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rachel e leah. dante gabriel rossetti, 1855. tate gallery, londres. art resource, ny

Rachel Imeinu
Rachel, considerada a mãe espiritual do Povo Judeu, simboliza o auto-
sacrifício assim como a redenção. A profecia de Jeremias dizia que a
Terra Santa seria recuperada e o povo se reuniria devido à compaixão do
Todo Poderoso por Rachel. Somente ela, que sempre demonstrara
verdadeira piedade e misericórdia, poderia invocar e receber a mesma
misericórdia do Eterno. 

Edição 88 - Junho de 2015


Uma das quatro matriarcas e uma das primeiras profetisas, Rachel é
retratada na Torá como a esposa, linda e amada, de Yaacov, nosso
terceiro patriarca. Sua existência neste mundo foi breve. Seu amor por
Yaacov preencheu toda a sua vida, que foi igual a uma chama que se
inflama e queima intensamente antes de se apagar. Segundo os textos
místicos, a união entre os dois era perfeita e o vínculo que os unia era o
mais forte que pode existir entre dois seres humanos. O sentimento
entre os dois era tão profundo e perfeito que é usado para simbolizar o
amor entre D’us e o Povo de Israel.

Mas, apesar de ter sido a esposa preferida de Yaacov, a mais amada, sua
vida foi marcada por muito sofrimento e luta, pois, por muitos anos
(segundo o Midrash teriam sido 14), não conseguiu conceber um filho.

Rachel e Yaacov

Rachel entra em cena no capítulo 29 do Livro Gênese. Após o encontro


com o Eterno, Yaacov parte para a terra de Haran, onde nascera sua
mãe, Rivka. Iria, como prometera a seus pais, desposar uma das filhas
de Labão, seu tio materno.

Diz a Torá que, ao chegar ao local, Yaacov viu pastores ao lado de um


poço e perguntou: “Conheceis a Labão, filho de Nachor?”. Eles
responderam: “Sim, nós o conhecemos; e eis que chega Rachel, sua filha,
que vem com o rebanho” (Gênese 29: 6, 7).

Yaacov vê a jovem se aproximar para dar de beber às ovelhas do


rebanho do pai. Uma praga atingira as ovelhas de Labão; poucas haviam
escapado e Labão demitira todos os empregados, deixando o rebanho
aos cuidados de Rachel. Yaacov a ajuda, rolando a pesada pedra que
cobria o poço e apresenta-se como filho de Rivka, irmã de Labão, seu
pai.

A Torá descreve Rachel como sendo uma jovem de beleza radiante,


incomparável, “formosa de porte e formosa de semblante” (ibid, 29:17).
O Midrash acrescenta que não havia nenhuma jovem mais bela do que
ela. Na Torá encontramos louvores à beleza feminina em várias de suas
passagens, em especial ao se referir às esposas dos patriarcas, pois a
beleza física é vista como um reflexo de uma linda alma.

Yaacov amou Rachel assim que a viu. Nosso patriarca percebeu a beleza
de sua alma e sua imensa compaixão. Ao vê-la, ele é tomado de
profunda emoção e lhe diz que viera para se casar com uma das filhas
de Labão, seu tio, e lhe pergunta se aceitaria ser sua esposa. Rachel
aceita imediatamente. Yaacov, que representa a Sefirá de Tiferet,  a Sefirá
da beleza, harmonia e compaixão – reconheceu em Rachel a mulher
destinada a ser sua parceira na Terra, aquela que o ajudaria na missão
de forjar a harmonia entre forças espirituais opostas. Ele agradece a
D’us que a colocara diante de seus olhos. Mas, chora, ao pressentir que
ela morreria prematuramente e não seria enterrada junto a si.

Rachel leva ao pai a notícia da chegada do primo. O ganancioso Labão


se apressa a ir ao encontro de nosso patriarca, acreditando que o
herdeiro de Itzhak fosse imensamente rico e viesse carregado de
presentes. Fica decepcionado ao vê-lo de mãos vazias; mas, mesmo
assim, hospeda-o em sua casa durante um mês. Labão logo percebe que
passara a prosperar desde a chegada de Yaacov, e lhe pergunta, então,
quais seriam suas condições para que ele lá ficasse. Yaacov lhe disse
que seu único desejo era desposar Rachel.

Yaacov é alertado por Rachel sobre  a astúcia de Labão, avisando-lhe 


que ele não titubearia em  enganá-lo, pois não queria que Rachel se
casasse antes de sua irmã mais velha, Leah. Ele então especifica
claramente sua intenção: “Servir-te-ei sete anos por Rachel, tua filha
menor” (ibid, 29:18).

A Torá nos diz que os sete anos “foram, a seus olhos, como poucos dias,
tamanho era o amor de Yaacov por ela” (ibid, 29-20). Segundo o Zohar,
esse período de espera foi necessário para Yaacov inculcar suas
crenças em Rachel, pois ela havia sido criada no meio de idólatras.

Ao término dos sete anos, Yaacov exige que Labão lhe dê Rachel como
esposa. Mas, seu tio tinha outros planos. Desde a chegada de Yaacov,
não apenas Labão, mas todos os que viviam em Haran, haviam
prosperado. O Midrash nos revela que buscando aprovação para o plano
que arquitetava, Labão reuniu os homens do local e lhes disse: “Vocês
bem sabem como aqui a  água é escassa. Mas desde que Yaacov vive
entre nós, tornou-se abundante. Se quiserem que ele fique por mais sete
anos, enganá-lo-ei  dando-lhe Leah por esposa. Como é grande o seu
amor por Rachel, aceitará trabalhar mais sete anos para mim”. Obtendo
a aprovação dos demais, Labão põe seu plano em execução. Ele vai
substituir Rachel por Leah, ameaçando matá-la se esta se recusasse a
tomar o lugar da irmã.

Percebendo que Labão estava prestes a enganar Yaacov, o primeiro


impulso de Rachel é intervir. Este combinara com ela um sinal secreto
para que a pudesse reconhecer na escuridão da tenda nupcial. Mas, ao
imaginar a vergonha que Leah passaria caso fosse desmascarada,
Rachel revela à irmã o sinal combinado, para que Yaacov acreditasse ser
Rachel a mulher que tinha a seu lado.

Ao decidir impedir que sua irmã fosse humilhada publicamente, Rachel


arquiteta um plano para salvar a dignidade de Leah. Rachel agirá além de
seus interesses e de suas obrigações, mesmo acreditando que suas
ações implicariam no fim de suas esperanças de se casar com o amor
de sua vida e de se tornar uma das Matriarcas do Povo Judeu. O ato de
suprema abnegação de Rachel, em benefício da irmã, espontaneamente,
sem ter recebido uma ordem de D’us, afiançou-lhe mérito eterno.

Na manhã do dia seguinte ao casamento, ao perceber que Leah estava


no lugar de sua amada Rachel, Yaacov, irado, enfrenta Labão: “Por que
me enganaste? Decerto, por Rachel te servi”. O sogro então responde:
“Não é costume, entre nós, agir dessa forma, dando a mais nova antes
da mais velha. Completa a semana nupcial com Leah e te darei também
a mais nova, pelos serviços que prestarás a mim ainda durante outros
sete anos” (ibid, 26 a 29 ). Terminada a semana, Yaacov se casou com
Rachel e por ela serviu durante mais sete anos a seu tio e sogro.

Yaacov, nosso terceiro patriarca, foi um de nossos maiores profetas,


com o qual D’us falou oito vezes.  É ilógico acreditar que, não fosse  por
Vontade Divina, ele não iria perceber que era Leah e não era Rachel
quem estava ao seu lado.  A verdade é que apesar do incrível altruísmo
de Rachel e da igualmente incrível desonestidade de Labão, a união
entre Yaacov e Leah só aconteceu porque o plano de D’us para a Nação
Judaica exigia que eles fossem marido e mulher. As duas irmãs haviam
sido escolhidas por D’us para serem responsáveis por construir a futura
Nação de Israel.

Sentindo-se enganado, Yaacov pensa até em se divorciar de Leah. Ele


chega a duvidar de sua sinceridade e moralidade, temendo os efeitos de
algum traço de caráter que ela pudesse ter herdado do pai. Mas ela logo
concebeu e Yaacov percebe que era Vontade de D’s que ele a mantivesse
como esposa. Somente quando já se aproximava a sua morte, Yaacov
reconheceria o valor de Leah.

Afirma o Midrash que os patriarcas cumpriam as leis da Torá. Sendo


assim, como pôde Yaacov se casar com Rachel, sendo que Leah ainda
estava viva e a Torá proíbe esse tipo de casamento? Sábios de todas as
gerações têm procurado dar uma resposta a essa pergunta. Segundo o
Maharal de Praga e o Rabi Chaim ben Atar, por exemplo, quando o
Midrash diz que “os patriarcas cumpriam as leis da Torá”, estão-se
referindo às Sete Leis de Noé e aos preceitos positivos da Torá, e não às
proibições que foram formalmente recebidas pelos Filhos de Israel no
Monte Sinai.

O Rebe de Lubavitch deu uma explicação diferente. Yaacov se casou


com Rachel porque prometera desposá-la. É preciso lembrar que nossos
patriarcas seguiam os mandamentos da Torá por iniciativa própria, já
que estes se tornaram  leis obrigatórias para todo o  Povo Judeu
somente após a  outorga da Torá por D’us no  Monte Sinai. Sendo assim,
os patriarcas não estavam obrigados a fazê-lo, era uma escolha
espiritual auto-imposta. Por outro lado, a humanidade havia recebido de
D’us as Leis de Noé, que proibiam roubar, trapacear ou enganar o outro,
entre outros mandamentos. Por isso, para não quebrar a promessa que
fizera a Rachel e não enganá-la, Yaacov deixou de lado sua escolha
espiritual auto-imposta de seguir as leis da Torá.

Rachel, esposa e mãe


A Torá nos diz: “E Yaacov amava Rachel mais do que Leah” (ibid 29-30).
O amor que Yaacov sentia por Rachel era profundo. Ele a amava mais
que amava Leah e suas outras duas esposas, Zilpah e Bil’hah,  e essa
preferência continuou mesmo depois da morte de Rachel, chegando a
influenciar o comportamento de Yaacov em relação a seus filhos.

Yaacov amava Rachel não apenas por ser sua esposa, esteio de sua
casa, mas também por sua personalidade e suas ações. Rachel
representa o mundo de palavras e ações reveladas. Seu temperamento
aberto e franco a ajudava a elevar ao reino da santidade o mundo a seu
redor.

Sua curta vida foi marcada por profundo sofrimento e muita luta, pois
durante anos não conseguiu  dar um filho a Yaacov. Enquanto Leah
concebera logo após o casamento, dando a nosso patriarca vários filhos,
Rachel não conseguia engravidar. Sua continuada esterilidade criou um
nervosismo e impaciência excessivos em sua alma. Assim diz a Torá:
“Viu Rachel que não dava filhos a Yaacov e invejou sua irmã”.

Ao ver que suas preces não eram atendidas, ela acreditava que a irmã
fosse mais justa e merecedora do que ela. Nossos sábios afirmam que a
razão da rivalidade entre as duas irmãs – ambas profetisas – era o
ardente desejo de Rachel de ter uma maior participação na criação da
Nação Judaica.

Apesar de serem gêmeas, Rachel e Leah eram diferentes, tanto no


caráter como na aparência. Enquanto esta última aceitava
resignadamente o que a vida lhe destinava, Rachel, não aceitando
passivamente as vicissitudes da vida, persistia em seu objetivo com fé e
esperança. A Cabalá explica que ela representa a dimensão revelada da
realidade, ao passo que Leah representa a dimensão encoberta.

Todo o seu ser estava estreitamente envolvido no desejo de se tornar


mãe, por isso Rachel chorava. Ela sabia que Yaacov era um grande
Tzadik, um Justo, e que com suas preces podia interceder por ela junto a
D’us. Angustiada, diz a Yaacov: “Dê-me filhos, senão estou morta”, ao
que, assustado, ele responde: “Acaso estou eu no lugar de D’us, que te
negou o fruto do ventre?” (ibid 30-3). Yaacov respondeu tão bruscamente
a Rachel, porque temia que, em virtude de sua esterilidade, ela fosse
perder seu interesse pela vida. Rachel deveria haver implorado a D’us, ao
invés de se lamentar a Yaacov, mas ele deveria ter pensado na amargura
do desapontamento de Rachel, e suavemente lhe apontado as
ocultações da Divina Providência.

Rachel não se deixa abater e o reprime, perguntando se essa era a forma


que seu pai Itzhak tratara sua mãe Rivka. Ele se empenhara e rezara com
fervor para que ela engravidasse, diz Rachel. Ao que Yaacov lhe
respondeu: “Ele não tinha filhos; e eu os tenho (quatro, com Leah)”.
Rachel, então, não se dá por vencida e retruca: “E seu avô, Abraham,
apesar de ter um filho, empenhou-se em pedir a D’us para que Sarah
concebesse”. Yaacov concorda, então, em fazer como seu avô, Abraham,
e aceita tomar como esposa Bil’hah, a serva de Rachel, na realidade sua
meia-irmã, e com ela tem dois filhos. Leah, que acreditava não mais
poder conceber, também dá a Yaacov sua serva, Zilpah, com quem ele
tem outros dois filhos.

Anos depois de Rachel ter-se casado, o Eterno levou em conta seu


enorme mérito e a angústia que a consumia e atendeu suas preces. Em
Rosh Hashaná, “o Dia da Recordação”, D’us “lembrou-se de Rachel e a
escutou e abriu seu ventre” (ibid 30-22). No caso de Rachel, a Divina
Intervenção que a fez conceber foi mais milagrosa do que no caso de
Sarah, nossa primeira matriarca. Além de ser estéril, Rachel foi a única
matriarca cujo nome hebraico não contém a letra hê, presente no Nome
do Eterno e que indica a procriação, pois, segundo Rashi, foi com esta
letra que D’us criou o mundo.

Segundo o Zohar, D’us deu Yossef à Rachel, um homem extraordinário,


destacado, na Torá, como sendo um Tzadik – um homem
verdadeiramente justo, responsável por salvar não apenas sua família,
mas todo o Egito. (Ver Morashá 48)

Rachel o chamou de Yossef porque “D’us removeu de mim a minha


desgraça”. O nome continha seu pedido para ter a graça de gerar outro
filho, pois a palavra é o imperativo “Aumenta”, ou, em sua súplica muda,
“Aumenta-me com outro filho” (ibid 30-24). Yossef tornou-se o filho
predileto de Yaacov, pois mãe e filho se pareciam fisicamente e o fazia
recordar-se de sua amada esposa.
Segundo nossos sábios, Leah – que já gerara seis filhos de Yaacov –
estava destinada a ser a mãe de sete das doze tribos de Israel. Isto
significava que Rachel daria à luz um único filho. Naquele momento,
Leah, grávida mais uma vez e querendo poupar sua irmã Rachel da
humilhação de ter menos filhos que Zilpah e Bil’hah, pede a D’us para
que a criança que carregava no ventre fosse uma menina. Suas preces
são atendidas e ela dá à luz à Dina.

Yaacov deixa Haran

Após o nascimento de Yossef, Yaacov sabe que chegara a hora de voltar


para a sua terra, pois lhe fora revelado que a Casa de Esaú cairia em
mãos dos filhos de Yossef. Ao mesmo tempo, recebe uma mensagem
de sua mãe, Rivka, dizendo-lhe que era tempo de voltar para casa.

Pede permissão a Labão para assim agir. Este reluta em deixá-lo ir,
revelando saber que “o Eterno o abençoou por sua causa” e consegue
que Yaacov permaneça entre eles por mais seis anos. Oferece-lhe
pagamento. Nos seis anos seguintes, apesar de todas as trapaças de
Labão, Yaacov, já com 11 filhos, vê milagrosamente aumentar seu
patrimônio material. Ao deixar Haran, são grandes as suas posses.

Quando Rachel novamente engravida, Yaacov não deseja que seu 12o
filho – aquele que viria a completar a família de Israel – nascesse fora
da Terra Prometida. D’us, que durante 20 anos não lhe tinha aparecido,
diz a Yaacov: “Volta à terra de teus pais”. Antes de deixar a terra do
sogro, nosso patriarca fala com Rachel e Leah. Sabendo do quanto
Labão enganara Yaacov, ambas concordam em partir, com todos os
seus filhos e toda a riqueza acumulada com o trabalho dos últimos seis
anos, sem avisar Labão.

Mas, antes de partir, Rachel rouba os ídolos do pai e os esconde consigo


sem nada dizer a Yaacov. Sua única intenção era impedir o pai de
cometer idolatria. “Como posso partir e deixar este velho homem em
meio à sua corrupção?”. Mas seu ato teria nefastas consequências para
si própria.

Após três dias, Labão percebe que Yaacov havia fugido. Sai em seu
encalço e o alcança. Pretendia  matá-lo, mas em sonho D’us lhe aparece
e lhe diz para não fazer nada contra Yaacov. Além do mais, sabia que
Esaú se aproximava com 400 homens e teve medo. Ao se defrontar com
o genro, Labão lhe pergunta por que fugira e o acusa de ter roubado seus
deuses. Yaacov não sabia que Rachel os levara consigo e diz: “Aquele
que encontrares com teus deuses não viverá!” (ibid 31-32). Estas
palavras selaram a sorte de Rachel.

Rachel deixa este mundo

A Torá relata a morte de Rachel em Gênese 35-18. Após seu encontro


com D’us, em Bet-El, Yaacov segue viagem. Relata a Torá que “havia
ainda um trecho grande de terra para chegar a Efrat, quando deu à luz
Rachel”.

Avançada na gravidez, Rachel entrara em trabalho de parto, com muitas


dores e dificuldades. Temia pela vida de seu filho, mas a parteira a
confortara dizendo que não havia perigo algum para a criança por
nascer. Ela dá à luz a um menino, o 12º filho de Yaacov. Sua alma estava
prestes a deixar este mundo, mas ela ainda teve forças de dar o nome  à
criança. Chama-o Ben-Oni,  “filho de minha dor”, mas Yaacov muda o
nome para Binyamin,  “filho da minha direita”. Era uma criança frágil, em
quem ele via Rachel, aquela que fora a sua força e alegria.

Yaacov sepultou sua amada “no caminho de Efrat” (ibid 35-19), no lugar
exato onde morreu e ergue um monumento sobre o túmulo, onde cada
um dos 11 filhos colocou uma pedra. E ele coloca a sua sobre todas as
demais.

Yaacov a sepultou nesse local e não na Gruta de Machpelá, pois ele


previu que no futuro, após a destruição do Primeiro Templo, em 423
A.E.C1., os judeus seriam expulsos de suas casas e forçados ao exílio na
Babilônia. Passariam por esta mesma estrada e clamariam a Rachel que
lhes instilaria coragem, e suplicaria a D’us em favor deles.
Rachel foi quem sempre demonstrou verdadeira compaixão. Legou-nos
a capacidade de envolvimento e de auto-transcendência – a virtude que
permite ao homem ir além de sua própria subjetividade egoísta para
perceber a realidade e o sofrimento do outro. Para nosso povo, ela
personifica o poder inato da alma e sua devoção consciente de
despertar a Misericórdia Divina. Isto ela fez com lágrimas nos olhos e
preces em seu coração.

BIBLIOGRAFIA
Rabbi Munk, Elie, The Call of The Torah, An anthology of interpretation and
commentary on the Five Books of Moses, Bereishis, Mesorah Publications
The Chumash, The book of Genesis, with Rashi’s commentaries and
Haftoras with a commentary anthologized from rabbinic texts and the
works of the Lubavitcher Rebbe
A Torá Viva, anotado por Rabino Aryeh Kaplan, Editora Maayanot.
The Midrash Says - The Book of Bereshit

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