geradores a
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e
divisíveis ou o exercício regular do poder de polícia.
Alternativa C – Correta. Apenas poderá ser instituída a contribuição
de melhoria se houver obra pública. Vale observar, contudo, que a
obra não é o fato gerador da contribuição, mas a valorização
imobiliária decorrente desta obra.
Alternativa D – Errada. Afirmar que determinado tributo é de
competência comum é o mesmo que dizer que são competentes para
instituí-lo tanto a União como Estados, DF e Municípios. Porém, no
caso específico dos empréstimos compulsórios, apenas a União detém
a competência para instituição.

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Alternativa E – Errada. A competência para instituição de


contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública está
prevista no art. 149-A da Constituição Federal, que a confere apenas
aos Municípios e DF.
Gabarito: C.

Questão 40 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas– SEFAZ SP/2009

Os Empréstimos Compulsórios
a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter
urgente e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse
caso, a observância ao princípio da anterioridade.
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, observando-se a competência material de cada um desses
entes políticos.
d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as
causas de sua criação.
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo
Compulsório desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.

Comentários
Alternativa A – Correta. Esta é a previsão do art. 148, I, da
Constituição Federal.
Alternativa B – Errada. A exceção ao princípio da anterioridade é
válida apenas para os empréstimos compulsórios instituídos no caso
de guerra ou calamidade. No caso de investimento público de caráter
urgente, há que se observar a aplicação do referido princípio.
Alternativa C – Errada. A Constituição confere a competência para
instituição de empréstimos compulsórios apenas à União.
Alternativa D – Errada. A alternativa tenta confundir o empréstimo
compulsório com o imposto extraordinário de guerra, previsto no art.
154, II, da CF/88, segundo o qual, a União poderá instituir na
iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários,
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Alternativa E – Errada. Conforme estudamos, o empréstimo
compulsório é tributo de arrecadação vinculada, nos termos da
Constituição Federal, art. 148, parágrafo único.
Gabarito: A.

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Questão 41 – (ESAF) Advogado – IRB/2006

A Constituição Federal outorga competência tributária, ou seja,


aptidão para criar tributos, aos diversos entes da Federação. Sobre
essa afirmativa, podemos dizer que
a) a contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, poderá ser
cobrada pelo ente executor da obra da qual os contribuintes tenham-se
beneficiado, ou, no caso de omissão deste, pela União.
b) as taxas poderão ser instituídas em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ou postos à disposição do contribuinte.
c) a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios será
preferencialmente vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
d) os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de
cálculo diversa das taxas.
e) todos os tributos deverão respeitar a capacidade econômica dos
contribuintes.

Comentários
Alternativa A – Errada. A instituição de contribuição de melhoria,
nos termos do art. 145, III da Constituição Federal é de competência
do ente federado que executar a obra pública de que resulte
valorização imobiliária para o contribuinte. No entanto, de acordo
com o art. 7º do CTN, a competência para instituição de tributos é
indelegável, tanto por ação como por omissão. Assim, na inércia do
ente competente para instituir a contribuição, não cabe à União
instituir o tributo.
Alternativa B – Correta. O enunciado corresponde ao texto literal do
art. 145, II, da Constituição Federal.
Alternativa C – Errada. De acordo com o art. 148, parágrafo único,
da CF, a aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua
instituição. Não resta opção à União para aplicação diversa daquela
prevista no texto constitucional, eis que estamos diante de um tributo
de arrecadação vinculada por expressa disposição constitucional.
Alternativa D – Errada. O art. 145, §1º, prevê que, sempre que
possível, os impostos terão caráter pessoal. Já o §2º do mesmo
artigo determina que as taxas não poderão ter base de cálculo
própria de impostos. Trata-se de vedação aplicada às taxas, não aos
impostos.
Alternativa E – Errada. Ao definir o princípio da capacidade
contributiva, em seu art. 145, §1º, a Constituição faz menção
somente aos impostos. Não obstante, trata-se de princípio que
delineia todas as espécies tributárias. No entanto, sua aplicação

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torna-se mais restritiva quando se trata de tributos


contraprestacionais, como é o caso das taxas.
Gabarito: B.

Questão 42 – (FCC) Juiz Federal – TRF 5ª/2001

As contribuições sociais, em nosso sistema tributário,


a) não têm natureza tributária.
b) somente podem ser instituídas pela União.
c) podem ser instituídas pelos Estados e Municípios, para custeio do
sistema de previdência de seus servidores.
d) previdenciárias aumentadas num exercício, só podem ser cobradas no
primeiro dia do exercício seguinte.
e) não precisam observar os princípios da legalidade e da anterioridade.

Comentários
Há situações em que o Estado atua em atenção a um determinado
grupo de contribuintes. Não se trata de uma ação genérica, a toda
coletividade, a ser custeada mediante a imposição de impostos.
Também não configura uma ação específica e divisível que enseje a
cobrança de taxa, mas ações com finalidades determinadas,
estabelecidas na própria Constituição Federal como situações a serem
custeadas mediante uma forma específica de tributação: a
contribuição.
Vejamos o que diz a CF/88 em seu art. 149:
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo.”
Observamos que a CF autoriza a União, e somente ela, a instituir as
seguintes contribuições:
contribuições sociais;
contribuições de intervenção no domínio econômico
(CIDE); e
contribuições de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.
Nessa linha, a partir do disposto no caput do art. 149, podemos
assinalar uma observação importante: a competência exclusiva da

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União para instituir as contribuições. Essa é a regra geral, que


comporta duas exceções: as contribuições previstas no próprio art.
149, §1º e no art. 149-A. Senão, vejamos:
“Art. 149. § 1º. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da
União.”
Vemos, portanto, que a CF autoriza os Estados, DF e Municípios a
instituir contribuição a ser cobradas dos seus servidores sujeitos ao
regime próprio de previdência. Vale observar, que uma vez instituído
o regime próprio de previdência de cada ente, este poderá instituir a
contribuição que, não poderá ser inferior à contribuição que a União
cobra dos seus servidores, atualmente 11%.
A outra exceção é a contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública – COSIP, prevista no art. 149-A:
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.”
Vale notar, ainda, pela denominação das espécies de contribuição,
que a CF lhes confere uma finalidade específica. Ou seja, elas devem
ser criadas para atender uma finalidade, voltada para um grupo
específico de contribuintes. Por exemplo, as contribuições de
interesse das categorias profissionais ou econômicas devem ser
direcionadas em prol destas categorias. Daí a importância de se
avaliar o destino da arrecadação dessas contribuições, pois isso é um
requisito constitucional para a sua validade.
Por este motivo, a lei que instituir determinada contribuição deve,
além de prever a finalidade específica deste tributo, conferir um
destino à sua arrecadação de forma a se atingir a finalidade prevista.
Do contrário, perderia a sua validade.
Alternativa A – Errada. As contribuições sociais atendem todos os
requisitos previstos no CTN e se sujeitam às limitações
constitucionais ao poder de tributar. São, portanto, tributo.
Alternativa B – Errada. Apesar de a regra geral ser a competência
exclusiva da União, a Constituição prevê duas exceções, como vimos.
Alternativa C – Correta. Esta é a exceção prevista no art. 149, §1,
da CF/88.

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Alternativa D – Errada. As contribuições para a seguridade social


figuram como exceção ao princípio da anterioridade, observando
apenas a anterioridade nonagesimal.
Alternativa E – Errada. As contribuições sociais são exceção à
anterioridade, mas obedecem ao princípio constitucional da
legalidade.
Gabarito: C.

Questão 43 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2006

Sobre as contribuições relacionadas na Constituição Federal, é


correto afirmar que
a) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
b) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio
econômico serão destinados, exclusivamente, para ações e serviços públicos
de saúde e para a manutenção e desenvolvimento do ensino.
c) a União tem competência privativa para instituir contribuição
previdenciária dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores
titulares de cargos efetivos da União.
d) às contribuições sociais aplicam-se os princípios constitucionais da
anterioridade (ano-calendário) e da anterioridade nonagesimal (noventena),
cumulativamente.
e) todas as contribuições relacionadas na Constituição Federal são
denominadas "contribuições parafiscais", porque ocorre o fenômeno
denominado "parafiscalidade".

Comentários
Alternativa A – Correta. A alternativa reproduz o disposto no art.
149, §2º, I, da Constituição, segundo o qual as contribuições sociais
e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre as
receitas decorrentes de exportação.
Alternativa B – Errada. O Estado muitas vezes precisa regular
algum setor econômico e, quando assim o faz, geralmente atua de
duas formas: fiscalização ou atividades de fomento, como o
desenvolvimento de pesquisas em favor deste setor. É mais do que
óbvio que a receita arrecadada seja direcionada ao setor cuja
intervenção foi direcionada e não exclusivamente para ações e
serviços públicos de saúde e desenvolvimento do ensino como diz a
assertiva.

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Alternativa C – Errada. A contribuição para custeio de planos de


previdência dos servidores é de competência de cada ente tributante.
Esta é a definição do art. 149, §1º, da Constituição.
Alternativa D – Errada. As contribuições para a seguridade social
figuram como exceção ao princípio da anterioridade, observando
apenas a anterioridade nonagesimal.
Alternativa E – Errada. A parafiscalidade ocorre quando o ente
tributante delega a atividade de arrecadação a outra entidade,
cabendo a esta ainda os valores arrecadados. Nem todas as
contribuições são parafiscais.
Gabarito: A.

Questão 44 – (FCC) Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ SP/2009

A respeito das contribuições sobre o domínio econômico, é correto


afirmar que
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo
atingir o particular de modo específico e divisível.
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza
excepcional.
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores
serão restituídos.

Comentários
Alternativa A – Errada. É justamente para cobrir o custo das
atividades de fomento que a União, exclusivamente, pode instituir a
contribuição de intervenção no domínio econômico, que recai, na
maioria das vezes, sobre aqueles que compõem o setor atingido.
Entretanto, o STF tem entendido que a contribuição pode ter a sua
base imponível alargada, atingindo mesmo aqueles que se encontram
fora do setor que sofreu a intervenção da União.
Alternativa B – Errada. Nos termos do art. 149, §2º, I, da
Constituição, as contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
Alternativa C – Correta. Assim dispõe o art. 149, §2º, II, da CF/88.
Alternativa D – Errada. A Constituição Federal não exige a edição de
lei complementar para instituição das contribuições sociais. Tal
exigência apenas atinge as denominadas contribuições residuais,
previstas no art. 195, §4º, da Constituição Federal.

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Alternativa E – Errada. As contribuições não são passíveis de


devolução. Esta possibilidade apenas se aplica aos empréstimos
compulsórios.
Gabarito: C.

Questão 45 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008

A contribuição confederativa sindical não tem caráter compulsório para os


trabalhadores não-filiados ao sindicato e não deve obediência ao princípio
constitucional tributário da legalidade.

Comentários
Assertiva CORRETA. A CF define as contribuições corporativas como
tributo no art. 149. No entanto, a própria Lei Maior faz alusão a outra
contribuição no seu art. 8º, IV, definindo que a assembléia geral
fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da
contribuição prevista em lei.
A contribuição prevista no art. 8º é aquela paga mensalmente pelos
filiados de um determinado sindicato. Esta, portanto, é uma
prestação voluntária, já que, conforme previsão do inciso V do
mesmo artigo, ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se
filiado a sindicato.
Nesse sentido, a Súmula nº 666, do STF:
Súmula nº 666 – “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV
da Constituição só é exigível dos filiados do sindicato respectivo.

Questão 46 – (CESPE) Assessor Jurídico – Natal/2008

Por terem natureza tributária, as contribuições devidas à OAB devem ser


cobradas dos advogados inadimplentes mediante ação de execução fiscal.

Comentários
A questão cobra conhecimento da jurisprudência do STJ.
“1. A OAB possui natureza de autarquia especial ou sui generis, pois,
mesmo incumbida de realizar serviço público, nos termos da lei que a
instituiu, não se inclui entre as demais autarquias federais típicas, já que
não busca realizar os fins da Administração. 2. Por conta da própria
natureza e das finalidades da instituição, as contribuições anuais que recebe

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de seus membros não se revestem de caráter tributário, mormente porque


não se destinam a compor a receita pública. O Conselho Seccional, órgão da
OAB dotado de personalidade jurídica própria, tem a competência para fixar
o valor e a forma de pagamento das anuidades (arts. 46, caput e 58, IX do
Estatuto da OAB). 3. A cobrança de anuidade pela OAB não segue o rito
especial previsto na Lei nº 6.830/80, mas sim as regras de execução
previstas no Código de Processo Civil.” (REsp 915753 /RS - Relator Ministro
Humberto Martins - DJ 04.06.2007)

Questão 47 – (FCC) Procurador – Salvador/2006

Na forma das respectivas leis, poderão instituir contribuição para o


custeio do serviço de iluminação pública:
a) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observado o
disposto no artigo 150, I e III, da Constituição Federal.
b) a União e os Estados, observado o disposto no artigo 150, III, "b" e "c",
da Constituição Federal.
c) os Estados e o Distrito Federal, observado o disposto no artigo 150, I e
III, da Constituição Federal.
d) o Distrito Federal e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, I
e III, da Constituição Federal.
e) a União e os Municípios, observado o disposto no artigo 150, III, "b", da
Constituição Federal.

Comentários
Segundo a Corte Suprema, o serviço de iluminação pública não pode
ser considerado específico e divisível, a fim de ter o seu custeio
mediante taxa. Com isso, os Municípios perderam parcela da sua
arrecadação, não podendo mais instituir taxa para cobrir tal despesa.
Desse entendimento resultou a Súmula nº 670.
Ocorre que, com a Emenda Constitucional nº 30/2002, a CF passou a
autorizar a instituição de contribuição para custear esta despesa,
autorizando os Municípios e o DF a instituírem a contribuição para o
custeio da iluminação pública.
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o
custeio do serviço de iluminação pública, observado o
disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.”
Gabarito: D.

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Questão 48 – (FCC) Procurador – TCE PR/2005

A Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública, recém


introduzida em nosso sistema tributário,
a) tem natureza extrafiscal.
b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios
ou Distrito Federal.
c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios.
d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes
políticos.
e) equipara-se às taxas.

Comentários
Essa questão foi baseada em uma importante decisão do STF acerca
da contribuição para o custeio da iluminação pública. Vejamos:
“CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE
ILUMINAÇÃO PÚBLICA – COSIP. ART. 149-A DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL... iii – Tributo de caráter sui
generis, que não se confunde com um imposto, porque sua
receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa,
por não exigir a contraprestação individualizada de um
serviço ao contribuinte.” (STF, Pleno, RE 573.675, Rel. Min RICARDO
LEWANDOWSKI, mar/09)

Alternativa A – Errada. Não há verificação de caráter extrafiscal na


COSIP. Sua cobrança não visa à regulação de algum setor econômico
nem influencia no comportamento de consumo dos contribuintes.
Alternativa B – Correta. A COSIP constitui contribuição sujeita a
disciplina própria.
Alternativa C – Errada. O Distrito Federal também possui
competência para instituição, prevista no art. 149-A da CF/88.
Alternativa D – Errada. Com fundamento no art. 149-A da CF/88,
apenas os municípios e o DF têm competência para instituir a COSIP.
Alternativa E – Errada. Como vimos na própria definição do STF, a
COSIP difere da taxa por não exigir a contraprestação individualizada
de um serviço ao contribuinte.
Gabarito: B.

Questão 49 – (FCC) Procurador – PGE MA/2003

Em nosso sistema tributário, as contribuições interventivas no


domínio econômico
a) podem ser instituídas pela União, Estados ou Municípios.
b) poderão incidir sobre a importação de petróleo e seus derivados.
c) poderão incidir sobre operações que destinem petróleo ao exterior.

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d) não observam o princípio da legalidade.


e) não observam o princípio da anterioridade.

Comentários
A questão se reponde pela análise do art. 149, §2º, da Constituição
Federal:
“Art. 149. §2º. As contribuições sociais e de intervenção no
domínio econômico de que trata o caput deste artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de
exportação;
II – incidirão também sobre a importação de produtos
estrangeiros ou serviços;
III – poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta
ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor
aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.”

Alternativa A – Errada. A competência é exclusiva da União


Alternativa B – Correta. Previsão do art. 149, §2º, II.
Alternativa C – Errada. Vedação expressa no art. 149, 2º, I.
Alternativa D – Errada. As CIDE, em regra, observam o princípio da
legalidade. A exceção é a CIDE-Combustíveis, conforme estudaremos
mais detalhadamente na próxima aula.
Alternativa E – Errada. As CIDE obedecem ao princípio da
anterioridade.
Gabarito: B.

Questão 50 – (FCC) Procurador – Recife/2003

A respeito das obrigações abaixo, é correto afirmar que


a) a contribuição de melhoria pode ser validamente instituída no caso de
obra pública de relevante interesse local, podendo, inclusive, ser cobrada
antes mesmo da realização da referida obra.
b) as tarifas estão submetidas ao regime jurídico tributário.
c) as taxas são tributos não vinculados, pois tem como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial,
de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a
sua disposição.

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d) o fato gerador dos impostos deve estar vinculado a uma atividade


estatal específica.
e) os Municípios podem instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação.

Comentários
Alternativa A - Errada. O fato gerador da contribuição de melhoria é
a valorização do imóvel, decorrente de obra pública. Logo, o tributo
apenas poderá ser exigido se houver a valorização, o que poderá ser
verificado apenas após a conclusão da obra. Dessa forma, não pode a
obra ser iniciada após a arrecadação da contribuição.
Alternativa B – Errada. A fixação de tarifa ou preço público, de outro
lado, independe de lei; não sendo tributo, não está sujeito às
limitações do poder de tributar.
Alternativa C – Errada. É exatamente pela exigência de uma ação
estatal que as taxas são tributos vinculados.
Alternativa D – Errada. Os impostos são tributos não vinculados,
vale dizer, seu fato gerador independe de qualquer ação estatal.
Alternativa E – Correta. Competência prevista no art. 149-A da
Constituição Federal.
Gabarito: E.

É isso, meus amigos!

Chegamos ao final da nossa aula demonstrativa.

Espero vocês em breve na nossa Aula 01.

Um grande abraço e bons estudos.

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