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O GUIA
PASSO A PASSO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
DICAS PARA LEITURA DESTE EBOOK
Quando o texto estiver assim, significa que ele é um link que levará
para uma página externa. Pode clicar sem medo!
Está vendo esses botões aqui embaixo? São para compartilhar o eBook
nas principais mídias sociais! Se você gostou do conteúdo, não deixe
de clicar e compartilhar ;)
QUEM SOMOS
Introdução
Capítulo 1
Os diferentes tipos honorários e seus significados
Honorários contratuais ou convencionais
Honorários sucumbenciais
Honorários arbitrados judicialmente
Capítulo 2
Honorários têm limites
Quando e como usar a tabela de honorários da OAB?
O que levar em consideração na hora de fixar honorários?
Limites mínimo e máximo para honorários advocatícios contratuais
Capítulo 3
Como cobrar honorários contratuais
Afinal de contas, o que é considerado custo e despesa?
E lucro, o que é?
Como calcular honorários contratuais, a fórmula
Como calcular a sua hora de trabalho
Capítulo 4
Dicas mão na massa para seu contrato de honorários
1. Se você atende empresas, não trabalhe com escopo fechado
2. Negocie com o seu cliente
3. Sobre a cláusula de êxito
4. Facilite a vida do seu cliente
5. Diminua o risco de inadimplência
6. Preveja os próximos passos
7. Leia o contrato de honorários com seu cliente
8. A nova cláusula sobre redes sociais
Conclusão
INTRODUÇÃO
Sem falar que, quando você não planeja sua precificação, acaba descobrindo
que está no prejuízo só no fim do mês, ao notar que o faturamento não supera
os custos de manutenção do seu negócio jurídico. Mas é possível diminuir os
riscos e facilitar o processo! Preparamos este eBook para ajudar você a criar um
sistema de cobrança de honorários prático e sustentável.
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Nas próximas páginas, você vai entender melhor os diferentes tipos de honorá-
rios e quando eles se aplicam, descobrir como e quando usar a tabela da OAB,
além de ter acesso a uma fórmula simples de cálculo de honorários. Tudo isso e
muito mais em quatro capítulos especialmente desenvolvidos para descompli-
car sua rotina financeira!
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CAPÍTULO 1
OS DIFERENTES TIPOS DE
HONORÁRIOS E SEUS SIGNIFICADOS
Se você se esqueceu que existe mais de uma forma de cobrar pelos seus serviços,
o art. 22 da Lei de 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB) mostra que há três
espécies diferentes de honorários advocatícios:
• Os contratuais, também conhecidos como convencionais;
• Os sucumbenciais;
• E os arbitrados judicialmente.
HONORÁRIOS
CONTRATUAIS OU CONVENCIONAIS
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Observação: O item 3 é conhecido como cláusula quota litis, quando a remu-
neração do advogado depende diretamente do seu sucesso na demanda.
Embora não recomendada como forma única de acerto de honorários, a ado-
ção dessa cláusula é possível, quando praticada em caráter excepcional (com-
binada a outros itens ou em causas especiais).
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS
HONORÁRIOS
ARBITRADOS JUDICIALMENTE
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CAPÍTULO 2
É muito comum usar a tabela da OAB como referência para elaborar os primei-
ros contratos de honorários. Todos os estados têm o seu próprio quadro de
valores para cada tipo de serviço. Mais do que um balizador de honorários, a
tabela da OAB é útil para orientar quem não sabe o valor mínimo fixado para as
atividades jurídicas.
Além de ser uma obrigação legal, respeitar o piso descrito na tabela é fundamen-
tal para evitar que, na tentativa de sobreviver ao mercado e conquistar novos
clientes, a prática individual do advogado não desvalorize o trabalho de toda
uma classe. Já imaginou se, por exemplo, um grupo de operadores do direito
começa a cobrar honorários inferiores ao previsto na tabela? Os clientes terão
a falsa impressão de que os honorários advocatícios são flexíveis e facilmente
negociáveis, ignorando a regulamentação da profissão.
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O QUE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO
NA HORA DE FIXAR HONORÁRIOS?
Por isso, a recomendação aos iniciantes é para não se limitarem à tabela, mas
sempre usá-la como um comparativo para criar seus próprios modelos, até que
os processos de cobrança se tornem mais orgânicos.
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Além da abordagem geral sobre o assunto, os documentos trazem questões
relativas ao piso (valor mínimo permitido) e ao teto (valor máximo permitido)
da categoria. Vejamos:
Limite mínimo
É isso mesmo que você entendeu. Advogados estão obrigados a cobrar um
valor mínimo por seus serviços. O artigo 39 do Código de Ética determina que a
cobrança abaixo da tabela é considerada “captação de clientes”, prática entendi-
da como infração disciplinar pelo artigo 34, inciso VI, do Estatuto da Advocacia.
O que implica dizer que, o profissional que opta por ir na contramão da regu-
lamentação da advocacia, pode acabar recebendo um processo disciplinar por
infração ética, com risco de ser punido com multa, censura, suspensão e até
exclusão.
Limite máximo
Assim como existe a fixação de um valor mínimo para a cobrança de honorários,
há também um limite máximo a ser respeitado. O artigo 38 do Código de Ética
e Disciplina da OAB prevê que os honorários advocatícios, somados os contra-
tuais e os sucumbenciais, nunca devem ser superiores ao valor que o cliente
receberá em razão do processo.
Em uma leitura crua da Lei, pode-se dizer que o advogado é autorizado a rece-
ber até 50% sobre o êxito do cliente. No entanto, tomando como base o esta-
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do de Santa Catarina, de acordo com a prática do mercado e as decisões judi-
ciais recentes, essa porcentagem não costuma ser superior a 30% sobre a causa
ganha. Honorários acima desse valor podem ser considerados abusivos.
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CAPÍTULO 3
COMO COBRAR
HONORÁRIOS CONTRATUAIS
Se você aprendeu que todo advogado iniciante precisa pagar para trabalhar, vai
gostar de saber que não é – e nem precisa ser – exatamente assim. Os honorários
devem remunerar todos os serviços do advogado, desde as horas de estudo do
caso e o valor pago para iniciar o processo até seus possíveis desdobramentos.
AFINAL DE CONTAS,
O QUE É CONSIDERADO CUSTO E DESPESA?
Para evitar que você fique no prejuízo, é importante entender a relação entre
custo e lucro. Para isso, é necessário levantar todos os custos fixos do seu negó-
cio jurídico e estabelecer um valor para seu trabalho intelectual. Mas o que sig-
nifica tudo isso?
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• Custas ou despesas processuais são as taxas judiciárias cobradas
pela prestação de serviços públicos para o julgamento de uma ação
ou recurso;
• Tributação são as taxas e impostos que incidem sobre as notas fiscais
emitidas;
• Despesas geradas se referem aos gastos que você terá com o seu
cliente ao longo do processo, como cópias, impressões, deslocamentos,
viagens, etc.
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E LUCRO, O QUE É?
Por último, mas não menos importante: o lucro é o valor referente ao seu ganho
efetivo. Você pode lucrar fixando um percentual sobre o valor do custo do
serviço integral ou sobre a sua atividade intelectual. É aqui que entram o
valor da sua hora de trabalho e a porcentagem que você irá cobrar em cima do
êxito do cliente. Basicamente, após cobrir os custos, tudo o que vier é lucro.
COMO CALCULAR
HONORÁRIOS CONTRATUAIS, A FÓRMULA
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Custos do serviço:
• Valor da atividade intelectual ou pró-labore: R$ 5.000,00 (+)
• Custos fixos para cada cliente: R$ 250,00 (+)
• Custo tributário (imposto sobre Nota Fiscal): R$ 250,00 (+)
• Despesas iniciais (custas processuais): R$ 500,00 (+)
= R$ 6.000,00 -> Inegociáveis
Lucro:
• 30% de lucro sobre o trabalho intelectual ou pró-labore:
R$ 1.500,00 -> Negociáveis
Observação: Você não precisa abrir para o seu cliente como chegou a esse
valor. Ao acordar com ele, você só precisa ter em mente a sua margem de
negociação, sabendo que apenas o lucro é negociável. No caso do Gabriel, no
exemplo acima, a margem de negociação é de R$ 1.500,00.
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COMO CALCULAR A
SUA HORA DE TRABALHO
Ex: O custo fixo total do escritório do Gabriel é de R$ 4.000,00. Ele atribuiu para
a atividade intelectual dele o valor de R$ 5.000,00 e costuma trabalhar aproxi-
madamente 160 horas por mês (o equivalente a 8 horas semanais). Aplicando
a fórmula, chegamos ao valor de R$ 56,25 para a hora de trabalho do Gabriel.
Assim:
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CAPÍTULO 4
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Agora que você já entendeu como esquematizar a cobrança dos honorários con-
tratuais, chegou a hora de elaborar o documento para apresentar ao cliente. É
um momento delicado, que requer muita atenção. Por isso, listamos algumas
dicas para te ajudar nos primeiros contratos de honorários.
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de negociação maior, de acordo com o valor da causa, combine com seu cliente
de fazer essa porcentagem constar no seu lucro total. Um jeito de fazer isso
é cobrar, por exemplo, apenas 20% do seu trabalho intelectual e, no caso de
sucesso da demanda, mais 10% em cima do valor total da causa.
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7. Leia o contrato de honorários com seu cliente
Antes de dar o documento para o cliente assinar, leia junto com ele. Vá passan-
do item por item, explicando o teor de cada cláusula. Ao final, pergunte se há
alguma dúvida. Só então, peça a assinatura.
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CONCLUSÃO
Saber planejar a cobrança dos seus honorários é fundamental para que seu
negócio jurídico seja sustentável e lucrativo. A partir do entendimento do que
é despesa e o que é lucro, é possível comunicar melhor o valor do seu trabalho
para os clientes, ganhar certa flexibilidade na hora de negociar valores e elabo-
rar um contrato de honorários muito mais claro e assertivo. Afinal, você sabe
até onde pode ir para não acabar no prejuízo.
Preparamos este material para facilitar a sua rotina. Esperamos que ele seja útil
e ajude você a advogar e empreender com mais qualidade. Lembre-se sempre
que sugestões não são regras e, por isso mesmo, podem ser adaptadas de acor-
do com a sua realidade. O importante é encarar seu planejamento de honorários
com seriedade e comprometimento.
Muito sucesso!
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MELHORE SUA ADVOCACIA
Um bom sistema de gestão ajuda a otimizar
sua rotina para que você se preocupe
apenas em advogar.
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