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DE SERVIÇOS DE TERCEIROS
RESUMO
The main intent of this project is to propose a strategic management tool for outsourced
services at ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão). Using the Corporate Balanced Scorecard
(BSC) it was possible to identify in the Internal Process (6 – To optimize productivity and
asset management) and Learning and Growth (1 – To guarantee health, safety and quality for
own and third party employees) perspectives that the outsourced companies are directly
committed to the high performance of maintenance and operational support areas. Therefore,
focusing the project on the outsourced companies performance indicators it would be possible
to contribute and improve the quality of the outsourced services. Therewith, from interviews
with contract managers a strategic map was prepared from the point of view of both the
contracting and outsourced companies. To get to this proposed model this project uses the
BSC methodology, and to develop the indicators the determinant agents (main control items)
for the current financial and operational failure were identified. After identifying the
suggested indicators for each of the four perspectives, a panel board was developed to make it
possible to evaluate the outsourced companies and to consolidate the results of each indicator,
allowing the ranking of the best outsourced companies and the view of the current situation
regarding the management of outsourced companies. With this new BSC model structure
proposed, dedicated just to the management of outsourced companies, it is believed to be
possible to minimize the commercial and operational problems that nowadays represent
obstructions to outsourcing, especially in Brazil.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9
2 JUSTIFICATIVA E PROBLEMA DE PESQUISA .................................................... 10
3 OBJETIVO ............................................................................................................... 11
4 A HISTÓRIA DA SIDERURGIA NO BRASIL .......................................................... 12
5 PERFIL DA ARCELORMITTAL BRASIL S/A ......................................................... 13
5.1 - A EMPRESA ........................................................................................................ 13
5.2 - PROJETO DENTRO DO CONTEXTO DA EMPRESA...................................... 14
5.3 - A GESTÃO DE SERVIÇOS NA ARCELORMITTAL BRASIL S/A ................. 14
6 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 17
6.1 - ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA .................................................................. 17
6.2 - BALANCED SCORECARD ................................................................................. 21
6.3 - TERCEIRIZAÇÃO ................................................................................................ 29
6.3.1 - Conceito de terceirização ............................................................................... 29
6.3.2 - Histórico da terceirização............................................................................... 30
6.3.3 - Responsabilidade na terceirização ................................................................. 32
6.4 - SINCRONISMO ORGANIZACIONAL ............................................................... 33
7 METODOLOGIA ...................................................................................................... 35
8 RESULTADOS E ANÁLISES .................................................................................. 40
9 CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO E RISCOS DE NÃO ADOÇÃO DO PROJETO....... 44
10 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 45
11 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 48
9
1 INTRODUÇÃO
Esta empresa, através dos departamentos de manutenção e apoio, tem na terceirização seu
diferencial competitivo, daí a importância de repassar para a sua cadeia de fornecedores suas
melhores práticas. O modelo proposto visa estabelecer indicadores de desempenho,
incorporando seu controle na rotina gerencial da empresa, com base em objetivos estratégicos,
que reflitam como está a governança corporativa, o relacionamento da empresa com os seus
stakeholders (partes interessadas) e com o meio ambiente.
Atualmente existem na ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) padrões para contratação e
gestão de serviços de terceiros, além de um sistema informatizado, chamado GESS (Sistema
de Gestão de Serviços), que atua como ferramenta de apoio ao processo de gestão de
contratadas na Companhia.
Apesar dos controles acima citados, eventualmente a ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão)
é surpreendida por solidariedade em ações trabalhistas, por descumprimento de padrões de
segurança (que são os principais causadores de acidentes), por falhas de programação, que
geram atrasos nas atividades previstas. Por estes motivos, foi identificada a oportunidade de
melhoria na gestão das nossas contratadas que irão contribuir para a garantia da qualidade das
empresas parceiras da ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão).
Sendo assim, foi verificada a necessidade de um modelo que retrate de forma simples e
transparente o desempenho geral das empresas prestadoras de serviço, através de indicadores
relevantes para as Partes.
11
3 OBJETIVO
Até os anos 40, o Brasil vivia uma dependência de produtos siderúrgicos importados. Com a
ascensão de Getúlio Vargas à presidência, este cenário começou a mudar, pois uma de suas
metas era fazer com que a indústria de base brasileira crescesse e se nacionalizasse. A partir
de então, várias usinas foram criadas, marcando o início da autonomia brasileira em ferro e
aço.
Em 1950, a produção nacional de aço bruto alcançava 788 mil toneladas e tinha início uma
fase de crescimento continuado da produção de aço no país. Dez anos depois, a produção
triplicava e passados mais dez anos, em 1970, eram entregues ao mercado 5,5 milhões de
toneladas. Para atender a demanda do mercado, outras importantes indústrias foram sendo
criadas no Brasil, tais como: COSIPA, Usiminas, Aço e Ferro de Vitória, Usiba, Siderbrás,
CST (atual ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão)) e Açominas.
A previsão de investimentos no setor de 2005 a 2010 é de US$ 12,5 bilhões, com projeção de
alcançar a capacidade instalada de 49,7 milhões de toneladas no final desses cinco anos.
13
5.1 - A EMPRESA
A ArcelorMittal Brasil S/A foi constituída em junho de 1976, então denominada Companhia
Siderúrgica de Tubarão (CST), como uma joint-venture de controle estatal, com a
participação minoritária dos grupos Kawasaki, do Japão, e Ilva (ex-Finsider), da Itália.
Em 2003, teve início o Plano de Expansão da produção para 7,5 milhões de toneladas/ano. As
obras de expansão começaram em 2004. No mesmo ano, ocorreu a consolidação do modelo
energético com a entrada em operação da Central Termelétrica 4 e do sistema de Recuperação
de Gás.
Em outubro de 2005 foi criada a Arcelor Brasil, resultado da união da Companhia Siderúrgica
Belgo Mineira, da CST e de Vega do Sul. A Arcelor Brasil já nasceu como um dos maiores
grupos industriais do Brasil e com capacidade anual de produção de 11 milhões de toneladas
de aço. No mesmo ritmo de crescimento, a empresa alcançou a Certificação do Sistema de
Gestão de Segurança e Saúde de acordo com a Norma OHSAS 18001.
A expansão iniciou sua operação em 2007. Com um investimento de US$ 1 bilhão, foram
construídas novas unidades produtivas, que elevaram a capacidade de produção de 5,0 para
7,5 milhões de toneladas por ano de aço - placas e bobinas a quente, recuperando assim a
participação da empresa no mercado siderúrgico internacional.
14
O projeto busca um relacionamento da ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) com seus
fornecedores de serviços baseado em qualidade. O projeto vai proporcionará identificá-los de
maneira ética e transparente através de acompanhamento dos indicadores.
500.000.000
400.000.000
300.000.000
200.000.000
100.000.000
-
Operação Manutenção Outros Serviços Total Geral
Gráfico 1 - Valor desembolsado com serviços de terceiros em 2007 pela ArcelorMittal Brasil S/A
Fonte: Sistema informatizado de gestão de serviços utilizado Pela ArcelorMittal Brasil S/A
Cliente
Liberar Encerrar
Orçar gerar Contratar Mobilizar Medir Pagar
pagamento contrato
necessidade
Avaliar Fornecedores
Verificamos que este modelo atende bem as necessidades da ArcelorMittal Brasil S/A (site
Tubarão) e é considerado referência no mercado siderúrgico.
16
A nossa experiência como gestores de contrato indica que a maioria das empresas prestadoras
de serviços não tem um “Modelo de Gestão Estratégica” ou se o tem, não está de forma
estruturada que permita uma visão global da empresa através de indicadores de desempenho.
Partindo do princípio de que tudo que é medido tende a melhorar, a nossa expectativa é de
que o “Modelo Estratégico de Gestão de Empresas Contratadas”, que é objeto do nosso
Projeto Aplicativo, irá contribuir para o crescimento e perenização de nossas empresas
parceiras, além de melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Cabe salientar ainda que este modelo está em sintonia com o Mapa Estratégico da
ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão), nas perspectivas Sustentabilidade e Aprendizado e
Crescimento, que visam contribuir para o desenvolvimento sustentado das comunidades do
seu em torno e garantir a saúde, segurança e qualidade de vida dos empregados próprios e de
terceiros.
17
6 REFERENCIAL TEÓRICO
A busca das organizações por resultados consistentes com missão e objetivos gerais é feita
através de planos da alta administração e é a este aspecto que o termo estratégia se refere.
Segundo Wright, Kroll & Parnell (2000: p.23), a estratégia pode ser vista do âmbito de sua
formulação (desenvolvimento), implementação (ação) e controle (modificar a estratégia ou
sua implementação, com o intuito de se alcançar os objetivos desejados).
O objetivo principal da administração estratégica é criar valor para seus proprietários (em
muitos casos, seus acionistas), através da satisfação das necessidades e atendimento das
expectativas de outros stakeholders, sendo este o motivo pelo qual anteriormente afirmou-se a
importância dos altos administradores em ter em vista os objetivos de todos os stakeholders.
Michael Porter (1989: p. 4), mostra o conceito das Cinco Forças para analisar a estrutura de
cada indústria, conforme figura 2 a seguir:
- Barreiras à entrada de concorrentes: Novas empresas que entram para uma indústria
trazem nova capacidade, o desejo de ganhar uma parcela do mercado e freqüentemente
recursos substanciais. A ameaça de entrada em uma indústria depende das barreiras de
entrada existentes, em conjunto com a reação que o novo entrante pode esperar da
parte dos concorrentes já existentes. Se as barreiras são altas, o recém-chegado pode
esperar retaliação acirrada dos concorrentes na defensiva; a ameaça de entrada é
pequena.
Segundo este modelo, Alvarez & Queiroz (2003, apud PORTER 1986) afirmam que:
As forças externas afetam todas as empresas e que o ponto básico encontra-se nas
diferentes habilidades de se lidar com elas. Por esse motivo, as empresas devem ter
como estratégia competitiva a busca por uma posição que a possibilite defender-se
contra as forças ou então influenciá-las a seu favor. Além disso, ressaltam também o
conceito do polinômio fornecedor-cliente, em que “a vantagem competitiva de uma
determinada empresa só pode ser obtida através da diminuição da vantagem
competitiva de seu oponente” (p. 2).
Neste trabalho será dada particularmente ênfase à dimensão poder dos fornecedores, tratando
especialmente os prestadores de serviços, por estarem inseridos em nossa cadeia produtiva.
Para explicitar melhor a importância desta dimensão trazemos aqui o exposto por Alvarez &
Queiroz (2003):
Ainda, tomando como base Porter em suas “Estratégias Competitivas Genéricas”, identifica-
se que a ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) optou pela Liderança Geral de Custos, ou
segundo as Disciplinas de valor de Treacy e Wiersema pela Excelência Operacional, em que
se tem como premissas: foco na eficiência em grandes volumes de produção; utilização de
procedimentos operacionais padronizados; exigência do cumprimento dos padrões e trabalho
21
Com esta estratégia a ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) cria barreiras à entrada de
novos concorrentes devido a sua economia de escala e vantagem nos custos; reduz a ameaça
de produtos substitutos; dificulta a pressão de compradores poderosos, pois os compradores
podem exercer seu poder apenas para reduzir os preços até o nível do próximo concorrente
mais eficiente; e a rivalidade dos concorrentes, pois com custos baixos ainda poderá gerar
retorno, mesmo após os concorrentes terem investidos os seus lucros para combater a
rivalidade.
Chiavenato separa as etapas das organizações em três eras: industrialização clássica, que vai
de 1900 a 1950; industrialização neoclássica, que vai de 1950 a 1990 e a era da informação,
que ocorre após 1990. As eras da industrialização são marcadas pela rigidez e inflexibilidade
e a da informação é marcada por constantes mudanças e imprevisibilidade.
Nas últimas décadas, muitos modelos foram desenvolvidos e apresentados, dentre eles, o
Balanced Scorecard (BSC).
O BSC é um modelo de gestão, desenvolvido por Norton & Kaplan em meados de 1990. Sua
abordagem é fornecer um detalhamento sobre o que as empresas deveriam medir para
equilibrar a perspectiva financeira. É uma técnica que visa integração e balanceamento de
todos os principais indicadores de desempenho existentes desde os financeiros/administrativos
até os processos internos. Desta forma, é um sistema que traduz a visão e a estratégia de uma
empresa em objetivos e metas tangíveis.
Finanças
Para sermos bem-
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do
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sucedidos financeiramente,
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como deveríamos ser
vistos pelos nossos
acionistas?
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alcançarmos nossos acionistas e
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nossa visão, clientes, em que processos
como deveríamos Estratégia de negócios devemos
ser vistos pelos alcançar a excelência?
nossos clientes?
Aprendizado e Crescimento
Para
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alcançarmos
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nossa visão,
como sustentaremos
nossa capacidade
de mudar e melhorar?
Figura 3 - O Balanced Scorecard fornece a estrutura necessária para a tradução da estratégia em termos
operacionais
Fonte: Kaplan & Norton, 1997, p.10
a) Perspectiva Financeira
A pergunta que os executivos devem fazer ao avaliar esta perspectiva é: para sermos bem
sucedidos financeiramente, como deveríamos ser vistos pelos nossos acionistas?
Esta perspectiva permite medir e avaliar os resultados que a empresa proporciona para os
acionistas e itens necessários para o seu crescimento e desenvolvimento. Podem ser avaliados
os indicadores: retorno sobre o investimento, o valor econômico agregado, a lucratividade, o
aumento de receitas, redução de custos.
24
b) Perspectiva do cliente
A pergunta que os executivos devem fazer para avaliar esta perspectiva é: para alcançarmos
nossa visão, como poderíamos ser vistos pelos nossos clientes?
Esta perspectiva permite identificar os pontos importantes na concepção dos clientes, tais
como: tempo, qualidade, desempenho e serviço. Podem ser avaliados os indicadores:
participações de mercado, aquisição de clientes, retenção de clientes, a lucratividade dos
clientes e o nível de satisfação dos consumidores.
A pergunta que os executivos devem fazer para avaliar esta perspectiva é: para satisfazermos
nossos clientes, em que processos de negócios devemos alcançar a excelência?
Esta perspectiva é elaborada após a perspectiva financeira e dos clientes, pois essas fornecem
as diretrizes para seus objetivos. Os processos internos referem-se às várias atividades que a
empresa realiza dentro da organização, abrangendo os processos de inovação (criação de
produtos e serviços), operação (produção e comercialização) e de serviços pós-venda (suporte
ao consumidor após as vendas). Um indicador a ser considerado é a melhoria nos processos
internos.
d) Perspectiva do aprendizado/crescimento
A pergunta que os executivos devem fazer para avaliar esta perspectiva é: para alcançarmos
nossa visão, como sustentaremos nossa capacidade de mudar e melhorar?
Esta perspectiva oferece a base para a obtenção dos objetivos das outras perspectivas. Sendo
assim, identifica-se a infra-estrutura necessária para o crescimento e melhorias em longo
prazo, as quais podem abranger pessoas, sistemas e procedimentos organizacionais. Apresenta
também capacidades de que a empresa deve possuir para conseguir processos internos
capazes de criar valor para clientes e acionistas. Podem ser avaliados os indicadores: nível de
25
Ainda segundo esses autores, empresas inovadoras utilizam esta ferramenta como sistema de
gestão estratégica como forma de administrar a estratégia a longo prazo e, para isso viabilizar
processos gerenciais críticos como: esclarecer e traduzir a visão e a estratégia; comunicar e
associar objetivos e medidas estratégicas; planejar, estabelecer metas e alinhar iniciativas
estratégicas; e por fim, melhorar o feedback e o aprendizado estratégico. Isto pode ser mais
bem compreendido através da figura 4 a seguir:
26
Esclarecendo e Traduzindo
a Visão e a Estratégia
Esclarecendo a visão
Estabelecendo o consenso
Feedback e Aprendizado
Comunicando e Estratégico
Estabelecendo Vinculações
Articulando a visão compartilhada
Comunicando e educando Balanced Scorecard
Fornecendo feedback estratégico
Vinculando recompensas a
medidas de desempenho Facilitando a revisão e o
aprendizado estratégico
Planejamento e
Estabelecimento de Metas
Esclarecendo metas
Alinhando iniciativas estratégicas
Alocando recursos
Estabelecendo marcos de
referência
Para ilustrar um BSC de uma empresa, através da missão e visão, o alinhamento estratégico e
a tradução disto em um mapa estratégico, apresenta-se abaixo, nas figuras 5, 6 e 7, o exemplo
do BSC Corporativo da ArcelorMittal Brasil S/A.
27
Integration principles
• Consolidate relevant m arkets consistent w ith the
Our Strategy • Industrial excellence and m arket Arcelor M ittal Vision
leadership • Value creation driven
• Continue growth strategy • Fast and sustainable
• Best of both or best
• Safety first practice
Our • M ulticultural and ethical
Philosophy • Accountability
• Forward looking
• Perform ance oriented
• Aim ing at speed and sustainability
• Team work
Internal
Processes’ TOP 3
TOP 2
Perspective
9) TO BE A GROWTH 10) TO CONTRIBUTE IN
PLATFORM FOR THE GLOBAL AND
ARCELORMITTAL FLAT ENHANCE THE LATIN
STEEL PRODUCTS IN AMERICAN MARKET
LATIN AMERICA INTELLIGENCE
OPERATIONAL EXCELLENCE
TOP 6
TOP 7
6) TO OPTIMIZE 7) TO EXCEL IN 8) TO INTEGRATE,
TOP 2 TOP 2 PRODUCTIVITY OPERATIONS AND IN THE CONTRIBUTE TO THE
AND ASSET VALUE CHAIN THROUGH CORPORATE PROCESS
4) TO BE 5) TO DEVELOP MANAGEMENT AND SHARE BEST
TECHNOLOGICAL
BENCHMARK IN INFRASTRUCTURE PRACTICES WITHIN
UPGRADES
INVESTMENT TO SUPPORT THE
PROJECT GROWTH
TOP 8 TOP10
TOP 1
• PROACTIVITY 3) TO CONSOLIDATE AND
1) TO GUARANTEE 2) TO BE EMPLOYER OF
• MOBILITY STANDARDIZE THE IS/IT •AGILITY
HEALTH, SAFETY AND CHOICE
• ENTERPRISING PLATFORM, HARMONIZING •BEST PRACTICES
QUALITY FOR OWN • IMPROVEMENT MANAGEMENT AND IMPROVING BUSINESS
• BELIEFS • INTEGRATION
AND THIRD PARTY • ROUTINE MANAGEMENT PROCESSES
• •CRITICAL BUSINESS KNOWLEDGE
• MULTIFUNCTION
Figura 7 – Mapa Corporativo 2007 Balanced Scorecard Corporativo da ArcelorMittal Brasil S/A
Fonte: ArcelorMittal Brasil S/A
No caso da ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) o BSC Corporativo ainda possui
desdobramentos, como no caso do BSC de Recursos Humanos, que será utilizado aqui para
exemplificar como esta filosofia de gestão estratégica não é um processo estático, mas sim
contínuo, com análises situacionais, reuniões de líderes, implementação de planos de ação,
avaliação e revisão de processos e acompanhamento, conforme figura 8.
29
BSC RH:
Sistematização
-Público: Gestores de
RH e Equipe BSC
Análise da
- Reuniões Trimestrais
Situação Atual Estruturar Calendário das
com Equipe BSC Reuniões Reuniões
6.3 - TERCEIRIZAÇÃO
Dessa maneira, a empresa pode concentrar toda a sua energia na atividade-fim. Mais
agilidade empresarial significa maior produtividade e qualidade do produto final,
atendendo às exigências de competitividade nos mercados interno e externo. A
médio e longo prazos, a contratação de terceiros implica também uma economia
significativa de recursos. O terceiro, está provado, sempre encontra soluções mais
criativas e menos onerosas para o negócio. O desperdício por comodismo, vício
comum a qualquer empresa, tende a desaparecer (LEIRIA & SARATT, 1995: p.24).
Para Magela (2007: p.9) a Terceirização surgiu na idade média com base na organização das
comunidades e origens ligadas à escravidão, em que os escravos eram propriedades e a
31
servidão uma evolução da escravidão, uma vez que um servo já era reconhecido como pessoa,
porém com limitação de sua liberdade. Através deste estágio evolutivo surgiram as relações
serviçais, em que os senhores feudais eram locatários da força de trabalho dos servos, que por
sua vez já eram possuidores de bens móveis. Como exemplo, o autor cita ferreiros fabricantes
de armas e utensílios agrícolas e artesãos fabricantes de roupas, arreios e artefatos de couro.
Ainda para Magela (2007 apud CARELLI, 2003: p.9) entre os séculos XVI e XVIII havia a
prática de um sistema de subcontratação em que o comerciante fornecia a matéria-prima a
trabalhadores do meio rural e estes às devolviam como produtos semi ou totalmente acabados,
sendo esta prática chamada de putting-out system.
Para Martins (2005: p.16) foi por volta da década de 1950 que as empresas multinacionais
trouxeram ao Brasil a idéia e o conceito de Terceirização, mostrando a preocupação dessas
empresas com o seu core business. Este mesmo autor (2005: p.19) define a prestação de
serviços por terceiros contratados como: terceirização, subcontratação, filiação,
reconcentração, desverticalização, exteriorização do emprego, focalização, parceria, dentre
outros.
Magela (2007, p. 40, 41) cita os cuidados que ArcelorMittal Brasil (site Tubarão) toma
quando contratata serviços de terceiros no texto abaixo transcrito:
A CST elegeu como uma das fases mais importantes da Terceirização a prevenção
do que os doutrinadores chamam de culpa in contrahendo, o que vulgarmente
chamamos de “evitar trazer problema para dentro de casa. Na fase de indicação das
empresas a serem convidadas a participar do Convite são avaliados previamente: o
porte e a saúde financeira das proponentes (através do capital social, Serasa ou
Equifax, balanços), a capacidade técnica e gerencial, as certificações de qualidade
(ISO ou PRODFOR), a certificação da mão de obra (Abraman, cursos técnicos), a
existência de cultura de segurança, higiene, medicina do trabalho e meio ambiente,
os treinamentos e benefícios com pessoal, a existência de ações trabalhistas, o
histórico e as referências no mercado e, em especial, nesta fase avalia-se a
proponente por meio de visita à empresa e a seus principais clientes.
De acordo com Albuquerque & Rocha (2007), a lista de preocupações mais evidenciadas
pelos gestores de empresas é a mesma: mercado, clientes, concorrência, processos, tecnologia,
produtividade, faturamento, custos, pessoas, entre outros. Estas preocupações são
classificadas como “comuns” e “clássicas”, pois fazem parte de nosso cotidiano há muito
tempo, independente do tipo de empresa, variando, para cada uma, somente em intensidade e
ordem de relevância.
Por se tratar de uma cultura atualmente predominante nas empresas, muitos projetos são
criados e desenvolvidos isoladamente, em sua realidade mostram-se justificáveis, entretanto,
como muitos ou todos não levam em consideração as demais áreas envolvidas ou as
estratégias de outros níveis hierárquicos, a maioria se torna de aplicação inviável, ou seja, se
levados adiante, podem resultar em perda de tempo, esforço e dinheiro.
Estes atropelos são causados basicamente pela falta de sincronismo das ações, gerada pela
miopia gerencial decorrente do isolamento das pessoas, das quais depende o destino da
organização e não pela má-fé das pessoas.
comprometimento das pessoas, não importando ter uma estratégia clara se os processos
apontam outra direção, ou uma estratégia alinhada com os processos e as pessoas agindo de
forma inadequada.
Atualmente, o volume de serviços contratados pela ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) é
considerável, devendo-se então avaliar o impacto causado nos processos e o volume de
pessoas envolvidas (terceiros) como parte integrante do tripé do Sincronismo Organizacional,
uma vez que estão intimamente ligados à empresa e contribuem para o sucesso da empresa.
35
7 METODOLOGIA
A partir do BSC Corporativo, foi identificado que nas perspectivas: Processos Internos (6 –
Otimizar a produtividade e a gestão de ativos) e Aprendizagem e Crescimento (1 – Garantir a
saúde, segurança e qualidade de vida dos empregados próprios e de terceiros) as empresas
parceiras estão diretamente comprometidas com o bom desempenho das áreas de manutenção
e apoio operacional. Portanto, quando se foca na gestão dos indicadores de desempenho
destas empresas, contribui-se para a melhoria na qualidade dos serviços prestados e para o
crescimento das referidas empresas.
Ao lidar com empresas contratadas no dia a dia, percebe-se que muitas delas não têm um
planejamento estratégico com visão de médio e longo prazo; não têm cultura de elaboração de
orçamento empresarial; e seu controle do custo é inexiste ou bastante falho. Em muitos casos,
o proprietário exerce as funções de gestor e executante das atividades técnico-administrativas.
A gestão econômico-financeira, frequentemente, é delegada ao Contador que simplesmente
faz os lançamentos das operações obrigatórias, sem uma avaliação crítica dos números e sem
fornecer subsídios para uma tomada de decisão.
Com base neste cenário, entrevista com gestores de contratos e gerentes de área; e com base
nas disciplinas cursadas durante o Programa de Especialização em Gestão de Negócios, bem
como Brainstorming entre participantes deste grupo de trabalho, foram identificados 15
(quinze) indicadores de desempenho que poderão contribuir para uma gestão estratégica das
empresas e uma conseqüente perenização das mesmas no mercado.
São eles:
3. Indicador: Taxa de Freqüência de Acidentes – este indicador visa verificar como está a
freqüência de acidentes na contratada a fim de elaborar planos de ação para minimizá-
los;
PERSPECTIVA FINANCEIRA
37
10. Indicador: Faturamento dependente da ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) – este
indicador visa avaliar o grau de dependência da contratada na ArcelorMittal Brasil
S/A (site Tubarão) em relação ao seu faturamento total;
13. Indicador: Liquidez corrente – este indicador visa avaliar o grau de risco de
inadimplência das contratadas;
14. Indicador: Benefícios com pessoal – este indicador visa avaliar o grau satisfação dos
empregados das contratadas e a retenção desses profissionais;
15. Indicador: Sustentabilidade – este indicador visa avaliar o grau de interação das
contratadas com as partes interessadas.
Após a escolha destes indicadores, foi definida a forma de medição e as metas sugeridas para
cada um deles, baseado em experiências anteriores, através de histórico de avaliações de
contratadas. A próxima etapa foi de validação com os gerentes que atuam diretamente na
gestão de empresas contratadas e então, envio do modelo que denominamos “Painel de
Bordo” à avaliação das empresas contratadas. O Painel de Bordo, bem como a carta de envio
às empresas estão nos anexos A, B, C e D.
23%
38%
39%
Apoio Operacional
Manutenção de controle de Processo
Manutenção Mecânica
O modelo proposto deverá ser alimentado por dados apresentados pelos fornecedores
periodicamente, permitindo a análise situacional do quadro de contratadas em cada uma das
perspectivas. Eventuais desvios devem ser objetos de plano de ação específico visando à
melhoria contínua dos fornecedores
40
8 RESULTADOS E ANÁLISES
Conforme citado anteriormente, o Painel de Bordo foi enviado para 13 (treze) empresas
capixabas. Dessas, 6 retornaram com comentários e sugestões, o que representa 46% do total.
As empresas que responderam a pesquisa estão separadas conforme gráfico 3 abaixo:
RESULTADO DA PESQUISA
0
Apoio Operacional Manutenção de controle de Manutenção Mecânica
Processo
Percebe-se que na maioria das empresas para as quais a pesquisa foi enviada, há o interesse
pela iniciativa e há a concordância de que o estudo é válido para a melhoria da gestão das
empresas contratadas prestadoras de serviço. Algumas delas ao conhecer os índices e metas
propostos, oferecem críticas e sugestões de melhorias.
Na perspectiva de Processos Internos, verifica-se que alguns índices não são medidos por
algumas empresas, destacando-se o índice de produtividade.
10. Indicador: Faturamento dependente da ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) – todos
os participantes consideraram o indicador eficaz e a meta adequada; Houve uma
sugestão de redução da meta para 30%, o que consideramos bastante válido;
A sistemática atual da ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão) pode não permitir a
identificação das causas/motivos para os principais problemas enfrentados na terceirização de
serviços. O modelo apresentado traz como principal benefício uma leitura rápida e objetiva
dos principais parâmetros que proporcionam uma gestão eficiente das empresas terceirizadas,
proporcionando com isso a adoção de planos de ação com a finalidade de mitigar riscos e
incertezas envolvidos nesta gestão.
45
10 CONCLUSÃO
Todo estudo e pesquisa foram desenvolvidos para a análise e confrontação das diferentes
opiniões dos dois grupos principais, quem contrata (ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão)) e
quem é contratado (fornecedores especializados de serviços), que exercem influência no
processo de aliança estratégica para a manutenção industrial, com base em contratos com
remuneração variável baseados em performance.
De acordo com a principal suposição do estudo, pode-se concluir que as empresas envolvidas
não estão adequadamente preparadas para o modelo, principalmente pelos seguintes motivos,
comprovados através consulta direta às empresas contratadas:
• Identificam diversos fatores que influenciam na cultura organizacional das empresas e que
dificultam a aceitação do novo modelo.
Apesar do fato dos resultados apurados demonstrarem que as empresas não estão preparadas,
há uma percepção de que essas empresas já alcançaram maturidade suficiente para
desenvolver uma análise profunda de planejamento estratégico empresarial, conforme
abordado em um modelo como o BSC.
Este estudo não tem a pretensão de desenvolver um modelo universal de gestão estratégica
baseado no BSC para todas as empresas prestadoras de serviços, mas sim de servir como base
para a elaboração de pesquisas mais aprofundadas sobre o assunto, além de identificar
claramente que esse modelo sugerido não existe atualmente. Partindo da análise e
consolidação dos fatores críticos de sucesso apontados, é possível listar fatores que
contribuem para o sucesso do projeto:
A recomendação para futuras pesquisas é de que estas contemplem uma amostra maior de
empresas e, se possível, que englobem outras áreas de atuação, como as de logística. Dessa
forma, será possível a generalização ou, no mínimo, a ampliação dos seus resultados. É
importante ressaltar ainda que o roteiro proposto e a formatação de um modelo detalhado
podem ser aproveitados como objeto de pesquisa posterior. Como sugestão, além desse
assunto, pode-se citar como um problema a ser estudado as mudanças culturais e
comportamentais das empresas face aos desafios das empresas prestadoras de serviços junto a
clientes cada vez mais exigentes e um mercado cada vez mais competitivo.
a cada 6 (seis) e que a premiação ocorra a cada 02 (dois) anos e por ocasião da realização da
Convenção de Fornecedores já existente. Recomenda-se que a área de suprimentos, gestora do
Sistema de Gestão de Serviços de Terceiros (GESS) seja a responsável pela tabulação dos
resultados e futuras premiações. Sendo assim, a implementação do projeto poderá ser
absorvida pela equipe desta área, não impactando em custos adicionais para a empresa.
Cabe salientar que, atualmente, o GESS foca exclusivamente a gestão individual de contratos
e o nosso modelo visa ter uma visão da empresa contratada como um todo. Com isto pode-se
mitigar eventuais passivos trabalhistas ou tributários, identificando uma total dependência
desta contratada de serviços da ArcelorMittal Brasil S/A (site Tubarão), seu comportamento
perante outros clientes, investimentos em desenvolvimento de pessoal e novas técnicas e
outros.
Por fim, conclui-se ser muito importante a criação de um modelo de gestão estratégica para
análise das empresas e comparativo entre elas a fim de buscar a competição saudável entre as
empresas, o que gerará retornos positivos para a contratante e contratada.
48
11 REFERÊNCIAS
• http://www.symnetics.com.br/index.php?PN=artigos_nota&DX=5, acessado em
15/09/2008.
• http://www.ethos.org.br/docs/comunidade_academica/pdf/pev41926.pdf, acessado em
15/09/2008.
• http://www.ntcelogistica.org.br/arquivos/qualidade/relparcerias.pdf, acessado em
15/09/2008.
ANEXOS
ANEXO A - QUESTIONÁRIO PARA OS GERENTES
Prezados Gerentes,
Para tanto gostaríamos de ouvir a sua opinião sobre os pontos que, segundo o seu
entendimento, merecem maior atenção e que irão contribuir para melhorar o desempenho das
nossas atuais contratadas.
Seguem anexos, para crítica e sugestões: BSC – Mapa Contratadas 2008 e Planilha de
Indicadores que entendemos ser importante constar no modelo.
Gostaríamos de salientar que a atual avaliação de desempenho das Contratadas foca apenas o
contrato, enquanto que o modelo ora proposto (Projeto Aplicativo) visa avaliar a empresa
como um todo.
A sua opinião é de extrema importância para nós, pois ela será usada na elaboração de um
novo questionário a ser enviado às nossas contratadas para ser ajustado e validado.
Atenciosamente,
51
Prezados Senhores,
Desde já agradecemos a atenção dos senhores e esperamos os seus comentários até o dia
29.09.2008.
P.S: Lembramos ainda, que trata-se de um "Projeto Acadêmico" não sendo V. Sas obrigados a
nos responder. Salientamos que a contribuição de V. Sas é muito importante para o nosso
Projeto e será mantido o sigilo dos participantes.
Atenciosamente,
52
Evitar/Prevenir descumprimentos de
(Nº de processos trabalhistas nos últimos 6 meses) / (Nº de empregados demitidos
6 obrigações trabalhistas pelas Ações Trabalhistas <10%
nos últimos 6 meses)
contratadas
((Nº de desligados exceto por aposentadoria) + (Nº admitidos - aposentados)) /
5 Manter nível adequado de turn over Turn Over <10%
(Efetivo total no ultimo dia do mês)
Processos A empresa realiza pesquisa de satisfação de cliente? Se sim, preencher:
Internos Índice de Satisfação Numerador = nº de respondentes satisfeitos 90%
Garantir alto nível de qualidade dos
4 Denominador = nº total de respondentes
serviços prestados
(Nº empregados certificados) / (Nº total de empregados em ocupações passíveis de
Certificação de Empregados 50%
certificação)
(Nº de serviços executados (OS cumpridas)) / (Nº de serviços planejadas (OS
3 Elevar a produtividade Índice de Produtividade 98%
abertas))
Garantir a prestação de serviços
2 Índice de Treinamento Nº total de horas de treinamento / Nº total de horas possíveis de trabalho 4%
por profissionais capacitados
Taxa de frequência geral de acidentes de trabalho
Numerador = (CPT+SPT+SMS) x 1.000.000
Denominador = HHT
sendo:
Aprendizado e Taxa de Freqüência de Acidentes Txf: Taxa de frequencia geral 0%
Crescimento Assegurar Saúde e Segurança das CPT: Acidente com perda total
1 SPT: Acidente sem perda total
empresas contratadas
SMS: Acidente sem maior significado
HHT: Homens horas trabalhadas
Tratamento de anomalias nº de anomalias tratadas / nº de anomalias incluídas 90%
Perspectiva
de Cliente
Excelência operacional
Evitar/Prevenir
Garantir alto descumprimentos de
nível de obrigações
Elevar a qualidade dos Manter nível adequado trabalhistas pelas
produtividade serviços de turn over contratadas
prestados
3 4 5 6
Perspectiva
de Processos Internos